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5º PERÍODO
PALMAS – TO
2010
UNIVERSIDADE DO TOCANTINS
Reitoria
Osmar Nina Garcia Neto
Vice-Reitoria
Lívio William Reis de Carvalho
Pró-Reitoria de Graduação
George França dos Santos
Diretoria de Ensino
Patrícia Martins Buhler Tozzi
Coordenador do Curso
Kasuo Otsuka
MATERIAL DIDÁTICO
Organização de Conteúdos Acadêmicos
Angela Issa Haonat
Coordenação Editorial
Maria Lourdes F. G. Aires
Revisão Linguístico-Textual
Ivan Cupertino
Revisão Didático-Editorial
Silvéria Aparecida Basnik Schier
Revisão Digital
Rogério Adriano Ferreira da Silva
Projeto Gráfico
Albânia Celi Morais de Brito Lira
Katia Gomes da Silva
Márcio da Silva Araújo
Rogério Adriano Ferreira da Silva
Vladimir Alencastro Feitosa
Ilustração
Geuvar Silva de Oliveira
Capa
Rogério Adriano Ferreira da Silva
APRESENTAÇÃO
Prezado estudante,
O Direito Eleitoral representa a garantia e a instrumentalização de
um dos direitos mais caros – que é o direito à democracia, pilar de sustentação
do Estado Democrático de Direito. Apresentaremos a disciplina de forma a
familiarizá-lo com o direito reputado como o mais paritário de todos, que é o
direito ao voto. Distribuímos o conteúdo da disciplina em sete capítulos de
forma a apresentá-la de forma sucinta, mas, ao mesmo tempo proporcionando-
lhe uma visão panorâmica sobre esse ramo do Direito. Mesmo guiando o seu
estudo por este caderno, não deixe de buscar outras fontes atualizadas, como
a Constituição, compêndios, jurisprudências, leis e artigos que versem sobre o
assunto em temáticas mais pontuais.
O primeiro capítulo traz uma introdução ao Direito Eleitoral, o qual
aborda conceitos, fontes e princípios do Direito Eleitoral.
O viés constitucional dado ao tema será abordado no segundo
capítulo, no qual estudaremos os direitos políticos previstos na Constituição
Federal de 1988, além de analisarmos a aquisição e a perda desses direitos.
A Justiça Eleitoral, que possui as suas peculiaridades, e o Ministério
Público Eleitoral serão estudados no terceiro capítulo, dando-nos suporte para
enfrentar o tema dos partidos políticos e o registro de candidatos no quarto
capítulo, já adentrando em aspectos mais específicos da matéria.
O quinto capítulo aborda os atos preparatórios, a votação e a
apuração das eleições, sendo-lhe apresentado cada um desses procedimentos
com pormenores.
A propaganda eleitoral e a prestação de contas serão estudadas no
sexto capítulo, a partir do qual você poderá compreender como a lei evoluiu no
sentido de coibir distinções prejudiciais aos candidatos, visto que criminalizou
uma série de condutas que antes eram permitidas.
Fechando o nosso conteúdo, será apresentado, no capítulo sétimo,
a matéria processual do Direito Eleitoral, em que você estudará o Direito
Processual Eleitoral, os recursos cabíveis e os crimes eleitorais.
Desejo-lhe um semestre bastante proveitoso.
Profª Ângela Issa Haonat
PLANO DE ENSINO
Curso: Fundamentos Jurídicos
Disciplina: Direito Eleitoral
Período: 5º
Ementa
Conceito e objeto. Fontes. Relações com outras disciplinas jurídicas. História e
evolução. Direito Eleitoral no Brasil. Organização eleitoral. Justiça Eleitoral.
Sistema eleitoral. Capacidade eleitoral. Elegibilidade. Inelegibilidade. Ministério
Público Eleitoral. Processo eleitoral. Garantias eleitorais. Invalidade dos atos
eleitorais. Recursos eleitorais. Crimes eleitorais. A propaganda eleitoral dos
partidos políticos.
