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ARTIGO

Comparação entre Friedrich von Hayek e Celso Furtado

Alefe Gabriel Soares da Silva e Souza

Jeferson Siqueira Cardoso

João Eudes Lauriano de Oliveira Filho

Métodos de Pesquisa em Economia – Christiane Senhorinha Soares Campos

Resumo: Celso Furtado e Friedrich von Hayek foram dois grandes expoentes do estudo
da economia mundial. Furtado era brasileiro e trabalhou em diversos órgãos da América
Latina e na política nacional, se posicionava em prol das nações subdesenvolvidas e
estudava as relações delas com as nações desenvolvidas. Já Hayek, economista
austríaco, um dos criadores da escola austríaca, era um liberal e crítico ferrenho do
socialismo, acreditava que regimes totalitários influenciavam negativamente a
economia. E esse artigo além de mostrar um pouco sobre suas obras e posicionamento,
tenta elucidar algum elo comparativo entre eles.

Palavras Chaves: Subdesenvolvimento, Escola Austríaca, Economia Mundial


Introdução

O objetivo desse artigo é comparar as ideias de Celso Furtado e Friedrich von


Hayek, economistas que se posicionam de maneira bem distinta, mas que podem vir a
ter algumas peculiaridades e similaridades. E aqui na introdução falaremos também um
pouco sobre suas biografias, carreiras acadêmicas, profissionais e posicionamentos
políticos.

Celso Furtado é um economista brasileiro que nasceu em Pombal na Paraíba no


dia 26 de julho de 1920. Graduado em Direito em 1944 pela Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ), iniciou seus estudos acadêmicos em economia quando fez
doutorado na Universidade de Paris-Sorbonne na França, concluído em 1948 com a tese
L'économiebrésiliennecoloniale que fala sobre a economia brasileira no período
colonial. E em 1957, a convite do professor Nicholas Kaldor, iniciou o pós-doutorado
na King’s College da Universidade de Cambridge, onde escreveu Formação Econômica
do Brasil, que se tornou um dos livros mais vendidos na época e foi traduzido para oito
idiomas.

Sua vida profissional na economia se inicia em 1949 quando mudou-se para


Santiago no Chile e foi um dos fundadores e integrante do CEPAL (Comissão
Econômica para a América Latina), órgão das Nações Unidas. E em 1950 foi diretor da
Divisão de Desenvolvimento do mesmo órgão. Poucos anos depois quando retornou ao
Brasil, presidiu o grupo misto CEPAL-BNDE, onde elaborou um trabalho que serviu de
base para o Plano de Metas do governo de Juscelino Kubitschek e a pedido do próprio
presidente, criou em 1959 a SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento do
Nordeste) e a dirigiu até 1964.

Em 1962, no governo de João Goulart, foi nomeado primeiro Ministro do


Planejamento do Brasil e foi idealizador do Plano Trienal de Desenvolvimento
Econômico e Social.

Porém, com o Golpe Militar de 1964 e com a implantação do Ato Institucional


n° 1, Furtado foi incluído na lista de cassados, perdendo seus direitos políticos e foi
permaneceu em exílio de 1964 até 1979, quando foi beneficiado pela Anistia.
No período de exílio, ele não parou sua atividade acadêmica, e em abril de 1964
foi ensinar em Santiago no Chile a convite do ILPES (Instituto Latino-Americano para
Estudos de Desenvolvimento). E em setembro de 1964, mudou-se para New Haven,
cidade do estado de Connecticut nos Estados Unidos da América, conhecida por ser a
sede da Universidade de Yale, uma das mais conceituadas do mundo, onde Furtado
assumiu o cargo de pesquisador graduado do Instituto de Estudos do Desenvolvimento.
Em 1965, foi convidado para lecionar na prestigiosa Universidade de Sorbonne, a qual
fez doutorado e veio a ser o primeiro estrangeiro a receber tal oferta, que foi feita com
base em um decreto presidencial do general Charles De Gaulle. Foi professor efetivo
por vinte anos e durante esse período também se dedicou a atividades de ensino e
pesquisa nas universidades de Yale, American University e Columbia, nos EUA, e de
Cambridge na Inglaterra.

