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Processos excluídos deste informativo esquematizado por não terem sido concluídos em virtude de pedidos de vista:
ADI 4013/TO; ADI 3757/PR; RHC 117462/RJ.
Julgado excluído por ter menor relevância para concursos públicos ou por ter sido decidido com base em
peculiaridades do caso concreto: ADI 2063 MC/RS.
ÍNDICE
DIREITO CONSTITUCIONAL
SALÁRIO MÍNIMO
Proibição de que o salário mínimo seja utilizado como indexador econômico.
COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS
É inconstitucional lei estadual que cria obrigações pecuniárias para as concessionárias de energia elétrica.
É inconstitucional lei estadual que proíba comercialização de produtos estrangeiros com agrotóxicos.
PROCESSO LEGISLATIVO
Inconstitucionalidade de EC iniciada por parlamentar tratando sobre matérias do art. 61, § 1º da CF.
DIREITO ADMINISTRATIVO
TETO CONSTITUCIONAL
É inconstitucional lei estadual que fixa teto remuneratório para servidores do Poder Judiciário.
RECURSOS
Inexistência de reformatio in pejus na manutenção da condenação, mas com base em fundamentos diversos da
sentença.
ABANDONO DE POSTO
Abandono de posto e deserção praticados dentro do mesmo contexto fático
Lei estadual criou um benefício assistencial e previu que seu valor seria o do salário mínimo
vigente. Tal previsão, em princípio, viola o art. 7º, IV, da CF/88, que proíbe que o salário
mínimo seja utilizado como referência (parâmetro) para outras finalidades que não sejam a
remuneração do trabalho. No entanto, o STF afirmou que seria possível conferir interpretação
conforme a Constituição e dizer que o dispositivo previu que o valor do benefício seria igual ao
salário mínimo vigente na época em que a lei foi editada (R$ 545). Após isso, mesmo o salário
mínimo aumentando nos anos seguintes, o valor do benefício não pode acompanhar
automaticamente os reajustes realizados sobre o salário mínimo, considerando que ele não
pode servir como indexador. Em suma, o STF determinou que a referência ao salário mínimo
contida na lei estadual seja considerada como um valor certo que vigorava na data da edição
da lei, passando a ser corrigido nos anos seguintes por meio de índice econômico diverso. Com
isso, o benefício continua existindo e será necessário ao governo do Amapá apenas reajustar
esse valor por meio de índices econômicos.
STF. Plenário. ADI 4726 MC/AP, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 11/2/2015 (Info 774)
Alguns de vocês podem estar se perguntando: mas eu conheço um benefício assistencial, chamado de LOAS
(amparo assistencial), que é pago aos deficientes e idosos miseráveis e que é no valor de um salário mínimo.
Este benefício é previsto no art. 20 da Lei n. 8.742/93. Essa Lei viola o art. 7º, IV, da CF/88?
NÃO. Isso porque é a própria CF/88, em seu art. 203, V, que determina que esse benefício será pago no
valor de um salário mínimo. Veja:
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à
seguridade social, e tem por objetivos:
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que
comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família,
conforme dispuser a lei.
Assim, não há problema se a própria CF/88 estabelecer vinculações a salário mínimo. Quem não pode
fazer isso é a lei sem respaldo constitucional.
COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS
É inconstitucional lei estadual que cria obrigações pecuniárias
para as concessionárias de energia elétrica
É INCONSTITUCIONAL lei estadual que determine que os postes de sustentação à rede elétrica
que estejam causando transtornos ou impedimentos aos proprietários de terrenos serão
removidos, sem qualquer ônus para os interessados. Isso porque essa lei trata sobre energia
elétrica, matéria de competência privativa da União (art. 22, IV, da CF/88), além de interferir
nos termos da relação contratual estabelecida entre o poder federal e as concessionárias que
exploram o serviço de fornecimento de energia elétrica no Estado-membro.
STF. Plenário. ADI 4925/SP, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 12/2/2015 (Info 774).
