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NATAL/RN
2017.1
LEHI AGUIAR BEZERRA
NATAL/RN
2017.1
Catalogação da Publicação na Fonte.
UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA
Bezerra, Lehi Aguiar.
A atuação do bibliotecário em órgãos oficiais de perícia criminal: novos cenários
para o desempenho de serviços de informação / Lehi Aguiar Bezerra. – Natal, RN,
2017.
73 f.: il.
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________________________
Prof.ª Ma. Raimunda Fernanda dos Santos - (Orientadora)
Departamento de Ciência da Informação
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
________________________________________________________________
Prof.ª Dr.ª Andrea Vasconcelos Carvalho (Membro da Banca)
Departamento de Ciência da Informação
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
______________________________________________________________
Prof.ª Dr.ª Luciana Moreira Carvalho (Membro da Banca)
Departamento de Ciência da Informação
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
AGRADECIMENTOS
This study deals with the importance of recognizing the abilities and activities that can be
developed by a professional Librarian in other informational scenarios that require the
processes of organization, representation, diffusion, retrieval, access, use and preservation of
the information for specific purposes - transcending the spaces of libraries, which are
configured as traditional environments of their performance. Its objective is to present the
activities that can be developed by this professional in Official Organs of Criminal Expertise,
based on their skills and abilities. It specifically aims to: evidence the skills and abilities of
the Librarian with respect to the performance of his activities as an information professional;
to present the objectives and functions of the Official Criminal Experimental Bodies; to
highlight the main services that can be performed by the professional Librarian in Official
Organs of Criminal Expertise. It uses, as methodology, bibliographic, exploratory,
documental and descriptive researches with data extracted from the Brazilian Classification of
Occupations of the Criminal Expert and Librarian, also performing the application of semi-
structured interview with two professionals who work in the field of Criminal Expertise. It
presents as result several activities that can be carried out by a Librarian in order to contribute
to the tasks performed by Criminal Experts, whose services are included in the following
general classes: Management of Networks, Systems and Information Units; Information
Resource Development; Conducting Research and Studies; Provision of Advisory Services
and Consulting; Dissemination of Information on Any Support; And Technical Treatment of
Informational Resources. It is also points that many of the activities to be performed by
professional librarians in these institutions are related to their activities in information units,
especially in what concerns their work in a Custody Center, suiting the requirements that it
proposes. It concludes by emphasizing that all the assignments previously presented must be
linked to the librarian's know-how and ability to take care of the aspects of the profession in
any environment, and this professional must add the competence dimensions - Knowledge,
Skills and Attitudes - including in Official Criminal Expertise Organs.
1 INTRODUÇÃO................................................................................................... 11
2 HABILIDADES E COMPETÊNCIAS DO PROFISSIONAL
BIBLIOTECÁRIO................................................................................................. 15
3 ÓRGÃOS OFICIAIS DE PERÍCIA CRIMINAL: FUNÇÕES E
OBJETIVOS........................................................................................................... 29
3.1 CADEIA DE CUSTÓDIA DE VESTÍGIOS..................................................... 38
4 PERCURSO METODOLÓGICO..................................................................... 40
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA............................................................. 40
4.2 UNIVERSO DA PESQUISA............................................................................ 43
4.3 ETAPAS DA PESQUISA.................................................................................. 43
5 O PROFISSIONAL BIBLIOTECÁRIO EM ÓRGÃOS OFICIAIS DE
PERÍCIA CRIMINAL: DESCORTINANDO NOVOS CENÁRIOS PARA A
SUA ATUAÇÃO..................................................................................................... 45
5.1 ANÁLISE DAS ENTREVISTAS COM OS PROFISSIONAIS QUE
ATUAM EM ÓRGÃOS OFICIAIS DE PERÍCIA CRIMINAL............................. 54
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................. 59
REFERÊNCIAS..................................................................................................... 62
APÊNDICE A – ROTEIRO DE ENTREVISTA................................................. 66
ANEXO A – QUADRO DE ATIVIDADES DOS PROFISSIONAIS DA
INFORMAÇÃO EXTRAÍDO DA CBO.............................................................. 68
ANEXO B – QUADRO DE ATIVIDADES DOS PERITOS CRIMINAIS
EXTRAÍDO DA CBO............................................................................................ 71
11
1 INTRODUÇÃO
1
O delito se constitui de uma infração as regras que foram estabelecidas pela sociedade.
2
É um conjunto de procedimentos técnicos científicos aplicados em cenas criminais para se obter uma resposta,
um esclarecimento sobre o crime.
13
Como discute Fleury M. e Fleury A. (2001)3, competência é um termo que vem sendo
debatido nos últimos anos, sendo associados às expressões como “saber agir, mobilizar
recursos, integrar saberes múltiplos e complexos, saber aprender, saber engajar-se, assumir
responsabilidades, ter visão estratégica.” Isto reflete no conjunto de conhecimentos adquiridos
em diversas situações bem como habilidades e atitudes do próprio indivíduo.
