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Aula 00

Conhecimentos Específicos para


ASSISTENTE DE GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS (AGPP) da Prefeitura
Municipal de São Paulo (PMSP).
Aula Demonstrativa
Professor: Sandro Monteiro
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS para Assistente de Gestão de
Políticas Públicas Públicas (AGPP) da PMSP
Aula 00 –Aula Demonstrativa
Prof. Sandro Monteiro

Aula 00 – Aula Demonstrativa

Caro Amigo, seja bem-vindo à Aula Demonstrativa do Curso de


Conhecimentos Específicos para ASSISTENTE DE GESTÃO DE POLÍTICAS
PÚBLICAS I – SEGMENTO: GESTÃO ADMINISTRATIVA (AGPP) da
Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP).
Em 19 de março 2016, o PMSP lançou edital para o total de servidores. A
prova ocorrerá 08 de maio de 2016. Faça sua inscrição no concurso até 07 de
abril. A banca examinadora é o CEBRASPE (antigo CESPE), uma das mais
difíceis. Não perca tempo nos estudos.
Este nosso curso trata do conteúdo dos Conhecimentos Específicos de
ASSISTENTE DE GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS. Contém toda a parte
de Recursos Materiais, Recursos Humanos, Compras, Orçamento e
Planejamento. Esta é a aula demonstrativa do método.
Veja em que nossas aulas trabalharemos primeiro a teoria. Depois a
prática, listando ao final de cada apostila uma sequência de questões dos
últimos concursos, incluindo meus comentários e dicas. Serão mais de 200
exercícios selecionados de forma ideal para o seu concurso. Quando for
imprescindível definiremos termos técnicos sem que seja preciso conhecimento
prévio de outras disciplinas. Teremos uma bateria de exercícios resolvidos, e
outra série de exercícios propostos, para que você treine a resolução como se
fosse o dia da prova.
Para Conhecimentos Específicos, termos 20 questões do tipo
CERTO/ERRADO. Veja como está no seu edital.

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Veja agora o cronograma de nossas aulas. Será um curso rápido,


focado. O edital veio bem confuso, e por isso dividimos novamente o conteúdo
pelas aulas de acordo com a nossa experiência e a semelhança das disciplinas.

Aula Conteúdo Data


Aula Demonstrativa:
00 Administração de Materiais – Conceitos Básicos. 06/abr
Exercícios Resolvidos
Administração de Recursos Materiais
3 Administração de Recursos Materiais: conceituação de Material e
01 10/abr
Patrimônio na Administração Pública e tipos de controle.
Exercícios Resolvidos e Propostos
Competências Municipais
1 Competências do Ente Municipal, Administração Direta, Indireta,
02 15/abr
conselhos participativos e Subprefeituras.
Exercícios Resolvidos e Propostos
Recursos Humanos
4 Noções de Administração de Recursos Humanos na Administração
03 Pública: formas de ingresso; Regime Jurídico; Conceito de cargo e 19/abr
carreira.
Exercícios Resolvidos e Propostos
Planejamento e Orçamento
7 Noções de planejamento, orçamento (Lei de Diretrizes
04 Orçamentarias, Lei Orçamentaria Anual, Plano Plurianual e Programa 24/abr
de Metas)
Exercícios Resolvidos e Propostos
Contratos e Compras
5 Noções de Contrato e Compras na Administração Pública: formas
05 28/abr
de contratação; tipos de contrato; Conceito de pregão e tipos;
Exercícios Resolvidos e Propostos
Outros temas
Conceito de convênios e parceiras; Conceito de financiamento
público e repasses de recursos. Pagamentos (noções de
06 03/mai
contabilidade pública) na Administração Pública Municipal. Lei de
Acesso à Informação.
Exercícios Resolvidos e Propostos

Quantidade Mínima de Alunos para início do curso: 10.


Vejamos a seguir uma apresentação da metodologia e o molde das
demais seis aulas.

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Antes de tudo, uma breve apresentação minha.


Sandro Monteiro, paulistano, formou-se em Engenharia Elétrica há 15 anos. Possui o
título de Especialista em Gestão Pública pela Escola Nacional de Administração Pública
(ENAP, 2014) e de Mestre em Engenharia pela Universidade de São Paulo (USP, 2007)
onde estudou com ênfase a questão da regulação dos serviços públicos. Atuou por 11 anos
como gestor no setor de telecomunicações, em multinacional sueca. Desde 2011 é servidor
público federal, em Brasília, lidando diariamente com o tema da regulação, políticas públicas e
planejamento governamental.
Como servidor cedido pelo Ministério do Planeamento (MPOG), trabalhou por quatro
anos no Ministério de Minas e Energia (MME), sendo membro constante da Sala de Situação do
PAC Energia, e foi um dos coordenadores que atuaram monitorando e avaliando as obras de
infraestrutura voltadas para a Copa do Mundo 2014. Palestrante, foi também professor de
faculdade particular e teve vários artigos publicados em seminários e congressos especializados.
Foi aprovado em vários concursos públicos pelo CESPE, incluindo o de Analista de
Infraestrutura do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; Analista Legislativo da
Câmara dos Deputados; Especialista em Regulação da Agência Nacional de Transportes
Aquaviários (ANTAQ), onde está atualmente.

No PONTO, é especializado em Gestão Pública (Administração Pública e Políticas


Públicas), Economia da Regulação (foco do Direito Administrativo e foco da Microeconomia),
Legislação de Agências Reguladoras e Infraestrutura (transportes e energia). Além das aulas de
teoria e exercícios, leciona no Ponto Recursos e no Ponto Discursivas.

Envie suas dúvidas. Curta minha página e acompanhe outras dicas.

Sandro Monteiro https://www.facebook.com/MScSandroMonteiro.

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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................ 6

2. NOÇÕES BÁSICAS SOBRE ADMINISTRAÇÃO PATRIMONIAL ................................................10

3. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS ....................................................................................................................30

BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................................................................37

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1. INTRODUÇÃO

As organizações (públicas ou privadas) precisam e têm a sua disposição


cinco tipos de recursos: materiais, patrimoniais, de capital ou financeiros,
humanos e tecnológicos. Entretanto, nosso objetivo de hoje será apenas
analisar os recursos materiais e patrimoniais.

Recursos

Materiais Patrimoniais Financeiros Humanos Tecnológicos

A administração dos recursos materiais engloba a sequência de operações


que tem seu início na identificação do fornecedor, caindo na compra do bem,
em seu recebimento, transporte interno e acondicionamento, em seu transporte
durante o processo produtivo, em sua armazenagem como produto acabado e,
finalmente, em sua distribuição ao consumidor final.
A administração do material corresponde no seu todo, ao planejamento,
organização, direção, coordenação e controle de todas as tarefas necessárias à
definição de qualidade, aquisição, guarda, controle e aplicação dos materiais
destinados às atividades operacionais de uma organização.
Estas atividades são: compras, cadastramento, recebimento,
armazenagem, transporte e gestão de estoque. Falaremos sobre todas
elas nesta aula de hoje, exceto compras (que está na próxima aula) e
transporte, que não está no seu edital.