A referida lei, ao criar para a empresa concessionária de energia elétrica obrigação significativamente
onerosa a ser prestada em hipóteses de conteúdo vago (“que estejam causando transtornos ou
impedimentos”), para o proveito de interesses individuais dos proprietários de terrenos, teria se imiscuído
nos termos da relação contratual estabelecida entre o poder federal e as concessionárias que exploram o
serviço de fornecimento de energia elétrica no Estado-membro.
COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS
É inconstitucional lei estadual que proíba comercialização de produtos estrangeiros com agrotóxicos
Lei determinando o controle de resíduos agrotóxicos nos produtos importados de outros países
Foi editada uma lei no Rio Grande do Sul determinando que ficava proibida a comercialização, a
estocagem e o trânsito de arroz, trigo, feijão, cebola, cevada e aveia e seus derivados, importados de
outros países, para consumo e comercialização no Estado, que não tivessem sido submetidos à análise de
resíduos químicos de agrotóxicos.
De acordo com a exposição de motivos da mencionada lei, a proibição em questão teria objetivo de evitar
que a população gaúcha consumisse produtos contaminados por agrotóxicos que, pela legislação federal,
seriam de uso proibido no País, por serem nocivos à saúde, mas que teriam uso regular na Argentina e no
Uruguai. Entretanto, em que pese a relevância das preocupações do Poder Legislativo gaúcho, a lei não
esconderia o propósito de criar requisitos especiais ao ingresso naquele Estado-membro de produtos
agrícolas provindos do exterior. Ao fazê-lo, a lei, por consequência lógica, restringiria a entrada desses
produtos não apenas no Rio Grande do Sul, mas em todo o País.
Para o STF, não é possível compreender a matéria como sendo de competência concorrente, sob o
argumento de tratar-se de legislação concernente à proteção da saúde dos consumidores (art. 24, V e XII,
§§ 1º e 2º). Isso porque, ainda que se trate de questão, sob certo ponto de vista, relacionada com
consumo e proteção à saúde, a lei é predominantemente sobre comércio exterior.
PROCESSO LEGISLATIVO
Inconstitucionalidade de EC iniciada por parlamentar tratando sobre matérias do art. 61, § 1º da CF
Mas o art. 61, § 1º, fala em “leis” e o ato impugnado era uma emenda constitucional...
O STF entende que se houver uma emenda constitucional tratando sobre algum dos assuntos listados no
art. 61, § 1º, da CF/88, essa emenda deve ter sido proposta pelo chefe do Poder Executivo. Assim, é
incabível que os parlamentares proponham uma emenda constitucional dispondo sobre o regime jurídico
dos servidores públicos, por exemplo (art. 61, § 1º, II, “c”). Se isso fosse permitido, seria uma forma de
burlar a regra do art. 61, § 1º, da CF/88.
Em suma, “matéria restrita à iniciativa do Poder Executivo não pode ser regulada por emenda constitucional de
origem parlamentar” (STF. Plenário. ADI 2.966, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgado em 06/04/2005).
NOÇÕES GERAIS
Responsabilidade do chefe do Poder Executivo
O chefe do Poder Executivo (Presidente da República, Governadores e Prefeitos) podem praticar duas
espécies de crime:
São aqueles tipificados na lei penal São infrações político-administrativas praticadas por
(Código Penal e legislação extravagante). pessoas que ocupam determinados cargos públicos. Caso o
Exs: peculato, corrupção passiva etc. agente seja condenado por crime de responsabilidade ele
não receberá sanções penais (prisão ou multa), mas sim
sanções político-administrativas (perda do cargo e
inabilitação para o exercício de função pública).
Os crimes de responsabilidade estão previstos:
Presidente: art. 85 da CF/88 e Lei n. 1.079/50.
Governador: Lei n. 1.079/50.
Prefeito: DL 201/67.
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a
Constituição Federal e, especialmente, contra:
(...)
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e
julgamento.
Dessa forma, a Constituição Estadual deve seguir rigorosamente os termos da legislação federal sobre
crimes de responsabilidade, devendo, portanto, o julgamento ocorrer perante um Tribunal Especial.
CONSTITUIÇÕES ESTADUAIS NÃO PODEM PREVER QUE A COMPETÊNCIA PARA JUGAR GOVERNADORES É DA ALE
Algumas Constituições estaduais preveem que os Governadores, quando cometerem crimes de
responsabilidade, serão julgados pela Assembleia Legislativa. Essa regra é válida?