Existe então uma tríade atrelada a esse termo conhecida como “CHA” que
corresponde, respetivamente aos Conhecimentos, Habilidades e Atitudes que a pessoa possui
(RABAGLIO, 2001 apud LOPES, 2010). O primeiro termo diz respeito ao conjunto de
conhecimentos técnicos, expertise que se apresenta como necessária para ocupar um cargo. A
expressão “Habilidades”, por sua vez, está atrelada às experiências e aptidões pessoais, ou
seja, ao saber fazer do indivíduo; a possibilidade dele conseguir colocar em prática o
conhecimento científico que possui em conformidade com a realidade do ambiente em que
atua, sabendo unir a teoria e a prática. Por fim, a expressão “Atitudes” é relativa ao
comportamento humano, à iniciativa do profissional em fazer acontecer no ambiente que se
encontra inserido. “O conhecimento corresponde a [...] dimensão do saber. A habilidade [...]
ao saber-fazer [...]. Finalmente a atitude é a dimensão do querer-saber-fazer.” (BARBALHO;
ROZADOS, 2008, p. 3, grifo do autor).
Barbalho e Rozados (2008) apresentam em seu trabalho as dimensões da competência
profissional, as quais podem ser observadas na Figura 1.
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Documento em meio eletrônico não paginado.
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4
Correspondem aos aspectos positivos na realização das atividades. Referem-se à realização da atividade em
tempo hábil e com o mínimo de recursos disponível.
18
5
Idid., p. 55.
19
6
O aspecto do objeto como informação aqui apresentado, tem relação com a evidência, aspectos da perícia
criminal que serão trabalhados no decorrer deste trabalho. As evidências são usadas para provar determinada
veracidade de um evento. Buckland (1991) a utiliza em seu texto para apresentar que podem ser usadas na
compreensão de um evento. Ainda afirma que entre as maneiras que a evidência se apresenta estão “objetos, que
podem ser coletados ou representados, podem existir como evidência associada com eventos: mancha de sangue
no carpete, talvez, ou uma pegada na areia” (BUCKLAND, 1991, p.8).
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Documento em meio eletrônico não paginado.
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8
Documento em meio eletrônico não paginado.
9
Informação disponível em: <http://www.cfb.org.br/institucional/historico/historico-introducao/>. Acesso em:
06 abr. 2017.
21
A CBO ainda apresenta as condições gerais dos locais de trabalho que o Bibliotecário
pode vir a assumir o cargo de gestor. A saber:
10
O termo aqui utilizado se refere ao fato de reconhecer a interação entre as ciências no intuito de aprofundar
novos conhecimentos aprimorando pesquisas e reconhecendo similaridades entre diferentes áreas. Fazenda
(1999) coloca como a mudança do conhecimento, substituindo uma ciência fragmentada.
11
Documento em meio eletrônico, não paginado.
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Documento em meio eletrônico, não paginado.
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13
Documento em meio eletrônico, não paginado.
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O relatório de atividades gerado pela CBO pode ser encontrado no Anexo A.
23
Capacitar o usuário
Capacitar recursos humanos
DESENVOLVIMENTO Orientar estágios
DE AÇÕES Elaborar serviços de apoio para educação presencial e a distancia
EDUCATIVAS Ministrar palestras
Realizar atividades de ensino
Participar de bancas acadêmicas
Manter-se atualizado
Liderar equipes
Trabalhar em equipe e em rede
Demonstrar capacidade de análise e síntese
Demonstrar conhecimento de outros idiomas
Demonstrar capacidade de comunicação
DEMONSTRAÇÃO DE
Demonstrar capacidade de negociação
COMPETÊNCIAS
Agir com ética
PESSOAIS
Demonstrar senso de organização
Demonstrar capacidade empreendedora
Demonstrar raciocínio lógico
Demonstrar capacidade de concentração
Demonstrar pró-atividade
Demonstrar criatividade
Fonte: Adaptado do Quadro de Atividades dos Profissionais da Informação gerado pela CBO (2008b).
15
A SpecialLibrariesAssociation (SLA) é uma organização internacional para profissionais da informação.
Disponível em:< http://www.sla.org/about-sla/>. Acesso em: 19 mar. 2017.
27
Figura 2 - Atividades que o Bibliotecário pode desempenhar em Órgãos Oficiais de Perícia Criminal
Gerenciamento de
unidades, redes e
sistemas de
informação
Tratamento
Desenvolvimento
técnico dos
dos recursos
recursos
informacionais
informacionais
Disseminação da Realização de
informação em pesquisas e
qualquer suporte estudos
Prestação de
serviços de
Assessoria e
Consultoria
Verifica-se, portanto, que dentre as dez classificações destacadas pela CBO, 6 (seis)
delas apresentam atividades que podem ser desempenhadas/aperfeiçoadas/aplicadas em
órgãos de Pericia Criminal, levantando a possibilidade de apresentar o bibliotecário como
membro da equipe podendo contribuir significativamente para o desempenho de serviços
nesse contexto. Importante destacar que houve a união de duas classificações “Disponibilizar
Informação em Qualquer Suporte” com “Disseminação da Informação”, uma vez que as
atividades dessas classificações se complementam - pois permitem o acesso à informação bem
como o seu compartilhamento.
