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Cap3 - Geradores Síncronos PDF
Cap3 - Geradores Síncronos PDF
3.1 Introdução
Pm Máquina Pe
Sfrag replacements
água, vapor Turbina Síncrona
(Alternador)
– 1–
I No problema de fluxo de carga apresentado no capı́tulo anterior considerou-se:
Gerador ∼
eplacements
Pg , Q g
Transformador
– 2–
I Motores sı́ncronos conectados à rede sem carga mecânica no eixo →
fornecimento de potência reativa à rede → condensador sı́ncrono
CA CC CA
ag replacements
Retificador Inversor
Condensador
sı́ncrono
– 3–
I Descrição básica da máquina sı́ncrona:
ag replacements
a
rotor (pólos salientes)
0
c
enrolamento de campo b0
eixo fase a
gap (entreferro)
b
If c armadura (estator)
a0
eixo fase c
Campo (rotor) – parte móvel → bobina enrolada no rotor por onde circula
corrente contı́nua → criação de um campo magnético.
– 4–
x
Estator de um hidrogerador
Rotor de um hidrogerador
– 5–
I Pólos lisos × pólos salientes no rotor:
N N
PSfrag replacements
S S
S N
pólos lisos (2 pólos) pólos salientes (4 pólos)
turbogerador hidrogerador
Pólos salientes:
hidrogeradores
turbogeradores (vapor)
– 6–
Exemplo
120 f
p=
n
120 · 60
pBr = = 78 pólos → lado brasileiro
92,3
120 · 50
pP a = = 66 pólos → lado paraguaio
90,9
– 7–
replacements
I Excitação de campo:
Piloto
Gerador CC
Gerador Sı́ncrono
Turbina
campo
campo gcc
campo
GS GS controle GCC GS
GS
manual + reostato
CC
Controle
Controle eletrônico Eletro-mecânico
– 8–
3.2 Modelo da máquina sı́ncrona de pólos lisos
eixo do estator
θ=0
eixo do rotor
θ = ω t0
rotor
PSfrag replacements
φa
φM
a a0
estator
– 9–
I Máquina é acionada (pela turbina) com velocidade angular constante ω. A
posição instantânea do rotor é:
θ = ωt
if H
H B
B φ
– 10–
I A máquina é construı́da de forma que o fluxo magnético tenha uma forma
senoidal no espaço.
eixo do estator
φ
φM
φa
ω t0 θ
PSfrag replacements
eixo do rotor
φa (θ) = φM cos θ
φa (t) = φM cos ωt
– 11–
I Pela lei de Faraday a tensão induzida no enrolamento da fase a do estator é:
d
ef (t) = −N φa (t)
dt
fluxo disperso
PSfrag replacements
d
ef (t) = −N φf (t)
dt
= N φ0M ω sen ωt
= Vp sen ωt
– 12–
x
φf (t) ef (t)
t
PSfrag replacements
PSfrag replacements
Ef
– 13–
3.2.2 Máquina operando sob carga
PSfrag replacements a
Considere o instante ωt = 0:
c0 b0
Fp Fp
Fa = Fp Fb = − Fc = − Fc Fa
2 2 3 Fp
Fra = 2
Fra
A força magnetomotriz resultante é: Fb
3 c
Fra = Fp b
2
a0
– 14–
I A força magnetomotriz total (resultante das três fmm das fases) é:
3
Fra (t) = Fp cos (ωt)
2
– 15–
Φf induz uma tensãoPSfrag
Ef (atra-
replacementsΦf
◦
sada de 90 ). Ef
Φra
PSfrag replacementsΦf
A corrente de carga Ia produz
Ef
um campo de reação de arma-
dura Φra (em fase).
Ia
Φra
PSfrag replacements
Φf
φra induz uma tensão Era (atra-
Ef
sada de 90◦).
Era
Ia
Φra
PSfrag replacements
Φf Φt
A soma de Φf e Φra resulta no
Ef
campo total de entreferro Φt .