Objetivo
Reconhecer os conceitos e as fontes do Direito Eleitoral a partir da análise da
regulamentação eleitoral brasileira, a fim de desenvolver uma visão crítica
sobre o processo eleitoral, do alistamento até a fase de diplomação inclusive os
crimes e direito processual eleitoral.
Conteúdo programático
• Conceito, fontes e princípios do Direito Eleitoral
• Aquisição e perda dos direitos políticos. Sufrágio, sistema de voto e
escrutínio. Alistamento eleitoral
• Órgãos da justiça eleitoral. Magistratura eleitoral. Ministério Público
Eleitoral
• Conceito e natureza jurídica dos partidos políticos. Convenções
partidárias para escolha dos candidatos. Coligações
• Organização das zonas e seções eleitorais. Mesa receptora. Juntas
eleitorais. Fiscalização. Escrutinadores e auxiliares. Votação eletrônica.
Apuração. Diplomação dos eleitos
• Princípios da propaganda política. Espécies. Da arrecadação e da
aplicação dos recursos na campanha eleitoral
• Processo eleitoral. Ações. Espécies de recursos. Crimes eleitorais e
políticos
Bibliografia básica
CÂNDIDO, Joel José. Direito Eleitoral Brasileiro. 13. ed. Bauru: Edipro, 2008.
COSTA, Tito. Recursos em matéria eleitoral. 8. ed. São Paulo: RT, 2004.
VELLOSO, Carlos Mário da Silva. Direito Eleitoral. Belo Horizonte: Del Rey,
1987.
Bibliografia complementar
BULOS, Uadi Lamego. Curso de Direito Constitucional. 2. ed. São Paulo:
Saraiva, 2008.
CHIMENTI, Ricardo Cunha. Direito Eleitoral. São Paulo: Paloma, 2001.
COELHO, Marcus Vinícius Furtado. Direito Eleitoral e Processo Eleitoral:
Direito Penal Eleitoral e Direito Político. Rio de Janeiro: Renovar, 2008.
COSTA, Adriano Soares da. Instituições de Direito Eleitoral. Belo Horizonte:
Del Rey, 2006.
FUHRER, Maximiliano Roberto Ernesto; FUHRER, Maximiliano Cláudio
Américo. Dicionário Jurídico: matéria por matéria. 2 ed. São Paulo: Malheiros,
2009.
MICHELS, Vera Maria Nunes. Direito Eleitoral. 5. ed. Porto Alegre: Livraria do
Advogado, 2006.
NUNES JÚNIOR, Vidal Serrano; ARAÚJO, Luiz Alberto David de. Curso de
Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva, 2006.
QUEIROZ, Ari Ferreira de. Direito Eleitoral. 10. ed. Goiânia: IEPC, 2006.
RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral. 3. ed. Niterói: Impetus, 2009.
SPITZCOVSKY, Celso; MORAES, Fábio Nilson Soares de. Direito Eleitoral.
São Paulo: Saraiva, 2009. v. 27.
Sumário
Introdução
Art. 23 da LC 64/90
Atividades
1. O artigo 281 do Código Eleitoral dispõe que
3. Quanto aos efeitos da lei que venha a alterar o processo eleitoral e, com base no
Art. 16 da CF/88 que assim dispõe: “a lei que alterar o processo eleitoral entrará
em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um
ano da data de sua vigência”, podemos afirmar que:
I. o princípio da anterioridade refere-se apenas ao período de vacatio legis da
lei;
II. a lei não poderá entrar em vigor enquanto não tiver eficácia plena;
III. a lei poderá entrar em vigor desde a sua publicação ressalvando-se quanto a
sua eficácia o período mínimo de um ano;
IV. o princípio da anterioridade fere direito consagrado na Constituição Federal.
Estão corretas as assertivas
a) I, II e III apenas.
b) I e II apenas.
c) III, e IV apenas.
d) III apenas.