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Recurso é tudo aquilo que gera ou tem a capacidade de gerar riqueza, no


sentido econômico do termo. Assim, um item de estoque é um recurso, pois,
agregado a um produto em processo, irá constituir-se em um produto acabado,
que deverá ser vendido por um preço superior ao somatório de todos os custos
incorridos em sua fabricação. De modo análogo, um edifício que abriga as
instalações de uma empresa é um recurso, já que é essencial ao seu
funcionamento.

Bens x recursos
Por transmitirem a ideia de que são capazes de gerar produtos e serviços,
e, portanto, produzir riquezas, os bens são muitas vezes considerados como
sinônimos de recursos. Assim, um automóvel, considerado como um bem
móvel, pode ser utilizado na prestação de um serviço com valor econômico, e
como tal é um recurso.

1.1. Conceituação de material e patrimônio


O conceito de "material" e de "patrimônio" pode ser entendido como
conjunto e subconjunto, ou seja, material é o todo e o patrimônio é a parte que
preenche determinadas características (os bens necessários para a empresa
operar, criar valor e proporcionar satisfação ao cliente). Exemplo: uma madeira
é um material; uma máquina da produção é um patrimônio.
Vamos ver algumas definições preliminares (essas definições estarão mais
detalhas em outros capítulos)
I. Material: designação genérica de móveis, equipamentos,
componentes sobressalentes, acessórios, utensílios, veículos em
geral, matérias-primas e outros bens utilizados ou passíveis de
utilização nas atividades da entidade;
II. Material Permanente: de duração superior a dois anos, levando-se
em consideração os aspectos de durabilidade, fragilidade,
perecibilidade, incorporabilidade e transformabilidade;

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III. Carga Patrimonial: conjunto de materiais permanentes sob a


responsabilidade do titular de uma unidade administrativa. Em outras
palavras: quando o departamento de patrimônio transfere um
patrimônio (ex: uma mesa) para você, a mesa passa a ter "carga
patrimonial" no seu nome, ou seja, está sob sua guarda, sua
responsabilidade.
IV. Tombamento: ato de inscrever o bem no registro patrimonial, com
a concomitante afixação do respectivo código numérico mediante
plaqueta, gravação, etiqueta ou qualquer outro método adequado às
suas características.
V. Registro Patrimonial: descrição analítica do material permanente,
ao qual se atribui um código numérico sequencial, contendo as
informações necessárias à sua identificação, localização e carga
patrimonial.
Conseguiu visualizar a diferença entre Registro e Tombamento? Registrar é
como se fosse cadastrar o bem em algum tipo de planilha ou programa
específico descrevendo suas características e todas as informações sobre o
bem. O tombamento inclui registrar no "controle de patrimônio" da entidade
colando a etiqueta com o código do bem.
Todo e qualquer material permanente, quando da sua aquisição, sob
qualquer modalidade, será recebido pelo Almoxarifado de Material Permanente
da Coordenação de Material, e, se aceito, imediatamente tombado ou, quando
for o caso, relacionado.
Assim vemos que o principal objetivo do tombamento dos bens não é
substituí-lo, não é inviabilizar a existência de controles físicos e analíticos (pelo
contrário, o tombamento auxilia a existência de controles), não é promover a
inadequação ao sistema contábil (uma vez que a numeração auxilia a
contabilidade a identificar o bem) e muito menos preservar a inexistência de
uma política de administração do ativo imobilizado, considerando que o
tombamento facilita a identificação dos bens instalados na instituição, fazendo
uso de chapas numéricas ou de codificação de barras, preservando, assim, a
existência de uma política de administração do ativo imobilizado.

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A gestão patrimonial dentro do Setor Público deverá obedecer às normas


gerais de Direito Financeiro e sobre licitações e contratos administrativos, em
vigor para os três Poderes, e à legislação interna aplicável.

1.2. Responsabilidade do servidor público


Todos os bens móveis permanentes serão confiados a agentes
responsáveis. É dever do servidor zelar pela conservação, guarda e uso do
material que lhe for confiado, sendo responsabilizado por desaparecimento,
bem como por dano que causar ao mesmo, esteja ou não sob sua guarda.
Os prejuízos causados à entidade, resultantes de extravio, perda ou dano,
serão indenizados por quem os tiver dado causa, após processo regular de
apuração de responsabilidade.
Isso não quer dizer que o servidor será responsabilizado tendo culpa ou
não. Ele será responsabilizado por desaparecimento, bem como por dano que
causar ao patrimônio que estiver sob sua responsabilidade, esteja ou não sob
sua guarda.
Ao mesmo tempo, após processo regular de apuração de responsabilidade,
ou seja, após a apuração de quem realmente causou o prejuízo, este prejuízo
será indenizado pelo culpado.

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2. NOÇÕES BÁSICAS SOBRE ADMINISTRAÇÃO PATRIMONIAL

2.1. TOMBAMENTO DE BENS

2.1.1. Classificação geral dos bens


De acordo com os dicionários em geral, patrimônio é “o conjunto de bens,
direitos e obrigações economicamente apreciáveis, pertencentes a uma pessoa
ou empresa.”
Recursos Patrimoniais1 são aqueles instalados e utilizados nas operações
do dia-a-dia da empresa, porém não são adquiridos esporadicamente, como os
prédios, equipamentos e veículos.
De acordo com sua complexidade, prazos de fabricação ou construção, os
bens patrimoniais são classificados em equipamentos ou então em prédios,
terrenos e jazidas. Equipamentos são, por exemplo, máquinas operatrizes,
caldeiras, reatores, pontes rolantes, ferramentas especiais, veículos,
computadores e móveis. Já dentro da classificação de prédios, terrenos e
jazidas, como o próprio nome diz, entram edifícios e instalações prediais em
geral, terrenos e jazidas.
Os bens recebem várias denominações, muitas delas sinônimos entre si.
Quando são construídos de matéria, os bens podem ser denominados
corpóreos; quando possuem uma forma identificável, um corpo; materiais,
quando possuem substância material, são palpáveis (como uma mesa ou um
veículo); e tangíveis, quando possuem substância ou massa (como uma
caneta ou uma folha de papel).
Em contrapartida, bens incorpóreos são os não-constituídos de matéria,
que não possuem corpo ou forma identificável (como direitos de uso de marcas
e fórmulas químicas); imateriais, os que não possuem matéria (como registros
de jazidas e projetos de produtos). Bens intangíveis são os que não possuem
substância ou massa (como patentes, direitos autorais e licenças de software).

1
Os bens patrimoniais surgem em nosso linguajar das mais variadas formas, dependendo da área de especialização de
quem discorre sobre o assunto, sejam engenheiros, administradores, advogados, economistas ou contadores. Não é
nosso objetivo tratar ou mesmo discutir as várias denominações. Iremos citá-las apenas para fornecer ou leitor uma
ideia de sua grande diversidade.