Era
Ia
– 16–
PSfrag replacements Φra
Φf Φt
A soma de Ef e Era resulta na
Ef
tensão terminal do gerador Et .
Era
Et
Ia
(*) ` → leakage
armadura
1 – linhas de campo que
passam pelo entreferro
1 2 2 – linhas de campo que
condutor não passam pelo entre-
replacements
ferro
– 17–
3.2.5 Circuito equivalente
Et = Ef + Era
I Verifica-se que:
I Assim:
Et = Ef − (−Era )
= Ef − jxra Ia
I Semelhança com a expressão obtida para uma fonte de tensão real composta
por uma fonte de tensão ideal e uma impedância interna.
– 18–
I Incluindo os efeitos das perdas tem-se o circuito equivalente da máquina
sı́ncrona de pólos lisos:
replacements perdas
Ia Ia
ra x` xra ra xs
+ xs + + +
∼ Ef Et ∼ Ef Et
− − − −
Ef
– 19–
3.2.6 Caracterı́stica potência-ângulo
Et = Ef − (ra + jxs) Ia
= Ef − ra Ia − jxsIa
Vt = Vf ∠δ − ra Ia ∠ (−ϕ) − xs Ia ∠ (90◦ − ϕ)
= Vf cos δ + jVf sen δ − ra Ia cos ϕ + jra Ia sen ϕ − (1)
xs Ia cos (90◦ − ϕ) − jxsIa sen (90◦ − ϕ)
– 20–
I Multiplicando os dois lados da equação por Vt :
PSfrag replacements
Ia
Vt Vf ∼ Pg , Q g
Vt Ia cos ϕ = P = sen δ
xs
Et
P Vt Vf
P = sen δ
Pmax xs
Vt Vf
Pmax =
xs
acements δlim = 90◦
Vt Vf Vt2 Vt
Q= cos δ − = (Vf cos δ − Vt )
xs xs xs
– 21–
I Em geral os geradores operam de forma que os ângulos de potência sejam de
no máximo 30◦ (tı́pico).
Exemplo
Pmax P
PSfrag replacements
Sobrexcitada ← → Subexcitada
0 90 180
◦
δ []
Vf Vt
Pmax = = 1,2 pu
xs
Vf cos δ − Vt = 0 δ = 33,6◦
– 22–
Note que:
G
SISTEMA
PSfrag replacements ∼
ELÉTRICO
– 23–
I No caso de G, a tensão terminal será imposta pelo sistema, que é mais forte
do que ele.
G
PSfrag replacements
∼
barramento
infinito
+ Ia +
If ∼ Ef Et constante
− −
– 24–
I Dependento do fator de potência visto pelo gerador pode-se ter:
Ef
jxsIa
δ carga indutiva
Et
Ia
Sfrag replacements
perdas
Ef
jxsIa
Ia
δ carga capacitiva
constante Et
Vt Vf Vt Vf V2
PG = sen δ QG = cos δ − t
xs xs xs
x3
sen x = x − + ··· ≈ x
6
x2
cos x = 1 − + ··· ≈ 1
2
– 25–
e as expressões das potências ficam:
Vt Vf Vt Vf Vt2
PG = δ QG = −
xs xs xs
P
Pmax
PSfrag replacements
90◦ δ
δ pequeno
– 26–
Equações completas
ANTES DEPOIS
Vt Vf Vt Vf
Pg0 = sen δ 0 Pg = Pg0 + ∆Pg = sen δ 0 + ∆δ
|x
{zs } xs
const.
→ Pg varia → δ varia
Vt Vf Vt2 Vt Vf Vt2
Q0g = 0
cos δ − Qg = Q0g
+ ∆Qg = 0
cos δ + ∆δ −
xs xs xs xs
→ Pg varia → δ varia → Qg varia
Equações simplificadas
ANTES DEPOIS
Vt Vf 0 Vt Vf 0
Pg0 = δ Pg = Pg0 + ∆Pg = δ + ∆δ
xs xs
→ Pg varia → δ varia
Vt Vf Vt2 Vt Vf Vt2
Q0g = − Qg = Q0g
+ ∆Qg = − → ∆Qg = 0
xs xs xs xs
→ Pg varia → δ varia → Qg não varia!
