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Alexandre Pinto
JetSJ Geotecnia, Lda., Lisboa, Portugal, apinto@jetsj.pt
Rui Tomásio
JetSJ Geotecnia, Lda., Lisboa, Portugal, rtomasio@jetsj.pt
Xavier Pita
JetSJ Geotecnia Lda., Lisboa, Portugal, xpita@jetsj.pt
Pedro Godinho
JetSJ Geotecnia, Lda., Lisboa, Portugal, geral@jetsj.pt
RESUMO: Tendo por base a experiência recente da aplicação da tecnologia de Cutter Soil Mixing
(CSM), o objectivo do presente artigo é o de apresentar um caso de obra em que a referida tecnolo-
gia de CSM foi aplicada em estruturas de contenção de terras, estabilizadas através de tirantes defi-
nitivos, dando ênfase aos principais critérios de conceção e de execução adoptados. É destacada a
importância da definição do ligante, bem como do controlo de qualidade, antes e durante a execu-
ção dos painéis de solo-cimento. Por fim, é apresentada uma comparação entre a tecnologia de
CSM e outras técnicas convencionais, do ponto de vista das vantagens e limitações técnicas, eco-
nómicas e ambientais.
5 CONTROLO DE QUALIDADE E DE
EXECUÇÃO
6.2 Fase 2
Na segunda fase dos trabalhos, podem ser des-
tacadas as seguintes principais actividades:
c) Execução da viga de coroamento, em con-
creto armado, com os negativos para os ti-
rantes, de forma a solidarizar todos os pai- Figura 10. Fase 3 a 5 do faseamento construtivo do Muro
néis e todos os perfis verticais IPE, embebi- M3A.
dos nos mesmos.
d) Execução do 1º nível de tirantes definitivos, 6.4 Fase 6
localizado na viga de coroamento. (Figura A última fase, sexta fase dos trabalhos, inclui-
9). ram as seguintes principais actividades:
f) Continuação da escavação, com a repetição
das etapas anteriores, até atingir a cota do
fundo da escavação, com a instalação dos
geodrenos Ø50mm com 6m e execução da
sapata de fundação (Figura 11).
6.3 Fase 3, 4 e 5
A terceira, quarta e quinta fases dos trabalhos,
incluiram as seguintes principais operações: Figura 11. Fase 6 do faseamento construtivo do Muro
e) Escavação até, no máximo, 0,5m abaixo do M3A.
2º nível de tirantes, compatibilizada com a
execução da parede de revestimento em con- 7 INSTRUMENTAÇÃO /OBSERVAÇÃO
creto armado. Execução da viga de distribui-
ção e do 2º nível de ancoragens, seguindo as Sendo a instrumentação uma comprovada fer-
metodologias descritas nos pontos anteriores, ramenta de verificação e validação da solução
incluindo instalação de alvos topográficos, adoptada, não só na fase construtiva, mas i-
conforme definido no Plano de Instrumenta- gualmente durante a fase de serviço, foi imple-
ção e Observação (Figura 10). mentado um Plano de Instrumentação e Obser-
vação (PIO), com o objectivo de avaliar, em
tempo útil, o comportamento das estruturas.
No enquadramento descrito, foram instalados mação da estrutura de contenção na direcção à
65 Alvos topográficos (A), distribuídos pelos escavação (Figura 13).
vários alçados das estruturas de contenção, 22 Após a análise destas ocorrências, constatou-
Células de carga (C), para aferição da carga se que no tardoz da estrutura de contenção, o
instalada nas ancoragens, e 11 Inclinómetros tráfego de veículos pesados tinha deformado os
(I), a tardoz das estruturas de contenção. tubos inclinométricos excessivamente, e, por
Estes aparelhos permitiram a definição de um questões de organização de trabalhos, a não
total de 23 perfis verticais de observação, pro- realização dos geodrenos imediatamente após a
cedendo-se à leitura dos mesmos com uma pe- execução da escavação, tinha comprometido a
riodicidade semanal, em fase de obra, e uma capacidade de drenagem da estrutura de supor-
vez por trimestre durante os primeiros 3 anos de te. Este facto terá promovido o estabelecimento
serviço. de impulso hidrostático no tardoz da contenção,
situação que não havia sido considerada no di-
mensionamento da estrutura de contenção.
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
AGRADECIMENTOS