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Dissertação apresentada à
Universidade Federal de Itajubá
para a obtenção do grau de Mestre
em Ciências em Engenharia
Elétrica.
Dissertação apresentada à
Universidade Federal de Itajubá
para a obtenção do grau de Mestre
em Ciências em Engenharia
Elétrica.
Área de Concentração:
Automação e Sistemas Elétricos
Industriais
Orientador:
Luiz Eduardo Borges da Silva
Co-orientador:
Germano Lambert Torres
i
Aos meus pais, à minha querida
namorada aos meus irmãos e a todos
da comunidade Theotokos e da PS
Soluções.
ii
Agradecimentos
diferentes problemas.
A minha namorada Gabriela que sempre com sua oração e seu carinho me
A Deus PAI, Filho e Espírito Santo, pelo dom da vida, pela vocação e pela
motivação maior dando me a capacidade de ser aquilo que Ele quis primeiro.
iii
Sumário
Agradecimentos .................................................................................................................. iii
Sumário ............................................................................................................................... iv
Resumo ............................................................................................................................... vi
Abstract .............................................................................................................................. vii
Lista de Figuras ................................................................................................................ viii
Lista de Tabelas ................................................................................................................... x
Glossário ............................................................................................................................. xi
CAPÍTULO 1 ....................................................................................................................... 13
INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 13
1.1 _ Considerações Iniciais ............................................................................................ 13
1.2 _ Objetivo ................................................................................................................... 14
1.3 _ Motivação................................................................................................................ 15
1.4 _ Organização da Dissertação ................................................................................... 15
CAPÍTULO 2 ....................................................................................................................... 16
TÉCNICAS DE ANÁLISE PREDITIVA DE FALHAS ELÉTRICAS EM MOTORES DE
INDUÇÃO TRIFÁSICOS .................................................................................................. 16
2.1 _ Introdução ............................................................................................................... 16
2.2 _ MCSA ..................................................................................................................... 16
2.3 _ EPVA ...................................................................................................................... 22
2.4 _ Análise da impedância de seqüência negativa ........................................................ 27
2.4.1_ Componentes Simétricas .................................................................................. 28
2.4.2_ Impedância de seqüência negativa ................................................................... 29
2.5 _ Falhas Elétricas em motores de indução ................................................................. 31
2.5.1_ Falhas no estator............................................................................................... 33
2.5.1.1_ Aterramento................................................................................................ 33
2.5.1.2_ Falha no isolamento – Curto-circuito interno ............................................... 34
2.5.1.3_ Queima generalizada.................................................................................. 38
2.5.1.4_ Queima de uma ou duas fases – Falta de fase ........................................... 39
2.5.1.5_ Queima de uma ou duas fases – Tensões desbalanceadas ....................... 42
CAPÍTULO 3 ....................................................................................................................... 43
O SISTEMA DE MONITORAÇÃO PROPOSTO ............................................................... 43
3.1 _ Introdução ............................................................................................................... 43
3.2 _ O Sistema de Monitoração ...................................................................................... 44
3.2.1 _ Os Transdutores............................................................................................... 45
3.2.2 _ O Circuito de Aquisição de Dados .................................................................... 48
3.2.3 _ O Processamento Digital do Sinal .................................................................... 49
3.3 _ Considerações Finais .............................................................................................. 51
CAPÍTULO 4 ....................................................................................................................... 52
RESULTADOS................................................................................................................. 52
4.1 _ Considerações Iniciais ............................................................................................ 52
4.2 _ A Montagem Utilizada em Laboratório .................................................................... 53
4.3 _ Identificação de falhas elétricas em MIT por MCSA, EPVA e Cálculo de impedância
de sequência negativa ..................................................................................................... 57
4.3.1_ Curto-circuito entre espiras de uma mesma bobina ........................................... 58
4.3.2_ Curto-circuito entre espiras de fases diferentes ................................................. 75
4.3.3_ Desequilíbrio de tensão ..................................................................................... 76
iv
4.3.4_ Perda de fase .................................................................................................... 83
CAPÍTULO 5 ....................................................................................................................... 87
CONCLUSÃO .................................................................................................................. 87
5.1 _ Trabalhos futuros .................................................................................................... 90
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 92
v
Resumo
Cresce cada vez mais o interesse em se alcançar maior confiabilidade nos processos
produtivos. Os motores de indução têm papel importantíssimo em muitos desses processos.
Em vista desse crescimento muito tem sido discutido acerca da manutenção preditiva, como
solução de garantia de maior vida útil desses motores como também paradas programadas
efetivas. Vê-se muito o desenvolvimento de técnicas de manutenção preditiva de motores
quanto às falhas mecânicas no ambiente industrial, porém apesar de grande segurança das
partes mecânicas, na maioria das vezes tem-se o motor parando de forma não programada
por uma falha elétrica.
Na tentativa de oferecer soluções para esses problemas, muitas técnicas de análise
preditiva de falhas elétricas foram desenvolvidas e publicadas em muitos artigos e revistas.
Todas essas técnicas baseiam-se na análise de dados dos motores como tensão, corrente,
fluxos axiais dentre outros, que são medidos constantemente e processados de forma a
gerar um indicador da presença ou não de falha, sem a necessidade da parada do motor
apresentando também o tipo de falha existente e ainda seu grau de severidade.
O presente trabalho consiste no estudo, aplicação e comparação de três dessas
técnicas que são Extend Park´s Vector Approach (EPVA), Motor Current Signature Analisys
(MCSA) e cálculo da impedância de seqüência negativa a fim de apontar ao final deste as
vantagens, desvantagens e condições de aplicação para desenvolvimento de um sistema de
monitoração de falhas elétricas envolvendo cada uma delas.
O trabalho compreendeu os estudos das técnicas, desenvolvimento de um sistema
de simulação de falhas e aplicação de um sistema de monitoração a partir de cada uma das
técnicas, além do estudo de vários tipos de falhas potenciais em motores de indução, suas
causas e efeitos, a fim de demonstrar a importância no diagnóstico precoce evitando a
rebobinagem do motor ou o descarte deste precocemente. As falhas elétricas têm uma
particularidade de evoluir muitas vezes rapidamente, trazendo a combustão em um ponto do
estator e logo em seguida em todo o enrolamento e se não controlado pode chegar até
mesmo a perda total.
Foram discutidas vários pontos de cada uma das técnicas, como a sua
implementação, utilizando ferramentas matemáticas, equacionamentos, formas de
identificação de falha a partir de cada uma delas e verificação dos resultados destas
mediante a ocorrência de falhas como, curto-circuito entre espiras, curto-circuito entre fases,
desequilíbrio de tensão e perda de fase.