– 27–
I Controle da excitação de campo
Vt Vf Vt2
Qg = cos δ −
xs xs
Vt
= (Vf cos δ − Vt )
xs | {z }
(∗)
Ef
– 28–
Vf cos δ → projeção de Ef sobre o eixo de Et
PSfrag replacements
Para carga capacitiva tem-se:
Ef
jxs Ia
Ia
ϕ δ
Et
PSfrag replacements
Ef
jxs Ia
δ
Ia Et
– 29–
Equações completas
ANTES DEPOIS
0
Vt Vf0 V t V f
0
+ ∆V f
Pg = sen δ 0 Pg0 = sen δ 0 + ∆δ
xs xs
→ como não se alterou o conjugado → Pg constante
– 30–
3.3 Modelo da máquina sı́ncrona de pólos salientes
eixo direto d
If
– 31–
I Equação básica:
Ef = Et + ra Ia + jxd Id + jxq Iq
PSfrag replacements
I Diagrama fasorial:
Ef
d
Iq Eq Ef
q
δ
ϕ
Et jxq Iq
Ed
Id ra I a
Ia
jxd Id
– 32–
I Alguns valores tı́picos de reatâncias:
Ef =
Iq Eq Ef
q
δ
ϕ
ra I a Et jxq Iq
Ed jxd Id
Id
Ia
<
– 33–
I Agora aparecem também os eixos real (<) e imaginário (=), considerando a
tensão terminal Et como referência angular. Logo:
Et = Vt ∠0◦
Ef = Ef ∠δ
Ia = Ia ∠ − ϕ
I Em termos fasoriais:
Ia = Id + Iq
Logo:
Vt sen δ = xq Iq
Vf − Vt cos δ = xd Id
ou:
Vt
Iq = sen δ
xq
Vf Vt
Id = − cos δ
xd xd
– 34–
I Substituindo as expressões de Id e Iq na equação das projeções das correntes
(2):
Vf Vt Vt
Ia cos ϕ = sen δ − cos δ sen δ + sen δ cos δ (×Vt )
xd xd xq
Vt Vf Vt2 Vt2
V I cos ϕ = sen δ − cos δ sen δ + sen δ cos δ
| t a{z } xd xd xq
P
Vt Vf 1 1
P = sen δ + Vt2 − sen δ cos δ
xd xq xd
Vt Vf x d − x q 1
= sen δ + Vt2 sen 2δ
xd xd xq 2
Vt Vf V2 xd − x q
P = sen δ + t sen 2δ
| xd {z } |2 xd xq
{z }
pólos lisos saliência
– 35–
I Curva [P × δ] para a máquina de pólos salientes:
k1 sen δ + k2 sen 2δ
Pmax
k1 sen δ
PSfrag replacements
limite estático de δ
estabilidade (< 90◦) k2 sen 2δ
Vt Vf cos2 δ sen2 δ
Q= cos δ − Vt2 +
xd xd xq
– 36–
Exemplo
Pmax P
PSfrag replacements
0 90 180
◦
δ []
I Tensão terminal – 15 kV
Potência aparente – 100 MVA
Reatâncias xd , xq (pu), na base 100 MVA / 15 kV – 1,5 pu e 1,0 pu
Fator de potência nominal – 95%
– 37–
3.5 Curvas de capacidade (capability)
3.5.1 Definição
P
S3
S1
S2
PSfrag replacements
S0
S
capacitivo indutivo
– 38–
S2 , S3 – pontos não satisfatórios – limites violados.