Referências
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do
Brasil. Brasília: Senado, 1988.
______. Código Eleitoral. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4737.htm>. Acesso em: 12 nov.
2009.
CÂNDIDO, Joel José. Direito Eleitoral Brasileiro. 13. ed. Bauru: Edipro, 2007.
COELHO, Marcus Vinícius Furtado. Direito Eleitoral e Processo Eleitoral:
Direito Penal Eleitoral e Direito Político. Rio de Janeiro: Renovar, 2008.
FUHRER, Maximiliano Roberto Ernesto; FUHRER, Maximiliano Cláudio
Américo. Dicionário Jurídico: matéria por matéria. 2. ed. São Paulo:
Malheiros, 2009.
QUEIROZ, Ari Ferreira de. Direito Eleitoral. 10. ed. Goiânia: IEPC, 2006.
RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral. 3. ed. Niterói: Impetus, 2009.
Capítulo 2 - Direitos políticos
Introdução
2.5.1 Elegibilidade
Bulos (2008, p. 675) explica que a elegibilidade pode ser
compreendida como a “possibilidade de o cidadão ser votado em pleitos
eleitorais, observado as condições exigidas para o gozo da capacidade eleitoral
passiva”. Esses requisitos você já estudou no § 3° do Art. 14 da CF/88.
2.5.2 Da inelegibilidade
O estudo das inelegibilidades é mais complexo do que a
elegibilidade, porque a doutrina apresenta uma série de classificações.
Para Ramayana (2009, p. 73), quanto à análise das elegibilidades,
deve-se levar em conta que
Os direitos políticos possibilitam ao cidadão participar na vida política
com o exercício do direito de votar e ser votado. Assim, é indubitável
que as inelegibilidades surgem como exceções constitucionais e
infraconstitucionais, dentro do contexto normativo vigente. A exceção
merece tratamento exegético restritivo. Na interpretação das
inelegibilidades devem ser considerados certos fatores de
razoabilidade e ponderação dos interesses entre a preservação do
sistema República, as cláusulas pétreas e a capacidade eleitoral
passiva. O inelegível vota, mas não é votado.
IV. Legais:
Previstas na LC n. 64/90, alterada pela LC n. 81/94
Atividades
1. Paulo Armando foi condenado por crime de tráfico de entorpecentes e a
sentença que o condenou já transitou em julgado. Quais são as
consequências que recaem sobre Paulo Armando?
a) Terá suspenso os seus direitos políticos, podendo ser candidato tão logo
cumpra a pena.
b) Terá cassado os seus direitos políticos, tornando-se inelegível para
sempre.
c) Terá suspenso seus direitos políticos, sendo inelegível para qualquer
cargo pelo período de três anos, após o cumprimento da pena.
d) Terá perdido os seus direitos políticos, sendo inelegível para qualquer
cargo pelo período de três anos, após o cumprimento da pena.
Referências
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do
Brasil. Brasília: Senado, 1988.
______. Código Eleitoral. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4737.htm>. Acesso em: 12 nov.
2009.
______. Lei n. 9.709/98. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9709.htm>. Acesso em: 12 nov. 2009.
______. Resolução n. 21.538/2003. Disponível em:
<http://www.tse.jus.br/servicos_online/catalogo_publicacoes/codigo_eleitoral/V
olume2/resolucoes/res_21538.htm>. Acesso em: 12 nov. 2009.
BULOS, Uadi Lamego. Curso de Direito Constitucional. 2. ed. São Paulo:
Saraiva, 2008.
QUEIROZ, Ari Ferreira de. Direito Eleitoral. 10. ed. Goiânia: IEPC, 2006.
RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral. 3. ed. Niterói: Impetus, 2009.
SPITZCOVSKY, Celso; MORAES, Fábio Nilson Soares de. Direito Eleitoral.
São Paulo: Saraiva, 2009. v. 27.b
TAVARES, André Ramos. Curso de Direito Constitucional. 3. ed. São Paulo:
Saraiva, 2006.