Os resultados dos estudos apontam à possibilidade da aplicação das técnicas no
diagnóstico das falhas elétricas e ainda observações a serem consideradas para um
diagnóstico seguro.
vi
Abstract
The interest is growing more and more for reaching better trust in productive
processes. The induction motors have an important role among these processes. In view of
this growing it has been discussing about preventive maintenance, as a solution of guaranty
of larger useful life of these engines and effective programmable stopping as well. It has
seen a great development of preventive maintenance techniques of engines relating to
mechanical faults at industrial environment, however the large security of mechanical parts,
most of the time the engine stops like a non programmable form because of electric fault.
Trying to offer solutions for these kinds of problems, many preventive analysis
techniques of electric faults were developed and published in several articles and
magazines. All these techniques are based on engines data analysis as a tension, current,
axial flow among others that are frequently measured and processed to create an indicator of
fault or not, without of need of engine stopping presenting the sort of existing fault besides its
degree of austerity.
The present job is a study, application and comparison of the three of these
techniques, Extend Park’s Vector Approach (EPVA), Motor Current Signature Analyses
(MCSA) and calculation of impedance of negative sequence in order to indicate the
advantages at the end, disadvantages and application conditions to develop a system of
electric fault monitoring including each one of them.
The work comprehended the study of techniques, development of a fault simulation
system and application of the monitoring system from each one of techniques, besides of
many kinds of potential faults in induction engines, their causes and effects, in order to
demonstrate the importance during early diagnostic avoiding coil of engine or discard it early.
The electric faults privately develop many times very quickly, bringing the combustion in a
certain point of the stator and right after all the coil. If you don’t control the electric faults you
can even have a total lost.
It was discussed many points of each one of the techniques, as their implementation,
using mathematics tools, solving problems, manners of fault identification from each one of
them and checking of results of faults through faults as short circuit between spires, short
circuit among phases, tension instability and lost of phase.
The results of the studies indicate the possibility of the application of the techniques
on the electric faults diagnostic even observations to be considered for a safe diagnostic.
vii
Lista de Figuras
viii
Figura 4.5: Representação dos taps em bobina modificada........................................... 55
Figura 4.6: Caixa de Coneção dos taps da bobina e terminais de alimentação do motor
............................................................................................................................................ 56
Figura 4.7: Chave disjuntor para introdução do curto- circuito ..................................... 56
Figura 4.8: Resistor variável inserido em série com os curtos - circuitos .................... 57
Figura 4.9: Espectro de referência EPVA (motor “saudável”) ........................................ 58
Figura 4.10: Espectro de referência MCSA (motor “saudável”) ..................................... 59
Figura 4.11: Espectro EPVA com taps1 e 2 em curto-circuito com Rc de 9 ............... 60
Figura 4.12: Espectro MCSA com taps1 e 2 em curto e Rc de 9 .................................. 60
Figura 4.13: Espectro EPVA com taps1 e 2 em curto e Rc de 4................................... 61
Figura 4.14: Espectro MCSA com taps1 e 2 em curto e Rc de 4 .................................. 62
Figura 4.15: Espectro EPVA com taps1 e 2 em curto e Rc de 1................................... 63
Figura 4.16: Espectro MCSA com taps1 e 2 em curto e Rc de 1 .................................. 63
Figura 4.17: Curva de Tendência EPVA (a) Corrente e (b) tensão .................................. 64
Figura 4.18: Curva de Tendência MCSA Fase A, taps 1 e 2 ............................................ 65
Figura 4.19: Curva de Tendência Impedância Sequência Negativa, taps 1 e 2 ............. 66
Figura 4.20: Curva de Tendência EPVA Corrente, taps 1 e 3 .......................................... 67
Figura 4.21: Curva de Tendência MCSA Fase A, taps 1 e 3 ............................................ 67
Figura 4.22: Curva de Tendência Impedância Sequência Negativa, taps 1 e 3 ............. 68
Figura 4.23: Curva de Tendência EPVA Corrente taps 1 e 4 ........................................... 68
Figura 4.24: Curva de Tendência MCSA Fase A, taps 1 e 4 ............................................ 69
Figura 4.25: Curva de Tendência EPVA da Corrente Rc de 1 ...................................... 70
Figura 4.26: Curva de Tendência MCSA Fase A Rc 1 ................................................... 70
Figura 4.27: Curva de Tendência Impedância de Sequência Negativa Rc 1 ............... 71
Figura 4.28: Curva de tendência EPVA Corrente Rc 1 variando a carga do MIT ........ 72
Figura 4.29: Curva de tendência MCSA Rc 1 variando a carga do MIT ....................... 72
Figura 4.30: Curva de tendência EPVA Corrente Rc 1 variando a carga do MIT ........ 73
Figura 4.31: Curva de tendência MCSA Rc 1 variando a carga do MIT ....................... 73
Figura 4.32: Curva de tendência EPVA Corrente Rc 1 variando a carga do MIT ........ 74
Figura 4.33: Curva de tendência MCSA Rc 1 variando a carga do MIT ....................... 74
Figura 4.34: Curva de tendência EPVA Corrente curto-circuito entre fases.................. 75
Figura 4.35: Curva de tendência MCSA curto-circuito entre fases ................................ 76
Figura 4.36: Dispositivo para causar afundamento monofásico .................................... 77
Figura 4.37: Curva de tendência EPVA Corrente – Afundamento fase A....................... 77
Figura 4.38: Curva de tendência MCSA FaseA – Afundamento fase A .......................... 78
Figura 4.39: Curva de tendência MCSA FaseB – Afundamento fase A .......................... 78
Figura 4.40: Curva de tendência MCSA FaseC – Afundamento fase A .......................... 79
Figura 4.41: Curva de tendência EPVA Corrente – Afundamento Fase A e CC entre
espiras ................................................................................................................................ 80
Figura 4.42: Curva de tendência EPVA Tensão – Afundamento Fase A e CC entre
espiras ................................................................................................................................ 81
Figura 4.43: Curva de tendência MCSA – Afundamento Fase A e CC entre espiras..... 81
Figura 4.44: Curva de tendência EPVA Corrente – Afundamento Fase A e CC entre
espiras ................................................................................................................................ 82
Figura 4.45: Curva de tendência EPVA Tensão – Afundamento Fase A e CC entre
espiras ................................................................................................................................ 82
Figura 4.46: Curva de tendência MCSA – Afundamento Fase A e CC entre espiras..... 83
Figura 4.47: Sinal no tempo das Correntes, fase C “vermelho” interrompida .............. 83
Figura 4.48: Curva de tendência EPVA Corrente – Perda da fase C .............................. 84
Figura 4.49: Curva de tendência EPVA Tensão – Perda da fase C ................................. 84
Figura 4.50: Curva de tendência MCSA – Perda da fase C ............................................. 85
Figura 4.51: Curva de tendência EPVA Corrente – Perda da fase C e curto-circuito .... 86
Figura 4.52: Curva de tendência MCSA – Perda da fase C e curto-circuito................... 86
ix
Lista de Tabelas
x
Glossário
Δf Resolução espectral
Fs Freqüência de amostragem
N Número de amostras
Fmax Freqüência máxima de amostragem
F Freqüência fundamental de alimentação
id Corrente de eixo direto
iq Corrente de eixo quadratura
iA Corrente de Fase A
iB Corrente de Fase B
iC Corrente de Fase C
A Fase A
B Fase B
C Fase C
i+ Máximo valor da corrente de seqüência positiva
i- Máximo valor da corrente de seqüência negativa
w Freqüência angular de alimentação
t Tempo
d Eixo direto
q Eixo em quadratura
VA Tensão da Fase A
VB Tensão da Fase B
VC Tensão da Fase C
VA0 Tensão de seqüência nula da Fase A
VA1 Tensão de seqüência positiva da Fase A
VA2 Tensão de seqüência negativa da Fase A
a Unidade de vetor e+j120
ZA0 Impedância de seqüência nula da Fase A
ZA1 Impedância de seqüência positiva da Fase A
ZA2 Impedância de seqüência negativa da Fase A
IA0 Corrente de seqüência nula da Fase A
IA1 Corrente de seqüência positiva da Fase A
IA2 Corrente de seqüência negativa da Fase A
s Escorregamento
Rs Resistência do estator
xi
Rr Resistência do rotor
Xs Reatância do estator
Xr Reatância do rotor
Xm Reatância de magnetização
RV1 Resistência variável do rotor de seqüência positiva
RV2 Resistência variável do rotor de seqüência negativa
Z2ef Impedância de seqüência negativa efetiva
Cat Categoria
DC Componente contínua
Δ Ligação Delta
xii
Capítulo 1 – Introdução
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
13
Capítulo 1 – Introdução
corrente e/ou tensão, sinais esses facilmente obtidos em painéis de alimentação, centro de
controle de motores (CCM), sem a necessidade de contato com o motor o que facilita
principalmente para motores instalados em locais de difícil acesso, como torres, telhados,
tubulações, fundo do mar além de tantos outros. E os processamentos de sinais são simples
e de acordo com [1], [2] e [6], apresentam diagnósticos acerca de falhas elétricas em
motores de indução.