NÃO. Como vimos acima, a competência para julgar os Governadores de Estado em caso de crimes de
responsabilidade é de um “Tribunal Especial”, que é composto especialmente para julgar o fato e que é
formado por 5 Deputados Estaduais e 5 Desembargadores, sob a presidência do Presidente do Tribunal de
Justiça. Isso está previsto no art. 78, § 3º da Lei n. 1.079/50:
Art. 78. O Governador será julgado nos crimes de responsabilidade, pela forma que determinar a
Constituição do Estado e não poderá ser condenado senão a perda do cargo, com inabilitação até cinco
anos para o exercício de qualquer função pública, sem prejuízo da ação da justiça comum.
(...)
§ 3º Nos Estados, onde as Constituições não determinarem o processo nos crimes de responsabilidade dos
Governadores, aplicar-se-á o disposto nesta lei, devendo, porém, o julgamento ser proferido por um
tribunal composto de cinco membros do Legislativo e de cinco desembargadores sob a presidência do
Presidente do Tribunal de Justiça local, que terá direito de voto no caso de empate. A escolha desse
Tribunal será feita - a dos membros dos membros do legislativo, mediante eleição pela Assembléia; a dos
desembargadores, mediante sorteio.
CONSTITUIÇÕES ESTADUAIS PODEM PREVER LICENÇA PRÉVIA DA ALE COMO CONDIÇÃO PARA O PROCESSO
Algumas Constituições estaduais preveem que, antes de os Governadores serem julgados (por crimes
comuns ou de responsabilidade), é necessária a autorização da Assembleia Legislativa (licença prévia)
mediante voto de 2/3 de seus membros. Essa regra é válida?
SIM. O STF reconheceu a constitucionalidade das normas das Constituições estaduais que exigem a
aprovação de 2/3 dos membros da Assembleia Legislativa como requisito indispensável (a denominada
licença prévia) para se admitir a acusação nas ações por crimes comuns e de responsabilidade,
eventualmente dirigidas contra o governador do Estado.
Segundo o STF, durante a fase inicial de tramitação de processo instaurado contra Governador, a
Constituição estadual deve obedecer à sistemática disposta na legislação federal.
A CF/88 prevê que compete à Câmara dos Deputados autorizar, por 2/3 de seus membros, a instauração
de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República (art. 51, I). Assim, é constitucional
norma prevista em Constituição estadual que preveja a necessidade de autorização prévia da Assembleia
Legislativa para que sejam iniciadas ações por crimes comuns e de responsabilidade eventualmente
dirigidas contra o Governador de Estado. Isso porque não há nada que impeça que as Constituições
estaduais estendam aos Governadores, por simetria, essa prerrogativa assegurada ao Presidente da
República no art. 51, I, da CF/88.
Essa licença prévia não se constitui em uma regalia antirrepublicana deferida em favor da pessoa do
Governador. Trata-se de uma garantia que serve para a preservação da normalidade institucional das
funções do Executivo e a salvaguarda da autonomia política do Estado-membro.
A exigência de licença para o processamento do Governador não traz prejuízo para o exercício da jurisdição,
porque, enquanto não autorizado o prosseguimento da ação punitiva, fica suspenso o prazo prescricional.
Vale ressaltar, no entanto, que essa necessidade de autorização prévia da ALE (controle político) não existe
para atos constritivos acessórios à investigação penal, entre eles as prisões cautelares. Em outras palavras, não
é preciso autorização prévia da ALE para investigar o Governador nem para decretar a sua prisão.
Lei do Estado da Bahia fixava um teto remuneratório exclusivo para os servidores do Poder
Judiciário.
O STF entendeu que essa lei é inconstitucional.
O teto para o funcionalismo estadual somente pode ser fixado por meio de emenda à
Constituição estadual, não sendo permitido mediante lei estadual.
Além disso, a Constituição do Estado da Bahia adotou subteto único (§ 12º do art. 37 da CF/88)
e a lei viola a sistemática escolhida porque fixou um teto apenas para os servidores do Poder
Judiciário, excluindo-o para os demais Poderes.