Atrelado a isso, esse profissional deve levar em consideração também a importância
da demonstração de suas competências pessoais apresentadas na última classe da CBO, dentre
as quais: Demonstrar proatividade e criatividade; manter-se atualizado, trabalhar em equipe e
em rede; demonstrar capacidade de raciocínio lógico, de análise e de síntese; demonstrar
capacidade de concentração, comunicação e de negociação; agir com ética; demonstrar senso
de organização; demonstrar capacidade empreendedora e de raciocínio lógico.
Para dar segmento a essas considerações, na próxima seção são apresentados aspectos
concernentes às instituições criminalísticas, suas funções e objetivos, seu papel na sociedade e
28
questões relativas aos cargos ocupados nesses órgãos. Além disso, é apresentada uma
subseção que discorre sobre a Cadeia de Custódia de Vestígio como elemento contribuinte
para a validação da prova pericial no intuito de rastrear as evidências utilizadas nos processos
judiciais nas instituições supracitadas.
29
Em virtude dos objetivos e das justificativas apresentadas, acredita-se que uma das
organizações que poderia se beneficiar das competências dos profissionais bibliotecários são
as instituições criminalísticas, ou seja, os Órgãos Oficiais de Pericia Criminal. Nessa
perspectiva, é importante estudar as funções e os objetivos dessas instituições, bem como
aspectos concernentes acerca do seu desenvolvimento na sociedade.
A segurança é uma das questões mais importantes no desenvolvimento da sociedade.
Os meios sociais promulgam leis e regras para reger a sociedade garantindo a liberdade e a
preservação da integridade de todos os cidadãos. Sob esse viés, o problema da insegurança
ameaça um direito fundamental previsto na Constituição da República Federativa: a
Segurança Pública. O Estado e aquela que lhe permitem o poder, a sociedade, se tornam
responsáveis por combater a violência/criminalidade, preservando a ordem e a integridade de
todos que fazem parte da comunidade. Para tanto, são elaboradas políticas públicas, as quais
dizem respeito a um conjunto de ações do Estado que visam a participação de entidades
públicas ou privadas assegurando determinados direitos aos cidadãos. Dessa maneira, a
existência dos Órgãos de Perícia Oficial de Natureza Criminal permite dá resposta a sociedade
revelando os autores dos crimes, que perturbam a harmonia social, para que o Sistema de
Justiça Criminal tome as devidas providências (LIMA, 2012).
Os órgãos que integram o Sistema de Justiça Criminal vão desde os responsáveis pela
Segurança Pública, Ministério Público e o Poder Judiciário. Dentre os órgãos de segurança
pública, estão a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal,
Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, e todos os outros responsáveis pela defesa
civil. Lima (2012, p. 34) ainda acrescentar “o Instituto Nacional de Criminalística da Polícia
Federal e os Institutos de Criminalística e Institutos Médico-Legais dos Estados e Distrito
Federal, responsáveis pela prova pericial de natureza criminal, indispensável nos crimes que
deixam vestígio”.
O Ministério Público consiste em uma instituição pública autônoma onde podem ser
realizadas apurações penais ou requisições de inquérito policial, em função da defesa dos
direitos constitucionais. De outro modo disposto, o Poder Judiciário desempenha atividades
voltadas às decisões tomadas como liberdade provisória, decreto de prisão, entre outras
funções (LIMA, 2012). Nessa perspectiva, observa-se que todos os órgãos precisam estar em
consonância entre si e coordenados para atender aos interesses da sociedade no intuito de
garantir o direito à Segurança Pública. O autor supracitado ainda completa:
30
Por fim, conforme exposto, vale evidenciar que o Sistema de Justiça Criminal é
responsabilidade, tanto profissional de vários integrantes de diversos órgãos e entes
estatais, tais como: policiais, promotores, juízes e peritos, como também,
responsabilidade social de todos, na medida em que os fatores do crime são
relacionados à educação, saúde, sonegação fiscal, prostituição infantil, improbidade
administrativa, impunidade e ausência de políticas públicas fundamentais; havendo,
portanto, várias instâncias de participação no sistema tais como: a família, a escola,
a igreja, a comunidade de bairro, a Polícia, o Ministério Público, o Poder Judiciário
[...] (LIMA, 2012, p.35-36).
16
Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 15 mar.
2017.
17
Exame de corpo de delito é a análise de provas da existência do crime “sendo que a sua falta provocará a
nulidade do processo, conforme o art. 564, III, b, do Código de Processo Penal” (LIMA, 2012, p. 37).