Estas três técnicas acima citadas são alvos de estudo deste trabalho, onde se
procurou observar os fundamentos de cada uma delas, implementando-as e aplicando-as
junto a um motor de indução trifásico (MIT) modificado com possibilidade de geração de
falhas elétricas no estator, com o propósito de comparar os diagnósticos gerados por cada
uma delas.
Para todo o desenvolvimento dos estudos, procedeu-se com:
1.2 _ Objetivo
14
Capítulo 1 – Introdução
outros questionamentos que surgem por não ter uma ferramenta eficiente para se chegar a
um diagnóstico de falhas elétricas em um motor de indução.
1.3 _ Motivação
15
Capítulo 2 – Técnicas de Análise Preditiva de Falhas Elétricas em MIT
CAPÍTULO 2
Nos motores de indução, os problemas elétricos muitas vezes são os vilões de paradas não
programadas, já que poucas são as ferramentas de análise preditiva disponíveis no mercado. Neste
capítulo são apresentadas algumas das técnicas estudadas discutidas e empregadas em
manutenção preditiva e ainda as principais falhas elétricas nesses motores.
2.1 _ Introdução
2.2 _ MCSA
Esta técnica, hoje bastante discutida nas duas últimas décadas, nasceu da
observação do comportamento da corrente elétrica em função da existência de um
16
Capítulo 2 – Técnicas de Análise Preditiva de Falhas Elétricas em MIT
problema, seja ele elétrico ou mecânico, e ainda das particularidades de se avaliar falhas
em motores inacessíveis fisicamente. Foi quando na década de 80 alguns pesquisadores
dentre eles, H. Okitsu, C Hargis e W. T. Thomson, perceberam ao avaliar também a
assinatura da corrente do estator bandas laterais em torno da fundamental que
correspondiam ao aparecimento de barras trincadas ou quebradas no rotor. Com o
prosseguir dos estudos verificou-se que esta técnica de também teria um grande potencial
para diagnósticos de falhas mecânicas como excentricidade estática e dinâmica sendo esta
relacionada ao próprio eixo do motor como também da carga. Nestes casos o motor então
passa a funcionar também como um transdutor dos efeitos da carga para a corrente do
estator, podendo esta enxergar defeitos como falha em rolamentos, problemas em correias,
polias, engrenagens, e todo tipo de carga acoplado ao motor desde que esta seja capaz de
gerar uma modulação característica no air-gap [1].
A técnica MCSA procede da modulação capaz de sensibilizar o air-gap, numa
freqüência característica e ainda do conteúdo harmônico adquirido por esta em função de
outras falhas, como por exemplo, problemas no estator bem como problemas com o
sistema de alimentação no qual o motor está inserido.
Esta técnica tem como característica e assim também uma vantagem o número
reduzido de transdutores empregados, onde se utiliza apenas um transdutor de corrente,
instalado no painel de alimentação. Outra grande vantagem está no fato desta não ser
invasiva, ou seja, não necessita a abertura e nem a parada do motor para análise e ainda
não necessita estar próximo à máquina, reduzindo riscos de acidentes e deslocamentos
excessivos.
O sistema é muito simples de ser implementado, como pode ser observado na figura
2.1.
MIT
Condicionador Analisador de
de sinais espectro
CT
3-phase
supply
17
Capítulo 2 – Técnicas de Análise Preditiva de Falhas Elétricas em MIT
Por resolução espectral entende-se como a distância entre duas raias espectrais e
esta é dada por:
fs (2.1)
f
N
18
Capítulo 2 – Técnicas de Análise Preditiva de Falhas Elétricas em MIT
Onde:
– f é a resolução espectral
– Fs é a freqüência de amostragem utilizada
– N é o número de amostras
O circuito de aquisição de dados utilizado neste trabalho foi o Preditor® este realiza
todo o condicionamento do sinal, além da conversão analógica para digital. Comparando
com os equipamentos existentes no mercado, a resolução deste apresenta-se bem superior.
Assim:
Uma diferença de 20 dB implica que uma componente é 10 vezes maior que a outra
Uma diferença de 40 dB implica que uma componente é 100 vezes maior que a outra
Uma diferença de 60 dB implica que uma componente é 1.000 vezes maior que a outra
Uma diferença de 80 dB implica que uma componente é 10.000 vezes maior que a outra
19
Capítulo 2 – Técnicas de Análise Preditiva de Falhas Elétricas em MIT
20
Capítulo 2 – Técnicas de Análise Preditiva de Falhas Elétricas em MIT
A figura 2.5 traz um exemplo de uma curva de tendência onde cada ponto
corresponde a magnitude da componente do terceiro harmônico em cada instante
monitorado. As magnitudes assumidas e a sua variação serão os parâmetros de avaliação
para diagnosticar a presença ou não da falha elétrica no motor ou no sistema de
alimentação.
