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1. Generalidades:
OBS.:
Juridicamente, o termo autarquia pode ser utilizado em dois sentidos:
o de autarquias territoriais ou o de autarquias institucionais.
As autarquias territoriais integram a descentralização administrativa
realizada principalmente nos Estados unitários, para execução de atividades
estatais. Tal não ocorre no Brasil, onde Estados e Municípios são unidades da
federação.
Ainda assim, no Brasil existe a previsão constitucional para a criação
de territórios, que equivaleriam, justamente, as autarquias territoriais.
Deste modo, não é a esse tipo de autarquias que se refere o DL 200/67
ao tratar da Administração Indireta brasileira, mas sim às autarquias instituci-
onais.
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OBS.:
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), embora atuando como
órgão fiscalizador da atividade profissional, foi declarada pelo Supremo
Tribunal Federal como uma entidade "ímpar, "sui generis", não sendo
considerada uma entidade da Administração Indireta.
Leia mais em:
http://jus.com.br/artigos/18304/a-natureza-juridica-da-ordem-dos-
advogados-do-brasil-sob-a-otica-do-supremo-tribunal-federal-e-suas-
peculiaridades#ixzz2wuZy0pxF
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O inciso XIX, do art. 37, da Constituição Federal alterou este entendimento do DL 200/67. É o seguinte o teor do referido
dispositivo constitucional: “XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua
atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)” (grifos nossos).
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Como mencionado na nota anterior, o inciso XIX, do art. 37, da Constituição Federal alterou este entendimento do DL 200/67.
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Vale ressaltar que qualquer dos tipos acima pode enquadrar-se na ex-
pressão constitucional FUNDAÇÕES MANTIDAS PELO PODER PÚBLICO, encon-
trada em textos legais como o da art. 37-XVI, da Constituição Federal, o que
significa dizer que, nos dias de hoje, independentemente da personalidade
jurídica, se as fundações têm contato com verbas públicas estão sujeitas ao
controle público, como a Doutrina e a Jurisprudência têm reconhecido.
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SOCIEDADE DE FUNDAÇÃO
EMPRESA
CARACTERÍSTICA AUTARQUIA ECONOMIA PÚBLICA (previs-
PÚBLICA
MISTA ta no DL 200/67)
Autorizada por
Autorizada por
lei específica e
lei específica e
Decreto institui-
Autorizada por Decreto institui-
dor, que é levado
Lei específica lei específica e dor. O registro é
ao registro civil
(inciso XIX, do Decreto institui- feito no
público compe-
art. 37, da Cons- dor. O registro é REGISTRO CIVIL
tente, qual seja
tituição Federal). feito na JUNTA DE PESSOAS
o REGISTRO CIVIL
Não precisa de COMERCIAL por- JURÍDICAS, não
DAS PESSOAS
registro. O nas- que a forma se lhes aplicando
CRIAÇÃO JURÍDICAS
cimento da per- obrigatória ado- as demais dispo-
(quando se tratar
sonalidade jurí- tada é a de soci- sições do Código
de sociedade
dica da autarquia edade anônima, Civil que digam
civil) ou a JUNTA
surge com a pró- que é uma socie- respeito às fun-
COMERCIAL
pria lei institui- dade comercial, dações. Seu âm-
(quando se tratar
dora. mercantil ou bito de atuação é
de sociedade
empresarial. (1) regulado por lei
comercial, mer-
complementar
cantil ou empre-
(CF 37-XIX).
sarial) (1).
PERSONALIDADE De direito públi- De direito priva- De direito priva- De direito priva-
JURÍDICA co. do. do. do.
Executa ativida- Explora atividade Executa ativida-
des típicas da econômica que o des típicas e,
Administração Poder Público portanto, não
Pública, que seja levado a lucrativas e que
requeiram ser exercer por con- não exijam a
descentralizadas tingência admi- execução por
para o seu me- nistrativa. Explora atividade órgãos ou enti-
lhor funciona- econômica. dades de direito
FUNÇÃO mento. Atividade Eco- público, mas que
Atividades Típi- nômica é uma sejam do interes-
cas da Adminis- atividade lucrati- se coletivo e,
tração Pública va e sem cunho portanto, mere-
são aquelas de preponderante- çam o amparo
cunho preponde- mente social. estatal.
