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Estudos de Cinema e
Audiovisual – SOCINE
Resumo:
Resumo Expandido:
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Trabalho apresentado no XX Encontro da SOCINE. De 18 a 21 de outubro. Seminário Temático:
Cinema e Educação
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ver http://www.cinead.org. acesso em 14/04/2016
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http://www.projetacao.org/.Acesso em 14/04/2016
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https://www.facebook.com/CiclocineRJ/info/?tab=page_info.Acesso em 14/04/2016
territorialidades (cidades), os lócus de fruição estética e compartilhamento de
experiências constituem aquilo que Andréa França (2006) caracteriza como “territórios
sensíveis”, isto é: ambientes de compartilhamento simbólico, onde as experiências
realizadas são da ordem do imaginário e do afetivo, promovendo vinculações entre os
sujeitos.
Dessa forma serão investigadas as práticas cinematográficas como lugares
simbólicos, na medida em que possam gerar vinculações sociais a partir do sentimento
coletivo e da linguagem fílmica como experiência transformadora do social. Em
sintonia com estes aspectos, é preciso olhar para a arte sob o aspecto relacional,
partilhado. Utiliza-se dos pressupostos de Jacques Rancière (2005) na partilha do
sensível e de Nicolas Bourriard, sobre a arte como lugar de produção de sociabilidade e
"esfera das relações humanas” (BOURRIARD, 2009, p.19). A linguagem da arte então,
"por ser da mesma matéria de que são feitos os contatos sociais, ocupa um lugar
singular na produção coletiva5”. Corrobora a percepção de Bourriard, a ideia de partilha
do sensível, como “a relação entre um conjunto comum partilhado" (RANCIÈRE, 2005,
p.7).
A questão central é: Seria o cinema capaz de promover a reflexão e o debate
sobre o cotidiano, em medida de sensibilizar (BERGALA, 2008) e emancipar
(FRESQUET, 2013)? Como percurso metodológico optou-se pela trajetória cartográfica
corroborada pelos pressupostos de Martin-Barbero (2004) sobre a cartografia como
mapa construído entre o pesquisador e o pesquisado e que, sugere-se, dialogam com a
ideia de territórios sensíveis relacionados ao cinema. Não é por acaso que Andréa
França observa ser a territorialidade um recorte simbólico “territórios afetivos,
sensíveis, novos mapas de pertencimento” (MARTINS, 2006, p.399). Assim, mapear a
potência de sociabilidade e vinculações entre espaços e sujeitos é propor a redefinição
de fronteiras simbólicas e fluxos comunicacionais que podem atravessar a cidade,
paisagem que se constitui no social.
A hipótese que norteia esta pesquisa é as experiências teriam a potência de
engendrar vinculações entre os sujeitos participantes, que teriam uma perspectiva a um
só tempo estética e ética. A vinculação aqui seria uma condição originária do ser, que é
na medida em que partilha um lugar em comum (S0DRÉ, 2010), construído de afetos.
Logo, poderiam ser criadas pontes entre os sujeitos e as cidades e produzidas reflexões
para além das instituições sociais?São algumas questões que se busca responder.
5
Ibid., Id., p.57
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