21
Capítulo 2 – Técnicas de Análise Preditiva de Falhas Elétricas em MIT
2.3 _ EPVA
i0 1 1 1 i A
id 2 / 3 (1 / 6 ) (1 / 6 ) iB (2.2)
iq 0 (1 / 2 ) (1 / 2 ) iC
22
Capítulo 2 – Técnicas de Análise Preditiva de Falhas Elétricas em MIT
Onde
i máximo valor da corrente de seqüência positiva (A);
w freqüência angular da alimentação (rad/s);
t variável tempo (s).
Figura 2.6: Representação do Vetor de Park da corrente para uma situação ideal. [2]
Para condições anormais de operação, as expressões 2.3 e 2.4, não são aplicadas,
isto ocorre devido à presença de outras componentes na corrente de alimentação do motor
além das componentes de seqüência positiva, correspondendo uma representação diferente
da apresentada acima. Nestas condições o módulo do vetor de Park irá conter um nível dc e
um nível ac, que tem relação direta com a assimetria no motor ou no sistema de
alimentação no qual este está inserido.
No caso da existência de um curto-circuito interno no estator de um motor
assíncrono, sendo este alimentado sem neutro, um desequilíbrio irá aparecer na corrente e
esta pode ser expressa como a soma da componente de seqüência positiva e negativa.
Com isto pode-se apresentar que a existência destas duas componentes, traz uma
representação elíptica do vetor de Park da corrente, como pode ser visto na figura 2.7.
Observa-se também que o tamanho do eixo maior é diretamente proporcional a soma das
amplitudes das componentes de seqüência positiva e negativa da corrente de alimentação
23
Capítulo 2 – Técnicas de Análise Preditiva de Falhas Elétricas em MIT
Figura 2.7: Representação do vetor de Park para o caso de um motor com assimetria no estator.
(a) Representação do vetor de Park da corrente do motor
(b) Módulo do Vetor de Park da corrente do Motor. [2]
24
Capítulo 2 – Técnicas de Análise Preditiva de Falhas Elétricas em MIT
de Park da corrente. Sabe-se também que a forma geométrica quanto as suas dimensões e
inclinação do eixo central são também um indicador de uma falha existente no motor ou no
sistema de alimentação.
Esta técnica necessita da medição das três correntes do motor de indução trifásico
apenas quando este for alimentado também com o neutro. Para os demais casos é possível
medir somente duas das correntes e a terceira é calculada.
25
Capítulo 2 – Técnicas de Análise Preditiva de Falhas Elétricas em MIT
26
Capítulo 2 – Técnicas de Análise Preditiva de Falhas Elétricas em MIT
27
Capítulo 2 – Técnicas de Análise Preditiva de Falhas Elétricas em MIT
VB VB 0 VB1 VB 2 (2.7)
VC VC 0 VC1 VC 2 (2.8)
Essas equações são simplificadas trocando a representação do vetor e+j120 por “a” e
realizando as substituições apropriadas como é apresentado na equação (2.9).
V A 1 1 1 V A0
V 1 a 2 a V A1 (2.9)
B
VC 1 a a 2 V A2
28
Capítulo 2 – Técnicas de Análise Preditiva de Falhas Elétricas em MIT
V A0 1 1 1 V A
V 1 1 a a 2 VB (2.10)
A1 3
V A2 1 a 2 a VC
V A Z A0 Z A1 Z A 2 I A0
V Z Z B1 Z B 2 I A1 (2.11)
B B0
VC Z C 0 Z C1 Z C 2 I A 2
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Capítulo 2 – Técnicas de Análise Preditiva de Falhas Elétricas em MIT
(1 s)
RV 1 Rr (2.12)
s
(1 s)
RV 2 Rr (2.13)
(2 s)
1) A equação (2.13) mostra que a impedância de seqüência negativa é muito menor que a
impedância de seqüência positiva, consequentemente altos níveis de corrente de
seqüência negativa surgem com a existência de baixos níveis de tensão de seqüência
negativa. Isto cria um problema para alguns sistemas de monitoração da corrente, já que
um pequeno desequilíbrio de tensão altera as correntes de linha mascarando alguns
sinais de falhas em seus primórdios.
30
Capítulo 2 – Técnicas de Análise Preditiva de Falhas Elétricas em MIT
31
Capítulo 2 – Técnicas de Análise Preditiva de Falhas Elétricas em MIT
inadequada, falha de ventilação, envelhecimento natural do motor entre outros que fogem
das condições normais de operação dos motores.
Em estudo apresentado por [7], envolvendo motores de indução com potência de
100HP ou maiores (incluindo motores de baixa e média tensão), chegou-se ao gráfico de
localização de falhas em motores que é apresentado na figura 2.13.
Diversos
12%
Rotor
10% Mancais
41%
Estator
37%
Ainda conforme [7], pode-se apontar a origem destas falhas como é apresentado na
figura 2.14.
Applicação
Indevida
13%
Projeto
Operação
39%
Indevida
21%
Mão de Obra
27%
Com base neste gráfico pode-se observar o despreparo das equipes de manutenção.
Isto é um reflexo também, dentro do horizonte estudado, da disponibilidade de ferramentas
adequadas para o diagnóstico e também a capacitação dessas equipes para utilização
dessas ferramentas.
32
Capítulo 2 – Técnicas de Análise Preditiva de Falhas Elétricas em MIT
23%
Aterramento
Isolamento entre espiras
Grampo de Pressão
Cunhas Frouxas
Carcaça
Núcleo Frouxo
Outros
4% 4%
3%
1% 1% 1%
A seguir são apresentadas algumas das falhas mais comuns no estator, cada uma
delas foi ensaiada em laboratório e analisada com as técnicas aqui estudadas, assunto do
capítulo seguinte. Estas falhas na prática derivam principalmente do sobreaquecimento do
motor ou então de problemas ocorridos no sistema de alimentação. Vale ressaltar que as
falhas elétricas muitas vezes têm um avanço muito rápido, e muitas vezes é inevitável uma
manutenção corretiva, ou seja, a troca de todo o enrolamento do estator.
2.5.1.1_ Aterramento
Esta falha consiste no rompimento do isolamento da espira de uma bobina que entra
em contato com a carcaça após a degradação do isolamento por esforço mecânico ou
envelhecimento do isolamento.
É a causa mais comum nos motores como apresentado na figura 2.15. Esta tem
como causa principal, o movimento da cabeça da bobina que está próxima à ranhura. Este
movimento ocorre devido a partidas brusca, ou ainda muita exigência do motor na partida
acima da especificação do motor. Ficando sem apoio a bobina então se desloca no interior
33
Capítulo 2 – Técnicas de Análise Preditiva de Falhas Elétricas em MIT
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Capítulo 2 – Técnicas de Análise Preditiva de Falhas Elétricas em MIT
Bobina curto-circuitada;
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Capítulo 2 – Técnicas de Análise Preditiva de Falhas Elétricas em MIT
Curto-circuito na conexão;
36
Capítulo 2 – Técnicas de Análise Preditiva de Falhas Elétricas em MIT
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Capítulo 2 – Técnicas de Análise Preditiva de Falhas Elétricas em MIT
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Capítulo 2 – Técnicas de Análise Preditiva de Falhas Elétricas em MIT
A queima de uma ou duas fases, ocorre em razões da falta de uma fase. Esta falta
ocorre principalmente em função de um fusível que queima, ou ainda da desconexão de um
dos cabos de alimentação do motor ou até do rompimento deste. O fato é que esta
ocorrência pode trazer grande prejuízo para a máquina, como apresentado na figura 2.26 e
2.28, já que os níveis de corrente que circulam o motor nesta condição são muito elevados.