STF. Plenário. ADI 4900/DF, rel. orig. Min. Teori Zavascki, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso,
julgado em 11/2/2015 (Info 774).
Teto remuneratório
A CF/88 prevê, em seu art. 37, XI, o chamado “teto remuneratório”, ou seja, o valor máximo que os
agentes públicos podem receber no país. O objetivo do constituinte foi o de evitar que alguns agentes
públicos recebessem os chamados “supersalários”, que são incompatíveis com o serviço público.
Além de um teto geral (nacional), o dispositivo constitucional prevê limites específicos para o âmbito dos
Estados e Municípios (chamados de subtetos).
O teto geral do serviço público no Brasil é o subsídio dos Ministros do STF.
Vale ressaltar que, na época, em 2010, o subsídio dos Ministros do STF era de quase R$ 27 mil.
TRIBUNAL DO JÚRI
Referência ou leitura de sentença prolatada em desfavor do corréu
Importante!!!
Imagine que duas pessoas tenham praticado, em conjunto, homicídio. Uma delas foi julgada
primeiro, tendo sido condenada. No julgamento do segundo réu, durante os debates no
Plenário do Júri, o Promotor de Justiça leu a sentença que condenou o primeiro réu. Houve
nulidade por violação do art. 478, I, do CPP?
NÃO. A leitura, pelo Ministério Público, da sentença condenatória de corréu proferida em
julgamento anterior não gera nulidade de sessão de julgamento pelo conselho de sentença.
Segundo decidiu o STF, o art. 478, I, não proíbe que se leia a sentença condenatória de corréu
no mesmo processo. Logo, não é possível falar que houve descumprimento da regra prevista
nesse dispositivo.
STF. 1ª Turma. RHC 118006/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 10/2/2015 (Info 774).
RECURSOS
Inexistência de reformatio in pejus na manutenção da condenação, mas com base em
fundamentos diversos da sentença
Não caracteriza reformatio in pejus a decisão de tribunal de justiça que, ao julgar recurso de
apelação exclusivo da defesa, mantém a reprimenda aplicada pelo magistrado de primeiro
grau, porém, com fundamentos diversos daqueles adotados na sentença.
STF. 1ª Turma. RHC 119149/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 10/2/2015 (Info 774).
Em recurso exclusivo da defesa, o Tribunal não pode complementar a sentença para acrescentar fatos que
possam repercutir negativamente no âmbito da dosimetria da pena (STF. 1ª Turma. HC 101380, Rel. Min.
Luiz Fux, julgado em 04/10/2011). Se o Tribunal fizesse isso, haveria a chamada reformatio in pejus.
Vale ressaltar, no entanto, que não caracteriza “reformatio in pejus” a decisão de tribunal de justiça que,
ao julgar recurso de apelação exclusivo da defesa, mantém a reprimenda aplicada pelo magistrado de
primeiro grau, porém com fundamentos diversos daqueles adotados na sentença.
No caso concreto, o réu foi condenado em 1ª instância e apelou para o TJ. O MP não recorreu. No recurso,
a defesa questionou os parâmetros utilizados na dosimetria da pena. O TJ manteve a condenação e a pena
imposta, no entanto, um dos aspectos, o Desembargador falou que não deveria ser considerado como
“conduta social” (como fez o juiz), sendo mais adequado classificar essa circunstância como
“personalidade” do agente. Desse modo, o Tribunal manteve a reprimenda fixada, mas com fundamentos
diferentes dos que foram adotados na sentença, o que não configura reformatio in pejus.
DIREITO PENAL /
PROCESSUAL PENAL MILITAR
DESERÇÃO
Prescrição no caso do crime de deserção
Atenção! DPU
Como ocorre a prescrição no caso do crime de deserção:
a) Se o agente praticou a deserção, mas depois foi reincorporado ao serviço militar: no dia em
que ele reapareceu, inicia-se o prazo prescricional, nos termos do art. 125 do CPM;
b) Se o desertor ainda não foi capturado nem se apresentou à corporação: aplica-se a regra
especial prevista no art. 132 do CPM. Esse artigo determina que, mesmo o agente não
reaparecendo, haverá prescrição quando ele completar 45 anos (se não tiver patente de
oficial); se for oficial, a prescrição ocorre quando atingir 60 anos.