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Quanto a sua mobilidade, os bens são geralmente divididos em móveis,


quando podem ser deslocados sem alteração em sua forma física (por exemplo,
móveis e utensílios, máquinas, veículos); e imóveis, quando não podem ser
deslocados sem perder sua forma física original (como prédios e pontes), ou
simplesmente não podem ser locomovidos (como terrenos e jazidas).
Quanto a sua divisibilidade, os bens classificam-se em divisíveis, quando
podem ser divididos sem que as partes percam sua característica inicial (como
terrenos, fazendas e lotes de certas mercadorias); e indivisíveis, quando não
têm possibilidade de divisão, constituindo uma unidade (como um automóvel).
Os bens também podem ser classificados quanto a sua fungibilidade, isto
é, sua capacidade de serem fundidos, misturados uns aos outros, sem perder
sua característica inicial. Os bens fungíveis podem ser substituídos por outro
da mesma natureza (por exemplo, certas commodities, como trigo, algodão,
arroz e ouro), e infungíveis são insubstituíveis, únicos.
Quanto a sua disponibilidade para uso, os bens podem ser disponíveis,
quando usados de imediato, ou indisponíveis.
São também encontradas as seguintes denominações para bens:
numerários, os bens sob forma de dinheiro ou títulos de liquidez imediata;
semoventes, constituídos por animais domésticos, como bovinos, equinos e
suínos; e dominicais, bens do poder público (praças, ruas, rios) e de domínio
público.
Paralelamente a essas denominações, é usual encontrarmos nos
compêndios de economia, finanças e contabilidade as expressões bens e capital,
para os bens utilizados na geração de novos produtos ou serviços (como
máquinas, equipamentos e instalações); bens de consumo duráveis para os
que normalmente duram mais de um exercício fiscal ou um ano (como
geladeiras, televisores e automóveis); e bens de consumo não duráveis para
os que usualmente são consumidos em prazo inferior a um período fiscal.

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A Instrução Normativa nº 205, de 11 de março de 1988, instituída pela


extinta SEDAP (cujas funções foram incorporadas pelo Ministério do
Planejamento), e plenamente válida para setor público, traz diversas técnicas
de gestão e materiais (recomendo a leitura integral).
Está disponível em:
http://www.comprasnet.gov.br/legislacao/in/in205_88.htm

2.1.2. Cadastramentos, Padronização e Codificação


Cadastramento é a atividade que implica o reconhecimento perfeito da
classificação de materiais, estabelecimento de codificação e determinação da
especificação, objetivando a emissão de catálogos para utilização dos
envolvidos nos procedimentos de administração de materiais.
Uma técnica básica da política de materiais é a padronização dos
materiais em uso na organização. Esta padronização se dá pela aplicação de
especificações técnicas e pela existência de um programa de classificação e
catalogação de materiais.
Para cadastrar, você deve classificar os materiais (ou seja, organizá-los
por características semelhantes), dar a eles um código e determinar sua
especificação.
Fazer a especificação significa fazer a descrição pormenorizada de suas
características com a finalidade de identificá-lo de seus similares. A
especificação correta facilita a compra do item, o entendimento do fornecedor e
a inspeção por ocasião do recebimento. Deve ter, no mínimo, nome e
características físicas.
A padronização é a análise dos materiais a fim de permitir seu
intercâmbio, possibilitando, assim, redução de variedade e consequente
economia. O objetivo é uniformizar. A padronização reduz o risco de falta de
material no estoque, permite a compra em grandes lotes e reduz a quantidade
de itens no estoque.

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A gestão do ativo imobilizado é feita na maioria das empresas por uma


unidade organizacional que recebe geralmente o nome de controle do ativo fixo
ou imobilizado. Sua função é registrar, controlar e codificar os bens
considerados imobilizados e, portanto, passíveis de depreciação. Veja o que diz
a IN 235/88:
7.13. Para efeito de identificação e inventário os equipamentos e materiais permanentes
receberão números sequenciais de registro patrimonial.

O controle é feito por meio de uma ficha individual, que pode ser um
arquivo do sistema computadorizado onde se registram, entre outras coisas, a
data de aquisição do bem, o código (colando-se chapas em bens móveis), o
valor inicial, critério e prazo para a depreciação do período e acumulada, centro
de custo em que o bem encontra-se alocado, e espaço para registros de
melhorias no bem, desde que altere seu valor contábil.

O Controle Patrimonial obedece a uma estrutura codificada de cadastro de


bens e instalações. A estrutura do código de cada registro de Controle
Patrimonial é composta, normalmente, por uma parte numérica (código) e
outra descritiva (título).

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A tarefa de cadastrar bens patrimoniais assemelha-se à atividade de


cadastro dos materiais em estoque, no entanto, mais abrangente, cabendo para
cada bem, individualmente, um único código.
Os Bens, ao serem cadastrados, podem ser classificados em grupos e
subgrupos, como na classificação de materiais pelo sistema decimal.
Tradicionalmente o método de codificação utilizado é o numérico-sequencial, ou
seja, a cada bem cadastrado é dado um código em sequência numérica, sem
que este número identifique sua característica e/ou a área em que está lotado.

2.1.3. Número patrimonial


Todo bem que compõe o acervo patrimonial deve ser identificado
individualmente no momento do seu tombamento. Essa identificação consiste
na atribuição de um número patrimonial exclusivo e deve permitir aos agentes
do controle patrimonial coletar informações relativas à localização, estado de
conservação, situação do bem face ao acervo, além do responsável por sua
guarda e conservação.

2.1.4. Afixação de Plaquetas


Todo bem, no setor público, deverá ter uma plaqueta. A afixação de
plaqueta deverá ocorrer preferencialmente logo após o processo de
tombamento (veremos sobre isso a seguir), sendo executada pelo responsável
pelo controle patrimonial na unidade. A plaqueta identifica o bem, de acordo
com a sua codificação e cadastro prévio. Veja na IN 235/88:
7.13.1. O número de registro patrimonial deverá ser aposto ao material, mediante
gravação, fixação de plaqueta ou etiqueta apropriada.

A plaqueta utilizada atualmente é confeccionada a partir de uma lâmina


de alumínio com cola de alta resistência na parte posterior, é padronizada para
toda a Instituição e identificada pelo termo UG – PATRIMÔNIO, seguido pelo
número sequencial crescente de oito dígitos mais um verificador, além de um
código de barras.

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2.1.5. Termo de Responsabilidade


Em seu item 7.11, a IN 235/88a nos apresenta que:
7.11.Nenhum equipamento ou material permanente poderá ser distribuído à unidade
requisitante sem a respectiva carga, que se efetiva com o competente Termo de
Responsabilidade, assinado pelo consignatário, ressalvados aqueles de pequeno valor
econômico ....”.

Os Termos de Responsabilidade devem ser emitidos pelo Setor de


Patrimônio de cada entidade, em duas vias, e assinados pelo Responsável pela
Guarda e Conservação do bem. Uma via será arquivada na Seção de Patrimônio
da Unidade e a outra será entregue ao signatário.
Os Termos de Responsabilidade serão emitidos sempre que ocorrer:
 Tombamento de bens;
 Mudança de responsável pela guarda de bens;
 Mudança de localização de bens; e
 Renovação anual.