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§ 3º do art. 5º do DL 200/67: “As entidades de que trata o inciso IV deste artigo [Fundações Públicas] adquirem personalidade
jurídica com a inscrição da escritura pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes aplicando as
demais disposições do Código Civil concernentes às fundações”.
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O seu capital é
produto da asso-
ciação de recei-
Seu capital é O seu capital é
tas públicas com
Não têm capital exclusivamente produto da asso-
capitais privados.
porque são pes- público, ou seja, ciação de recei-
O Estado se re-
soas de Direito nele só podem tas públicas
CAPITAL serva o controle
Público. Têm figurar pessoas (subvenções)
da sociedade
orçamento, como da Administração com capitais
através da titula-
o Estado. Direta ou da privados (doa-
ridade da maioria
Indireta. ções).
do capital votan-
te expresso em
ações.
Estatutário (Lei Estatutário (Lei
Celetista, de Celetista, de
8.112/90). É 8.112/90).
REGIME acordo com a CF acordo com a CF
considerado ser- Seu integrante
FUNCIONAL DO 173-§1º-II4, mas 173-§1º-II, mas
vidor público. estará sempre
PESSOAL sujeito a concur- sujeito a concur-
Está sujeito a sujeito a concur-
so público. so público.
concurso público. so público.
O fato é que elas sofrem o controle estatal, ainda que indireto, como
é o caso das duas empresas citadas como exemplo (a BR Distribuidora e a
Transpetro), que sofrem o controle do Tribunal de Contas da União e ado-
tam o Decreto nº 2.745/98, que aprovou o regulamento licitatório simplifi-
cado da Petrobrás.
4
Art. 173 - § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiá-
rias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo so-
bre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998). Inciso II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas
privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitu-
cional nº 19, de 1998)
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que nela também podem ser consideradas as entidades que prestam serviços
públicos em regime de parceria e os delegatários de serviços públicos.
“§ 1º Considera-se desestatização:
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Apud Maria Silvia Zanella Di Pietro: “Direito Administrativo”. 17ª ed. São Paulo: Atlas, 2004, pp. 412-413.
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São todos aqueles instituídos por lei, com personalidade jurídica de di-
reito privado, com a finalidade de ministrar assistência ou ensino a certas ca-
tegorias sociais ou grupos profissionais, sem fins lucrativos, que providenciam
a sua manutenção através de dotações orçamentárias próprias ou de contri-
buições de seus beneficiários.
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A terminologia terceiro setor é utilizada para definir um setor que se situa entre o público e o privado. O setor público (primei-
ro setor) é o governo, representando o uso de bens públicos para fins públicos. O segundo setor refere-se ao mercado e é
ocupado pelas empresas privadas com fins lucrativos. O terceiro é formado por organizações privadas, sem fins lucrativos,
desempenhando ações de caráter público.
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FUNDAÇÕES DE APOIO:
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Diógenes Gasparini: “Direito Administrativo”. São Paulo: Saraiva, 2007, p.470.
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OBS.:
Não pode ser transferida, nem mesmo pela concessão de serviço pú-
blico.
8
Sérgio Pinto Martins: “A terceirização e o Direito do Trabalho”. São Paulo: Malheiros, 1995.
9
Maria Sylvia Zanella Di Pietro: “Direito Administrativo”. São Paulo: Atlas, 2005, pp. 240-241.
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a) Conceito:
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tivo em que é feita a delegação do serviço público a uma pessoa privada que
deverá prestá-lo.
Assim, por esses conceitos podemos traçar pelo menos duas diferenças
entre as duas modalidades, como se vê no quadro abaixo:
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as do Contrato de Concessão; e
c) Extinção da Concessão:
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d) A REVERSÃO:
a) Conceito:
b) Características:
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