Deserção
O Código Penal militar prevê o delito de deserção nos seguintes termos:
Art. 187. Ausentar-se o militar, sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em que deve
permanecer, por mais de oito dias:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos; se oficial, a pena é agravada.
Vale ressaltar, no entanto, que o crime de deserção é permanente e que a conduta delitiva só é cessada no
momento da captura ou da apresentação voluntária do agente. Assim, enquanto ele se encontra foragido,
não se iniciou o curso do prazo prescricional.
b) Se o desertor (trânsfuga) ainda não foi capturado nem se apresentou à corporação: aplica-se a regra
especial prevista no art. 132 do CPM:
Art. 132. No crime de deserção, embora decorrido o prazo da prescrição, esta só extingue a punibilidade
quando o desertor atinge a idade de quarenta e cinco anos, e, se oficial, a de sessenta.
Desse modo, enquanto a pessoa continua “foragida” (em situação de deserção), o prazo prescricional não
se inicia porque o crime de deserção é permanente. Esse prazo ficará suspenso, mas não de forma
indefinida (para sempre). Mesmo que o agente não se reapresente, ou seja, mesmo que continue
foragido, haverá prescrição quando ele completar 45 anos. Se quem praticou a deserção foi um oficial
(patentes mais altas), só se consumará a prescrição quando fizer 60 anos.
Atenção! DPU
O fato de abandonar o serviço e praticar a deserção, dentro de um mesmo contexto fático, não
implica duas ações autônomas, incidindo, na hipótese, o fenômeno da absorção de um crime por
outro, uma vez que o abandono afigurou-se meio necessário à consecução do delito de deserção.
STF. 2ª Turma. RHC 125112/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 10/2/2014 (Info 774).
Art. 187. Ausentar-se o militar, sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em que deve
permanecer, por mais de oito dias:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos; se oficial, a pena é agravada.
Art. 195. Abandonar, sem ordem superior, o pôsto ou lugar de serviço que lhe tenha sido designado, ou o
serviço que lhe cumpria, antes de terminá-lo:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
REPERCUSSÃO GERAL
DJe de 9 a 13 de fevereiro de 2013
CLIPPING DO D JE
9 a 13 de fevereiro de 2013
ADI N. 2.616-PR
RELATOR: MIN. DIAS TOFFOLI
EMENTA: Ação direta de inconstitucionalidade. Emenda nº 10/2001 à Constituição do Estado do Paraná. Inconstitucionalidade formal.
Vício de iniciativa.
1. Ação direta proposta em face da Emenda Constitucional nº 10/2001 à Constituição do Estado do Paraná, a qual cria um novo órgão de polícia, a
“Polícia Científica”.
2. Vício de iniciativa em relação à integralidade da Emenda Constitucional nº 10/2001, uma vez que, ao disciplinar o funcionamento de um órgão
administrativo de perícia, dever-se-ia ter observado a reserva de iniciativa do chefe do Poder Executivo prevista no art. 61, § 1º, II, e, da CF/88.
Precedentes: ADI nº 3.644/RJ, ADI nº 4.154/MT, ADI nº 3.930/RO, ADI nº 858/RJ, ADI nº 1.746/SP-MC.
3. Ação direta julgada procedente.
*noticiado no Informativo 768
RE N. 477.323-RS
RELATOR: MIN. MARCO AURÉLIO
IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS – BASE DE INCIDÊNCIA REDUZIDA – SISTEMA OPCIONAL. Sendo
opcional o sistema a envolver base do tributo reduzida, não se tem violência ao princípio da não cumulatividade no que considerado o crédito de
forma proporcional.
*noticiado no Informativo 763
TRANSCRIÇÕES
Com a finalidade de proporcionar aos leitores do INFORMATIVO STF uma compreensão mais
aprofundada do pensamento do Tribunal, divulgamos neste espaço trechos de decisões que tenham
despertado ou possam despertar de modo especial o interesse da comunidade jurídica.