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coe ne Sumario Colegio TEATRO, 1 * Preticio : ° 1 — Contexto histériog a... oH 2 — A “eculturagéo” fesutica M 3 — Primelras pecas teatrais 8 4 — Retatério do Padre Cardin... 2 urRGS 5 — Bibliograia teatral de Anchieta a WWST, DE LETRAS | 5.1 — Na Festa de Sao Lourengo 8 IHEAOT RCA i i we note ow) 3.2 — Na Fewa do Natal... 38 eu O-10249, 5.3 — Auto das Onze Mit Virgens 59 mere 382225 5.4 — Na Vila da Vitoria Sh - 5.5 — Auto de Guareparin micaereecea Ab Housel, Lttar Franco 5.6 — Na Viitagdo de Santa Tsabet 86 ut ico, mo Ren pr] Lote Hal) 6 — Antlise geral 92 Roieeece wasn a ae ae 7 — Conelusies . . Wt airessesa (Ca See 2) Bibliografia pra chaes 100 es Indice de names € titilos ..seeeseesseeseeeee 108 4, Rieders, Georges, X Titulo, I, Série, SbY 809 09-281.2.61) ‘ebb Brea 2008) 5.1 — NA FESTA DE SAO LOURENCO ‘Bim piginas em que a elegincia se associa & erue j Maria de Lourdes de Paula Martins*, a quem Inf a Tevelacto e a publieagto integral desse texto |, situa a obra em seu tempo e em seu meio social. fue turn, Claude-Henri Fréches, em ensaio de grande f beleza, nos propicia a anilise sob © ponto do ‘Vista do um perito em teatro. A ambos devemos 0 es- ial do presente estudo, 0 Jocal da primeira representacio teri sido um es- lrguido sobre 0 aro da capela de So Lourenco, ido por pano de fundo a.fachada do priprio templo. Tnervém na cena cerca de vinte personagens: Guai- el dos dembnios; seus dois criados, Aimbiré © a, e quatro companhelros, Urubu, Tateurona, Ja- quaruo. © Carré; dois imporadores romanos, Désio © Vateriano; 840 Sebastido, padroeiro do Rio de Janciro, Ue Pte reg nai oer serge eee ean «Slo Lowrengy, nadsosio da alicia de Sho Leen sett an vlna un ajo. e dls penonasens re ef amodn doe ramos rgins medieval: @ Pere ous eo Amor de Dew; sons © Aar- ne. rang consta de cneo aon. No primeito, aa nos ne pete de polo, cai eao co passa fora sr espe tongs de ieldae! 0 maxtrlo de S80 Late ee tre ura xrlha, Tralee, provavement, "ela mudas miles, dsenoide enatanto we ae creas atria da ports da eopla, coment te core Putra ple mesa toada / Fa so canto, && Mano ego nas eles: Por lest, mi Salvador, ‘que mucre por mis mancills, ‘me oso on estas pervillas cor fuego de su amor (..-) (o-) Pues tw amor por m# amor hizo tantas mararvitas, see ona oot pat Oa EC SS PAR os wba ao (one 39 mucra yo en evtae parvitas or et tuyo, mi Sefior. © segundo ato se passa numa aldeis. Indica a ni brlea om portugués: “entram trés diaboe que queron Gestrulr @ aldela com pecados, aos quals resistem Sie [urenco © o Anjo da Guarda, livrando a aldela e prem, endo os diabos, eujos nomes séo Guaixard, que é 6 rel; Aimbiré e Saravaia, seus criados, A primeira cena desse ato consta de um longo mo: nélogo em tpl (dee quintiInas) de Gunisaré. queso Vangloria, menos de seus altos feitos, do que de neve vielos: Bon coioa 6 beber + a6 vomitar 0 canim, 1880 & apreciadissimo, {880 46 recomenda, 000 € admirdvet, (...) dancar (...) tingirse de vermetho, empenar 0 corpo, inter as pernas Gos) fumar (...) sourandeirar (.) enfurecer ¢...) Comer um ao outro Go) amancebaree (..,) 40 Para isso eonvivo com os tndion, » fnduzindo-os a acreditar em min. Vem inutitmente a afastarme 08 tais “padres”, agora, apregoando a Tei de Deus... Aqui etd ‘meu ajudante-mor, ‘meu colaboradar, ‘queimado como ex: © grande chefe Aimbiré™, pervertedor dos