Na sua volta ao Brasil, retoma as atividades políticas se filiando ao PMDB


(Partido do Movimento Democrático Brasileiro) em 1981. Em 1985 foi convidado para
participar da Comissão do Plano de Ação do governo Tancredo Neves e logo em
seguida foi nomeado Embaixador do Brasil junto à Comunidade Econômico Europeia.
Foi ministro da Cultura do governo José Sarney de 1986 a 1988. Foi eleito para a
Academia Brasileira de Letras em 1997 e veio a falecer no dia 20 de novembro de 2004
no Rio de Janeiro.

Friedrich von Hayek nasceu em 8 de maio de 1899 em Viena na Áustria e foi um


dos grandes expoentes da escola austríaca de economia. Além de economista, ele
também era um entusiasta da psicologia, sociologia e filosofia, por isso muito de suas
obras tem um teor comportamental humano.

Hayek declara não esconder suas ideias políticas atrás do rótulo da teoria
econômica. Hayek já foi socialista, passou a ser um liberal clássico. Estudou o
pensamento da política central e apresenta sua crítica nesse livro declarando conhecer as
ideias dos pensadores socialistas e suas pretensões nunca apresentadas em suas teorias,
como o caso de que o socialismo só funciona com um estado autoritário que suprima
toados as ideias contarias.

Ele é um dos maiores pensadores da escola austríaca de pensamento econômico.


É um pensador não apenas da área política econômica, mas já escreveu em várias áreas
como psicologia e outras. Ganhou o prêmio Nobel de economia em 1974 e seu artigo “o
uso do conhecimento na sociedade” ficou entre os 20 principais artigos publicados pela
The American Economic Review durante seus primeiros 100 anos.

Os livros adotados na referência teórica são O Mito do Desenvolvimento


Econômico de Celso Furtado, que fala da incompatibilidade do desenvolvimento
econômico de nações subdesenvolvidas em relação às nações desenvolvidas e O
Caminho da Servidão de Friedrich von Hayek onde ele critica os sistemas totalitários e
sua relação com o desenvolvimento econômico.

Nessa introdução foram apresentados os autores e suas biografias, assim como


as obras que foram usadas como referência teórica no artigo. No desenvolvimento se
têm um resumo e uma análise do posicionamento dos dois autores nas duas obras. E na
consideração final uma comparação de ambos onde mostra suas diferenças e
similaridades.

Desenvolvimento

Em 1974 Celso Furtado escreveu o Mito do Desenvolvimento Econômico, obra


essa que será utilizada no decorrer do artigo, cujo objetivo era desmistificar as políticas
de desenvolvimento aplicadas nos países subdesenvolvidos em relação àquelas
aplicadas nos desenvolvidos.

A base teórico-metodológica desse livro é baseada no historicismo, onde Furtado


cita passagens históricas para ratificar a sua linha de pensamento, assim como o método
hipotético, como pode ser apontada numa palavra do próprio título do livro, mito, que
segundo o autor o mito é uma hipótese que não pode ser testada, mas que cumpre um
papel interessante para o cientista.

O Mito do Desenvolvimento Econômico é divido em cinco partes: A Profecia do


Colapso, A Evolução Estrutural do Sistema Capitalista, As Grandes Empresas nas
Relações Centro-Periferia, Opções nos Países Periféricos e o Mito do Desenvolvimento
Econômico. O artigo vai se basear apenas no segundo e terceiro capítulo, porque eles
mostram como as grandes empresas se estabeleceram a partir de uma perspectiva
histórica e a relação da atuação dessas empresas tanto nos países desenvolvidos, quanto
nos países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos.
Furtado inicia esse capítulo com alguns questionamentos, entre eles: “Como
admitir que um modelo baseado na observação do comportamento histórico das atuais
economias industrializadas e na presente estrutura destas possa servir para projetar as
tendências a longo prazo do processo de industrialização em escala planetária? ”.