39
Capítulo 2 – Técnicas de Análise Preditiva de Falhas Elétricas em MIT
Figura 2.25: Correntes que circulam nos enrolametos devido a abertura de fase – motor ligado em delta
[7]
Motores conectados em estrela: neste caso a corrente que irá circular será da
ordem de 1,73 vezes a inicial, pois esta irá circular por duas bobinas em série, como
apresentado na figura 2.27. Neste caso poderão queimar duas fases, como o caso real
ilustrado na figura 2.28.
40
Capítulo 2 – Técnicas de Análise Preditiva de Falhas Elétricas em MIT
Figura 2.27: Correntes que circulam nos enrolametos devido a abertura de fase – motor ligado em estrela
[7]
41
Capítulo 2 – Técnicas de Análise Preditiva de Falhas Elétricas em MIT
42
Capítulo 3 – O Sistema de Monitoração Proposto
CAPÍTULO 3
A utilização das técnicas de manutenção preditiva para falhas elétricas em MIT, representa um
grande avanço no diagnóstico precoce desse tipo de falha, que são responsáveis por 37% das
paradas não programadas dos motores. Neste capítulo é apresentado um sistema de monitoração
capaz de atender as exigências de cada uma das técnicas.
3.1 _ Introdução
43
Capítulo 3 – O Sistema de Monitoração Proposto
Figura 3.2: Sistema de monitoração para aplicação das técninas de análise de falhas elétricas
44
Capítulo 3 – O Sistema de Monitoração Proposto
3.2.1 _ Os Transdutores
45
Capítulo 3 – O Sistema de Monitoração Proposto
1) Corrente
I200s da FLUKE
Características:
2) Tensão
DP120 da FLUKE
46
Capítulo 3 – O Sistema de Monitoração Proposto
Características:
47
Capítulo 3 – O Sistema de Monitoração Proposto
48
Capítulo 3 – O Sistema de Monitoração Proposto
®
Figura 3.10: Hardware Preditor PRC3 PS Soluções
49
Capítulo 3 – O Sistema de Monitoração Proposto
1) Cadastro do motor
Incluindo informações de rotação nominal, corrente nominal, freqüência nominal,
número de pólos e tensão nominal.
2) Cadastro dos transdutores
Informar em qual canal está instalado os sensores, qual a saída de cada
transdutor (por ex.: mV/A, 20X, 200X) e ainda ajustar via software o ganho a ser
aplicada para cada transdutor;
3) Seleção da freqüência de amostragem, para ajuste da freqüência de aquisição e
também da freqüência de corte dos filtros;
4) Aquisição dos sinais
Se for MCSA, apenas um sinal de corrente é adquirido, na freqüência
selecionada e é exibido o sinal no tempo e também o espectro de freqüência,
onde automaticamente é estimada a rotação do motor e também a freqüência do
sinal de alimentação.
Para EPVA, são adquiridas as três correntes e três tensões de alimentação do
motor. Após a aquisição, todos os sinais no tempo são carregados e também é
realizado o cálculo do vetor de Park e do seu espectro de freqüência que são
exibidos em um gráfico;
5) Cálculo das componentes de falha
No caso de MCSA, para análise do desequilíbrio, foi avaliada a componente de
três vezes a freqüência fundamental, esta é calculada e marcada pelo software,
sobre o espectro de freqüência.
No caso do EPVA, para a análise do desequilíbrio, foi analisada a componente de
duas vezes a freqüência fundamental no espectro do vetor de Park da tensão e
da corrente. Esta componente foi calculada e identificada no gráfico;
6) Análise da tendência
50
Capítulo 3 – O Sistema de Monitoração Proposto
®
Figura 3.11: Sistema on-line Preditor
51
Capítulo 4 – Resultados
CAPÍTULO 4
RESULTADOS
As três técnicas analisadas, MCSA, EPVA e Impedância seqüência negativa foram testadas em um
conjunto motor de indução trifásico mais carga, no qual foram simuladas as diversas falhas
elétricas estudadas. O diagnóstico alcançado foi comparado para cada uma delas. Todos os
ensaios são descritos neste capítulo bem como os seus resultados.
52
Capítulo 4 – Resultados
4
5
3
8 7
13 6
12
11 10 1 2
9
A figura 4.2 ilustra a montagem completa usada nos testes. E em seguida são
identificados cada um dos equipamentos utilizados.
1 – MIT
2 – MCC
3 – Resistência de Curto-circuito
53
Capítulo 4 – Resultados
4 – Microcomputador de análise
5 – Osciloscópio medindo a tensão de excitação do campo
6 – Banco de resistência operando como carga para a MCC
7 – Retificador
8 – Vari-volt
9 – Caixa de conexão dos taps da bobina a ser curto-circuitada e terminais do MIT
10 – Multímetro medindo a corrente de uma das fases de alimentação do MIT
11 – Disjuntor de fechamento do curto-circuito
12 – Voltímetro de painel medindo a tensão entre duas fases de alimentação
13 – Capacitor correção do ripple do retificador
Tensão 220V
Corrente 8,84 A
Potência 3CV
Número de pólos 4
Velocidade 1760 RPM
Freqüência 60 Hz
Classe de isolação B
54
Capítulo 4 – Resultados
Tensão 220V
Corrente 4,2 A
Potência 3CV
Número de pólos 4
Velocidade 1760 RPM
Freqüência 60 Hz
Classe de isolação B
Os taps foram instalados ao passo de dois a três espiras como ilustra a figura 4.5.
55
Capítulo 4 – Resultados
Todos os taps, foram disponibilizados em uma caixa, para que se pudesse realizar
simulação das diversas condições de curto-circuito.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Figura 4.6: Caixa de Coneção dos taps da bobina e terminais de alimentação do motor
56
Capítulo 4 – Resultados
57
Capítulo 4 – Resultados
Esta falha que é muito comum, em se tratando de falhas elétricas em MIT, foi
simulada levando-se em conta a degradação da isolação por meio da variação da
resistência de curto-circuito, e também o número de espiras em curto-circuito.
Carga (C) Tensão entre taps (Vt) Resistência Curto (Rc) Corrente no curto-
50% da nominal Sem curto Sem curto circuito (ICCE)
Sem curto
EPVA
Espectro de freqüência do vetor de Park da corrente do motor saudável. A
componente apontada, bem como a sua magnitude corresponde a componente de
2xF.