2.2. MODALIDADES DE TOMBAMENTO


Tombamento é o processo de inclusão (entrada) de um bem permanente
no sistema de controle patrimonial, em alguns casos, no balanço contábil. Isso
significa dizer que o bem que entra no acervo da instituição, apresentará
igualmente um aporte de recursos no balanço patrimonial. Por interferir no
balanço patrimonial, essa operação é atribuição exclusiva do responsável pelo
controle patrimonial da Unidade.
O tombamento deve ser realizado sempre no momento em que o bem
entra fisicamente na instituição e envolve desde o lançamento dos bens no
Sistema de Controle de Patrimônio (Sicpat) de cada entidade, até a assinatura e
arquivamento dos Termos de Responsabilidade.

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Além da IN 235/88, temos o Decreto 99.658/1998, que “regulamenta, no


âmbito da Administração Pública Federal, o reaproveitamento, a movimentação,
a alienação e outras formas de desfazimento de material”. Recomendo sua
leitura.
Está em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/D99658.htm

A modalidade do tombamento é escolhida conforme a documentação


referente ao bem permanente, que indica a fonte de recursos e a origem física
do bem. Veja a seguir as modalidades (aquisição, comodato, cessão, doação,
fabricação e incorporação).

2.2.1. Aquisição

É a modalidade de tombamento realizada quando o bem é adquirido


através de recursos orçamentários ou extra-orçamentários. Toda aquisição de
material através de despesa orçamentária é realizada por empenho. A nota
fiscal terá sempre o nome e CNPJ da contratante no campo cliente.

2.2.2. Comodato e Cessão


Comodato e Cessão são denominações dadas ao empréstimo gratuito de
um bem permanente que deve ser restituído após determinado prazo.
O Comodato é o empréstimo realizado entre as Unidades Gestoras (UG)
do patrimônio público (exemplo: autarquia) e empresas privadas, enquanto a
Cessão é o empréstimo entre a UG e outros órgãos públicos. Ambos são
realizados através de contrato ou convênio.
Como a posse do bem não pertence à UG, um bem tombado por
comodato não tem seu valor adicionado ao montante de entradas no acervo
patrimonial da UG.

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Quando ocorrer o retorno do bem ao seu proprietário, deverá ser


realizada uma baixa por devolução. Caso o bem seja doado definitivamente à
UG o comodato deverá ser alterado para Doação.

2.2.3. Doação

A doação significa a transferência da propriedade de bens permanentes


para a UG. O termo de doação deve ser emitido pela entidade doadora e deve
apresentar todos os elementos identificadores do bem tais como descrição
detalhada, valor de aquisição, data de aquisição ou de entrega do bem à UG.

2.2.4. Fabricação

Como o próprio nome indica o tombamento por fabricação ocorre quando


bem tiver sido fabricado por alguma unidade da UG. Pelo fato de a origem dos
recursos de um tombamento por fabricação ser sempre a própria Instituição,
não há necessidade de informar o documento relativo a esta origem.

A IN 205/88 no seu item 6.4 esclarece que:


6.4 A inclusão em carga do material produzido pelo órgão sistêmico será realizada à
vista de processo regular, com base na apropriação de custos feita pela unidade
produtora ou, na falta destes, na valoração efetuada por comissão especial, designada
para este fim.

E ainda em seu item 6.4.1, que, “O valor do bem produzido pelo órgão
sistêmico será igual à soma dos custos estimados para matéria-prima, mão-de-
obra, desgaste de equipamentos, energia consumida na produção, etc.”.

2.2.5. Incorporação
O tombamento por incorporação é feito a partir de um ofício do dirigente
da unidade determinando a operação (este documento, por convenção, equivale
ao documento de origem do bem). Um tombamento por incorporação ocorre
quando não é possível identificar a origem dos recursos de um bem que se
encontre pelo menos a dois exercícios (anos) no acervo da unidade ou órgão.

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Para proceder ao tombamento por incorporação deveremos igualmente


observar o disposto o item 6.4 da IN 205 que determina que na falta de
possibilidade de apropriar custos de bens, e deverá ser realizada avaliação por
comissão especial que, após análise, arbitrará o valor de tombamento.

2.3. CONTROLE DE BENS

2.3.1. Controle Patrimonial


O controle patrimonial ocorre por meio do registro adequado de todos os
bens móveis, adquiridos por recursos orçamentários e não orçamentários, que
estão à disposição da Universidade Federal para a realização de suas atividades.
Para a eficácia do controle patrimonial é fundamental a atualização
constante dos registros de entrada, atualização, movimentação e saída de bens
do acervo patrimonial.
A operação de entrada é realizada através do Tombamento, as alocações
internas são realizadas através da Transferência e da Movimentação, e a
operação de saída é realizada através da Baixa de bens.
Visando preservar a qualidade das informações, todo bem permanente
deverá ser identificado individualmente, estar vinculado a um local específico e
sob a responsabilidade de um servidor.
A verificação dessas informações, bem como da qualidade do serviço
realizado pelos Setores de Patrimônio, é realizada através dos Inventários.
Deve ser controlado todo acervo da Instituição, seja de bens móveis ou
imóveis, assim como todo bem não pertencente ao acervo, mas colocado à sua
disposição para consecução dos objetivos institucionais (bens em comodato).

2.3.2. Material Permanente

A referência a patrimônio deve ser entendida como sendo o conjunto de


bens móveis, também denominados, materiais permanentes.

A Instrução Normativa 205/88 diz que:


“Para fins desta Instrução Normativa considera-se:

1. Material - Designação genérica de equipamentos, componentes, sobressalentes,


acessórios, veículos em geral, matérias-primas e outros itens empregados ou passíveis
de emprego nas atividades das organizações públicas federais, independente de qualquer

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fator, bem como, aquele oriundo de demolição ou desmontagem, aparas,


acondicionamentos, embalagens e resíduos economicamente aproveitáveis.”

A Lei n.º 4.320, art. 15, § 2º, de 17 de março de 1964 define como
material permanente aquele com duração superior a dois anos.
Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por
elementos.

§ 1º Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material,


serviços, obras e outros meios de que se serve a administração pública para consecução
dos seus fins.

§ 2º Para efeito de classificação da despesa, considera-se material permanente o de


duração superior a dois anos.

Porém, o a Art. 3° da Portaria n° 4482, de 13/09/2002, da Secretaria do


Tesouro Nacional (STN) do Ministério da Fazenda, define a adoção de cinco
condições excludentes para a identificação do material permanente, sendo
classificado como material de consumo aquele que se enquadrar em um ou
mais itens dos que se seguem:

 Durabilidade - quando o material em uso normal perde ou tem


reduzidas as suas condições de funcionamento, no prazo máximo de
dois anos;

 Fragilidade – material cuja estrutura esteja sujeita a modificação, por


ser quebradiço ou deformável, caracterizando-se pela
irrecuperabilidade e/ou perda de sua identidade;

 Perecibilidade – material sujeito a modificações (químicas ou físicas)


ou que se deteriora ou perde sua característica normal de uso;

 Incorporabilidade - quando destinado à incorporação a outro bem,


não podendo ser retirado sem prejuízo das características do principal;

 Transformabilidade - quando adquirido para fim de transformação.