Capítulo 3 - Justiça Eleitoral e Ministério Público Eleitoral
Introdução
O primeiro capítulo trabalhou aspectos mais gerais da disciplina e o
segundo, a aquisição, a suspensão e a perda dos direitos políticos. Para
acompanhar o terceiro capítulo, é conveniente que você, além dos capítulos
estudados, releia o caderno de Teoria Geral do Processo e dali recolha alguns
conceitos como jurisdição, competência, sujeitos do processo etc.
Recomendamos a leitura do glossário com os principais conceitos de
Direito Eleitoral disponível no sítio do TRE - RN, que poderá ser acessado em
<http://www.trern.gov.br/nova/inicial/links_especiais/centro_de_memoria/artigos
/glossario_direitoeleitoral.htm>.
Para compreensão da composição da Justiça Eleitoral recomendamos, a
leitura do artigo A Justiça Eleitoral e sua Reforma Constitucional, da autoria de
Jeferson Schneider, disponível no sítio
<http://www.mt.trf1.gov.br/judice/jud8/just_ref.htm>.
Quanto às funções do Ministério Público, lembramos que essa é
instituição permanente e essencial à função jurisdicional do Estado (Art. 127 da
CF). As funções institucionais do Ministério Público estão fixadas no Art. 129 da
Constituição Federal, bem como a sua composição no Art. 128. Assim
recomendamos a leitura desses artigos de forma reflexiva, a fim de
compreender a extensão da sua legitimidade e competência.
Neste capítulo, trataremos tanto da composição e da competência da
Justiça Eleitoral, como do Ministério Público Eleitoral. Por fins puramente
didáticos, optamos por tratar na primeira parte da Justiça Eleitoral. Como você
perceberá, ela tem características sui generis, tal como não ter um quadro de
carreira próprio. Você compreenderá que a Justiça Eleitoral é formada por um
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE),
pelos Juízes Eleitorais e pelas Juntas Eleitorais. Ainda analisaremos a
competência da Justiça Eleitoral em cada uma das suas esferas de atuação.
No que toca ao Ministério Público, você compreenderá a função
desempenhada tanto pelo Ministério Público Federal como pelo Estadual,
percebendo que o Ministério Público inaugura o Capítulo IV do Titulo IV da
Constituição Federal que trata “Das Funções Essenciais da Justiça”, assim,
pode-se dizer que, ainda conforme a Constituição, que o Ministério Público é
uma instituição permanente, fundamental à função jurisdicional do Estado,
cabendo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos
interesses sociais e individuais indisponíveis. Neste capítulo, daremos enfoque
à atuação do Ministério Público diante da jurisdição eleitoral.
Atividades
1. Os Tribunais Regionais Eleitorais como órgãos da Justiça Eleitoral têm
suas peculiaridades. Entre as alternativas, qual é a que apresenta
características corretas dos Tribunais Regionais Eleitorais?
a) Não têm caráter permanente e são constituídos a cada eleição de forma
provisória.
b) Sua composição é de juízes escolhidos pelo Presidente da República
entre os Desembargadores dos Tribunais de Justiça.
c) Têm a atribuição de diplomar os Prefeitos e os Vereadores eleitos em
seu respectivo Estado.
d) Têm a atribuição de eleger seu Presidente e Vice entre os
Desembargadores que compõem o quadro.
b) I, II e III apenas.
d) I, II e IV apenas.
Referências
BRASIL. Constituição Federal (1988). Constituição da República Federativa
do Brasil. Brasília: Senado, 1988.
______. Código Eleitoral. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4737.htm>. Acesso em: 12 nov.
2009.
______. Lei complementar n. 75, de 20 de maio de 1993. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp75.htm>. Acesso em: 12
nov. 2009.
______. Lei n. 8.625, de 12 de fevereiro de 1993. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8625.htm>. Acesso em: 12 nov.
2009.