I Fatores gerais:
– 39–
I Fatores especı́ficos:
→ para uma tensão terminal constante → quanto mais indutiva for a carga
maior deve ser Ef e, portanto, maior o If (para que se tenha maior fluxo):
replacements
xs Ef
0
+ + jxsIa Ef
Ia
If ~ Ef Et
jxsIa0
− −
Et
Ia
Ef = Et + jxsIa Ia0
Ef0 > Ef
– 40–
→ limitação das perdas no cobre do campo → limitação de If .
Efmax Ef1
Ef2
Sfrag replacements
Ef3
Iamax
ϕ1 Et
ϕ2 Ia1
ϕ3
Ia2
Ia3
– 41–
→ nota-se na figura que para ϕ1, Ef1 cai dentro do lugar geométrico e para
ϕ2 Ef2 cai sobre o lugar geométrico.
– 42–
placements
I Levando em consideração todos os fatores obtém-se a curva de capacidade da
máquina para um certo Vt :
AB – Limitação por If
BC – Limitação por Ia
P CD – Limitação pela máquina primária
D C DE – Limitação por Ia
B EF – Limitação por estabilidade
FG – Limitação por excitação mı́nima
E
φ
F
G O A Q (ind)
– 43–
3.5.3 Traçado da curva de capacidade
Ef = Et + jxs Ia
Ef
PSfrag replacements
xs I a
δ Et
O0 O
ϕ
Ia
– 44–
I Mantendo as condições anteriores, a carga pode variar de puramente indutiva
(Ia 90◦ atrasada em relação a Vt ) a puramente capacitiva (Ia 90◦ adiantada em
relação a Vt ).
Ef A
xs I a
δ Et
O0 ϕ
C O B
Ia
– 45–
I A extremidade de Ef se encontra com a extremidade de jxs Ia .
lacements
Ef A
xs I a
δ Et
O0 ϕ
C O D B
Ia
– 46–
I A fim de satisfazer ao mesmo tempo as duas limitações (Ef e Ia – dois lugares
PSfrag replacements
geométricos) → delimita-se a área de operação permitida pelo contorno DAC:
Ef A
xs I a
δ Et
O0 ϕ
C O D B
Ia
Vt
Ef = Et + jxs Ia ×
xs
Vt Ef Vt Et
= + jIa Vt
xs xs
– 47–
I Redesenhando o diagrama fasorial tem-se:
acements
Vt Vf
A
P xs
D
ra δ = 90◦ ϕ
Vt Ia
δ
O0 ϕ
C Vt2 O Q DB Q (ind)
xs
Ia
– 48–
→ agora o contorno DAC representa a curva de capacidade do gerador.
– 49–
I Incluindo o limite de estabilidade: o limite teórico de estabilidade ocorre para
δ = 90◦:
Vt Vf
P max =
xs
em que Ef é perpendicular a Et :
acements
Vt Vf
, para δ = 90◦
xs
Vt Vf
A
P xs
D
ϕ
Vt Ia
δ
O0 ϕ
C Vt2 O Q DB Q (ind)
xs
Ia
– 50–
→ no caso da máquina exemplo, P max cai fora da região permitida.
A
Vt Vf
Vt Vf xs
, para δ = 90◦
xs
D
E
Vt Ia
ϕ
δ
P C O 0
ϕ Vt2 O D B Q (ind)
Q xs
Ia
– 51–
→ deve-se trabalhar sempre com uma margem de segurança para evitar que o
limite de estabilidade seja atingido → define-se então o limite prático de
estabilidade.
acements→ para cada valor de Vf a nova potência máxima será limitada ao valor
resultante da diferença entre a potência máxima teórica para este valor de V f
e 10% da potência nominal da máquina.