homens Entéo, registra uma rubrica, Guaixard se assent Entra uma velha, debulhada em lgrimas, eo sa tomando-o por um cacique. Mas (exclama ela em. Oh, 0 diabat Como me enjoa o seu mau cheiro! Se vivesse 0 meu marido, pobre Piracie, eu diria isto @ ele... E fore a velha, para tomar sozinha o cf 4 varios dias vinha mastigando, Guaixaré chama entio Aimbiré: Bh, onde esti ele? Bstava dormindo? Almbiré surge: Nao, Visitando as tabes; serra eu fui para estar com nossos stiditos. com blasfémias, be- ‘Baca visita sua fora festeja gens, dangas, enfoltes, penas: ‘Ao ver o8 seus costumes, | tranqiiizei-me. : Todos 08 vicios lox cbvigam em sew coracto. ‘Ao que Gusixard retruca: Por isso mesmo ‘om teu grande prestigio feu me apdio, confio em ti. Prossegue o dllogo entre ambos. Aimbiré confessa: B verdade que perdt alguns Nilo gosto que escape tuple deo mew poder. Em Maguea encontravam-se com ele velhas feiti- otras, Beereltando, ‘industriando oy homens, ‘abandonaran a3 ieis de Dews, estimando a mim somente. Guaixard refubila-se quando ouve seu etimplice de- laren: Infestamos Mopupiroca, Joquet, Qualapitiba, ‘Niteréi, o Paratoa, Guajojo, Cartjooee, Pacueaia, Aragatiba. (© pabiico certamente se puna a rir, diante desse ‘aptumilo de palavras estramboticas, “Alguns homens, entretanto, persistiam amando a Deus (...) ‘estes temiminds matvados detestem as nossas Teis (...) ‘Guabxard exorta @ companhelro a seduzi-los para, que dlasfemem, bebam, roubem, cometam pecados, Mas Aimbiré objeta mo difielt tentd-toe, Seu wolento guardio amedronta-me. — Quem? = 0 virtuoso Sa0 Lourenco que vive junto de Dew, Guaixaré pergunta-se a si mesmo, como neutralizar 44 Intervencio desso eleito de Deus ao qual ele préprio conseguira outrora mandar & grelha, E hé também esse Siio Sebastiio “seu companheiro de lita também / que {ol crivado de flechas” pelos deméntos, esse Sio Sebas- {io que, além do mais, contribuin para a derrota dos ranceses, Bem. Os dois chefes decidem travar combate ¢ Gunixaré ordena a Aimbiré: Vai fazer catrem esses matvados ‘on noss0e lagos! Suas alas cederdo depressa atbandonando 0 seu Criador, confiardo em née, © ataque comega pelos eam, enguanto 0 indio Saravai mings. Ambos embar- diabo também, © ser 4 vidor de Guaisaré — 0 piblico bem © sabe — faa: entrada com Saravaia: aguele vem espionar no int das tabas, enquanto este sairé de canoa a colher I magtes. ‘A nova cena 6 movimentada e tudo corre as maravilhas para eles, Saravala irrompe, de yolta: Em nossa honra 0s fndios estao fazendo festa. (...) Para isso acorriam 08 rapazes beberrces que pervertem esta aldeia, vethos ¢ vethas, ‘mogas que servem 0 cain. Assim, pois, preparam-se para assaltar a Eis, porém, (nova cena) que Ihes surge pela frente Lourengo com dois companheiros, Sio Sebastifo ‘Anjo da Guarda da aldeia, Aimbiré néo dissimula seu terror, Mas Gi ‘menos cobarde, decide enfrentar os reeém-vindos, — Quem és tu? perguntathe Séo Lourengo, gante, Guaixard se exalta declarandosse 0 bébado, arande boicininga, jaguar, antropsfago, agressor, dominio, deménio, aseassino, Int se reanima, dizendo: Bou jibsia, sou socd, © grande tamoio Aimbiré, in, gavido, Hamandud grenrudo, ou deménio luminoso! 