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2013.2
O RS-232 é mais utilizado para curtas distâncias (em média 15m) e baixas
velocidades de comunicação (até 115200 bps) para os padrões atuais, tendo sido
adotado durante muito tempo para conectar periféricos de computadores pessoais. Por
outro lado, tanto o padrão RS-485 quanto o RS-422 são capazes de prover uma forma
bastante robusta de comunicação multiponto, bastante comum na indústria, em controle
de sistemas, com taxas que podem ultrapassar 10 Mbps, a centenas de metros,
utilizando-se de um meio de comunicação diferencial (ou balanceado).
a. Sinais e Conectores
O protocolo digital utiliza sinais de tensão negativa para nível lógico 1 e tensão
positiva para nível logico 0, variando de ±3V a ±25V, dependendo da aplicação.
Bit de Início
Bits de Dados
Bit de Paridade
Bits de Parada
Sinal Descrição
Frame Ground Terra da carcaça
Transmitted Data Dados transmitidos pelo DTE
Received Data Dados recebidos pelo DTE
Request to Send (RTS) Pedido do DTE para inicio da transmissão
pelo DCE
Clear to Send Resposta do DCE ao sinal RTS
Data Set Ready (DSR) Indicador de funcionamento (Power On)
Signal Ground / Common Return Terra para Sinal (Referência para DTE e
DCE)
Received Line Signal Detector (DCD) Indica o estado da linha de recepção
Transmitter Signal Element Timing Clock do Transmissor
Receiver Signal Element Timing Clock do Receptor
Data Terminal Ready (DTR) DTE pronto para receber dados
Signal Quality Detector Qualidade do Sinal
Ring Indicator Indicador de Chamada (e.g. Modem)
Data Signal Rate Selector Seleção de Baud Rate
b. RS-232 x USB
Desde o fim dos anos 1990, o protocolo de comunicação RS-232 vem sendo
gradualmente suprimido pelo USB para pequenas distâncias. O protocolo USB é mais
rápido, possui conectores mais simples de usar e tem um melhor suporte por software
(Plug & Play). Por isso, muitas placas-mãe destinadas ao uso em escritórios ditas "livre
de legados" (legacy-free) são produzidas sem conectores RS-232. Mesmo assim, esse
protocolo continua sendo utilizado em periféricos para pontos de venda (caixas
registradoras, leitores de códigos de barra ou fita magnética) e para a área industrial
(dispositivos de controle remoto, medidores), já que possui alta confiabilidade e fácil
implementação.
Por essa razões, computadores para estes fins continuam sendo produzidos com
portas RS-232, tanto on-board ou em placas para barramentos PCI ou barramento ISA.
Como alternativa, existem adaptadores para portas USB, que podem ser utilizados para
conectar teclados ou mouses PS/2, uma ou mais portas seriais e uma ou mais portas
paralelas.
O meio físico definido para o RS-422 são dois pares trançados, sendo um
utilizado para comunicação no sentido do transmissor (usualmente o mestre) para os
receptores (usualmente os escravos). O segundo par trançado é utilizado para
comunicação dos escravos para o mestre. Como múltiplos escravos precisam transmitir
através de um mesmo par de fios, estes precisam comutar seus transmissores de forma
que em um mesmo instante de tempo, somente o transmissor de um escravo esteja ativo.
A utilização de dois pares permite que no mesmo instante de tempo ocorram
transmissão e recepção de dados entre o mestre e um escravo, logo, a possibilidade de
transmissão e recepção simultânea caracteriza o RS-422 como full-duplex.
