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ANDERSON CORRÊA
CHAPECÓ/SC
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ANDERSON CORRÊA
CHAPECÓ
Maio/2010
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RESUMO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 8
1.1 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA ........................................................................ 9
2 OBJETIVOS .............................................................................................................. 9
2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................... 9
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................ 10
2.3 JUSTIFICATIVA.................................................................................................. 10
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................... 13
3.1 RACIONALIZAÇÃO DE OBRA ......................................................................... 13
3.2 INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS ......................................................................... 17
3.2.1 Evolução na construção civil (década de 80, qualidade)................................. 17
3.2.2 Racionalização versus industrialização ........................................................... 17
3.2.3 Tendência do mercado construtor................................................................... 18
3.2.4 Inovação Tecnológica ..................................................................................... 18
3.2.5 Classificação das inovações tecnológicas ....................................................... 19
3.2.6 Riscos da introdução da inovação.................................................................. 20
3.2.7 Desenvolvimento de inovações tecnológicas .................................................... 20
3.3 EQUIPAMENTOS E TÉCNICAS CONVENCIONAIS PARA EXECUÇÃO DE
OBRA......................................................................................................................... 22
3.3.1 Revestimento argamassado.............................................................................. 22
3.3.2 Tipos de revestimentos ..................................................................................... 23
3.3.3 Chapisco ........................................................................................................... 24
3.3.4 Taliscamento................................................................................................... 25
3.3.5 Mestras ............................................................................................................. 25
3.3.6 Acabamento superficial das camadas............................................................ 26
3.3.7 Reboco ou fino .................................................................................................. 27
3.3.8 Acabamento final ............................................................................................. 27
3.4 TÉCNICAS E EQUIPAMENTOS INOVADORES.......................................... 29
3.4.1 Produção de argamassa com bomba de projeção ........................................... 29
3.4.2 Tipos de argamassa ............................................................................................ 29
3.4.3 Bombas de argamassa ........................................................................................ 30
3.4.4 Perdas de materiais ........................................................................................ 30
3.4.5 Qualidade do revestimento .............................................................................. 30
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1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
2.3 JUSTIFICATIVA
por essa pesquisa deverá ser difundido para outras empresas, que poderão utilizá-lo na
sua tomada de decisões.
Diante dos problemas apresentados no processo convencional de produção de
revestimentos à base de argamassa e da pequena utilização de projeção mecânica nas
empresas apesar do seu potencial em aumentar a qualidade do produto surge à
necessidade de um estudo amplo do sistema de produção com aplicação mecânica de
argamassa. Para isso, é preciso avaliar o impacto da introdução da mecanização da
aplicação de argamassa para o processo e para o sistema de produção, verificando as
dificuldades e melhorias decorrentes do uso de tal tecnologia em relação ao sistema
tradicional de produção.
Portanto, essa pesquisa pretende comparar sistemas de produção de
revestimentos de fachada com uso de aplicação mecânica e manual de argamassa
através de estudos de caso em empresas que utilizem esses sistemas.
Equipamentos estes que muitas vezes sofrem preconceitos quando surgem no
mercado consumidor, por falta de conhecimentos na sua utilização, mas que acabam
sendo aderidos com esse mercado competitivo que se vive atualmente à procura de
novas técnicas e equipamentos que agilizam o processo de execução colocando um
passo a frente no mercado consumidor aquele que procura inovações.
Este trabalho busca mais conhecimento sobre estas novas técnicas coletando
dados e comparando-o com as técnicas convencionais.
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3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
longo dos tempos, apresenta-se hoje incoerente e inadequada, com reflexos negativos
sobre a qualidade.
Para se atingir este objetivo de racionalização da fase de projeto é essencial a
coordenação de projetos, normalmente associada aos princípios de construtibilidade.
Deste modo, os princípios de racionalização nesta fase são, segundo (Araújo, 2000):
a) Construir numa mesma seqüência;
b) Reduzir o número de operações na construção;
c) Simplificar o projeto dos elementos;
d) Padronizar os componentes da construção;
e) Coordenar dimensionalmente os materiais;
Muitos autores entendem que a fase de projeto é a mais propícia para tomar
medidas que visam à racionalização, através de incrementos da construtibilidade.
Segundo CII (1987) apud (PARAVISE, 2007) construtibilidade é o uso
otimizado do conhecimento das técnicas construtivas e da experiência nas áreas de
planejamento, projeto, contratação e da operação em campo para atingir os objetivos
globais do empreendimento.
É o envolvimento das pessoas com experiência e conhecimento em execução de
construções, desde as etapas iniciais do empreendimento. É importante a participação de
todos os envolvidos com a execução e com a elaboração dos projetos.