Porque alguns economistas e historiadores baseiam que o caminho enfrentado


por nações desenvolvidas até atingir esse objetivo pode ser percorrido por outras nações
em desenvolvimento ou subdesenvolvidas. Porém Furtado alerta que a estrutura de
modelo que levaram esses países desenvolvidos não está mais acessível assim, pois eles
puderam utilizar esses recursos naturais de fácil acesso e lograram o controle de boa
parte deles, inclusive dos países subdesenvolvidos. Como ele mesmo disse “trata-se de
uma estrutura que reflete uma observação inadequada da realidade”.

Aí ele continua com outro questionamento importante: “Dispomos de suficiente


conhecimento da estrutura da economia mundial (ou, simplesmente, da do conjunto das
grandes economias capitalistas) para projetar tendências significativas da mesma a
longo prazo? ”.

E afirma que sim, mesmo não podendo dar uma resposta absolutamente
afirmativa, mas garante que devamos admitir que então já existia ampla informação
sobre o processo de industrialização em países com distintos graus de desenvolvimento.

Porém ele afirma, que mesmo com essas informações, não é tarefa fácil captar a
natureza do subdesenvolvimento. Pois muitas são as suas perspectivas, e as que são
facilmente visíveis nem sempre são as mais significativas. Mas se tem algo que se sabe
com segurança é que subdesenvolvimento nada tem a ver com a idade de uma sociedade
ou de um país.

Assim como sabemos que o procedimento que mede o grau de acumulação de


capital aplicado aos processos produtivos e o grau de acesso aos bens finais que
caracterizam o que se convencionou chamar de estilo de vida moderno.

Depois ele começou a observar o funcionamento da economia mundial no correr


do século XIX, principalmente a sua segunda metade, devido ao nível de atividade
industrial que aumentou consideravelmente nesse período. Primeiro se diz respeito a
uma relevante aceleração na concentração de capital nos sistemas de produção desse
período. E segundo, uma intensificação no comércio internacional.

Esses dois processos garantiram aumentos consideráveis na produtividade do


fator trabalho, que deu origem a um fluxo crescente de excedente que seria utilizado
para intensificar ainda mais a acumulação e para financiar a ampliação e diversificação
do consumo privado e público.

Ele observou dois problemas fundamentais no estudo da evolução do


capitalismo industrial: Como foi apropriado esse excedente e como foi orientada a sua
utilização? E dividiu essa resposta em duas fases.

A primeira fase foi que ele observou que grande parte do referido excedente foi
canalizado para a Grã-Bretanha e Londres se transformou no centro orientador das
finanças do mundo capitalista. Quando financiou os investimentos infra estruturais em
todo mundo em função dos interesses do comércio internacional. Assim como quando
promoveu e consolidou a implementação de um sistema de divisão internacional do
trabalho que marcou definitivamente a evolução do capitalismo industrial. E com isso
favoreceu a concentração geográfica do processo de acumulação de capital.

Já a segunda fase é a observação de uma reação de mercado contra o projeto


britânico de economia mundial. Como foi observada uma consolidação dos sistemas
econômicos nacionais dos países que formariam o clube das economias desenvolvidas
no século atual e uma centralização das decisões econômicas maior do que aquela que
havia conhecido o capitalismo industrial britânico em sua fase de consolidação. Como
se pôde notar numa nova forma assumida pelo capitalismo – maior centralização de
decisões no plano nacional – que facilitou a concentração no plano econômico e a
emergência de grandes empresas. E com isso se constatou que os mercados
internacionais tendem a ser controlados por grupos mais seletos de empresas,
cartelizadas em diversos graus.

Outra pergunta que diversos economistas e a sociedade faz frequentemente: “Por


que este e não aquele país passou a linha demarcatória e entrou para o clube dos países
desenvolvidos nessa segunda fase crucial da evolução do capitalismo industrial, que se
situa entre os anos 70 do século passado e o primeiro conflito mundial? ”.
O autor afirma que essa resposta pertence mais a história do que às ciências
econômicas. Porém há alguns pontos econômicos relevantes que podem ser destacados.
Como as primeiras grandes empresas a matriz eram localizados nos países vencedores
da guerra, facilitou a concentração de poder econômico e a emergência dessas empresas
e consequentemente desses países. Outro ponto interessante é o do intervencionismo
estatal, que com o protecionismo os países conseguiram desenvolver uma indústria para
os bens que não ofereciam “vantagens comparativas”.