2
http://www3.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/download/contabilidade/Port_448_2002.pdf

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Verificadas as condições acima citadas, devem ser analisados, por fim,


mais dois parâmetros que complementam a definição final da classificação:

i. A relação custo de aquisição/custo de controle do material, como


previsto no item 3.1 da IN N° 142 DASP (Departamento
Administrativo do Serviço Público), que determina, nos casos dos
materiais com custo de controle maior que o risco da perda do
mesmo, que o controle desses bens seja feito através do
relacionamento do material (relação-carga) e verificação periódica
das quantidades. De um modo geral, o material de pequeno custo
que, em função de sua finalidade, exige uma quantidade maior de
itens, redunda em custo alto de controle, devendo ser, portanto,
classificado como de consumo;

ii. Se o bem está sendo adquirido especificamente para compor o


acervo patrimonial da Instituição. Nestas circunstâncias, este
material deve ser classificado sempre como um bem permanente.

Além disso, é importante frisar que a classificação do bem, para efeito de


sua inclusão no sistema de controle patrimonial, deve ser coerente com a
adotada no respectivo processo de aquisição.

Veja também os artigos da Lei 4.320/1964 (a lei da contabilidade pública)


sobre a administração patrimonial.

Da Contabilidade Patrimonial e Industrial

Art. 94. Haverá registros analíticos de todos os bens de caráter permanente, com indicação dos
elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um dêles e dos agentes responsáveis pela sua
guarda e administração.
Art. 95 A contabilidade manterá registros sintéticos dos bens móveis e imóveis.
Art. 96. O levantamento geral dos bens móveis e imóveis terá por base o inventário analítico de cada
unidade administrativa e os elementos da escrituração sintética na contabilidade.
Art. 97. Para fins orçamentários e determinação dos devedores, ter-se-á o registro contábil das
receitas patrimoniais, fiscalizando-se sua efetivação.
...

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Art. 99. Os serviços públicos industriais, ainda que não organizados como empresa pública ou
autárquica, manterão contabilidade especial para determinação dos custos, ingressos e resultados, sem
prejuízo da escrituração patrimonial e financeira comum.
Art. 100 As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os resultados da execução
orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as superveniências e insubsistência
ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial.
Art. 106. A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá às normas seguintes:
I - os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu valor nominal, feita a conversão,
quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço;
II - os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de construção;
III - os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras.
§ 1° Os valores em espécie, assim como os débitos e créditos, quando em moeda estrangeira,
deverão figurar ao lado das correspondentes importâncias em moeda nacional.
§ 2º As variações resultantes da conversão dos débitos, créditos e valores em espécie serão levadas à
conta patrimonial.
§ 3º Poderão ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis.

2.3.3. Inventário de Material Permanente


Inventário físico é o instrumento de controle que permite o ajuste dos
dados escriturais com o saldo físico do acervo patrimonial em cada unidade
gestora, o levantamento da situação dos bens em uso e a necessidade de
manutenção ou reparos, a verificação da disponibilidade dos bens da unidade,
bem como o saneamento do acervo. Diz a IN 235/88:
8. Inventário físico é o instrumento de controle para a verificação dos saldos de estoques
nos almoxarifados e depósitos, e dos equipamentos e materiais permanentes, em uso no
órgão ou entidade, que irá permitir, dentre outros:
a) o ajuste dos dados escriturais de saldos e movimentações dos estoques com o saldo
físico real nas instalações de armazenagem;

b) a análise do desempenho das atividades do encarregado do almoxarifado através dos


resultados obtidos no levantamento físico;

c) o levantamento da situação dos materiais estocados no tocante ao saneamento dos


estoques;
d) o levantamento da situação dos equipamentos e materiais permanentes em uso e das
suas necessidades de manutenção e reparos; e

e) a constatação de que o bem móvel não é necessário naquela unidade.

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Tem também a função de analisar o desempenho das atividades do setor


de patrimônio através dos resultados obtidos no levantamento físico. De acordo
com o Art. 8.1 da Instrução Normativa 205/88, são cinco os tipos de inventários
físicos:
 Anual: destinado a comprovar a quantidade dos bens patrimoniais do
acervo de cada unidade gestora, existente em 31 de dezembro de cada
exercício – constituído do inventário anterior e das variações
patrimoniais ocorridas durante o exercício (tombamentos, baixas,
transferências);
 Inicial: realizado quando da criação de uma unidade gestora, para
identificação e registro dos bens sob sua responsabilidade;
o De transferência de responsabilidade: realizado quando da
mudança do dirigente de uma unidade gestora;
o De extinção ou transformação: realizado quando da extinção
ou transformação da unidade gestora;
 Eventual: realizado em qualquer época, por iniciativa do dirigente da
unidade gestora ou por iniciativa do órgão fiscalizador.”
Os inventários físicos de cunho gerencial deverão ser efetuados por
comissão designada pelo Gestor, ressalvados aqueles de prestação de contas,
que deverão se subordinar às normas do Sistema de Controle Interno.

2.3.4. Comissão de Inventário


A comissão inventariante é a comissão que deve executar o inventário
físico dos bens permanentes. Ela deve ser formada por, no mínimo, três
servidores do quadro permanente e não ter em sua formação servidores e/ou
funcionários lotados no setor de patrimônio. Diz a IN 235/88:
8.4. Os inventários físicos de cunho gerencial, no âmbito do SISG, deverão ser efetuados
por Comissão designada pelo Diretor do Departamento de Administração ou unidade
equivalente, ressalvado aqueles de prestação de contas, que deverão se subordinar às
normas do Sistema de Controle Interno.

As atribuições da Comissão de Inventário são:


 A verificação da localização física de todos os bens patrimoniais da
unidade de controle patrimonial;
 A avaliação do estado de conservação destes bens;

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 A classificação dos bens passíveis de disponibilidade;


 A identificação dos bens pertencentes a outras unidades acadêmicas ou
órgãos administrativos e que ainda não foram transferidos para sua
unidade de controle patrimonial;
 A identificação de bens permanentes eventualmente não tombados;
 A identificação de bens patrimoniados que eventualmente não possam
ser localizados; e
 A emissão de relatório final acerca das observações anotadas ao longo
do processo do inventário, constando as informações quanto aos
procedimentos realizados, à situação geral do patrimônio da unidade
de controle e as recomendações para corrigir as irregularidades
apontadas, assim como eliminar ou reduzir o risco de sua ocorrência
futura, se for o caso.

De acordo com a INS 235/88:


8.2. No inventário analítico, para a perfeita caracterização do material, figurarão:

a) descrição padronizada;

b) número de registro;
c) valor (preço de aquisição, custo de produção, valor arbitrado ou preço de avaliação);

d) estado (bom, ocioso, recuperável, antieconômico ou irrecuperável);

e) outros elementos julgados necessários.

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2.3.5. Bens não Inventariados


Bens não inventariados são aqueles não localizados durante a realização
de inventário ou a qualquer momento.
Quando da observação da ocorrência de bens não inventariados, o
Dirigente da Unidade deverá designar Comissão de sindicância cujas atribuições
principais são:
 Verificar se há bens que se enquadrem nos termos do item 10.6 da IN
205/88, recomendando sua baixa imediata.
 Apurar as responsabilidades pela irregularidade conforme item 10 da
IN 205/88, para os bens que não se enquadrem no item acima.
 Elaborar relatório para o dirigente da Unidade Gestora com suas
conclusões e recomendações.