A construtibilidade é uma diretriz para se atingir uma maior racionalização dos
processos porque ela: “integra projeto e construção dentro de uma visão holística,
adotada prioritariamente em todas as etapas os dados provenientes das operações
construtivas e considera que a solução ótima é a de maior construtibilidade”
(SABBATINI, 1989).
A construtibilidade é efetivada no processo executivo através de:
a) Planejamento e programação orientando às necessidades da construção;
b) Simplificação dos projetos;
c) Padronização;
d) Modulação e pré-montagem;
e) Acessibilidade (“manuseabilidade”);
f) Projeto orientado para condições ambientais adversas;
g) Especificações;
A racionalização da construção, segundo (Araújo, 2000) “é uma ação ou um
conjunto de ações praticadas com objetivo de tornar racional a atividade construtiva”. É
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Reboco Acabamento
camada desse material, sendo denominadas de emboço e reboco, ou pode possuir apenas
uma camada, chamada de massa única. Nesse estudo foi considerado revestimento à
base de argamassa tanto o sistema emboço/reboco como o de massa única, independente
do material de acabamento.
Para Baía e Sabbatini (2000), esses dois tipos de revestimento podem ser
aplicados sobre uma camada de preparo de base, denominada chapisco.
Já Fiorito (1994), diz que os revestimentos de modo geral são sempre
constituídos de diversas camadas de materiais diferentes ligados entre si, as quais deve
se ter muita atenção pois qualquer deformação no conjunto resultara em tensões no
mesmo.
Já Fioreto (1994), separa as camadas de modo genérico em base, chapisco,
camada regularizadora e argamassa de assentamento.
3.3.3 Chapisco
3.3.4 Taliscamento
3.3.5 Mestras
Para realizar o reboco deve-se ter em mãos areia fina já peneirada ou argamassa
industrializada. Para Azeredo (1995, p. 73):
Para preparar a argamassa, existem duas opções: prepara-se com nata de cal
feita na obra a partir da cal virgem ou prepara-se com a cal hidratada. Se
utilizada a cal hidratada, deve-se ter cuidado de peneirar a cal para evitar no
futuro a existência de grãos minúsculos de cal que, com o tempo, [...] irá
estufar e estourar o revestimento.
Para Silva (2006) a argamassa deve ser preparada e deixada em repouso durante
72 horas, a fim de que a reação química da cal seja perfeita, dando sua aderência aos
grãos de areia. A aplicação segue molhando-se o emboço, colocando a argamassa na
desempenadeira e comprimindo-a, de baixo para cima no emboço, de maneira que se
obtenha uma espessura de 3 a 4 mm. Em seguida, com movimentos circulares, procura-
se desbastar a espessura e ao mesmo tempo uniformizar a parede de maneira a se atingir
uma camada de 2 a 3 mm. “Quando a massa estiver puxando, isto é, perdendo água,
desempenamos mais uma vez, agora com desempenadeira revestida com espuma de
borracha ou feltro, tendo o cuidado, de nesta etapa, esborrifar água [...]”.
com a bomba de projeção de argamassa utilizando para nos dois processos argamassa
industrializada, esse número seria ainda maior com argamassa preparada em obra.
Paravisi (2007), salienta que uma pesquisa comparativa entre os dois processos
de produção demonstrou que o uso de argamassa industrializada contribui para a
racionalização desse subsistema. Existe um potencial de redução da demanda de mão-
de-obra, do prazo de execução e da interferência com outros serviços e de minimização
das perdas que geram ganhos em eficiência.
3.4.6.2 Projeção
3.4.6.3 Sarrafeamento
3.4.8.1 Produtividade
4 MÉTODO DE PESQUISA
4.3 AMOSTRA
Sendo assim, foram visitadas três obras: obra nº 1, em Águas de Chapecó onde a
empresa que realiza o trabalho é a Construtora B, sendo que esta obra é de grande porte
e envolve grande quantidade de trabalhadores.
A outra obra nº 2 que foi visitada para coleta de dados, está localizada na
Avenida Fernando Machado, sendo o trabalho de construção realizado pela Construtora
A.
A obra nº 3 objeto desta pesquisa é realizada pela Construtora B, e está
localizada na Avenida Getúlio Vargas.
Ao término da coleta de dados e feitos a comparação entre os dois métodos, a
comparação objetivou avaliar a redução do tempo de ciclo e também seu padrão de
acabamento e utilização dos equipamentos.
As coletas eram realizadas semanalmente onde teve seu início no mês de janeiro
e transcorreram até maio de 2010, os dados foram coletados pelo próprio pesquisador
preenchendo as planilhas em duas empresas em três obras diferentes as quais se
encontram duas no centro da cidade de Chapecó-SC e a outra no interior de Águas de
Chapecó - SC.