58
Capítulo 4 – Resultados
MCSA
Espectro de freqüência da corrente da fase A do motor saudável. A componente
apontada, bem como a sua magnitude corresponde a componente de 3xF.
2.1)
59
Capítulo 4 – Resultados
EPVA
Espectro de freqüência do vetor de Park da corrente do motor operando com
curto-circuito entre os taps 1 e 2 a partir de um Rc de 9. A componente apontada,
bem como a sua magnitude corresponde a componente de 2xF.
MCSA
Espectro de freqüência da corrente da fase A do motor operando com curto-
circuito entre os taps 1 e 2 a partir de um Rc de 9. A componente apontada, bem
como a sua magnitude corresponde a componente de 3xF.
60
Capítulo 4 – Resultados
2.2)
EPVA
Espectro de freqüência do vetor de Park da corrente do motor operando com
curto-circuito entre os taps 1 e 2 a partir de um Rc de 4. A componente apontada,
bem como a sua magnitude corresponde a componente de 2xF.
MCSA
Espectro de freqüência da corrente da fase A do motor operando com curto-
circuito entre os taps 1 e 2 a partir de um Rc de 4. A componente apontada, bem
como a sua magnitude corresponde a componente de 3xF.
61
Capítulo 4 – Resultados
2.3)
EPVA
Espectro de freqüência do vetor de Park da corrente do motor operando com
curto-circuito entre os taps 1 e 2 a partir de um Rc de 1. A componente apontada,
bem como a sua magnitude corresponde a componente de 2xF.
62
Capítulo 4 – Resultados
MCSA
Espectro de freqüência da corrente da fase A do motor operando com curto-
circuito entre os taps 1 e 2 a partir de um Rc de 1. A componente apontada, bem
como a sua magnitude corresponde a componente de 3xF.
63
Capítulo 4 – Resultados
1
9
4
Normal
(a)
Normal 9 4 1
(b)
Figura 4.17: Curva de Tendência EPVA (a) Corrente e (b) tensão
64
Capítulo 4 – Resultados
que para um Rc de 4, o nível de desequilíbrio diminuiu ao invés de aumentar como era
esperado. Isto ocorreu apenas para o curto ocasionado nos taps 1 e 2. A razão deste
resultado pode ser que nesta condição o motor acabou por chegar a uma configuração
melhor de desequilíbrio de que quando estava sem curto-circuito algum. Mas este
comportamento não atrapalhou no acompanhamento da falha, já que esta tem um caráter
progressivo e logo pôde se observar isto, ainda mais que os níveis subiram rapidamente
com a maior degradação do isolamento como no caso de Rc de 1.
Na figura 4.17 (b), foi apresentada a curva de tendência EPVA de tensão das
mesmas aquisições da curva de tendência EPVA da corrente. Isto se faz necessário, uma
vez que o desequilíbrio a ser analisado é o da corrente, mas este pode ser originado por um
desequilíbrio na tensão causado por uma falha no sistema de alimentação além de outras
razões. No caso apresentado acima se verificou que o desequilíbrio da tensão permaneceu
praticamente constante, reafirmando que o desequilíbrio observado na corrente decorre
então de um desequilíbrio no MIT.
Todas as aquisições foram realizadas três vezes para cada simulação, para se
anular efeitos aleatórios.
0,02
0,019
0,015
0,012
0,01
0,008
0,006
0,005
0
Normal 9 4 1
Rc(ohm)
A figura 4.18, mostra que a resposta da técnica MCSA para esta severidade de falha,
não foi satisfatório, pois a mesma apresentou uma curva de tendência regressiva em virtude
da falha progressiva, além de magnitudes muito baixas.
65
Capítulo 4 – Resultados
7
6 5,907
5
4
3
2 1,99
1
0,355
0
Normal Rc 4ohm Rc 1ohm
A análise das figuras 4.20, 4.21 e 4.22 mostra que o comportamento da curva de
tendência EPVA se comportou de acordo com o esperado, apresentando um caráter
progressivo em função da diminuição do resistor de curto-circuito e para este caso não
ocorreu mais a variação como ocorrido no caso anterior para Rc de 4, ficando toda a curva
crescente. Já para a técnica MCSA, o comportamento da curva também se mostrou
compatível da evolução da falha, porém este ainda apresentou magnitudes muito baixas. A
curva da Impedância de Seqüência Negativa, continuou apresentando um comportamento
regressivo em relação a elevação da degradação do isolamento.
66
Capítulo 4 – Resultados
1
4
9
A curva de tendência EPVA da tensão para esta condição, foi observada também
com um comportamento constante.
0,016
0,015
0,014
0,012
0,011
0,01
0,008
0,007
0,006
0,004
0,002
0
9 4 1
Rc(ohm)
67
Capítulo 4 – Resultados
3
2,695
2,5
2
1,5
1
0,5 0,5392
0,355
0
Normal Rc 4ohm Rc 1ohm
1
4
9
68
Capítulo 4 – Resultados
0,04
0,035 0,036
0,03
0,025
0,02
0,015 0,014
0,01
0,008
0,005
0
9 4 1
Rc(ohm)
Nesta simulação foi comparado para um mesmo valor de Rc (1), a reposta das
técnicas MCSA, EPVA e Impedância de Seqüência Negativa, aumentando-se o número de
espiras em curto-circuito. Neste caso foram simulados para os taps 1 e 2, taps 1 e 3 e taps 1
e 4.
Os resultados foram apresentados nas figuras 4.25 e 4.26, onde se observa que com
o aumento do número de espiras em curto-circuito, o que corresponde mudança para taps
superiores, ambas as técnicas EPVA e MCSA, responderam satisfatoriamente. Isto implica
que o local onde o curto ocorre dentro da bobina contribui em mais ou menos para o
funcionamento do motor e também no desequilíbrio com que este passa a operar.
69
Capítulo 4 – Resultados
Taps 1 e 4
Taps 1 e 3
Taps 1 e 2
0,04
0,035 0,036
0,03
0,025
0,02
0,015 0,015
0,01
0,005 0,006
0
taps 1 e 2 taps 1 e 3 taps 1 e 4
70
Capítulo 4 – Resultados
2,5
2 1,99
1,5
0,5 0,5392
0,355
0
Normal Taps 1 e 2 Taps 1 e 3
Neste caso foi feito uma variação da carga do MIT, para um mesmo valor resistência
de curto-circuito. A variação da carga do MIT, não foi tão expressiva, uma vez que a carga
utilizada, que foi um MCC, era de potência menor que a do motor, sendo possível atingir até
65% da carga nominal do MIT. Mesmo assim, foi possível verificar os efeitos desta no
diagnóstico apresentados pelas técnicas EPVA e MCSA.
Foi empregado Rc de 1 e utilizado os taps 1 e 2, taps 1 e 3 e taps 1 e 4.
Foram feitas análise em duas condições, a primeira refere-se ao caso do MIT
operando com 50% da carga nominal e a segunda operando com 65%.