1B assim ambos se péem a discutir largamente com os, a quem desafiam, esclarecendo ainda por que seus stiditos Ihes so submissos: pelos maus pela gula, pelas dangas imorals que ofendem Criador. ‘Terminam intimando os santos a se reti- 'Nio agianta Sto Lourenco pregar-lhes (aos indlgs ishos, 0s demonios) a confissio © @ comunhfo, Wéllo senhor da cura, pois Guaixerd replica: 0s rapazes ‘sous vicios escondem, disfarcam. ‘So Lourenco, porém, intervira em favor desses 1608, pois eles também Ihe dedicaram essa capela (que Indica com 0 ded) , portanto, foram postos sob a Dprotecéo. 1 em vo que Aimbiré the mostra os chi- fas garras, os dedos longos, os dentes, pois © Anjo Nilo expereis, como de outras exes, revolucionar eta aldeta, ' Aqui estou, seu guardido, ‘com S10 Sebastido. E 0 padroriro Sao Lourengo (..) queimar-vos-i 0 inferno. ‘Bia, prondei-os! Os santos apoderam-se dos dois disbos ¢ ainda de Saravala que se escondera e que, tentando apaziguar ‘Anjo, ve diz “inimigo dos franceses", “porco doméstico’ “espifio mofino”, e The oferece “ovos do peixe”, “farina puba’e até dinheiro: “nfo tem mais nada em meus Polsos” acaba ele confessando, Cena divertida, essa en= tee o Anjo e Saravaie, Este ainda clama por socorro @ ‘Aimbiré ea Cuaixard, mas a essa altura os trés esto ominados ¢ sho remetidos para o inferno. B at vem o sermio do Anjo para os assistentes: Alegrai-vos, fithos meus, por mim. ‘aqui estou para vos proteger. vim do bu ‘para junto de v6 : @ ajudar-vos sempre, © Anjo € Sto Sebastifo, o saldado que destrogon com suas flechss 05 valentes tamoios, apesar dos indteis fuzis dos franceses, vizio sempre em set auxilio. © vit- ‘tuoso So Lourengo, indica o texto, “fala com os santos, convidenda © povo a cantar”, e com i850 se despede: a 4 Celebremos este dia, celebremos a faganhat Os diabos so levados presos, conforme a rubrica, ‘20 som da Gtima eantiga Alegromest 08 nosses filhos vor Deus os ter Wertado! (bis) Guaieard wt para o inferno, Guaizard, aimbird, Saraveia ao para o inferno, Alegremse, vivendo bem, enterrando 08 velkor méus habitos, ‘ido afugentando a Dews © remiando ao diabo. Alegremse, em pas! A essa altura, terminado 0 segundo ato e finda a acho, tom-se a impresséo de ques pega termlnou, Sur- reendentemente, porém, um tereelto ato transporte 0 priblico, num salto para tris, para o momento em que So Lourenco jaz sobre a gretha. “Depois de Séo Lourenco morto nas grelhas, indica 4 rubriea inieial desse ato, 0 Anjo fiea em sua guarda e chama os dots dlabos, Aimbiré e Saravaia, que venham afogar Décto © Valeriano que ficam sentadss em seus ‘tronos. ‘Trata-se, pois, de castlgar os dois imperadores culpados do suplicio de Séo Lourengo; deveréo ambos ser queimados, por sua vez 48 ia, dopresea @ afogt-tcs, rita 0 Anjo, “péssaro grande” para ‘que néo vejam © sob ‘Aimnbiné responds de maneina edrmiea: Pronto! Para encoutar estas ordens, rewnirei os meus escravos. Saravaia, vem beber, pois vamos hoje quebrar as cadeens dos chefées, Saravala, pintado de negro, repbe: Ha muito cauim, ‘meu avd Jaguerwna? BH vou me embriogart A essa altura & 0 Anjo que se espanta: os Indies, ‘tremendo, clamam por socorro. Quatro comparsns core rem, os quais junto com aqueles se poem a comer uma parte do corpo dos imperadores romaros, E dizam: Comerto também os que ficaram em nossas casas, Convidaremos todos ete Urubu, um dos quatro, declara: Vou tevar ox suas tripas © bofes [para minha vetha sogra. ‘A rubrica registra que vio todos, agachados, para ‘do Décio que esta conversando com Valeriano, em fol, Trocam longamente suas impresses, felieitan- ‘mutuamente por haver