Mas essa formação oligopolista das grandes empresas diminuiu a influência dos
Estados Nacionais, pois a expansão econômica ficou muito mais concentrado nas ações
e atuações das organizações, já que elas atuam em diversas nações com diversos graus
de desenvolvimento e consumo.

Com esse dinamismo das companhias ampliou o fosso econômico que separava
o centro da periferia. Pois as empresas encontraram e exploraram mão de obra barata
dos países periféricos. E uma consequência disso foi a dominação cultural do centro em
relação a periferia.

Com isso as economias da periferia nunca serão desenvolvidas, se comparar o


atual o padrão de consumo dos países do atual centro capitalista. Pois caso o modo de
vida dessa minoria privilegiada fosse generalizada para a maioria periférica, colapsaria
o consumo e a produção de toda civilização humana, pondo em risco sua própria
sobrevivência.

O caminho da servidão se trata de um livro declaradamente político, isso é


provável lendo seu prefácio. Com suas experiências como socialista, passou a
identificar os defeitos dessa forma políticos através de suas comparações com os outros
sistemas de governo coletivistas declaradamente ditos contrários entre si.

No seu livro “ o caminho da servidão” no seu primeiro capítulo ele fala da


ruptura da sociedade com o antigo estágio de evolução ocidental constituído a séculos.
Ele diz ser não apenas uma ruptura de um estado de governo para outro, mas uma
ruptura de um trabalho feito desde o começo da história da humanidade. Essa ruptura
que ele diz ser é a passagem do modelo liberal e individualista para o modelo socialista
e coletivista, gerando uma submissão do indivíduo a coletividade. Ele argumenta de que
a culpa desse desvio de pensamento é nossa. E que o socialismo foi sendo construído
aos poucos através do abandono de nossas ideias antigas por outas diferentes. Na busca
pela causa dessa mudança dos princípios político econômico, Hayek procura dentro da
própria história liberal. Ele diz que a causa do declínio do liberalismo é seu próprio
sucesso.

Na medida em que o liberalismo evoluía materialmente, não conseguia seguir-se


intelectualmente, a sociedade não o conhecia intelectualmente a ponto de criar
estruturas para seguir-se com a evolução. Com isso gerava-se males do liberalismo
causado por diferenças de riquezas materiais em que se sucumbiam uns e outros se
afarava. Hayek diz no livro que o individualismo preservado e trabalhado a parte da
Renascença e desenvolvido no tempo foi destruído pelas restrições das liberdades
pessoais do indivíduo no estilo do governo socialista.

O individualismo que Hayek se refere é o das opiniões e escolha pessoais de


cada pessoa em uma sociedade, a capacidade de suas potenciais inclinações e não ao
egoísmo modernamente confundido. Hayek diz que o auge do livre comercia é
inteiramente ligado com o processo de libertação individual das pessoas nas suas
atividades ordinárias, e a tendências dos esforços das sociedades antigas era para a livre
escolha da forma de existência sem moldes do estado e da cultura. Logo é fácil o
entender o que Hayek quis dizer, essa mudança de forma de governo foi uma regressão
na história da humanidade. Ele também diz que o auge do liberalismo foi a evolução
científica no que tange as potencialidades libertas das ideias dos pensadores em que não
tem restrições que abafem suas capacidades.

Os próprios pensadores alemães conseguiram ter suas ideias graças o estado


político precedente e eles sabem desse ponto. No seu segundo capítulo ele fala do estilo
socialista e declara que essa doutrina foi aceita pelos pensadores não por eles
esquecerem dos avisos feitos pela doutrina anterior, mas por eles passarem a não
acreditar no que aqueles falaram.