S
0,1Pn S0 P
A
Vt Vf
D Vt Vf xs
, para δ = 90◦
xs
E
Vt Ia
ϕ
P
Q
δ
C O 0
ϕ Vt2 O D B Q (ind)
xs
Ia
– 52–
acements
S
0,1Pn S0 P
D
A
N Vt Vf
Vt Vf xs
, para δ = 90◦
xs
E
P Vt Ia
Q
ϕ
δ
C O0 F ϕ Vt2 O D B Q (ind)
xs
Ia
– 53–
I É possı́vel também considerar o limite prático de estabilidade através de um
ângulo δ max , por exemplo:
acements
δ max = 75◦
A
Vt Vf
Vt Vf xs
, para δ = 90◦ N
xs
P
Q E
Vt Ia
δ max
ϕ
S
S0
δ
C O0 F ϕ Vt2 O D B Q (ind)
xs
Ia
– 54–
→ deve também haver um limite inferior de excitação da máquina → o
controle fica muito difı́cil – o limite é:
acements
min
Vt Vfmin
P =
xs
S
0,1Pn S0 P
A
N Vt Vf
Vt Vf xs
, para δ = 90◦
xs
P
Q E
Vt Ia
ϕ
F
δ
C O 0 G Vt2 O D B Q (ind)
ϕ
xs
Ia
– 55–
→ finalmente, deve-se levar em conta a limitação da máquina primária
(turbina) → linha horizontal, correspondente à máxima potência permissı́vel
placements
da máquina primária.
AB – Limitação por If
BC – Limitação por Ia
P CD – Limitação pela máquina primária
D C DE – Limitação por Ia
B EF – Limitação por estabilidade
FG – Limitação por excitação mı́nima
E
φ
F
G O A Q (ind)
Exemplo
– 56–
A corrente nominal da máquina é:
S
Ia = = 1,11 pu
Vt
Vt Vt
Ef = Et + jVt Ia
xs xs
1,0 1,0
· 2,6 ∠δ = · 1,0 ∠0◦ + |∠90 ◦
·1,0 · 1,11 ∠ − ϕ (Et é referência angular)
1,67 1,67 {z
j
}
O0 Vt2 /xs O
– 57–
(2) Com centro em O 0 , traçar cı́rculo com raio 1,5569, que corresponde a
Vt Vfmax /xs (limitação de campo, lugar geométrico de Vfmax ) → D · · · .
rag replacements
C O0 Vt2/xs O D B
– 58–
(3) Traçar os eixos P e Q.
A
acements
Vt Vf /xs
Vt Ia
C O0 Vt2 /xs O D B Q
– 59–
(4) Traçar linha paralela ao eixo P passando por O 0 → linha tracejada O 0 E
corresponde a δ = 90◦ → limite de estabilidade estática → diagrama de
capacidade agora é DAEO 0 .
E
acements A
Vt Vf /xs
Vt Ia
C O0 Vt2 /xs O D B Q
– 60–
(5) O ângulo ϕ foi obtido anteriormente. Ele também pode ser obtido a partir do
próprio diagrama de capacidade, como sendo o ângulo entre o eixo P e a linha
OA, que corresponde à potência aparente Vt Ia.
10% deste valor, ou seja, 0,0865 pu deve ser descontado para a obtenção da
curva prática do limite de estabilidade.
– 61–
x
P
S
E
A
Vt Vf /xs
Vt Ia
placements
C O0 X Vt2/xs O D B Q
– 62–
(6) Excitação mı́nima:
min
Vt Vfmin 1,0 · 0,3
P = = = 0,1796 pu
xs 1,67
acements
E
A
Vt Vf /xs
Vt Ia
F
C O0 X G Vt2 /xs O D B Q
– 63–
(7) Incluir a limitação da máquina primária → linha paralela ao eixo Q para
P = 1,0 pu.
PSfrag replacements
O diagrama de capacidade final da máquina é dado pelo contorno DACHF G.
Vt2/xs
B P
H C
C
A
S
X
E
F
Vt Ia
Vt Ef /xs O0 G O D Q
Trecho Limite
– 64–
Exemplo
Este valor já foi obtido anteriormente durante o traçado do diagrama e vale:
Vt2/xs OB
fp = cos ϕ = = 0,78
OA
P
C
H C
B A
S
X
E
F
Vt Ia
Vt Ef /xs O0 G O D Q
– 65–
PSfrag replacements
(b) ObtenhaVt2/x
oss limites de potência reativa quando a máquina fornece 0,8 pu de
potência ativa.