imolado “el siervo de] Ifo se preocupa muito 0 autor com esse manipula ria e a mitologia de maneira fantastica, 0 centro de agio, nessa nova cena, pastou efetivay para as figuras de Valeriano e Décio. Diz este: Ni Pompeyo, ni Caton, ni César, wi ot Africano, ‘ningrin griego ni troyano ‘mudievon dar conetusiéa hecho tan soberano (...) esse momento Valeriano pereebe, de repente, os ‘armados com stias espadas. Para Décio, um deles ter, “Sumo Sefor" que deseja ‘questro tmperio acrecentar ‘oon 84 poderosa mano Eis, porém, que ambos sio bruscamente envolvides ‘em grande calor; quelmam-se retorcendo-se de dor. Dé- cio ainda acredita nos deuses: que et Phutin ‘que viene det Aqueronte, caxdiondo como tiaén, ‘a Tevarnos de rondin al fuego det Flegetonte. ‘Mas Valeriano jé vishumbra a verdade: Lorenzo cristiano, ‘asado, nos asaré. ‘Aimbiné, nfo sem certa polidez irdnica. (este 6 0 eémico da peca) adverte os Imperadores que ¢, efetiva- ‘mente, enviado por Séo Lourengo para Tancé-los 0 foro. Geme Valeriano, zesponsabillzando seu colege Décio pelo martisio do santo. ji ‘Aimbiré, misturando © espanhol com o tupl, lingua “ que os inmperadones parecem entender, prometethes sua 3 propria morada: Oh, qué tronos, ¥ qué coma, ‘os tengo ya aparejadas, en mis oscuras moradas 51 ‘BSCSH/ UFRGS a de vivas y etornas tomas sin nunoa ser apagadast E, ajudado por seus etimplices, empurram Décto ¢ Valeriano, fazendo caretas. Décio reconhece sua culpa: Bien ontiendo que este fuego, en que me enciendo merece mi. tirana, ‘Pues con tat porfia los cristianos zersiguicndo, om fuego tos destrufa, Os assassinos de Sio Lourenco receberiio, pois, 9 me- reeldo castigo, e assim termina o tereciro ato, A rulmica do quarto diz: “Tendo 0 corpo de So Lourengo umortalhado e posto na tumba, entra o Anjo, com 0 Temor (de Deus) eo Amor de Deus, a despedix 4 obra, ¢ no cabo acompanham o santo para a sepultura.” Anuncla entéo © Anjo, em portugués (olto estrofes) que Deus pouparé os indlos, gracas A intervencio de scu protetor Sio Lourenco, “A fala do Anjo a0 piblico (...) & um verdadetro Primor Iterdtio do mais fino vernéeulo”, segundo Maria Ge Lourdes de Paula Martins. ica: Dois fogos trasia xa alma com que as brasas resfriow, 52 | —— 7 @ no fogo em gue se assou com to gloriosa paima os tiranos triunfou, Um jogo foi 0 Temor 0 Bravo fogo ‘nfernad or honra a sew senhor fugiu da culpa mortal Outro foi o Amor fervente do Jesus que tanta amava que muito mais se abrasava com este fervor ardente que c'o fogo em que 82 assava. Deiaai-vos detes queimnar 0m0 0 mértir $60 Lourenco @ sereis wn vivo incense que sempre haves de cheirar na corte de Deus tmenso, Intervém entio o Temor de Deus, personagem nko concebe como alzuém possa atirarse no vieio sim merece: o inferno. Em 31 estrofes expresgn’ sentir, apontando Sio Lourenco como exemplo; Det pyecado quo te amas Sam Lorenzo tanto heyé Ue mit penas padecis, ¥ quemado en nas Yamas, Por No pecar, expird. speradores, pelo contrésio: id ou vida muriondo que tu muerte muera, sa tltima ejtrofe, sdguindo-se a fala do Amor ‘com 19 estrofes, também em espanhol. Tnsiste preciso amar a Deus, crlador de todo vivente, tar-Ihe © reconbecimento pela redencio efeti- Cristo: @ Dios que te ered, , de Dion muy omadot 1 con toto ewido, quien primero te amd. propio hijo entregs us més te podia dar, ‘uinio tiene, te aid? (...) pols, conventente dar a vida em virtude da