MICHELS, Vera Maria Nunes. Direito Eleitoral. 5. ed. Porto Alegre: Livraria do
Advogado, 2006.
QUEIROZ, Ari Ferreira de. Direito Eleitoral. 10. ed. Goiânia: IEPC, 2006.
RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral. 3. ed. Niterói: Impetus, 2009.
SPITZCOVSKY, Celso; MORAES, Fábio Nilson Soares de. Direito Eleitoral.
São Paulo: Saraiva, 2009. v. 27.
Capítulo 4 – Dos partidos políticos e do registro dos candidatos
Introdução
Saiba mais
Recomendamos que você leia o Art. 15 da Lei 9.504/97, o qual
dispõe acerca dos números dos candidatos.
Referências
BRASIL. Constituição Federal (1988). Constituição da República Federativa
do Brasil. Brasília: Senado, 1988.
______. Lei n. 9.096, de 19 de setembro de 1995. Dispõe sobre partidos
políticos, regulamenta os Arts. 17 e 14, § 3º, inciso V, da Constituição Federal.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9096.htm>. Acesso
em: 12 nov. 2009.
______. Lei n. 9.504, de 30 de setembro de 1997. Estabelece normas para as
eleições. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9504.htm>.
Acesso em: 12 nov. 2009.
MICHELS, Vera Maria Nunes. Direito Eleitoral. 5. ed. Porto Alegre: Livraria do
Advogado, 2006.
QUEIROZ, Ari Ferreira de. Direito Eleitoral. 10. ed. Goiânia: IEPC, 2006.
RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral. 3. ed. Niterói: Impetus, 2009.
SPITZCOVSKY, Celso; MORAES, Fábio Nilson Soares de. Direito Eleitoral.
São Paulo: Saraiva, 2009. v. 27.
SANTANA, Jair Eduardo; GUIMARÃES, Luís Fábio. Direito Eleitoral: para
compreender a dinâmica do poder político. 2. ed. Belo Horizonte: Fórum, 2006.
Capítulo 5 – Dos atos preparatórios, da votação e da apuração das
eleições
Introdução
5.6 Da votação
Ramayana (2009, p. 53) compilou as regras dos manuais do TSE,
que são didaticamente apresentados nas épocas de eleição aos mesários,
juízes e membros do Ministro Público. Colacionamos algumas a fim de
apresentá-las de forma didática para facilitar o seu estudo. Ou ainda, você
poderá acessar na íntegra esse manual no sítio do TSE <www.tse.jus.br>, no
setor de publicações.
b) Emissão da zerésima
c) Orientações preliminares
São orientações de cunho prático e que devem ocorrer na forma
prevista em lei. Vejamos:
• Preferência para votar: alguns eleitores, ao comparecerem à
seção eleitoral, têm preferência para votar. São eles: os candidatos, os juízes e
seus auxiliares, os servidores da Justiça Eleitoral, os promotores eleitorais, os
policiais militares em serviço, os eleitores maiores de 60 anos, enfermos,
portadores de necessidades especiais, grávidas e lactantes. (INSTRUÇÕES
DO TSE, 2008, p. 6).
• Identificação do eleitor: os mesários deverão prestar real
atenção a esse quesito. Havendo qualquer dúvida sobre a identidade, o Art.
147 do CE dispõe sobre as providências a serem tomadas. A regra da
identificação também está didaticamente inserida nas Instruções do TSE (2008,
p. 6-7). Vamos a ela.
Quadro 6 - Identificação do eleitor
O eleitor é identificado com a apresentação do título eleitoral.
Na falta do título, o eleitor só pode votar apresentando documento oficial de identificação com
fotografia: carteira de identidade, carteira de trabalho, certificado de reservista, carteira de
motorista ou identidade funcional (OAB, CRM etc.).
O eleitor deve ASSINAR, no caderno de votação, ANTES DE VOTAR. Ao colher a assinatura,
certifique-se de que o eleitor assinou no espaço correto, pois existem muitos nomes parecidos.