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aberturas, sendo esse caso o da obra do prédio residencial nº 02, objeto desse estudo
também pela construtora B.
A obra nº 03 apenas para uma demonstração, não sendo este objetivo da
pesquisa de comparação de chapisco e sim de paredes acabadas a Construtora A, utiliza-
se da maquina de projeção de argamassa apenas para realização de chapisco, (o reboco é
manual e alto padrão de acabamento), obtendo assim uma média de 1557,3 m² de
chapisco com uma equipe de 3 funcionários e RUP de 0,02 Hh/m² por funcionário.
Em estudo realizado por Alievi (2009) em Chapecó, foi verificada a
produtividade de massa única com espessura de 2,0 cm, com uma produtividade manual
real de 0,38 Hh/m² por trabalhador, considerando em relação ao valor da produção da
TCPO (2008) que os valores orçados são maiores que os valores reais, em relação ao
valor de produção da TCPO (2008). Pode-se dizer que os valores orçados são maiores
que os valores reais, há mais produtividade.
Diante disso pode-se dizer que o estudo realizado para identificação da produção
manual e produção da máquina projetora foi importante para constatação e compilação
dos dados sendo que as RUP’s encontradas por Alievi (2009) em Chapecó na projeção
manual são praticamente iguais as coletadas nas obras em estudo. E pode ser observado
que a bomba realmente é mais produtiva, comparando-o com outros estudos realizados
como mostra a figura 10.
PRODUTIVIDADE DE REBOCO
0,5
RUP's (Hh/m²)
0,4
0,3
0,2
0,1
0
1 7 21 35 42 56 70 91 94 98 101 105 108
Tempo (dias)
apresentavam fissuras, e estavam no prumo e esquadro o que era cobrado pela empresa
B de seus funcionários e também supervisionado pela empresa que as contratou. Já nas
duas outras obras onde foram coletados os dados o padrão de acabamento era sem a
utilização da máquina projetora de argamassa é considerado um padrão bom, sendo que
em um prédio residencial deste estudo, onde a Construtora A e B estavam realizando
seus serviços, as paredes apresentavam uma boa resistência, acabamento superficial e
ásperes bem lisas, todas as paredes sempre conferidas por um funcionário da empresa e
supervisionadas pelos engenheiros as quais não estavam fora do alinhamento.
Nas obras onde se utilizou os equipamento tanto para projeção quanto para
desempeno para efetuar o acabamento, este pode ser considerado um acabamento muito
bom, neste caso sempre realizado por profissionais capacitados e treinados para
realização de bons trabalhos, as paredes apresentavam até uma resistência maior, pois o
equipamento projeta constantemente e sempre com a mesma intensidade, seu
acabamento superficial era bem liso sem a presença de fissuras e sempre bem
supervisionado.
exigem melhorias por parte das empresas ocasionando um aumento ainda maior sobre o
sistema manual.
Em relação o consumo de materiais entre os métodos utilizados foi considerado
os mesmos para ambos, já em relação à produtividade o método de projeção mecanizada
apresentou ser 71% mais produtiva, com isso chegou-se a conclusão que uma equipe de
4 pedreiros custam para a empresa R$ 5.288,10 mensais, sendo que o salário do
pedreiro estipulado pelo ministério do trabalho está atualmente R$ 750,00 multiplicados
por 76,27% de encargos sociais para trabalhadores assalariados e ainda multiplicados
pela equipe chegando ao total mencionado acima. Com a economia de 71% pela
projeção mecanizada as empresas poupariam R$ 3.743,00 mensais.
O equipamento de projeção custa cerca de R$ 52.000,00 o qual inclui máquina
de projeção e desempenador elétrico com está economia o equipamento se pagaria em
aproximadamente 14 meses não levando em consideração a manutenção do
equipamento.
Por outro lado o sistema mecanizado mostrou-se ter um custo mais elevado
sobre o sistema manual quanto a manutenção do equipamento, pois uma das empresas
pesquisadas não realizava a limpeza do equipamento fazendo com isso que a vida útil
do equipamento reduzisse pela metade. Porém com um pouco mais de fiscalização por
parte dos engenheiros e treinamento dos funcionários o trabalho e a produção podem ser
melhorados. Através dessa pesquisa compararam-se melhor os dois métodos e apesar de
alguns problemas o sistema mecanizado sai com vantagem sobre o sistema manual.
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6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZEREDO, Hélio Alves de. O edifício e seu acabamento. São Paulo: Edgard Blucher,
1995. 178 p.
BORGES, A. C. Pratica das pequenas Construções. 8.ed. São Paulo: Edgard Blucher,
1996.