B
Traçar linha paralela ao eixo Q para P = 0,8 pu. Os limites são dados pela
intersecçãoCda linha com o diagrama.
P
S
H C
X
E
A
ϕ 0,8
F
Vt Ia
Vt Ef /xs O0 G Qmin O Qmax D Q
(c) Determine a potência ativa a partir da qual as perdas cobre são importantes
na definição dos limites de potência reativa.
– 66–
PSfrag replacements
(d) A máquina fornece 1,0 pu de potência ativa. Determine Vf tal que δ = 30◦. Se
Vt2/xssob as condições especificadas não for possı́vel, determinar o
a operação
mı́nimo valor de δ.
B
Como a máquina fornece 1,0 pu de potência ativa, opera sobre o trecho CH
0 ◦
do diagrama C de capacidade. Traçar uma linha a partir de O formando 30
com o eixo Q.
S P
X
H C
E
ϕ A
0,8
min
Q
Qmax
F 30◦
Vt Ia
Vt Ef /xs O0 G O D Q
A linha não cruza o trecho CH, portanto, a operação sob essas condições não
é possı́vel. O ângulo δ mı́nimo é obtido traçando-se uma linha a partir de O 0
que passe por C. Neste caso, a máquina operará fornecendo potência ativa de
1,0 pu e reativa máxima Qmax = 0,49 pu. O ângulo δ mı́nimo será igual a:
1,0
δ = tg−1 = 42,8◦
1,08
– 67–
B
x S
X P
E
H C
ϕ
A
30◦
0,8
min
Q
δ
F
Vt Ia
Vt Ef /xs O0 G O Qmax D Q
0 Vt Vf O 0 C · xs 1,47 · 1,67
O C = 1,47 = → Vf = = = 2,45 pu
xs Vt 1,0
– 68–
Máquina de pólos salientes
Vt Vf Vt2 xd − x q
P = sen δ + sen 2δ
xd 2 xd xq
| {z }
relutância
Ef = Et + jxd Id + jxq Iq
I Diagrama fasorial:
eixo q
B
Ef
jxq Iq
A
Iq
O0 δ jxd Id
ϕ Et O
Ia
Id
eixo d
– 69–
PSfrag replacements
S eixo q
B
Ef
jxq Iq
A
Iq α
δ jxd Id
O0 ϕ Et O
α
Ia
Id E
D
eixo d
O0 D OA
=
DE AS
Id xd I d
=
Iq xq Iq + BS
BS = (xd − xq ) Iq
AS = AB + BS → AS = xd Iq
OS 2 = OA2 + AS 2 → OS = xd Ia
– 70–
I Observando novamente o diagrama:
α S eixo q
B
C
Ef jxq Iq
A
Iq
δ jxd Id
O0 ϕ Et O
Ia
Id E
D
eixo d
AS BS
=
OS CS
xd I q (xd − xq ) Iq
=
xd I a CS
CS = (xd − xq ) Ia
OC = OS − CS → OC = xq Ia
– 71–
I Variando o ângulo do fator de potência de −90◦ a 90◦ (puramente indutivo a
puramente capacitivo), o fasor Ia descreve uma semi-circunferência em torno
de O0 .
PSfrag replacements
O trecho OS = xdIa gira da mesma forma em torno de O, resultando na
semi-circunferência tracejada → lugar geométrico dos pontos de operação no
limite de aquecimento da armadura.
α S eixo q
B
C
Ef jxq Iq
A
Iq
δ jxd Id
O0 ϕ Et O
Ia
Id E
D
eixo d
Vt Vt xq
Ef = Et + jVt Id + jVt Iq
xd xd xd
– 72–
I O diagrama fica:
P
α
S eixo q
B
C
Vf Vt /xd
Vt Ia
A
Iq
δ Vt Id
O0 ϕ Vt2 /xd O Q
Ia
Id E
D
eixo d
– 73–
g replacements
I Obtenção da curva de aquecimento do campo:
→ lembre que para máquinas de pólos lisos esta curva era uma
semi-circunferência de centro em O 0 e raio Vt Ef /xs.