Hayek deixa claro que o fascismo, socialismo e comunista são formas de estado
constituídas por ideias similares e que se tratam do mesmo estilo coletivista e
totalitarista que funciona com um governo de espirito coercitivo e que iniba todas as
forças contrárias a aquele estado. O totalitarismo não pega apenas o setor da economia,
fica claro na leitura de Hayek. Ele assumiu que os próprios socialistas sabem que só
pode planificar a economia através de um estado forte que impunha uma ordem a
sociedade na sociedade. O engraçado do estudo do Hayek é que ele não é anarquista,
mesmo com todas essas ideias relacionadas com o individualismo.

Nos textos do seu livro ele diz que a liberdade dita pelo socialismo es esconde
em um movimento da democracia anterior a revolução e que as ideias socialistas se
aliaram às ideias da democracia para poder serem aceitos pela sociedade. As pessoas
não sabiam quais as intenções reais do socialismo de que o máximo que mudaria era a
maior distribuição da riqueza, mas em compensação uma grande restrição do indivíduo
no setor da sociedade, restringindo suas liberdades de faros. Seria uma troca da
liberdade material pela liberdade sacio-a política. E Hayek deixa claras civilizações que
vivem fora desse sistema identificou com mais clareza do que a todos esses governos
totalitários dividem mesmas ou similares ideias.

A causa de natureza tecnológica a que se atribui o surgimento do monopólio


seria a superioridade das grandes firmas em relação às pequenas, por causa da maior
eficiência dos modernos métodos de produção em massa. Afirma-se que os métodos
modernos criaram condições que permitem à grande empresa aumentar sua produção a
custos unitários decrescentes, fazendo com que ela possa oferecer preços mais baixos e
expulsar a pequena empresa do mercado. Esse processo continuaria até que em cada
setor só restasse um número restrito de empresas gigantes. Tal argumento ressalta
apenas um dos efeitos que às vezes acompanha o progresso tecnológico, e não é
confirmado por um exame cuidadoso dos fatos.

O mais abrangente estudo realizado sobre o assunto nos últimos tempos é o da


comissão provisória de economia nacional norte-americana sobre a Concentração do
Poder Econômico. Esta conclusão é corroborada pela ordem histórica em que o declínio
da concorrência e o surto do monopólio se nos manifestaram diferentes países. Se
decorressem dos avanços tecnológicos ou fosse produto necessário da evolução do
“capitalismo”, teriam de surgir em primeiro lugar nos países cujo sistema econômico é
mais avançado. Na realidade, apareceram pela primeira vez no último quarto do século
XIX, em países relativamente jovens do ponto de vista da industrialização: os Estados
Unidos e a Alemanha. Em especial neste último país, o surgimento de cartéis e
sindicatos tem sido deliberadamente promovido desde 1878 pela política
governamental. Não só o protecionismo, mas também estímulos diretos, e pôr fim a
coação, foram empregados pelos governos para favorecer a criação de monopólios.

Considerações Finais

Os autores do presente artigo foram analisados sob a perspectiva de suas ideias


políticas e econômicas, sendo que estes pensadores têm posicionamentos um pouco
diferentes em seus livros.

Hayek se dedica mais a uma questão política obviamente como ele próprio diz, e
está relacionado com a época diferente de Furtado. Este revela ter um conteúdo mais
tecnicamente econômico em sua obra, levando em conta o ponto de vista histórico para
explicar a economia em longo prazo.

Nessa última afirmativa, dizemos que Furtado quer prever o comportamento das
empresas no mundo capitalista.

As ideias dos autores se parecem no que se refere a influência do modelo no


aspecto individualista do ser social. Furtado deixa isso claro quando diz que é
impossível uma nação subdesenvolvida ter um padrão de consumo similar a nação
desenvolvida e Hayek na influência de comportamento da população em relação ao seu
regime, dizendo que o cérebro é adaptativo às circunstâncias.

Referências Bibliográficas:

Furtado, Celso. O Mito do Desenvolvimento Econômico. 5 ed, 1996. Paz e Terra.

Hayek,F.A. O Caminho da Servidão, 6 ed, 2010. São Paulo. Mises Brasil.

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