Você está na página 1de 5

Slide 1

“Tecnologia em respiradores – Químicos e Passivos: Fabricação e Proteção. ”

Fotos livro ppr

Slide 2

Um dos epi’s importantes na segurança do trabalhador são os respiradoress. A proteção


respiratória é uma das medidas universais de segurança e visa formar uma barreira de proteção ao
trabalhador, a fim de reduzir a exposição da pele e das membranas mucosas a agentes de risco de
quaisquer naturezas. A escolha do tipo de proteção respiratória a ser utilizada deve ser determinada por
uma avaliação de risco criteriosa, por isso, faz-se necessário saber a respeito deste assunto.

PPR – Programa de Proteção Respiratória

Em 1994, o programa de prevenção respiratória tornou-se obrigatório, onde for necessário o uso
do EPR, através da Instrução Normativa n}1, de 11 de abril de 1994, do Ministério do Trabalho e Emprego,
que estabelece o regulamento técnico sobre o uso de equipamentos para proteção respiratória.

Slide 3

Cada ambiente de trabalho está sujeito a um tipo de exposição ao


trabalhador, as empresas precisam primeiramente buscar vários meios de
prevenção a fim de diminuir os riscos e assim, trazer os epi’s como um
complemento na segurança. Neste caso, os respiradores são utilizados para a
proteção de trabalhadores contra a inalação de ar com deficiência de oxigênio e
contra a inalação de contaminantes perigosos em um ambiente de trabalho de alta
exposição. Essas partículas podem ser: poeiras, gases, névoas, fumos, etc

Porém, o uso de EPR é considerado o último recurso na hierarquia das medidas


de controle e deve ser adotado somente após cuidadosa avaliação dos riscos. Existem
situações, entretanto, nas quais ainda pode ser necessário o uso de um respirador, tais
como:

a) outras medidas de controle já foram adotadas, mas a exposição à inalação não


está adequadamente controlada;

b) a exposição por inalação excede os limites de exposição e as medidas de


controle necessárias estão sendo implantadas;
c) a exposição por inalação é ocasional e de curta duração, sendo impraticável a
implantação de medidas de controle permanentes (por exemplo, em trabalhos de
manutenção, de emergência, fuga e resgate).

Slide 4

Conceitos importantes para entender um pouco mais sobre respiradores, quando e qual utilizar
são:

 Limite de Tolerância (item 15.1.5, NR15): “é


a concentração ou intensidade
máxima ou mínina, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao
agente, que não causará dano à saúde do trabalhador.”
 FATOR DE PROTEÇÃO ATRIBUÍDO: “O nível de proteção que se espera
alcançar durante o uso de um equipamento de proteção respiratória”, (de
acordo com a tabela);

Assim, por exemplo, o FPA de um respirador do tipo semifacial com filtro é igual a
10. Esse valor indica que, se o respirador for selecionado e usado dentro das
recomendações do Programa de Proteção Respiratória (PPR), a concentração do
contaminante no ar que está dentro da peça semifacial, e que será inalado pelo
usuário, será no mínimo, 10 vezes menor que a existente no ar contaminado.

 Tipos de Respiradores

Associação Brasileiras de Normas Técnicas, ABNT, através da NBR n012.543, de


1999, agrupa os respiradores em dois tipos:

a) respiradores de adução de ar

São aqueles que recebem o ar de uma fonte externa ao ambiente de trabalho. Exemplos: respiradores de ar
natural, respiradores de linha de ar comprimido com cilindro auxiliar para fuga, respiradores de linha de ar
comprimido, etc.
b) purificadores de ar

São aqueles que filtram o ar do ambiente com a ajuda de filtros específicos, removendo gases, vapores, aerossóis
ou a combinação destes. Os filtros podem ser mecânicos, químicos ou uma combinação dos dois. Abaixo
apresentamos uma tabela com as diversas classes e tipos de filtro químico:

Como são classificados os filtros P1, P2, P3, PFF1, PFF2 e PFF3?

De acordo com recomendações contidas no PPR (Programa de Proteção Respiratória) da


FUNDACENTRO, seguem abaixo as classificações dos filtros e para quais contaminantes são
recomendados:

PFF1 / P1: Poeiras e/ou Névoas (aerossóis mecanicamente gerados)

PFF2 / P2: Fumos (aerossóis termicamente gerados) e/ou Agentes Biológicos

PFF3 / P3: Particulados altamente tóxicos e/ou de toxidez desconhecida PFF significa peça facial
filtrante, pois o próprio respirador é um meio filtrante.
Os filtros mecânicos são testados de acordo com as normas NBR 13697 (P1, P2 e P3) e NBR
13698 (PFF1, PFF2 e PFF3) e os dois parâmetros avaliados são a perda de carga (resistência à
passagem do ar) e a penetração de partículas. Os filtros P1, P2 ou P3 são utilizados em
respiradores com manutenção, e os PFF1, PFF2 e PFF3 são os respiradores sem manutenção.

