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DETERMINAÇÃO DA CONSISTÊNCIA DE MATERIAIS ASFÁLTICOS

ESPECIFICAÇÕES DO LIGANTE BETUMINOSO – DNIT 095/2006 - EM

PENETRAÇÃO DE MATERIAIS ASFÁLTICOS – DNER –ME 003/99

Definição: Penetração é a distância em décimos de milímetro que uma agulha padrão penetra verticalmente na amostra de material
sob condições prefixadas de carga, tempo e temperatura.

Resumo do ensaio: Este ensaio mede a consistência do CAP pela penetração da agulha, submetida a uma carga pré-estabelecida de
100g, durante 5 segundos a uma temperatura de 25ºC.
Este ensaio dá uma idéia da consistência para fins de classificação. O resultado é a média de três determinações.
Tabela de Resultados
Penetração Leitura 01 Leitura 02 Leitura 03
(mm)

PONTO DE AMOLECIMENTO – MÉTODO ANEL E BOLA – DNER-ME 247/94

Definição: Ponto de amolecimento é a temperatura lida no momento em que uma esfera metálica padronizada, atravessando um anel
também padronizado, perfeitamente cheio com ligante asfáltico, toca uma placa de referência, após ter percorrido uma distância de
25,4 mm, sob condições especificadas.

Resumo do ensaio: A amostra é fundida, colocada em um molde que consiste de um anel de latão. O anel é mantido suspenso em um
banho à temperatura controlada, e, sobre ele, é colocada uma esfera de aço. O conjunto é aquecido, fazendo com que a amostra
amoleca dentro do anel e ceda ao peso da esfera que se deslocará a uma determinada distância.

Tabela de Resultados (Temperatura ºC)


Esfera 01 Esfera 02

VISCOSIDADE BROOKFIELD - NBR 15184

Definição: A viscosidade é o termo comumente conhecido que descreve as propriedades de escoamento de um fluido; ou seja, o atrito
das camadas internas dentro do fluido que impõe resistência a fluir.

Resumo do ensaio: A amostra de ligante deve ser aquecida a uma temperatura de 10 a 15ºC acima da temperatura do ensaio.
Preenche-se o tubo de ensaio com 8gramas de ligante. Coloca-se o tubo dentro do forno do equipamento cuja temperatura foi pré-
definida e selecionada, encaixa-se o spindle (sp21) e em seguida aciona-se o equipamento na rotação desejada. O resultado é lido
diretamente no equipamento.

Tabela de Resultados (Viscosidade em cP – centi-poise)


135ºC 150ºC 177ºC

DUCTILIDADE – DNER-ME 163/98

Definição: Ductilidade é a resistência em milímetros, em que o corpo-de-prova de material betuminoso, em condições padronizadas,
submetido a uma tração em condições especificadas, se rompe.

Resumo do ensaio: A amostra deve ser previamente preparada, a fim de se realizar o ensaio em temperatura ambiente. Retira-se o
molde da placa e submete-se o corpo-de-prova imediatamente ao ensaio de tração, com velocidade uniforme especificada, até que o
corpo-de-prova venha a romper-se.

Resultados: O valor de ductilidade é a média das determinações realizadas, em milímetros.


( ) A amostra rompeu antes de alcançar os 60c, portanto deve ser ( ) A amostra ultrapassou os 60cm, portanto
reprovada. pode ser aprovada.

PONTO DE FULGOR E COMBUSTÃO (VASO ABERTO CLEVELAND) – NBR-11341 – DNER ME 148/94

Definição: Ponto de fulgor Menor temperatura corrigida em que ocorre um lampejo, provocado pela inflamação dos vapores da
amostra, pela passagem de uma chamapiloto. Ponto de combustão é a menor temperatura em que a amostra, após se inflamar, pela
passagem da chama-piloto, continua queimando por 5 s, no mínimo.

Resumo do ensaio: A cuba de ensaio é cheia com a amostra até um nível especificado. A temperatura da amostra é aumentada, de
início rapidamente e depois lentamente, a uma taxa constante na medida em que se aproxima do ponto de fulgor. A intervalos de
tempo especificados, uma pequena chama-piloto é passada sobre a cuba. A mais baixa temperatura, na qual a aplicação da chama-
piloto provoca a ignição dos vapores acima da superfície do líquido, é tomada como o ponto de fulgor. Para determinar o ponto de
combustão, o ensaio é continuado até que a aplicação da chama-piloto cause a ignição e queima do óleo por, no mínimo,5 s.

