Descrição de uma paisagem

Lagoa das Sete Cidades

Estou à beira de uma estrada, perante uma das mais belas paisagens naturais de Portugal: a
Lagoa das Sete Cidades.
Mesmo à minha frente erguem-se umas árvores majestosas, verdejantes e hirtas que flutuam a
cada aragem fria e arrepiante.
Apesar do vento, toda a minha atenção é instintivamente redirecionada para o grandioso
espelho de água. Sobre esse verde-esmeralda aparecem algumas manchas escuras, reflexo das
nuvens, fazendo-me lembrar pequenas rochas no fundo do mar.
Na margem direita da lagoa verde, consigo avistar uma pequena área onde as árvores que
envolvem quase toda a paisagem dão lugar a ervas rasteiras. Vacas brancas malhadas de negro
pastam por ali alegremente.
Um pouco mais adiante, pequenas almofadas, verde-escuras, formam uma encosta sombria.
Nesse momento comecei a atravessar visualmente a estreita ponte que liga as duas margens da
lagoa fazendo com que estas se possam abraçar.
No fim da ponte existem casas dispersas como pequenos flocos de neve que caíram ao acaso
sobre os ramos de uma grande árvore.
Entre as casas é possível avistar alguns terrenos de cultivo, formando um padrão feito de
retângulos de vários tecidos verdes, cosidos com uma linha formada por árvores.
O vento está mais forte e, com isto, algumas nuvens deixam passar vários raios de sol que
incidem sobre as águas escuras da lagoa azul. Esta lagoa é uma grande safira, muito brilhante, muito
reluzente e muito cristalina que consegue deslumbrar até os olhos de uma princesa.
Ai já não vejo manchas, mas sim o brilho da água, até as margens são muito mais majestosas do
que as da lagoa verde. Aquele maciço de água está quase todo rodeado por uma encosta muito
ingreme e extremamente alta como se se tratasse de uma muralha para defender toda aquela beleza.
Mesmo sendo rochosa, toda a encosta é verde como uma planície.
Por último, avisto, do lado direito, uma pequena porção de terra verde e castanha que parece ter
emergido das águas.
Respiro fundo, fecho os olhos e sinto o vento nas minhas faces; esta será, sem dúvida, uma
imagem que nunca esquecerei!

Sofia Agostinho;9ºC