31
observações feitas durante todo o processo investigativo, que podem averiguar e comprovar a
inocência ou condenação do(s) culpado(s).
Segundo Lima (2012, p. 23) a “investigação realizada pelo Perito Oficial é científica,
baseada, única e exclusivamente, no levantamento de provas materiais, por meio de técnicas
forenses [...]”. Sendo assim, o Perito, com diploma superior, verifica a cena do crime
colhendo provas materiais, inclusive material fotográfico para a construção dos seus laudos
periciais. Sob esse viés:
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Documento em meio eletrônico, não paginado.
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Documento em meio eletrônico, não paginado.
20
O relatório de atividades gerado pela CBO pode ser encontrado no Anexo B.
33
pelos profissionais que atuam nessas instituições, mas também para os usuários considerados
destinatários externos do serviço – como por exemplo os promotores de justiça e os juízes de
Direito, tendo em vista que eles são de instituição externa e precisam de informações
estruturadas para aplicar a lei ao caso concreto.
Diante do exposto, é importante apresentar também neste trabalho os usuários
beneficiários da Perícia, ou seja, aquelas pessoas que de alguma forma se beneficiam dos
serviços desempenhados pelos Órgãos Oficiais de Perícia Criminal. Sendo assim, Rodrigues,
Silva e Truzzi (2010) mencionam que:
A sociedade como um todo apresenta interesse em uma Justiça Criminal que
encontre e puna os responsáveis pelos delitos cometidos, ou inocente aquelas pessoas
erroneamente acusadas – respeitando os Direitos Humanos;
A Polícia e a Justiça Criminal também necessitam dos serviços desempenhados para
identificar e julgar os verdadeiros autores dos delitos, necessitando que a Perícia
contribua para este anseio da sociedade com provas científicas que auxiliem na
elucidação de crimes;
As vítimas e/ou os seus familiares necessitam deste trabalho para fins de
esclarecimento dos fatos;
Os suspeitos também são usuários beneficiários da Perícia, à medida em que não é
necessário constrange-los durante as investigações;
Os advogados de defesa, os quais utilizam as informações da Perícia para formular
as estratégias de defesa dos seus clientes;
As testemunhas, à medida em que a Perícia auxiliar na confirmação ou refutação dos
depoimentos;
A mídia – para fins de repercussão/disseminação dos casos dando-lhes uma maior ou
menos dimensão, além disso necessita informar a opinião pública com maior
precisão;
As Organizações de Direitos Humanos, as quais utilizam os laudos periciais para
fins de avaliação das ações periciais, por exemplo.
Em consonância de evidências, os autores supracitados ainda enfatizam que são
considerados como contribuintes para a execução dos serviços da Perícia Criminal no intuito
de obter informações para a elucidação dos crimes: os suspeitos; a vítima e/ou os seus
familiares e eventuais testemunhas; os policiais civis, militares ou rodoviários e/ou bombeiros
– cujos profissionais podem atuar no isolamento e na preservação da cena do crime; os
37
Durante a pesquisa sobre os Órgãos Oficiais de Pericia Criminal, foi identificado que
existe um conjunto de procedimentos que leva o nome de Cadeia de Custódia de Vestígios
(CCV), os quais possuem como premissa a guarda, a preservação da evidência para a
realização de todas as análises até o descarte da prova. No que consiste à acepção do termo
“Cadeia”, este pode somar a dois significados: o primeiro está associado ao conceito de
prisão, presídio ou reclusão; e o segundo significado está associado a um fluxo de processos.
Entretanto, é importante destacar que sua denominação aqui – Cadeia de Custódia de Vestígio
- está intimamente associada ao fluxo/guarda/preservação dos vestígios. Destarte, percebe-se
que esse processo possui funções que se assemelham, de certo modo, às atividades
desempenhadas no âmbito das bibliotecas, por exemplo.
Portanto, “denomina-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos
utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio, para rastrear sua posse
e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte” (BRASIL, 2014) 21.
Segundo Cunha (2012, p. 15):
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as evidências passam por uma série de procedimentos que precisam ser registrados,
garantindo a confiabilidade.
Marinho (2014, p.12) manifesta
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Documento em meio eletrônico, não paginado.
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4 PERCURSO METODOLÓGICO
23
Disponível em:< https://scholar.google.com.br/>. Acesso em: 19 mar. 2017.
24
Disponível em:< http://bdtd.ibict.br/vufind/>. Acesso em: 19 mar. 2017.
25
Disponível em:<http://www.scielo.org/php/index.php>. Acesso em: 19 mar. 2017.
26
Disponível em:< http://www-periodicos-capes-gov-br.ez18.periodicos.capes.gov.br/>.Acesso em: 19 mar.
2017.
27
Disponível em:< https://www-scopus-com.ez18.periodicos.capes.gov.br/home.uri>.Acesso em: 19 mar. 2017.
