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Iya Sessu

Iya Sessu tem que obrigatoriamente arrumar Iya Sabá, devido aos
problemas de ori que essa Iyemonja tem, assenta ainda Erinlé,
veja bem Erinlé não é Oxosse, é um orisa a parte, conta os
antigos que Iya Sessu se apaixonou por Erinlé e o seqüestrou para
as profundezas do mar, quando ela enjoou dele cortou a língua de
Erinlé para que ele não revelasse os segredos de Olokun e dela, a
partir desse momento Erinlé passar a falar somente através de Iya
Sessu.
Esta Iyemanja ficou perturbada por ficar contando as penas do
pato, o qual utilizamos para quebrar o ajé desta santa, pois se
utiliza a pata apenas para ebó, essa Iya come "Ofí" (Gansa).

Ebó de Iya Sessu tirar Ajé

Antes de seguirmos para a cachoeira vamos a um recanto onde haja


muitos rochedos marítimos onde as ondas quebrem, ali chegando, a
Iyawo ou obrigacionada, esta vestida apenas de calçolão e uma
saia na altura dos seios, posiciona-se essa Iyawo em pé em cima
desses rochedos, e em frente a ela uma circulo feito com Ekuru
esfarelado misturado com obi ralado dentro do circulo um Ofá
prata e os 2 okutás de Sessú.
Tempere antes com afotin (açúcar queimado misturado em água),
acenda duas velas uma na frente e outra atrás da Iyawo e proceda
com o sacrifício da Etú em cima das coisas que estão no circulo,
cantando:

Abi abi etú konkén


Abi abi etú konkén

Após ter desfalecido a etú diz-se o seguinte

Etú olori Sessú


Etú olori Sessú

Banha o ori e o corpo da Iyawo com este ejé, e sacrifica-se em


seguida uma pata sobre tudo que ali esta, cantando:

Pepeye jan pepe


Eru dan dan

Depois que a pata desfalecer é que será entoada a segunda parte


da cantiga

Pepeye pade lode


Eru ade o
Pepeye pade lode
Eru ade o

Nesse momento retira-se as penas e cobre aquele sacrifício todo


ali em cima do rochedo, as penas da etú não, só da pata, o ejé da
pata não vai na Iyawo, somente o da etú.
Retire o ofá e os okutás do meio do circulo, e comece a esfregar
na iyawo 7 ekurus e desmanche-os no corpo da iyawo, deixando cair
ali tudo isso, em seguida passe 7 ekós e quebre-os sobre as
coisas ali também.
Arruma-se um ojá funfun no ori da iyawo e finque nesse ojá 7
penas da pata, e segue agora para a cachoeira para fazer tudo
referente a iyawo normalmente, chegando lá retira o ojá enfeitado
com as penas da pata então retornará mais para o ori dela,
seguira para debaixo da esteira dela, e só sairá para o erupin
dela.
Embaixo da esteira dessa iyawo não poderá faltar a folha de
Oboróiyabá (salsa de praia). O ofá permanecerá o tempo todo
amarrado na cintura de Sessú, no dia da saída sai escondido e
preso embaixo do pano da costa, depois passa a morar no igbá da
santa.

Obs: na cachoeira após tudo da iyawo ter sido feito, cante para o
peixe curvina grande:

Ejá mobá
Mobá bori eni
Ejá mobá
Mobá bori ejé

Retire as nadadeiras, e arrume no ori da iyawo, retire as guelras


e as pedras da cabeça da curvina e arrume no centro do ori, os
olhos ponha cada um numa mão da santa com um pouco de dende,
arrume a folha de capeba sobre tudo que esta no ori e enrole o
ojá.
Chegando no Ile, os olhos do ejá irá para cima de uma farofa de
água e ficara atrás da porta do honkó um com afotin em cima e
outro com epô pupa.
O corpo do ejá ficara nas águas mesmo.
Tudo que foi pro ori será torrado depois que tirar e servirá de
reforço para a massa do adoxu.
No ato de kopar o OFÍ para Sessú canta-se o "ejé soro soro"
normal e depois continua com "Iyá Sessu olokun ô".

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