2.4. MOVIMENTAÇÃO DE BENS


O processo de movimentação consiste na saída de um bem de seu local
de guarda para manutenção ou empréstimo, sem a correspondente troca de
responsabilidade, sendo emitida a Nota de Movimentação.
No caso de empréstimo, deverá haver uma data provável de devolução do
bem, caso não ocorra a devolução, caracteriza-se um procedimento de
Transferência.
A transferência constitui na mudança da responsabilidade pela guarda e
conservação de um bem permanente e ocorre nas seguintes situações:
 Quando há alteração no responsável pelo local onde o bem está
situado.
 Quando o bem é transferido de um local de guarda para outro.
Em função da descentralização e desvinculação de recursos, quando
houver transferência entre Unidades Gestoras é necessário a confirmação do
recebimento pela unidade de destino para que a transferência se efetive, uma
vez que isso representará alteração no seu balanço patrimonial.

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Essa confirmação é denominada “Aceite de Transferência” e é importante


para evitar que transferências sejam feitas de uma unidade para outra sem o
expresso conhecimento do responsável pelo controle da unidade que recebe o
bem.

2.5. DEPRECIAÇÃO DE BENS


De acordo com a Receita Federal3, a depreciação de bens corresponde à
diminuição do valor dos elementos ali classificáveis, resultante do desgaste pelo
uso, ação da natureza ou obsolescência normal. A referida perda de valor deve
ser registrada periodicamente nos controles patrimoniais da organização.
Geralmente, a depreciação de bens obedece a uma taxa de velocidade
estimada e pré-fixada, e é calculada de acordo com a expectativa da vida útil
do bem.

2.5.1. Critérios ou taxa de depreciação


Um critério de depreciação utilizado e aceito pelos órgãos da Receita
Federal é o linear, ou da linha reta, pelo qual se depreciam partes iguais
durante toda a vida útil do bem. Outro critério é o da soma dos dígitos, muito
frequente nos exercícios acadêmicos. Há ainda critérios que permitem uma
aceleração da depreciação no início da vida do bem.
A depreciação de um ativo começa quando o item está em condições de
operar na forma pretendida pela administração, e cessa quando o ativo é
baixado ou transferido do imobilizado.
A depreciação não cessa quando o ativo se torna obsoleto ou é retirado
temporariamente de operação a não ser que o ativo esteja totalmente
depreciado.

2.5.2. Vida econômica de um bem


A vida econômica de um bem é o período de tempo (geralmente em anos)
em que o custo anual equivalente de possuir e de operar o bem é mínimo. Os
bens, como equipamentos e instalações, se desgastam com o uso, necessitando
cada vez mais de manutenção. Assim, é de esperar que os custos operacionais
aumentem com o passar do tempo.

3
http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoajuridica/dipj/2005/pergresp2005/pr360a373.htm

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Paralelamente, seu valor de venda ou de mercado vai diminuindo. A partir


de um determinado instante não é mais interessante manter o bem, é quando
ele atingiu a sua vida econômica.
Vida útil de um bem é o período de tempo em que o bem consegue
exercer as funções que dele se espera. A vida útil depende de como o bem é
utilizado e mantido.
Os seguintes fatores devem ser considerados ao se estimar a vida útil,
período de uso e volume de produção de um ativo:
a) o uso esperado do ativo, que deve ser avaliado com base na
capacidade esperada ou na produção física do ativo;
b) o desgaste físico esperado, que depende de fatores operacionais, tais
como o número de turnos durante os quais o ativo será usado, o programa de
reparo e manutenção, inclusive enquanto estiver ocioso;
c) a obsolescência tecnológica resultante de mudanças ou
aperfeiçoamentos na produção ou mudanças na demanda no mercado pelo
produto ou serviço produzido pelo ativo; e
d) os limites legais ou semelhantes sobre o uso do ativo, tais como datas
de expiração dos respectivos arrendamentos, permissões de exploração ou
concessões.

2.5.3. Substituição de equipamentos


A substituição de equipamentos atualmente em uso por outro mais
eficiente é uma forma de a empresa ganhar vantagem competitiva em face de
seus concorrentes, pois a substituição só terá sentido se for acompanhada de
uma redução de custos. Os casos em que a redução de custos não é o objetivo
principal são esporádicos e ocorrem, quase sempre, em decorrência de
imposições legais e ambientais.
Dessa forma, o estudo da substituição de equipamentos constitui a
análise comparativa de custos, em um horizonte predeterminado, entre o
equipamento atualmente em uso, denominado defensor ou defendente, e um
novo equipamento, chamado de desafiante.
As bases para a análise são fornecidas pela matemática financeira, como
cálculos de valor presente e custo anual equivalente.

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2.6. ALIENAÇÃO DE BENS E OUTRAS FORMAS DE DESFAZIMENTO


DE MATERIAL
A alienação consiste na operação de transferência do direito de
propriedade do material, mediante venda, permuta ou doação. Os bens a serem
alienados deverão ter seu valor reavaliado conforme preços atualizados e
praticados no mercado.
Em geral, o material classificado como ocioso ou recuperável poderá ser
cedido a outros órgãos que dele necessitem. Veja outras formas de alienação
(para mais detalhes consulte os Art. 7º a 16 do Decreto 99.658/19904.

2.6.1. Venda
Os bens inservíveis (aqueles que não possuem mais condições de
desempenhar nada de útil à organização, que já perderam seu valor), uma vez
classificados como irrecuperáveis ou antieconômicos (sua reforma custa mais
que a compra de um novo), poderão ser vendidos mediante concorrência, leilão
ou convite.

2.6.2. Permuta
A permuta com particulares poderá ser realizada sem limitação de valor,
desde que as avaliações dos lotes sejam coincidentes e haja interesse público.
Nesse caso, devidamente justificado pela autoridade competente, o material a
ser permutado poderá entrar como parte do pagamento de outro a ser
adquirido, condição que deverá constar do edital de licitação ou do convite.

2.6.3. Doação
A doação poderá ser efetuada após a avaliação de sua oportunidade e
conveniência, relativamente à escolha de outra forma de alienação.
O material classificado como ocioso poderá ser doado para outro órgão ou
entidade da Administração Pública Federal direta, autárquica ou fundacional ou
para outro órgão integrante de qualquer dos demais Poderes da União.

4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/D99658.htm

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Se o material for classificado como antieconômico, a doação poderá ser


realizada para Estados e Municípios mais carentes, Distrito Federal, empresas
públicas, sociedade de economia mista, instituições filantrópicas, reconhecidas
de utilidade pública pelo Governo Federal, e Organizações da Sociedade Civil de
Interesse Público.
O material irrecuperável poderá ser doado para instituições filantrópicas,
reconhecidas de utilidade pública pelo Governo Federal, e as Organizações da
Sociedade Civil de Interesse Público.