-------------------------------------------------------------

http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2014/01/fiscalizacao-interdita-frigorifico-
apos-acidente-com-vazamento-de-amonia.html

Os filtros mecânicos apresentam classificações variadas. As duas tabelas a seguir apresentam a classificação
americana e a brasileira destes filtros:

FATOR DE PROTEÇÃO ATRIBUÍDO E FATOR DE VEDAÇÃO


O nível de proteção que se espera alcançar durante o uso de um equipamento de proteção
respiratória é indicado pelo Fator de Proteção Atribuído (FPA). Os valores podem ser
encontrados na Tabela 1 do PPR - Fundacentro.
Assim, por exemplo, o FPA de um respirador do tipo semifacial com filtro é igual a
10. Esse valor indica que, se o respirador for selecionado e usado dentro das
recomendações do Programa de Proteção Respiratória (PPR), a concentração do
contaminante no ar que está dentro da peça semifacial, e que será inalado pelo
usuário, será no mínimo, 10 vezes menor que a existente no ar contaminado.
Essas recomendações do PPR, na prática, significam que:
1) o respirador e filtro, quando existente, devem ser adequados ao risco, isto é,
selecionados de acordo com o citado documento da Fundacentro;
2) a peça facial do respirador selecionado no item anterior deve vedar de modo aceitável
no rosto do usuário, o que deve ser verificado pela realização do Ensaio de Vedação;
3) o respirador deve estar colocado corretamente no rosto, o que é verificado pela
realização do teste de pressão positiva ou negativa;
4) o trabalhador deve utilizar o respirador durante todo o tempo que estiver na área
contaminada;
5) o usuário deve ter condições físicas e psicológicas que permitam o uso desse EPI, o
que exige alguns cuidados no exame médico;
6) o respirador deve estar em bom estado e funcionando corretamente (manutenção,
higienização, guarda);
7) o usuário deve receber treinamento sobre os riscos respiratórios a que esta exposto e o
modo correto de uso do respirador;
8) é proibido o uso de respirador com vedação facial por usuários que apresentem pelos
faciais na zona de selagem. Portanto, o FPA é um objetivo a ser alcançado e não uma
certeza de sucesso.
Dos oito itens citados, o que tem provocado surpresa entre os profissionais de segurança
é a realização do ensaio de vedação quantitativo, previsto no Anexo 5 do PPR -
Fundacentro, utilizando o instrumento denominado Portacount.
Esse método quantifica a selagem do respirador no rosto do usuário, baseado no Fator de
Vedação, enquanto o mesmo executa 7 exercícios (que simulam as condições de uso,
cada um com duração de um minuto), de acordo com o procedimento previsto no Anexo 5
do PPR - Fundacentro. Para o respirador semifacial o Fator de Vedação é 100. Isto
significa que durante a realização dos exercícios, a concentração do aerossol de teste
dentro da peça facial deve ser no mínimo 100 vezes menor que a existente fora.
Este método responde de modo irrefutável às perguntas: “este respirador tem o formato e
o tamanho (pequeno, médio, grande) adequado ao rosto do usuário?”, ou “o respirador é o
adequado mas está colocado na posição correta?”.Temos empregado com sucesso o
Portacount em treinamentos, como uma ferramenta de convencimento dos profissionais de
segurança e usuários sobre a importância da realização do ensaio de vedação, e
portanto,no alcance do nível de proteção previsto pelo FPA.
Maurício Torloni – Doutor em Engenharia Química e Consultor em Proteção Respiratória
mtorloni@uol.com.br e Maurício Torloni Filho – Engenheiro de Segurança do Trabalho e
Higienista - mauricio.filho@twabrasil.com.br
www.sosegurancadotrabalho.com

A proteção respiratória é uma das medidas universais de segurança e visa formar uma barreira de proteção ao
trabalhador, a fim de reduzir a exposição da pele e das membranas mucosas a agentes de risco de quaisquer
naturezas. É, portanto, um equipamento de proteção individua.

A escolha do tipo de proteção respiratória a ser utilizada deve ser determinada por uma avaliação de
risco criteriosa, devendo levar em consideração a natureza do risco, incluindo as propriedades físicas, deficiência
de oxigênio, efeitos fisiológicos sobre o organismo, concentração do material de risco ou nível de radioatividade,
limites de exposição estabelecidos para os materiais químicos, concentração no meio ambiente; o(s) agente(s)
de risco; o tipo de atividade ou ensaio a ser executado; características e limitações de cada tipo de respirador; o
nível mínimo de proteção do equipamento (veja tabela a seguir), além de considerar a localização da área de
risco em relação às áreas onde haja maior ventilação. Esta decisão deve ser tomada pelo chefe, ou responsável
pelo Laboratório ou Departamento.

A legislação brasileira estabelece alguns critérios que devem ser observados pelo empregador, tais como: o
estabelecimentos de procedimentos operacionais padrões específicos para a seleção e uso destes equipamentos,
procedimentos emergenciais, treinamento do trabalhador/usuário, monitoramento ambiental periódico,dentre
outros.

Você também pode gostar