Os resultados deste experimento são apresentados a seguir, separados em função
dos taps utilizados.
71
Capítulo 4 – Resultados
1) taps 1 e 2
Curva de tendência da técnica EPVA para o caso do motor operar com curto-circuito
nos taps 1 e 2 a partir de Rc de 1, no primeiro momento com 50% da carga nominal e em
seguida 65% da carga nominal.
0,5C
0,65C
Curva de tendência da técnica MCSA para o caso do motor operar com curto-circuito
nos taps 1 e 2 a partir de Rc de 1, no primeiro momento com 50% da carga nominal e em
seguida 65% da carga nominal.
0,014
0,012 0,012
0,01
0,008
0,006 0,006
0,004
0,002
0
0,5C 0,65C
72
Capítulo 4 – Resultados
2) taps 1 e 3
Curva de tendência da técnica EPVA para o caso do motor operar com curto-circuito
nos taps 1 e 3 a partir de Rc de 1, no primeiro momento com 50% da carga nominal e em
seguida 65% da carga nominal.
0,5C
0,65C
Curva de tendência da técnica MCSA para o caso do motor operar com curto-circuito
nos taps 1 e 3 a partir de Rc de 1, no primeiro momento com 50% da carga nominal e em
seguida 65% da carga nominal.
0,02
0,018 0,018
0,016
0,014 0,014
0,012
0,01
0,008
0,006
0,004
0,002
0
0,5C 0,65C
73
Capítulo 4 – Resultados
3) taps 1 e 4
Curva de tendência da técnica EPVA para o caso do motor operar com curto-circuito
nos taps 1 e 4 a partir de Rc de 1, no primeiro momento com 50% da carga nominal e em
seguida 65% da carga nominal.
0,5C
0,65C
Curva de tendência da técnica MCSA para o caso do motor operar com curto-circuito
nos taps 1 e 4 a partir de Rc de 1, no primeiro momento com 50% da carga nominal e em
seguida 65% da carga nominal.
0,0445
0,044 0,044
0,0435
0,043
0,0425
0,042 0,042
0,0415
0,041
0,5C 0,65C
74
Capítulo 4 – Resultados
Tap 2 e Fase B
Tap 1 e Fase B
Tap 3 e Fase B
Tap 4 e Fase B
75
Capítulo 4 – Resultados
0,018
0,017
0,016
0,014 0,014
0,012
0,01 0,01
0,008 0,008
0,006
0,004
0,002
0
taps 1 e B taps 2 e B taps 3 e B taps 4 e B
Com base na figura 4.34, vê-se que os níveis desequilíbrio apresentado com a
técnica EPVA são elevados e com esta técnica é possível o diagnóstico de curto-circuito
entre fases. Observou-se que quanto mais no interior da bobina ocorrer o curto-circuito, que
corresponde a uma menor diferença de tensão entre os terminais da fase e o Tap, menor
será o desequilíbrio gerado. Com a técnica MCSA, verificou-se o mesmo comportamento da
técnica EPVA, como mostra a figura 4.35, porém a partir do curto-circuito entre o tap 4 e a
fase B, a magnitude apresentada já se confunde com os níveis de operação normal do MIT.
Esta falha esta presente na maioria dos motores em funcionamento, tendo como
possíveis causas as falhas no sistema de alimentação do MIT, falha no enrolamento do MIT
ou ainda as duas causas acontecendo simultaneamente.
No teste foram consideradas duas condições de falhas para análise. A primeira com
um desequilíbrio causado pelo sistema de alimentação e a segunda com um desequilíbrio
no MIT e no sistema de alimentação simultaneamente.
76
Capítulo 4 – Resultados
autotransformador instalado em série com a fase afetada. Foram então consideradas três
condições, a primeira sem afundamento, mas sendo alimentado através do equipamento, a
segunda com 10% de afundamento na fase A e a terceira com 20% de afundamento na fase
A.
20% afundamento
10% afundamento
Normal
77
Capítulo 4 – Resultados
esteja monitorando apenas uma das fases, como é comum de se observar em MCSA,
verificar se mesmo o desequilíbrio ocorrer na fase que não está sendo monitorada as
demais enxergariam a falha presente no sistema de alimentação.
A figura 4.38, 4.39 e 4.40 exibem a curva de tendência a partida da técnica MCSA,
monitorando as fases A, B e C respectivamente para o caso do agravamento do
afundamento no sistema de alimentação.
0,12
0,1 0,098
0,087
0,08
0,06
0,04
0,02 0,02
0
Normal 10%Af 20%Af
0,07
0,06 0,058
0,055
0,05
0,04
0,03
0,027
0,02
0,01
0
Normal 10%Af 20%Af
78
Capítulo 4 – Resultados
0,08
0,076
0,07 0,07
0,06
0,05
0,04 0,041
0,03
0,02
0,01
0
Normal 10%Af 20%Af
Com base nos resultados das figuras 4.38, 4.39 e 4.40, observa-se que monitorando
a penas a fase A, onde foi provocado o afundamento, seria possível diagnosticar o
afundamento ocorrido, já que o comportamento da curva foi crescente em função do
aumento do afundamento. Pode-se observar ainda que mesmo a partir da monitoração das
fases que não foram afetadas pelo afundamento, seria possível verificar um aumento no
nível do desequilíbrio.
79
Capítulo 4 – Resultados
4
Sem Rc
1
Figura 4.41: Curva de tendência EPVA Corrente – Afundamento Fase A e CC entre espiras
A figura 4.41 mostra que ouve uma diminuição no fator de desequilíbrio, porém esta
foi pequena. A razão para este fato está do curto-circuito inserido ter corrigido de maneira
sensível o desequilíbrio já existente devido ao desequilíbrio do sistema de alimentação. Pela
análise dos níveis apresentados, não ficaria tão claro a origem do desequilíbrio.
Complementando ainda a análise, observa-se que a curva de tendência apresentada na
figura 4.42 obtida pela técnica EPVA, só que analisando a tensão, que o problema seria
derivado do sistema de alimentação, já que esta tem um comportamento crescente.
O risco do diagnóstico errado a partir de EPVA, não traria tantos transtornos. Uma
vez sanado o desequilíbrio no sistema de alimentação concluído pela técnica a partir da
análise da corrente e da tensão, ainda ficaria apontada um nível elevado de desequilíbrio
em função da presença de curto-circuito. Este diagnóstico levaria ainda uma segunda
manutenção, agora do enrolamento do MIT.