O eleitor só pode votar se o seu nome constar no caderno de votação e na urna. Na hipótese
de o nome não constar no caderno de votação, por falha da impressão, o eleitor pode votar,
desde que os seus dados estejam no cadastro da urna.
Se o título apresentado for daquela zona e seção, e o eleitor não constar no cadastro da urna,
deve-se reter o título e orientar o eleitor a procurar o cartório eleitoral.
No final do caderno de votação, há uma lista dos eleitores da seção impedidos de votar.
Fonte: Instruções do TSE (2008, p. 6-7)
Atividades
1. No dia da eleição, o horário da votação terá início impreterivelmente às 8
horas da manhã e o termino se dará às 17 horas. Após o horário determinado
em lei, poderão votar as pessoas que
a) tiverem recebido senha e entregaram seus títulos aos mesários.
b) tiverem chegado ao local de votação no prazo de tolerância de trinta
minutos, ainda que não tenham recebido senha.
c) apresentarem justificativas plausíveis e forem aceitas pelo Presidente da
Mesa.
d) comprovem morar em bairros distantes e/ou tenham qualquer dificuldade
em relação aos transportes públicos.
3. O Código Eleitoral dispõe acerca de quem pode e quem não pode ser
mesário. Analisando a norma em questão, pode-se considerar que podem ser
nomeados como mesários
a) os funcionários que desempenhem cargos de confiança junto ao Poder
Executivo.
b) os parentes por afinidade de candidatos até o segundo grau.
c) as autoridades e os agentes policiais civis e militares.
d) os advogados e os jornalistas pertencentes à própria seção eleitoral.
Referências
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do
Brasil. Brasília: Senado, 1988.
______. Eleições 2008: instruções do TSE. 2. ed. Disponível em:
<http://www.tse.gov.br/servicos_online/catalogo_publicacoes/45_instrucoes_ele
icoes_2008.htm>. Acesso em: 20 set. 2009.
______. Lei 6.978, de 19 de janeiro de 1992. Estabelece normas para a
realização de eleições em 1982, e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L6978.htm>. Acesso em:
12 nov. 2009.
______. Código Eleitoral. Disponível em: <
http://www.tse.jus.br/servicos_online/catalogo_publicacoes/pdf/codigo_eleitoral/
codigo_eleitoral2006_vol1.pdf>. Acesso em: 12 nov. 2009.
RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral. 3. ed. Niterói: Impetus, 2009.
SPITZCOVSKY, Celso; MORAES, Fábio Nilson Soares de. Direito Eleitoral.
São Paulo: Saraiva, 2009. v. 27.
Capítulo 6 – Da propaganda e das prestações de contas
Introdução
90
80
70
60
50 Les te
40
30 Oeste
20 Norte
10
0
1° 2° 3° 4°
Tri m Tri m T ri m T rim
ELEIÇÃO
24 H DEPOIS
Convenção 48 H ANTES
para escolha
candidatos
período de período de
propaganda restrita
propaganda
ampla
Lei 9.504/97
Art. 39, §5º, I e II - uso de alto-falantes e amplificadores de som, promoção
de comício ou carreata e distribuição de material de propaganda;
Art. 40 - utilização na propaganda de símbolos, frases ou imagens,
associadas ou semelhantes às empregadas por órgão governamental ou
entidade da Administração Indireta.
Atividades
1. As prestações de contas dos candidatos às eleições proporcionais serão
feitas
a) pelo comitê financeiro ou pelo próprio candidato.
b) pelo partido, pelo comitê financeiro e/ou pelo próprio candidato, à
escolha deste.
c) somente pelo partido.
d) somente pelo próprio candidato.
Referências
BRASIL. Lei 9.504, de 30 de setembro de 1997. Estabelece normas para as
eleições. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9504.htm>.
Acesso em: 12 nov. 2009.