42
do Perito Criminal, o Código de Processo Penal, entre outros - cujos conteúdos consistiram
como matéria-prima a partir da qual foram desenvolvidas as investigações e análises presentes
nesta monografia. Nesse entendimento, na pesquisa documental tem-se como fontes de
informação documentos no sentido amplo como cartas, e-mails, pareceres, fotografias,
relatórios, inventários, depoimentos orais e escritos, certidões, correspondência pessoal,
documentos informativos arquivados em repartições públicas, etc. (SEVERINO,2007).
Portanto, a pesquisa documental também permite investigar outras fontes a partir dos dados
coletados, possibilitando descobrir fatos sobre o tema de interesse (LÜDKE; ANDRÉ, 1986).
A pesquisa descritiva, por sua vez, de acordo com Andrade (2001) diz respeito a
observação de fatos/dados. Esses são registrados e analisados, classificados e interpretados.
Gil (2010) aponta que a pesquisa descritiva permite visualizar as características de
determinada população ou fenômeno, descrevendo seu objeto. Portanto, no âmbito do
presente trabalho se configura como objeto de estudo e de descrição o campo da Perícia
Criminal e as possíveis atuações do profissional Bibliotecário em tal cenário. Desse modo, os
dados também foram coletados mediante a aplicação de entrevista semiestruturada com 2
(dois) profissionais que atuam no campo da Perícia Criminal (1 Perito Criminal e 1 agente da
Política Civil) – cujas questões contemplavam aspectos relativos aos Órgãos Oficiais de
Perícia Criminal, as atividades desempenhadas nesses Órgãos, bem como acerca das
habilidades e das competências do profissional Bibliotecário para atuar em tal área.
A entrevista semiestruturada tem o intuito de apreender o que os sujeitos pensam,
sabem e argumentam através de uma interação entre pesquisador e informante com a
aplicação de questões previamente definidas, podendo ser acrescentados outros
questionamentos cujos interesses surjam no decorrer da entrevista (SEVERINO, 2007). Dessa
forma, para o presente trabalho foi elaborado um conjunto de questões pré-definidas em
roteiro de entrevista28que se constituíram como “guia” para a aplicação da entrevista com os
informantes supracitados. Desse modo, é importante ressaltar que, com a entrevista
semiestruturada, foi possível acrescentar outros questionamentos não contemplados no roteiro
no intuito de retirar algumas dúvidas com esses entrevistados/informantes e tornar a coleta
dos dados mais exaustiva - visando também enriquecer o referencial teórico, as análises e os
resultados do presente trabalho que possui abordagem qualitativa.
28
O Roteiro de entrevista com as questões predefinidas para obtenção das informações apresentadas pelos
peritos criminais encontra-se no apêndice A do presente trabalho monográfico.
43
Em face do exposto, observa-se que o trabalho tem como foco o campo dos Órgãos
Oficiais de Perícia Criminal e as contribuições que o profissional Bibliotecário pode trazer em
tal cenário de atuação. As instituições de natureza criminal têm um papel social para com a
comunidade de trazer à luz os autores dos crimes que perturbam a integridade social e
patrimonial. Faz uso da perícia criminal, uma atividade técnico-científica indispensável à
elucidação de crimes mediante a busca e recuperação de informações, através de vestígios
encontrados em cenas criminais. Seus profissionais são capazes de entender, compreender e
interpretar as informações coletadas, materializando os laudos periciais a fim de dar resposta
aos processos criminais que estão ocorrendo.
O uso da informação na elucidação de crimes, o envolvimento com esse objeto, revela
um cenário de possíveis atuações do profissional Bibliotecário, visto que a informação faz
parte do principal objeto de trabalho nesse contexto.
Para dar segmento a essas considerações, a seguir são elencadas e descritas as etapas e
atividades realizadas para a elaboração do presente estudo.
Recuperar informações
Atendimento personalizado
conhecimento dos crimes, mediante a busca e a recuperação das informações. Sendo assim,
toda a segurança no que consiste ao sigilo, localização, recuperação, à conservação e à
preservação das provas materiais - recursos importantes na elucidação do crime - deve ser
considerada pelo profissional da informação no desempenho desse serviço.
Em consonância de evidências, para que essas atividades sejam realizadas é necessário
que haja, sobretudo, um controle da circulação dessas informações que pode ser realizado
pelo Bibliotecário – no intuito de fornecê-las apenas aos destinatários/usuários habilitados a
recebê-las no âmbito dos Órgãos Oficiais de Perícia Criminal, inclusive contribuindo para a
precisão da informação a ser disponibilizada para a mídia, grande público.
No que se refere à normalização de trabalhos técnico-científicos, os peritos criminais
constroem laudos, relatórios acerca de suas atividades, bem como o parecer das provas
levantadas. Sob esse viés, o Bibliotecário pode contribuir para aprimorar as estruturas, os
padrões e as disposições das informações nesses documentos facilitando o serviço - no intuito
de normalizá-los de acordo com as diretrizes existentes.
