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Artigo 5º Constituição Federal

DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS


Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:

II – Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão


em virtude de lei;
Ninguém está autorizado a obrigar ninguém a não ser determinado por lei.

VI – É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado


o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a
proteção aos locais de culto e as suas liturgias;
Cada um pode escolher livremente a sua religião.

VII – É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa


nas entidades civis e militares de internação coletiva;
É direito receber assistência religiosa, independentemente de onde estejam
internados.

VIII – Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou


de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de
obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação
alternativa, fixada em lei;
Não se pode privar alguém de seus direitos por razões religiosas.
É comum, no caso de algumas religiões, alegar-se escusa de consciência
(proibição do exercício de alguma atividade em virtude da opção religiosa), tais
como dispensa do serviço militar, atividades escolares, como danças e demais
atividades contrarias a sua religião, entre outras.

Por exemplo a dispensa do serviço militar, obrigatório para todas as


pessoas do sexo masculino com 18 anos de idade. Nesses casos, deve então a
autoridade competente conceder uma prestação alternativa (fixada em lei),
aonde, ao invés do treinamento militar, que contraria determinada religião, o
indivíduo preste algum outro serviço (p.ex. serviços comunitários, execução de
serviços bancários, etc.). Assim, dada a garantia constitucional, o cidadão deve
cumprir o dever alternado, sob pena de perder seus direitos políticos e deixar de
ser um cidadão, isto é, não poderá mais votar ou ser votado em uma eleição.

Um cuidado se deve ter: só se pode alegar escusa de consciência quando


a obrigação legal a todos imposta permitir uma prestação alternativa, ou seja,
quando esta estiver prevista em lei.
Caso contrário, ela não poderá ser alegada. Quem presencia um crime,
por exemplo, não pode dizer ao juiz que não pode testemunhas por razões de
consciência – não há ato que substitua o depoimento dessa pessoa e, portanto,
não há prestação alternativa que possa ser aplicada, acarretando ao indivíduo a
perda de seus direitos políticos.

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