S
eixo q
B
C
Vf Vt /xd Vt Ia
0
C A
Iq
δ Vt Id
O00 O0 ϕ Vt2 /xd O Q
Ia
Id E
D
eixo d
– 74–
→ Relações:
Vf Vt
C 0S = O0 B =
xd
0 0 xq
O C = BS = Vt Iq 1 −
xd
xq Vt2
AB = OX = Vt Iq = sen δ
xd xd
AB O0 C 0
sen δ = 0 = 00 0
O O O
0 0
O O · O C 1 1
O00 O0 = = Vt2 −
AB xq xd
00 Vt200 0
O O =O O+OO =
xq
S
eixo q
B
C
Vf Vt /xd Vt Ia
C0
A
Iq
δ Vt Id
O00 O0 ϕ Vt2 /xd O Q
Ia
Id E
D
eixo d
– 75–
→ obter outros pontos do tipo S, por exemplo → S 0 → traçar reta a partir de
O00 determinando o ponto F .
g replacements
→ o ponto S 0 será tal que F S 0 = C 0S = O0 B = Vt Vf /xd , que é constante.
α
S0
S
eixo q
B
C
F Vf Vt /xd
C0 Vt Ia
A
Iq
δ Vt Id
0 E ϕ Vt2 /xd O
O00 O D Q
Ia
Id E
D
eixo d
– 76–
g replacements
I O lugar geométrico dos limites de estabilidade é uma curva que pode estar
fora ou dentro da curva de capacidade. A curva é obtida, para cada valor de
Vf , por:
Vt2 /xd
B
2 2
A ∂ Vt2 vt2
P =0 → Q+ + Q+ P2 = 0
D ∂δ xq xd
C
α
F
S0
ϕ
δ
Ia P
Id
Iq S
Vf Vt /xd
Vt Id
Vt Ia
eixo d
eixo q
O00 O0 E O D Q
C0
– 77–
g replacements
Vt2 /xd
B obter o limite prático de estabilidade, dar folga de 0, 1Pn e construir a
→ para
curvaA do limite prático de estabilidade da mesma forma que foi feito para a
D
máquina de pólos lisos, lembrando que as curvas de aquecimento de campo
são cardióides.
C
α
S
0,1Pn S0
ϕ
δ
Ia
Id P
Iq
Vf Vt /xd S
Vt Id D
Vt Ia
eixo d
eixo q
E
O00 O0 F O D Q
0
C
– 78–
3.6 Limites do gerador sı́ncrono no problema de fluxo de carga
P esp
PSfrag replacements
– 79–
I Em análises envolvendo a determinação de ações de controle, por exemplo,
pode-se também especificar limites de geração de potência ativa, ou seja,
Pgmin ≤ Pg ≤ Pgmax :
P min
– 80–
Referências
[1] P.M. Anderson, A.A. Fouad, Power system control and stability, IEEE Press,
1993.
[2] C.A. Castro, M.R. Tanaka, Circuitos de corrente alternada – um curso
introdutório, Unicamp, 1995.
[3] A.E. Fitzgerald, C. Kingsley Jr., A. Kusko, Máquinas elétricas, McGraw-Hill,
1979.
[4] J.A.F. Melo, Geradores sı́ncronos: curvas de capacidade, Publicações técnicas
CHESF, n.2, 1977.
[5] A.J. Monticelli, A.V. Garcia, Introdução a sistemas de energia elétrica,
Unicamp, 1999.
[6] G. McPherson, R.D. Laramore, An introduction to electrical machines and
transformers, John Wiley, 1990.