______. Lei 11. 300, de 10 de maio de 2006. Dispõe sobre propaganda,
financiamento e prestação de contas das despesas com campanhas eleitorais,
alterando a Lei n. 9.504, de 30 de setembro de 1997. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11300.htm>.
Acesso em: 12 nov. 2009.
CÂNDIDO, Joel José. Direito Eleitoral Brasileiro. 13. ed. Bauru: Edipro, 2008.
CERQUEIRA, Thales Tácito Pontes Luz de Pádua. Preleções de Direito
Eleitoral. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2007.
MICHELS, Vera Maria Nunes. Direito Eleitoral. 5. ed. Porto Alegre: Livraria do
Advogado, 2006.
RAMAYANA, Marcos. Direito Eleitoral. 3. ed. Niterói: Impetus, 2009.
SPITZCOVSKY, Celso; MORAES, Fábio Nilson Soares de. Direito Eleitoral.
São Paulo: Saraiva, 2009. v. 27.
Capítulo 7 – Do processo, dos crimes e dos recursos eleitorais
Introdução
Este capítulo encerra a nossa disciplina. Discutiremos a questão
processual (ações e recursos) e penal no âmbito do Direito Eleitoral. Na questão
processual, compreenderemos quais são as espécies de ações específicas do
Direito Eleitoral e qual o momento adequado para a sua propositura. Em matéria
de recursos apresentaremos a você qual é o recurso adequado em cada caso e
demonstraremos como os prazos são distintos (mais exíguos) do que no processo
civil comum. Em matéria de Direito Penal Eleitoral, conheceremos quais as
espécies de crimes são tipificados nesse ramo do Direito.
Este é o tema que mais vai exigir conhecimentos prévios.
Estudamos nos capítulos anteriores os aspectos relativos ao Direito Eleitoral
em seu aspecto material, com exceção do Direito Penal Eleitoral, que aqui lhe
apresentaremos. Para tanto, sugerimos que você dê uma olhada nos crimes
eleitorais previstos no Código Eleitoral e na Lei 9.504/97. A mesma sugestão
vale para a matéria das ações e dos recursos. Você poderá acessá-los no sítio
<www.planalto.gov.br>.
Saiba mais
Estudamos os crimes, as ações e os recursos eleitorais. Muito
assunto para pouco espaço, o que demanda que você pesquise muito além do
que foi indicado. Sugerimos que você pesquise no sítio do TSE, no link
<http://www.tse.gov.br/servicos_online/catalogo_publicacoes/indexr.htm>, a
obra Reforma eleitoral: delitos eleitorais, prestação de contas, partidos e
candidatos, que em muito contribuirá no sentido de conhecer as deficiências de
nosso sistema eleitoral e saber o que é preciso mudar.
Atividades
1. Tem legitimidade ativa para a impugnação do pedido de registro da
candidatura
a) a coligação.
b) o eleitor.
c) entidades de classe de âmbito nacional.
d) o Procurador Geral de Justiça.
Referências
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do
Brasil. Brasília: Senado, 1988.
______. Lei n. 9.504, de 30 de setembro de 1997. Estabelece normas para as
eleições. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9504.htm>.
Acesso em: 12 nov. 2009.
______. Lei complementar n. 64, de 18 de maio de 1990. Estabelece, de
acordo com o Art. 14, § 9º da Constituição Federal, casos de inelegibilidade,
prazos de cessação, e determina outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp64.htm>. Acesso em: 12 nov.
2009.
CÂNDIDO, Joel José. Direito Eleitoral Brasileiro. 13. ed. Bauru: Edipro, 2008.
KAMURA, Alexandre Issa. Manual de Direito Eleitoral. São Paulo: Juarez de
Oliveira, 2006.
MICHELS, Vera Maria Nunes. Direito Eleitoral. 5. ed. Porto Alegre: Livraria do
Advogado, 2006.
SPITZCOVSKY, Celso; MORAES, Fábio Nilson Soares de. Direito Eleitoral.
São Paulo: Saraiva, 2009. v. 27.