Ainda no que diz respeito à Disseminação Seletiva da Informação a ser realizada pelo
Bibliotecário em Órgãos Oficiais de Perícia Criminal, tal atividade está associada à existência
da Central de Custódia de Vestígios, tendo em vista que os peritos podem solicitar exames
laboratoriais das provas. Sendo assim, o profissional da informação pode ficar responsável
por alertar aos peritos criminais sobre os resultados obtidos dos vestígios.
No que diz respeito ao atendimento online, esse serviço pode permitir que os
profissionais da instituição tenham acesso às informações das evidências e dos processos
através do sistema da instituição. Em consonância de evidências, em relação ao serviço de
Clipping de informações, tal atividade consiste em uma espécie de monitoramento que pode
ser realizado mediante a coleta de informações possibilitando acesso a materiais atualizados,
bem como redução do tempo de busca da informação.
Portanto, nessa atividade podem ser enviados boletins dentro das instituições
criminalísticas sobre notícias pertinentes ao profissional perito criminal, ações e eventos
associados. Nesse entendimento, para a realização dessa atividade se faz necessário que o
bibliotecário aplique técnicas atreladas à organização, classificação e indexação, no intuito de
tornar a informação acessível no momento certo para a(s) pessoa(s) certa(s) agregando valor à
informação. Para a identificação dessa atividade com sugestão de serviço a ser incluído no
presente trabalho, teve-se como base um boletim informativo fornecido por um dos
entrevistados desta Monografia da instituição criminalística em que faz parte, não reproduzido
48
aqui por questões sigilosas. Por outro lado, esse clipping pode ser originado de processos
criminais, por exemplo, evidenciando aqueles que já ocorreram ou que estão em andamento.
A segunda classe de atividades extraídas da CBO do Bibliotecário que podem ser
evidenciadas como propostas de serviços a serem desempenhados por esse profissional em
Órgãos Oficiais de Perícia Criminal se refere ao Gerenciamento de Unidades, Redes e
Sistemas de Informações, cujas atividades são elencadas na Figura 6 a seguir:
Automatizar unidades
Nesse entendimento, percebe-se que as atividades dessa área possuem uma relação
direta com o gerenciamento da Central de Custódia de Vestígios, uma vez que sua dinâmica
pode ser semelhante a uma unidade de informação – conforme discutido no referencial teórico
da presente pesquisa. No que diz respeito aos aspectos de gerenciamento, as unidades fazem
uso de recursos em vistas da manutenção dos seus serviços. Sendo assim, no âmbito de uma
central de custódia de vestígios, se faz necessária a atuação de um profissional que seja capaz
de perceber as nuances desse ambiente no que se refere aos recursos informacionais,
tecnológicos, financeiros e de pessoal a fim de manter a preservação, integridade, sigilo, dos
diversos materiais que podem circular nesse contexto.
Nessa perspectiva, toda a administração precisa ser pensada para atingir os objetivos
desejados. Pensando na perspectiva da Central de Custódia, o profissional precisa acompanhar
49
fotografias e das peças materiais, por exemplo, pode ser uma atividade de extrema
importância a ser desempenhada por esse profissional no intuito de contribuir para a
elucidação de crimes, bem como para a qualidade da precisão e da revocação 29 em sistemas
de recuperação nos órgãos oficiais de perícia criminal. Além disso, o Bibliotecário pode
elaborar linguagens documentárias - com o auxílio dos demais profissionais que atuam nesses
ambientes, cujos produtos podem se configurar como instrumentos de representação da
informação no campo da perícia criminal (ontologias, taxonomias, tesauros, por exemplo),
visando auxiliar os processos de busca e recuperação das informações para a elucidação de
crimes. Além disso, faz-se necessário o desenvolvimento de bases de dados na perspectiva de
elaborar mecanismos e estratégias de busca e recuperação da informação, indexação de
documentos, entre outras atividades.
Por conseguinte, a quarta classe de atividades que podem ser apresentadas como
propostas de serviços a serem desempenhados pelo profissional nessas instituições extraída da
CBO se referem ao Desenvolvimento de Recursos Informacionais, cujas atividades são
apresentadas na Figura 8 a seguir.
Em face do exposto, verificou-se mais uma relação de atividades que podem ser
desenvolvidas pelo profissional Bibliotecário no âmbito de uma Central de Custódia. No que
concerne às provas criminais, é necessário armazenar esses recursos enquanto durar o
processo ao qual se refere, bem como manter a sua segurança e a sua preservação. Portanto,
mediante a análise das informações obtidas pelos entrevistados, verificou-se que tais
29
De acordo com Santos (2016) precisão e revocação são medidas relativas à probabilidade dos documentos
recuperados serem compatíveis com aquilo que os usuários estão buscando em um sistema de informação.
