Tema

UMA INVESTIGAÇÃO ACERCA DAS ALTAS TAXAS DE JUROS ADOTADAS NO BRASIL E SUAS
IMPLICAÇÕES PARA AS CONTAS PUBLICAS

Contextualização

Tendo uma economia assentada na monocultura da cana de açúcar, o Brasil sempre

apresentou crescentes déficits em seu balanço de pagamentos com o exterior, principalmente
por ser extremamente dependente do capital externo para financiar seus projetos de
infraestrutura e industrialização, além de ser um exportador de produtos com baixo valor
agregado e importador de manufaturados de alto valor.

Com a implantação do Plano Real em 1994 e das politicas de estabilização – âncora

cambial e posteriormente o regime de metas da inflação, este a partir de 1999 – as contas
públicas que já eram deficitárias apresentaram-se cada vez mais comprometidas. Sucessivos
déficits nas transações correntes foram causa para uma busca desenfreada por capital de curto
atraído por altas taxas de juros, no intuído te cobrir o rombo da conta com o exterior.

Essas políticas se perpetuaram nos governos FHC, Lula e Dilma. Nos governos Lula as
consequências foram pouco sentidas em virtude do “ciclo das commodities” que
supervalorizou produtos primários no mercado internacional, isso proporcionou fôlego a conta Commented [JCAA1]:
corrente do Brasil com o exterior – mascarou por algum tempo o desequilíbrios das contas
públicas –, ainda assim as taxas de juros permaneceram altas durante todo o seu governo, de
modo a garantir rendimentos acima da inflação para os grandes bancos.

Com a adoção de tais políticas houve um processo de aumento gigantesco da dívida

pública e consequentemente de políticas de ajuste fiscal que têm como objetivo gerar
superávits primários para amortizar a dívida que nunca diminui, mas pelo contrário aumenta a
cada dia, em detrimento disso vemos seguidos ataques aos direitos sociais e trabalhistas, um
exemplo mais atual foi a aprovação da PEC 55 que visa reduzir gastos públicos em todos os
setores, menos o serviço da dívida que continua sem controle.

Justificativa

Vivemos em um momento de ajustes fiscais que casam direitos conquistados com

muita luta no decorrer de vários anos, a justificativa para isso é a falta de recursos que por sua
vez inviabiliza a assistência por parte do estado ao cidadão. Diante disso, cabe-nos examinar
de forma mais profunda a atual realidade e identificar os reais fatos que levam a adoção de
tais políticas.

No centro dessa discussão está a política monetária adotada desde o plano real que
tinha como objetivo controlar a grande inflação que assolava os preços no país, mas a
realidade depois de implantava foi bastante diferente. Os mecanismos da política de
estabilização tornaram-se verdadeiros drenadores de recursos públicos para a iniciativa
privada, em sua maioria grandes bancos, que possuem quase que um monopólio de títulos
públicos lastreados pela SELIC.
 Diante disso, o presente trabalho busca...

A presente pesquisa justifica-se pela necessidade da discussão a cerca da relação entre

as altas taxas de juros adotadas no Brasil e o endividamento publico que cresce a cada dia, já
que essa relação influencia fortemente a realidade da economia nacional e

Problematização

Hipótese

As politicas de combate à inflação implantadas desde o Plano Real – Ancora cambial e Regime
de Metas da Inflação – tiveram como objetivo garantir altos rendimentos para os detentores
do capital especulativo que apostam em títulos públicos lastreados pela SELIC, e em
consequência, geraram grandes déficits nas contas públicas, que por sua vez, foram usados
como pretexto para a adoção de politicas de arrocho fiscal que atacam importantes setores da
sociedade, mas principalmente politicas sociais.

Objetivo Geral

Por que as taxas de juros estive tão alta nos últimos anos e quais as suas consequências para
as contas públicas?

Objetivo especifico I

Procurar ver a relação entre a vigência da ancora cambial e o inicio do regime de metas da
inflação.

Objetivo Especifico II

Analisar os persistentes déficits das transações correntes e sua influencia para as contas
públicas.

Objetivo Especifico III

Verificar qual a relação entre juros altos e divida pública