O desfazimento de bens consiste no processo de exclusão de um bem do


acervo patrimonial da instituição, de acordo com a legislação vigente e
expressamente autorizada pelo dirigente da unidade gestora.
Após a conclusão do processo de desfazimento deverá ser realizada a
baixa dos bens nos registros patrimoniais.
ATENÇÃO: Conforme atualizações no Decreto 99.658/90, os
microcomputadores de mesa, monitores de vídeo, impressoras e demais
equipamentos de informática, respectivo mobiliário, peças parte ou
componentes, classificados como ociosos ou recuperáveis, poderão ser doados
a instituições filantrópicas, reconhecidas de utilidade pública pelo Governo
Federal, e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público que participem
de projeto integrante do Programa de Inclusão Digital do Governo Federal.

2.6.4. Inutilização ou abandono


Verificada a impossibilidade ou a inconveniência da alienação de material
classificado como irrecuperável, a autoridade competente determinará sua
descarga patrimonial e sua inutilização ou abandono, após a retirada das partes
economicamente aproveitáveis, porventura existentes, que serão incorporados
ao patrimônio.
A inutilização consiste na destruição total ou parcial de material que
ofereça ameaça vital para pessoas, risco de prejuízo ecológico, ou
inconveniente de qualquer natureza, para a Administração Pública Federal.

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O desfazimento por inutilização e abandono deverão ser documentados


mediante Termos de Inutilização ou de Justificativa de Abandono, os quais
integrarão o respectivo processo de desfazimento.

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3. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

Segue agora uma bateria de exercícios do CESPE sobre Administração de Materiais.

3.1. (STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) Para efeito de identificação e


inventário, os equipamentos e materiais permanentes devem receber
códigos alfanuméricos ou numéricos, não necessariamente sequenciais,
que devem ser apostos ao material, por meio de gravação, fixação de
plaqueta ou etiqueta.
Comentário:
O erro está na palavra: NÃO (“não necessariamente sequenciais”). Sendo assim, o
correto é:
Para efeito de identificação e inventário, os equipamentos e materiais permanentes devem receber
códigos alfanuméricos ou numéricos, necessariamente sequenciais, que devem ser apostos ao material,
por meio de gravação, fixação de plaqueta ou etiqueta.

Gabarito: ERRRADA

3.2. (STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) No processo de fornecimento por


pressão, a entrega de material ao usuário ocorre mediante tabelas de
provisão, previamente estabelecidas pelo setor competente, nas épocas
fixadas, independentemente de qualquer solicitação posterior do usuário.
Comentário:
De acordo a IN 205/88, são dois os processos de fornecimento:
a) por Pressão;
b) por Requisição.

Veja algumas partes da IN.


5.1.2. O fornecimento por Pressão é o processo de uso facultativo, pelo qual se entrega material ao
usuário mediante tabelas de provisão previamente estabelecidas pelo setor competente, e nas épocas
fixadas, independentemente de qualquer solicitação posterior do usuário. Essas tabelas são preparadas
normalmente, para:

a) material de limpeza e conservação;


b) material de expediente de uso rotineiro;
c) gêneros alimentícios.

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5.1.3. O fornecimento por Requisição é o processo mais comum, pelo qual se entrega o material ao
usuário mediante apresentação de uma requisição (pedido de material) de uso interno no órgão ou
entidade.
5.2 As requisições/fornecimentos deverão ser feitos de acordo com:

a) as tabelas de provisão;
b) catálogo de material, em uso no órgão ou entidade.
5.3 As quantidades de materiais a serem fornecidos deverão ser controladas, levando-se em conta o
consumo médio mensal dessas unidades usuárias, nos 12 (doze) últimos meses.
5.4. Nas remessas de material para unidades de outras localidades, o setor remetente,
quando utilizar transporte de terceiros, deverá atentar para o seguinte:
a) grau de fragilidade ou perecibilidade do material;
b) meio de transporte mais apropriado;
c) valor do material, para fins de seguro pela transportadora; e
d) nome e endereço detalhado do destinatário de forma a facilitar o desembaraço da mercadoria ou a
entrega direta a esse destinatário.

Gabarito: CERTO

3.3. (STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) No Sistema de Cadastramento


Unificado de Fornecedores (SICAF), são cadastradas e habilitadas,
parcialmente, as pessoas físicas ou jurídicas, interessadas em participar de
licitações realizadas por órgãos e (ou) entidades do Poder Executivo Federal.
Nesse sistema, também é acompanhado o desempenho dos fornecimentos
contratados.
Comentário:
As empresas que estejam cadastradas e habilitadas parcialmente no Sistema de
Cadastramento Unificado de Fornecedores – SICAF, nos termos do § 1º, art. 1º do
Decreto nº 3.722/2001, alterado pelo Decreto 4.485/02, podem participar de qualquer
Pregão Eletrônico para fornecimento, por exemplo, de material de consumo ou bem
considerado patrimonial.

Gabarito: CERTO

3.4. (STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) Compras e doações são as únicas


origens de recebimento de bens patrimoniais nos órgãos sistêmicos.

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Comentário:
Consoante a Instrução Normativa nº 205, de 08 de abril de 1988
"Recebimento é o ato pelo qual o material encomendado é entregue ao órgão público
no local previamente designado, não implicando em aceitação. Transfere apenas a
responsabilidade pela guarda e conservação do material, do fornecedor ao órgão
recebedor. Ocorrerá nos almoxarifados, salvo quando o mesmo não possa ou não deva
ali ser estocado ou recebido, caso em que a entrega se fará nos locais designados.
Qualquer que seja o local de recebimento, o registro de entrada do material será
sempre no Almoxarifado.”
O recebimento, rotineiramente, nos órgãos sistêmicos, decorrerá de:
a) compra;
b) cessão;
c) doação;
d) permuta;
e) transferência; ou
f) produção interna."
Portanto, no ato do recebimento é efetuada a conferência dos bens com a
documentação correspondente para a aceitação. Caso exista alguma inconsistência
na verificação, será apenas dado o aceite provisório dos materiais, cabendo ao
Almoxarifado as providências para a regularização dessas e por fim aceitá-los
definitivamente.
Gabarito: ERRADO

3.5. (MPU/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2010) Considere que, em uma


organização pública, determinado lote de bens tenha sido adquirido por baixo
custo unitário. Nessa situação, admite-se que esse bem não seja incorporado
ao patrimônio da organização, podendo o seu controle ser feito em separado.
Comentário:
A questão não diz claramente, mas pode-se deduzir que está falando de material de
consumo pelo fato de falar em “baixo custo unitário”. Particularmente não gosto desse
tipo de questão, pois a prova é objetiva. De todo modo, partindo da dedução que eu fiz, o
gabarito é: certo.
Gabarito: CERTO

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3.6. (MPU/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2010) Caso seja necessário fazer


anotações relativas à depreciação dos bens patrimoniais de determinado
órgão para atender aos ditames da Receita Federal do Brasil, deve-se adotar a
metodologia de depreciação técnica, que é voltada para a perda do valor
decorrente da obsolescência tecnológica.
Comentário:
A depreciação técnica só pode ser adotada para obsolescência física, econômica e
funcional, não para tecnológica.
Gabarito: ERRADO