51
Tendo em vista que os peritos realizam pesquisas para fins de elucidação dos crimes e
realização de inferências com base em informações, tais pesquisas podem ser solicitadas tanto
pelos usuários internos, como os próprios peritos e agentes, bem como pelos usuários
externos, por exemplo: Juízes, promotores, delegados da polícia, advogados, Organizações de
Direitos Humanos, Vítimas, suspeitos e/ou familiares, testemunhas, universidades, centros de
pesquisa, etc.
O Bibliotecário, por sua vez, pode auxiliá-los no desempenho dessa atividade levando
em conta o perfil e as suas respectivas necessidades informacionais - uma vez que esse
profissional possui conhecimento de estruturas de bases de dados, como fontes de informação,
e estratégias de buscas adequadas para fins de recuperação da informação. Outrossim, as
atividades relativas às pesquisas e estudos diz respeito aos crimes que necessitem de uma
coleta de informações em diversas naturezas. Portanto, a organização e o planejamento das
52
Realizar perícias
30
Conjunto de documentos referentes a um determinado assunto.
53
Figura 11 – Atividades extraídas da CBO dos Peritos Criminais e que podem ser desempenhadas pelo
Bibliotecário
Organizar provas
Estruturar laudos
Pesquisar metodologias
laboratoriais; estruturar os laudos; organizar provas; listar conteúdos de provas. Para tanto, o
profissional Bibliotecário deve demonstrar competências pessoais que inclui aspectos como
capacidade de observação, perspicácia, agir com ética, dedicação, bom senso, saber manter
sigilo e está sempre atualizado.
Portanto, as competências pessoais são essenciais à realização de qualquer atividade
do profissional Bibliotecário, bem como são de suma importância em qualquer cenário de sua
atuação. É importante também destacar a necessidade desse profissional manter o equilíbrio
emocional, visto que a profissão da perícia pode lidar com imagens fortes e o mesmo precisa
se mostrar competente nesse quesito para atender e cumprir suas atividades da melhor forma.
Pensando na validação dessas análises, temos como base os resultados das entrevistas
semiestruturadas, as quais foram realizadas com um Perito Criminal e um agente da polícia
civil que atuam em instituições que se configuram como o universo da presente pesquisa. É
importante ressaltar que os seus nomes, dados e especificação do cargo nas instituições em
que fazem parte foram preservados tendo em vista a ética na pesquisa.
Os profissionais entrevistados, o perito e o agente de investigação, inicialmente
trataram acerca de certas funções dos profissionais de apoio da instituição, os quais chegam
ao local e fazem o possível para resguardar a matéria do crime, tendo em vista que nada deve
ser modificado até a chegada do perito. Sendo assim, esses profissionais fotografam, recolhem
material para análise e pesquisas do local de crime visando fornecer também prova pericial de
forma objetiva e científica.
Dentre as dificuldades apresentadas no dia a dia dos profissionais que atuam em
Órgãos Oficiais de Perícia Criminal no desempenho das atividades supracitadas, um dos
informantes ressaltou que essas instituições não acompanham os avanços tecnológicos,
ressaltando que as tecnologias como softwares de imagens em 3D31, tecnologias avançadas
para a extração de DNA, entre outras, são necessárias para o sucesso das perícias. Acrescenta
ainda que a ausência de recursos humanos adequados também pode tornar os serviços difíceis.
31
Realidade em 3 Dimensões (3D) proporcionada pelas tecnologias de informação e comunicação.
55
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ainda que a ênfase do trabalho seja na dimensão de procurar esses novos horizontes,
faz-se necessário destacar a importância das habilidades, já que essas são necessárias para o
profissional saber colocar esses conhecimentos em prática. Sendo assim, todas as
incumbências apresentadas anteriormente precisam estar atreladas ao saber fazer do
Bibliotecário para atender aos aspectos da profissão em qualquer ambiente. Cabe, portanto,
reconhecer o potencial do profissional em qualquer campo de atuação. Ao agregar as
dimensões da competência – Conhecimentos, Habilidades e Atitudes -, o exercício
profissional se torna promissor em diferentes campos de atuação, inclusive em Órgãos
Oficiais de Perícia Criminal.
Tendo em vista as conclusões decorrentes da presente pesquisa é possível inferir que o
profissional Bibliotecário pode sim ser incluído no rol de profissionais que podem atuar em
Órgãos Oficiais de Perícia Criminal. Pela ótica da Ciência da Informação e da Perícia
criminal, foi possível perceber diversas atividades que podem ser desempenhadas pelo
Bibliotecário para contribuir com as desenvolvidas pelos Peritos Criminais, cujos serviços
foram especificados e estão incluídos nas seguintes classes gerais da CBO: Gerenciamento de
Redes, Sistemas e Unidades de Informação; Desenvolvimento de Recursos Informacionais;
Realização de Pesquisas e Estudos; Prestação de Serviços de Assessoria e Consultoria;
Disseminação da Informação em Qualquer Suporte; e Tratamento Técnico dos Recursos
Informacionais.