A maioria dos sistemas com RS-485 utiliza uma arquitetura mestre/escravo para
comunicação, onde apenas um único dispositivo (geralmente o PC), chamado mestre,
envia periodicamente mensagens endereçadas aos escravos. Cada escravo por sua vez
tem um único endereço e responde apenas a pacotes endereçados a ele. Além do mais,
pode-se usar USARTS half-duplex ou full-duplex, como ilustrado pela Figura 8. Para
tanto, as seguintes conexões físicas devem ser feitas:
Half-duplex: um único par trançado em que todos os dipositivos estão
conectados no mesmo cabo trançado. Dessa forma, todos eles devem possuir
transceptores com saídas tri-state, incluindo o mestre. A comunicação se dá em
ambas as direções e é importante evitar, por software, que mais de um
dispositivo tenha o seu driver da transmissão habilitado ao mesmo tempo.
Full-duplex: usam-se dois pares trançados em que os escravos
transmitem para o mestre através do segundo par trançado. Essa solução
geralmente permite comunicação multiponto em sistemas que foram
originalmente projetados para RS-232 com pequenas modificações no software
mestre. Outro fato é que o mestre também não precisa colocar a saída do seu
transceptor em estado de alta impedância.
c. Topologia
RS-423
RS-449
Foi criado em 1986 e apontado como o sucessor do RS-232 mas, pela ausência
de retrocompatibilidade elétrica e mecânica com o RS-232, não obteve sucesso.
VIII. Aplicações
a. Conversor RS-232 / RS-485
Em muitos casos, em uma rede RS-485, um dos dispositivos da rede pode ser
um microcontrolador. As razões para isto vão desde a necessidade de coleta de dados
para análise por softwares como MATLAB e LabVIEW até o controle avançado em
tempo real. Para tanto, faz-se necessário dispor de um conversor RS-232/RS-485, uma
vez que as portas seriais usam o padrão físico RS-232, inclusive para controle de fluxo
de dados. Um exemplo é o MAX3162, da Maxim Integraded, que permite converter
bidirecionalmente sinais RS-232 e RS-485. O circuito da Figura 13 ilustra o MAX3162
em uma aplicação ponto-a-ponto.
Figura 13: Circuito do MAX3162 que converte sinais em RS-232 para RS-485 [6]
Figura 15: Seabird Surface Inductive Modem (SIM) [12] com o conector DB-9 no canto inferior esquerdo
IX. Conclusão
Com a realização deste trabalho, conclui-se que, com seus cinquenta e um anos, o
padrão RS-232 ainda é uma referência em comunicação serial, sendo utilizado em
diversas áreas e seus padrões correlatos para comunicação de redes de componentes RS-
422 e RS-485 também são vistos facilmente na indústria. Contudo, foi visto também
que o USB vem sendo desenvolvido e já é muito superior ao RS-232 em velocidade.
Para o protocolo RS-485, pode-se dizer que ainda não há um substituto direto tão
versátil e eficiente, o deixando ainda como melhor opção em termos de simplicidade de
conexão.
X. Referências Bibliográficas
[1] TIA-232-F Interface Between Data Terminal Equipment and Data Circuit-
Terminating Equipment Employing Serial Binary Data Interchange, 1997;
[2] MAXIM. Explanation of Maxim RS-485 Features. December 2000. Application Note
367. http://www.maxim-ic.com/AN367
[3] RANDAZZO, A. ST485: AN RS-485 BASED INTERFACE WITH LOWER DATA BIT
ERRORS. 2004. Application Note 1348.
http://www.bdtic.com/DownLoad/ST/Application_Note/CD00004227.pdf
[5] Perrin, Bob. The Art and Science of RS-485. Circuit Cellar Magazine, Jul.
1999.Dallas/Maxim Semiconductor. Guidelines for Proper Wiring of an RS-485
(TIA/EIA-485-A) Network. Application Note 763, Jul. 2001.
http://faq.novus.com.br:8080/phpmyfaq/attachments/10/RS485%20%26%20RS422%20
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http://www.maximintegrated.com/app-notes/index.mvp/id/723
http://www.arcelect.com/rs232.htm
http://www.abusar.org.br/caboserial.html
http://www.seabird.com/products/spec_sheets/SIMdata.htm