Resultados:
Ponto de Fulgor (ºC) Ponto de Combustão (ºC)

VARIAÇÃO DE MASSA – ENVELHECIMENTO EM CURTO PRAZO (RTFOT) – ASTM D 2872

Definição: Como a usinagem da mistura asfáltica é a grande responsável por uma parcela significante do envelhecimento do ligante,
devido ao contato entre as finas camadas de ligante em volta dos agregados e o ar que superaquece dentro do tambor de mistura.
Neste sentido, tentando simular o efeito oxidante que a usinagem provoca no ligante asfáltico, é realizado ensaio de RTFOT (Rolling
Thin Film Oven Test), conforme ASTM D 2872, que consiste em uma estufa (ou forno) com compartimento giratório na qual circula
uma corrente de ar a alta temperatura. A ação giratória do compartimento presente dentro da estufa evita a formação de uma camada
oxidada na superfície da amostra, assim como a segregação de polímero, no caso de asfaltos modificados.
Resumo do ensaio: Para realização do ensaio, inicialmente foram preparadas amostras do ligante, sendo as mesmas aquecidas até
fluidez e inseridas 35 ±0,5 g de ligante em cada frasco de ensaio. Posteriormente as amostras permaneceram em repouso, então foram
inseridas na estufa RTFOT pré-aquecida na temperatura do ensaio, 163ºC, preconizado pela ASTM D2872. Após 85 minutos na estufa
RTFOT, os frascos com amostras envelhecidas são colocados para esfriar por um período de 60 minutos e, posteriormente
determinadas as variações de massa, em porcentagem, conforme equação abaixo.
M inicial  M final
Massa  x100
M inicial
Onde:
Minicial = massa antes do ensaio RTFOT e Mfinal = massa após o ensaio RTFOT.
Após realização do ensaio, o resíduo presente nos frascos de ensaio devem ser retirados cuidadosamente com auxílio de uma espátula,
para que posteriormente sejam realizados ensaios de consistência (ponto de amolecimento, penetração, viscosidade, ductilidade e
recuperação elástica), além de determinação o aumento do ponto de amolecimento e penetração retida, o que caracterizaria o material
de acordo com norma DNIT 095/2006.
PEN final
PEN retida  x100
PEN inicial
onde:
PENfinal = Penetração antes do ensaio RTFOT; PENinicial = Penetração após o ensaio RTFOT.

Resultados:
Perda de massa (RTFOT) %
Penetração retida mm
Ponto de amolecimento após RTFOT ºC

ÍNDICE DE SUSCEPTIBILIDADE TÉRMICA (IST) - DNIT 095/2006 – EM

Definição: Susceptibilidade térmica é a capacidade que o ligante asfáltico tem de manter suas características reológicas inalteradas
sob uma larga faixa de temperaturas. Em climas mais frios, o ligante permanece mais flexível e aumenta a resistência do revestimento
à fissuração e ao trincamento. Em climas quentes, como no caso do Brasil, o maior ponto de amolecimento e a maior viscosidade do
ligante aumentam a resistência à deformação permanente
O Índice de Suscetibilidade Térmica (IST), também chamado de Índice de Pfeiffer e Van Doormaal, que nas especificações brasileiras
pode variar de -1,5 a +1,0, indica a seguinte tendência: valores maiores que +1,0 indicam asfaltos pouco sensíveis a elevadas
temperaturas e quebradiços quando a temperatura é baixa, e valores menores que -1,0 indicam asfaltos muito sensíveis a elevadas
temperaturas, ou seja, amolecem rapidamente.

Resumo do ensaio: De posse dos resultados de penetração e ponto de amolecimento é determinado por meio de equação matemática
o valor do IST.
[500 x log( PEN )]  [20 x(T º C )]  1951
IST =
120  [50 x log( PEN )]  (T º C )
Onde:
TºC = Ponto de amolecimento;
PEN = penetração a 25ºC, 100g, 5seg.

Valores a adotar:
Penetração após RTFOT = 35mm Ponto de amolecimento final (após RTFOT) = 53ºC
Ductilidade após RTFOT = 94 cm
Tara do frasco RTFOT = 168,801g CAP adicionado no frasco RTFOT = 35,335g
Frasco RTFOT+CAP(resíduo) após ensaio = 204,097g
Normas DNIT disponíveis em: http://ipr.dnit.gov.br/normasmanuaisoutros/normas.html

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