80
Capítulo 4 – Resultados
1
4
Sem Rc
Figura 4.42: Curva de tendência EPVA Tensão – Afundamento Fase A e CC entre espiras
0,12
0,1 0,098
0,08 0,084
0,06
0,04
0,028
0,02
0
Sem Rc Rc 4ohm Rc 1ohm
81
Capítulo 4 – Resultados
1
Sem Rc 4
Figura 4.44: Curva de tendência EPVA Corrente – Afundamento Fase A e CC entre espiras
1
4
Sem Rc
Figura 4.45: Curva de tendência EPVA Tensão – Afundamento Fase A e CC entre espiras
82
Capítulo 4 – Resultados
0,1
0,09 0,087
0,08 0,081
0,07
0,06
0,05
0,04 0,04
0,03
0,02
0,01
0
Sem Rc Rc 4ohm Rc 1ohm
Esta falha comumente gerada pela queima de fusível em uma das fases, foi aqui
simulada a partir do mesmo equipamento utilizado na geração do afundamento de tensão,
pois este conta ainda com uma chave que interrompe a fase “C”. Esta interrupção pode ser
observada a partir das formas de onda das correntes de alimentação do motor, após a perda
da fase “C” apresentada na figura 4.47.
83
Capítulo 4 – Resultados
Com o motor operando a meia carga foi simulado primeiramente a perda de fase e
logo em seguida a inserção de um curto-circuito com Rc de 1 nos taps 1 e 3, juntamente
com a perda de fase.
Perda de Fase
Normal
Perda de Fase
Normal
84
Capítulo 4 – Resultados
A partir dos valores obtidos pela aplicação da técnica e EPVA podemos perceber
uma grande elevação do fator de desequilíbrio em função da perda de fase. Esta falha
precisa ser rapidamente identificada devido aos danos para o processo, pois o motor perde
muito torque e ainda devido ao motor que apresenta um maior aquecimento. Pode-se ainda,
a partir da curva gerada pela técnica EPVA para a tensão, perceber que a falha está no
sistema de alimentação, pois esta teve um comportamento muito ascendente, chegando a
um diagnóstico preciso.
0,06
0,056
0,05
0,04
0,03
0,02 0,02
0,01
0
Normal Perda de Fase
Apesar do diagnóstico a partir da técnica MCSA para o caso da perda de fase não
ser conclusivo apenas pela análise espectral, analisando uma só corrente, sem analisar a
tensão, é possível se perceber uma elevação da componente de 3xF no espectro como
mostra a curva de tendência da figura 4.50. Vale ressaltar que este mesmo comportamento
aconteceu para a fase “B”, porém se a fase monitorada fosse a “C”, onde ocorreu a perda,
perceberia um sinal constante e de magnitude zero. Isto acarretaria vários diagnósticos
possíveis como: motor desligado, erro no transdutor de corrente ou ainda perda de fase.
Ficaria então o motor apenas sob a segurança dos equipamentos de proteção, caso
existam, no sistema de acionamento.
85
Capítulo 4 – Resultados
As respostas podem ser observadas nas figuras 4.51 e 4.52. Pela técnica EPVA
exibida na figura 4.51, temos um agravamento do fator de desequilíbrio quando já estava
elevado em função da perda de fase. Por outro lado a curva de EPVA para a tensão
permaneceu constante, porém também em nível elevado. Isto resulta num diagnóstico a
partir desta técnica, que apesar da falha do sistema de alimentação, o MIT também
apresentou um aumento de desequilíbrio por um problema interno, como por exemplo, uma
falha no estator, que no caso foi um curto-circuito entre espiras.
Perda da Fase C e
Perda da Fase C Curto-Circuito
0,064
0,063
0,062
0,06
0,058
0,056 0,056
0,054
0,052
Perda de Fase Perda de fase e Curto-Circuito
86
Capítulo 5 – Conclusão
CAPÍTULO 5
CONCLUSÃO
EPVA
Vantagens:
Responde sensivelmente a variação do desequilíbrio na máquina seja ele
causado por curto-circuito entre espiras de uma mesma fase, curto-
circuito entre fases, falta de fase e desequilíbrio da tensão de
alimentação;
Repetibilidade nas medições sob uma mesma condição;
Fácil diagnóstico, onde se observa apenas a componente de duas vezes a
fundamental no espectro de freqüência do vetor de Park;
Aplica-se para todas as faixas de operação do motor, a vazio até plena
carga.
Desvantagens:
Requer medição de três correntes e três tensões, para separar se o
desequilíbrio provém de uma falha no motor ou do sistema de
alimentação;
Pode ter uma variação do fator de desequilíbrio decrescente em função de
um agravamento da falha se esta promover um equilíbrio elétrico no
motor;
Requer aquisição simultânea dos sinais;
Resposta varia em função da carga do motor.
87
Capítulo 5 – Conclusão
MCSA
Vantagens:
Repetibilidade sob uma mesma condição;
Fácil diagnóstico, onde se observa apenas a componente de três vezes a
fundamental no espectro de freqüência da corrente;
Aplica-se para todas as faixas de operação do motor, a vazio até plena
carga;
Requer medição de apenas uma corrente, contudo se ocorrer uma perda
da fase monitorada o diagnóstico não será conclusivo;
O efeito percebido a partir da monitoração de uma das correntes
independe da fase escolhida.
Desvantagens:
Não responde sensivelmente a todas as falhas, pois depende da
magnitude do desequilíbrio. Em muitos casos o diagnóstico permaneceu
como de um motor saudável mesmo da presença de falhas instaladas;
Pode ter uma variação do fator de desequilíbrio decrescente em função de
um agravamento da falha se esta promover um equilíbrio elétrico no
motor;
Caso ocorra uma perda de fase na mesma fase monitorada, o diagnóstico
não é conclusivo;
Resposta varia em função da carga do motor.
88
Capítulo 5 – Conclusão
89
Capítulo 5 – Conclusão
90
Capítulo 5 – Conclusão
91
Referências Bibliográficas
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Erik Leandro Bonaldi, “Diagnóstico Preditivo de Avarias em Motores de Indução Trifásicos
com MCSA e Teoria de Conjuntos Aproximados”. Itajubá, UNIFEI 2006.
[2] Sérgio M. A. Cruz and A. J. Marques Cardoso, “Stator Winding Diagnosis in Three-Phase
Synchronous and Asynchronous Motors, by the Extend Park´s Vector Approach”. IEEE
Transactions on Industry Applications, Vol. 37, NO. 5, September/October 2001, pp.
1227-1233.
[3] Hamid Nejjari and Mohamed El Hachemi Benbouzid, “Monitoring and Diagnosis of Induction
Motors Electrical Faults Using a Current Park´s Vector Pattern Learning Approach”. IEEE
Transactions on Industry Applications, Vol. 36, NO. 3, Mayo/June 2000, pp. 730-735.
[4] Mohamed El Hachemi Benbouzid, Michelle Vieira, and Céline Theys. “Induction Motor's
Faults Detection and localization Using Stator Current Advanced Signal Processing
Techniques”. IEEE Transactions on Power Electronics, Vol. 14, NO. 1, January 1999, pp.
14-22.
[5] Joseph Sattile and Jeffery L. Kolhler. “An On-line Method to Detect Incipient Failure of Turn
Insulation in Random-Wound Motors”. IEEE Transactions on Energy Conversion, Vol. 8, NO.
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