3.7. (MPU/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2010) Considere que, em 2009, por


meio de licitação promovida por determinado órgão público, tenha sido
adquirido um notebook por R$ 2.500,00 e que, recentemente, em uma nova
cotação, o preço atual desse notebook seja de R$ 2.100,00. Em face dessa
situação, é correto afirmar que o custo imobilizado do notebook é igual a R$
2.300,00, valor médio entre o preço atual e o preço de aquisição.
Comentário:
Negativo. O custo será o preço de aquisição menos a depreciação que ocorre
naturalmente e que é variável.
Gabarito: ERRADO

3.8. (MPU/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2010) No processo de depreciação


total, quando o bem ainda existe fisicamente, mas alcança 100% de
depreciação, ele deve ser automaticamente baixado contabilmente, a despeito
de sua utilidade.
Comentário:
Não pode ocorrer a baixa automática do bem, tendo em vista que o mesmo deve
passar por um processo de reavaliação para que se identifique a possibilidade de
continuação de sua vida útil.
Gabarito: ERRADO

3.9. (MPU/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2010) Nas organizações públicas, todo


bem listado como material permanente, independentemente de suas
características físicas, deve ser identificado com plaqueta específica para isso.

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Comentário: Veja a IN 05/1988:


7.13. Para efeito de identificação e inventário os equipamentos e materiais permanentes receberão
números sequenciais de registro patrimonial.
7.13.1. O número de registro patrimonial deverá ser aposto ao material, mediante gravação,
fixação de plaqueta ou etiqueta apropriada.
7.13.2. Para o material bibliográfico, o número de registro patrimonial poderá ser aposto
mediante carimbo.

Gabarito: ERRADO
3.10. (MPU/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2010) O número de patrimônio de
um bem baixado deve ser repassado a versões atualizadas que venham a
substituí-lo na organização.
Comentário:
O número de patrimônio de novos bens deve sempre ser atualizado.

Gabarito: ERRADO
3.11. (AGU/PROCURADORUDICIÁRIO/2006) O tombamento pode atingir bens
públicos ou particulares, sendo vedado, para o caso dos bens públicos, o
tombamento de caráter provisório.
Comentário:
O tombamento pode ser voluntário ou compulsório, provisório ou definitivo. Ocorre o
tombamento voluntário quando o proprietário consente no tombamento, seja por meio
de pedido que ele mesmo formula ao Poder Público, seja concordando
voluntariamente com a proposta de tombamento que lhe é dirigida pelo Poder Público.
O tombamento compulsório ocorre quando o Poder Público realiza a inscrição do bem
como tombado, mesmo diante da resistência e do inconformismo do proprietário.
O tombamento é provisório enquanto está em curso o processo administrativo
instaurado pela notificação do Poder Público, e definitivo quando, depois de concluído
o processo, o Poder Público procede à inscrição do bem como tombado, no respectivo
registro de tombamento.
Gabarito: ERRADO
3.12. (MS/ADMINISTRADOR/2008) O inventário é essencial para a apuração
de quebras, extravios, deteriorações e desvios, além de possibilitar a
verificação de omissões e duplicidades na escrituração.

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Comentário:
O grande objetivo do inventário é possibilitar melhor e mais efetivo controle dos bens
públicos.
Gabarito: CERTO
3.13. (MS/ADMINISTRADOR/2008) Não figuram entre os bens que devem ser
registrados na contabilidade patrimonial por meio de registros sintéticos os
bens móveis e imóveis da administração pública.
Comentário:
Ao contrário. Conforme a lei nº 4.320/64:
Art. 95. A contabilidade manterá registros sintéticos dos bens móveis e imóveis.

Gabarito: ERRADO
3.14. (TCU/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2008) No caso de bens
móveis produzidos ou de imóveis construídos diretamente pelo ente público,
os valores que devem ser incorporados ao patrimônio e que devem figurar no
balanço patrimonial são aqueles pelos quais esses mesmos bens poderiam ser
adquiridos no mercado.
Comentário:
Os referidos bens devem ser contabilizados pelo seu custo de produção ou
construção, consoante o artigo 106 da lei 4.320/64:
Art. 106. A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá as normas seguintes:

I - os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu valor nominal, feita a conversão,
quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na data do balanço;

II - os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de construção;
III - os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras.

Gabarito: CERTO

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3.15. (TJDFT/ANALISTA JUDICIÁRIO/2008) Segundo a Lei n.º 4.320/1964, o


levantamento geral dos bens móveis e imóveis terá por base o inventário
analítico de cada unidade administrativa e os elementos da escrituração
sintética na contabilidade. Quanto aos procedimentos a serem adotados para
o cumprimento da referida lei, julgue os itens seguintes. Os elementos
necessários para a perfeita caracterização de cada um dos bens de caráter
permanente devem ser indicados.
Comentário: Lei 4.320/64:
Art. 94. Haverá registros analíticos de todos os bens de caráter permanente, com indicação dos elementos
necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis pela sua guarda e
administração.

Gabarito: CERTO

3.16. (ANATEL/ANALISTA/2009) No caso de imóveis, todos devem ser


inventariados, tanto os de propriedade da União, cedidos a terceiros, quanto
os de propriedade de terceiros, à disposição da União, tudo separadamente
dos bens de propriedade e na posse da União. Nesses casos, é primordial a
identificação do local de utilização dos bens.
Comentário:
Exato. Todos os bens de propriedade da União, ou à sua disposição deverão ser
controlados pelo sistema contábil.
Gabarito: CERTO
3.17. (ANTAQ/ANALISTA/2009) Os registros sintéticos de todos os bens de
caráter permanente podem ser feitos em uma divisão ou setor do patrimônio,
em fichas, de modo a se caracterizarem a espécie do bem e o responsável pelo
mesmo.
Comentário: Lei 4.320/64:
Art. 94. Haverá registros analíticos de todos os bens de caráter permanente, com indicação dos
elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis pela
sua guarda eadministração.

Gabarito: ERRADO

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Bibliografia

1. DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: princípios,


conceitos e gestão. 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2010.

2. LEE, H. L.; PADMANABHAN, V.; WHANG, S. Information Distortion


in a Supply Chain: The Bullwhip Effect. Management Science, Vol.
50, n. 12, Dezembro, 2004.

3. LOPES, Rita et al. Planejamento e Controle da Produção e sua


importância para a administração. In: Revista Científica Eletrônica
de Ciências Contábeis. 2007.

4. NOVAES, Antonio Galvão N.; ALVARENGA, Antonio Carlos. Logística


Aplicada: Suprimentos e distribuição física. São Paulo: Pioneira,
1994.

5. POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais: uma


abordagem logística. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2008.

6. SLACK, N., CHAMBER, S.; HARDLAND, C.; HARRISON, A. JOHNSTON,


R. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 1999.

7. SVENSSON, G. The multiple facets of the bullwhip effect: refined


and re-defined. International Journal of Physical Distribution &
Logistics Management. n. 35, Setembro/Outubro 2005.

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