Diante do exposto, todas as atividades descritas nos resultados desta monografia foram
confirmadas como possibilidade de atuação, na perspectiva dos peritos entrevistados. Com
efeito, o novo campo de atuação revela-se significativo, uma vez que mostra possibilidades e
novos horizontes para a profissão.
Na medida em que se reflete sobre, percebeu-se que muito pode ser compreendido
entre as ciências. A interdisciplinaridade permite que as áreas do conhecimento aqui expostas
possam aproveitar de um conhecimento mútuo aprimorando seus serviços com eficiência e
eficácia.
O estímulo inicial a realização da pesquisa foi buscar possibilidades de atuação, mas
nota-se que o tema da Perícia Criminal tem muito a ser pesquisado e que pode ser
relacionando a área da Ciência da Informação.
Nesse segmento, são propostas de estudos futuros: a) realizar uma análise detalhada
dos currículos dos cursos de graduação em Biblioteconomia do Brasil no intuito de extrair
mais habilidades e atividades que podem ser desempenhadas pelo Bibliotecário nessas
instituições criminalísticas com base nas ementas das disciplinas oferecidas; b) Averiguar
61
REFERÊNCIAS
______. Lei n. 3.989, de 3 de outubro de 1941. Código de Processo Penal. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689.htm>. Acesso em: 18 mar. 2017.
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Disponível em:<http://www.uff.br/ppgci/editais/bucklandcomocoisa.pdf>. Acesso em: 22 fev.
2017.
FAZENDA, Ivani Catarina Arantes (org.). Práticas Interdisciplinares na Escola. 6 ed. São
Paulo: Cortez, 1999.
FIGUEIREDO, Antônio Macena de; SOUZA, Soraia Riva Goudinho. Como elaborar
projetos, monografias, dissertações e teses: da redação científica à apresentação do texto
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GOUVEIA, Luís Manuel Borges. Sociedade da informação: notas de contribuição para uma
definição operacional. 2004. Disponível em
<http://homepage.ufp.pt/lmbg/reserva/lbg_socinformacao04.pdf>. Acesso em: 05 mar 2017.
LOPES, João Eduardo Siqueira. Seleção por competências: uma análise dos métodos de
seleção de gestores de TI em órgão do poder legislativo federal. 2010. 27 f. Monografia
(Especialização) – Programa de Pós-Graduação lato sensu em Governança em Tecnologia da
Informação, Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2010. Disponível em:
<http://bd.camara.gov.br/bd/handle/bdcamara/9448>. Acesso em: 11 mar. 2017.
MARINHO, Girlei Veloso. Cadeia de custódia da prova pericial: uma exigência no mundo
contemporâneo. Revista Segurança, Justiça e Cidadania, Brasil, n. 9, p.9-25, 2014.
Irregular. Disponível em:<https://www.justica.gov.br/central-de-
conteudo/senasp/anexos/revista-9_retificadax.pdf>. Acesso em: 18 mar. 2017.
RODRIGUES, Cláudio Vilela; SILVA, Márcia Terra da; TRUZZI, Oswaldo Mário Serra.
Perícia Criminal: uma abordagem de serviços. Gest. Prod., São Carlos, v.17, n. 4, p.843-857,
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SILVA, Alexandre Alberto Gonçalves da. A perícia forense no Brasil. 2010. 125 f.
Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Departamento de
Engenharia de Sistemas Eletrônicos, São Paulo, 2010. Disponível
em:<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3142/tde-11082010-152328/fr.php>. Acesso
em: 18 mar. 2017.
TOLKIEN, John Ronald Revel. O senhor dos anéis: primeira parte : A sociedade do anel. 2.
ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
Roteiro de Entrevista
1- Em sua opinião, quais as principais funções e objetivos dos Órgãos Oficiais de Perícia
Criminal?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
_______________________________________________________________
2 – Qual a instituição em que você trabalha e quais as atividades que você exerce no âmbito
da instituição?
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7 – Existe algum cargo no âmbito dos Órgãos Oficiais que você acredita que pode ser
ocupado por um profissional Bibliotecário? (Perito Documentoscópico, por exemplo).
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___________________________________________________________________________
_________________________________________________________
8- O Bibliotecário como profissional da informação, após passar por uma formação interna na
instituição, poderia exercer a função de perito criminal em órgãos que trabalham com a
informação na elucidação de crimes?
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___________________________________________________________________________
_________________________________________________________
9-Você conhece alguma central de custódia onde são armazenados os vestígios coletados para
fins de elucidação de crimes? Quais os profissionais que trabalham nesse ambiente?
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_________________________________________________________
10- Quais são atividades realizadas no âmbito de uma Central de Custódia no que diz respeito
à organização, guarda, preservação, conservação e recuperação das provas criminais durante
um processo criminal?
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