morte fe dos bens que essa morte nos. proporcionou: ‘Da tu vida por tos bienes que su muerte te gand. Suyo eres, tuyo no. Date todo cwinto tienes, smnecn owinto tione te di, Despedindo-te, 0 Temar de Deus ¢ 0 Amor de Deus fem conjunto convidam os espectadores a levantar os ‘othos 20 Céu onde Sio Lourengo vela por eles e Ihes cobtém 0 perdido dos pecados, numa fala que abrange quatro estrofes de versos dodecassilabos: (...) Por sus oraciones habréis et perdén, xy del enemigo, perfecta victoria, Después de la muerte vertis en Ta gloria 1a care divina, con clara visién. No Inicio do quinto e Gltimo ato, diz a rubriea do autor: “Danga que se fez na procissio de S40 Lourenco, de doze meninos.” Ao dangarem, as eriancas cantam em ‘tupl (dezessels estrofes), rogando wm por um a So Lou rrengo que proteja a sua regido e que os ajude a repudiar as pratieas pagis. Reza assim a primeira estrofe: Aqui estamos jubitosos para oelebrar tua festa, Ovaid,’por twas siplicas, vena Deus facer-noe felies, Heando em nosso voragdo. ¢...) Repuiiemos nossoe vicios, Go erendo nos paiés, nem dancando, girando, praticando curandeirismo. (...) Nessa prece as criangas reconlam 0 suplicio de Sio Lourenco e seu poder sobre os demOnios. Oxalé possam clas experimentar durante toda a vida os beneficlos de sua amizade — ¢ 0 que exprimem na derradeira estrofe Noa doposttamos fem. twas maos as noseas alas confiantes em ti, Ama-noe ty durante @ nossa vida, ** ‘Finis", arromata o text, Causard estranheza, sem davida, a eolaboragéo de anjos ¢ de deménios, do bem e do mal, para combater os imperadores pasos, em nome de Deus. E ainda a eru: Giedo dos caciques americanas que parccem nada ignorar 4 respeito da mitologia e da hist6rla romana, sendo, além disso, poliglotas. Ora, ainda de acorda com 0 pensémento de M, de L. de Paula Martins, “O estado cultural da coldnla explies tais inccerénclas, Houve, desde 1540, no Brasil junto as escolas de primelras letras para a grande ‘maloria inculta, coléeios que ensinavam teologia e latin, 4Jé antes de 1583 conferiram-se, na Bahia, graus em Artes, Mins, enquanto o Bispo D, Pero Leitao argumen- tava com estudantes brasilelros sobre @ Zneida, havia tks CARERS, M, 0 1, do Pass. eet de anova, siamo tae, Broce setae 56 espetiiculos literérios em que se representavam pecas angolés, provavelmente popular no meio escravec com 0 tupl que, empregado por personagens ilustres, 1 auto, em cireunstincias angustiosas du peca, indiew any luso _generalizado, em contrapostedo com 0” castelhi esnobisimo petulante desse fim de século. Pormenores da época acidentalmente fixados no a arecem ser as sangrias, panacéia quase universal: Inale tos ¢ irreverénclas as sogras; filtros de amor; a rebel os indlos aos esforcos da eivilizacko. Pode-te obs que 0s dlabos talvez j@ usassem holsos © que a conrup elo suborno lavrava entre os indigenas: com farinhte Dubs, ovos de pelxe e dinhelro que Saravaia, pret Glssuadir do castigo merecldo, o Anjo que 0 derroton, Finalmente, indice de acomodacio dessas das eu turas — a européia, crista, © a americana, indigena 6 @ danca do dltimo ato: seus versos desenvelvem ‘rofissko de £6, 08 gestos conservam tradieses pagds, 6 agora conhecidas, sem ser monétona, simpitica apesar da sitira, em dtvida, do éxito que Ihe atribuiram na Gooey ainda dlgna de atenclo e interesse." " a iat La at

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