– 81–
Apêndice – Reação de armadura
Gerador Carga
– 82–
As correntes também têm os mesmos valores eficazes e são defasadas de 120◦
umas das outras. Nota-se que é considerada a seqüência de fases abc. A corrente
da fase a em função do tempo é dada por:
90 180 270
−90 0 ωt [◦ ]
A corrente ia (t) circula pela bobina da fase a do gerador, criando uma força
magnetomotriz (fmm) também senoidal em relação ao tempo:
Fa (t) = F cos ωt
PSfrag replacements
a ⊗ a0
– 83–
Como as bobinas das fases são acomodadas em ranhuras distribuı́das ao longo do
estator, a fmm distribui-se senoidalmente no espaço.
No instante t = 0 tem-se:
ωt = 0 e ia (0) = I
A corrente tem seu valor máximo. A fmm induzida apresenta também o seu valor
máximo F ao longo do eixo da fase a e varia senoidalmente para θ variando:
PSfrag replacements
Fa (θ)
F
270
eixo da fase a
– 84–
A fmm apresenta um valor máximo de F /2 ao longo do eixo da fase a e se
distribui senoidalmente:
PSfrag replacements
Fa (θ)
F /2
−180 −90 90 180
0 θ [◦ ]
270
eixo da fase a
eixo da fase a
PSfrag replacements
θ [◦ ]
0 60 90
– 85–
Os comportamentos das correntes e das fmm’s das fases b e c são os mesmos que
os da fase a, só que defasados de −120◦ e 120◦, respectivamente.
Para t0 = 0:
ia (t0 ) = I
ωt0 = 0 e i (t ) = I cos (−120◦) = −I/2
b 0
ic (t0 ) = I cos (120◦) = I/2
c a b
PSfrag replacements
fmmb
θ [◦ ]
fmmc
fmma
Para θ0 = 0 tem-se:
Fa (θ0) = F
Fb (θ0 ) = F /4
Fc (θ0 ) = F /4
que resulta em uma fmm total de 3F /2. Note que para θ = ±90◦ a fmm total é
nula. Para θ = ±180◦ a fmm total é −3F /2. Conclui-se que, no espaço, a fmm
total distribui-se senoidalmente, e:
3
Fra = F cos θ
2
– 86–
Pode-se também visualizar a situação da seguinte maneira:
PSfrag replacements
b0 c
Fra
Fa
Fra = 32 Fp a
Fc Fb a0
b
0
c
Para t1 = π/3ω:
ia (t1 ) = I cos (60◦) = I/2
ωt1 = π/3 (60◦) e ib (t1 ) = I cos (−60◦) = I/2
ic (t1 ) = I cos (180◦) = −I
c a b
PSfrag replacements
fmma
θ [◦ ]
fmmb
fmmc
– 87–
Para θ1 = 60◦ tem-se:
Fa (θ1 ) = F /4
Fb (θ1 ) = F /4
Fc (θ1) = F
que também resulta em uma fmm total de 3F /2. Note que para θ = 150◦ e
θ = −30◦ (variação de ±90◦ em torno de θ1) a fmm total é nula. Tem-se ainda que
a fmm total vale −3F /2 para θ = 240◦ e θ = −120◦ (variação de ±180◦ em torno
de θ1), indicando que a fmm total distribui-se senoidalmente no espaço. A
diferença agora é que o valor de pico está deslocado de um ângulo de 60◦, que
corresponde ao valor de ωt1 .
3
Fra = F cos (θ − ωt)
2
PSfrag replacements
b0 c
Fra
Fa
Fra = 32 Fp a Fc
a0
Fb
b
0
c
– 88–
Realizando esta análise para vários ângulos conclui-se que a fmm apresenta uma
distribuição senoidal no espaço e a posição de seu valor de pico 3F /2 gira no
tempo, com velocidade angular ω, configurando assim um campo girante. Este
campo é chamado de reação de armadura em função de existir a partir das
correntes de armadura. A fmm de reação de armadura existe no entreferro da
máquina juntamente com o campo de excitação (criado pela corrente de campo).
O campo resultante é que determina o valor da tensão terminal do gerador.
– 89–