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Sumário
1 Introdução ............................................................................................................6
2 Desenvolvimento ..................................................................................................7
3 Conclusão............................................................................................................24
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LISTA DE FIGURAS
1 Figuras:
1.1 Figura 1: Sistema aerotransportado de laser para mapeamento do terreno .......7
1.2 Figura 2: Coordenadas espaciais.........................................................................8
1.3 Figura 3: Mapeamento de gasoduto com lidar e câmera digital...........................9
1.4 Figura 4: Aplicações do scanner terrestre na mineração....................................12
1.5 Figura 5: SISFRON - Exército brasileiro escolhe savis e orbisat consortium......12
1.6 Figura 6: Ortorretificação utilizando o MDT.........................................................14
1.7 Figura 7: Imagem de intensidade e hipsometria..................................................14
1.8 Figura 8: Imagem hipsométrica com pontos laser...............................................14
1.9 Figura 9: Perfil da área selecionada e identificação do ponto de apoio...............15
1.10 Figura10: Mosaico das fotografias.....................................................................16
1.11 Figura11: Carta hipsométrica da bacia do rio Cubatão......................................18
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LISTA DE TABELAS

Tabela1: FONTE: Potencial uso de dados laser scanner aerotransportado para


estimativa de variáveis dendrométricas. (ZANDONÁ, 2006, p.17)...........................16
Tabela 2: FONTE: Potencial uso de dados laser scanner aerotransportado para
estimativa de variáveis dendrométricas. (ZANDONÁ, 2006, p.53)...........................19
Tabela 3: FONTE: Potencial uso de dados laser scanner aerotransportado para
estimativa de variáveis dendrométricas. (ZANDONÁ, 2006, p.55)...........................20
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1. Introdução

Lase scanning (varrimento laser) é uma tecnologia de medição e digitalização


remota 3D de alta precisão. Permite executar levantamentos
tridimensionais/bidimensionais, traduzidos na realização de projetos de especial
complexidade técnica.

Esta tecnologia vem revolucionar os métodos tradicionais de levantamento,


permitindo um aumento de precisão, detalhe e redução de erros e custos. Com a
capacidade de melhorar o processo de projeto e reduzir os erros de recolha de
dados torna uma alternativa atraente para as técnicas tradicionais de levantamentos
locais.

Os sistemas de medição a laser 3D são aplicáveis nos domínios do planeamento


digital de fábricas, instalações industriais, arquitetura, património imóvel,
infraestruturas, proteção dos monumentos históricos, engenharia, arqueologia,
paisagismo, realidade virtual, forenses, mapeamento de imagens e muito mais.

Baseado no princípio da transmissão da luz laser, o ambiente é iluminado ponto por


ponto e a luz refletida do objeto é detectada. Com a ajuda do chamado método da
diferença de fase, podem ser determinados os seguintes valores, independente das
condições de luz prevalecentes:

 Valores de Distância (distância do objeto)

 Valores de Reflectância (refletividade do objeto)

Valores de distância e reflectância são medidos pelo mesmo receptor ao mesmo


tempo, por forma a que correspondam diretamente a um ponto único no espaço
(correspondência pixel por pixel).

A cada ponto medido pode também ser atribuído um valor angular horizontal e
vertical nas coordenadas XYZ. Todos os dados adquiridos desta forma são
diretamente atribuídos a um ponto específico para que os resultados sejam
representados numa imagem de distância (escala de cinzas ou código de cores), de
reflectância ou combinados naquilo a que se chama uma nuvem de pontos 3D.
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2. Desenvolvimento

O scanner aerotransportado vem se demonstrando uma ótima alternativa para o


mapeamento topográfico, graças às precisões e a possibilidade de mapear áreas de
difícil acesso terrestre, uma vez que esse levantamento é realizado por aeronaves
(avião ou helicóptero) assim adquirindo informações sem contato físico com a região
levantada. Com a necessidade de mapeamentos topográficos em diferentes áreas
(rural, urbana, dutos, linhas de transmissão, etc.) e acreditando nesse potencial do
sistema veem esse estudo sobre as vantagens e exatidão do mesmo.

Figura 1: Sistema aerotransportado de laser para mapeamento do terreno.

Fonte (1)

O princípio básico de funcionamento deste sistema é a obtenção de registros


contínuos de coordenadas espaciais, as quais constituem os elementos primários
para modelagem do terreno e geração de um mapa topográfico derivado destas
informações.
8

Figura 2: Coordenadas espaciais.

Fonte (2)

Um laser de alta precisão é direcionado para o solo através de uma abertura no


fundo de uma aeronave ou embarcado em um helicóptero. No caso das aeronaves,
esta abertura é a mesma utilizada em aeronaves preparadas para execução de
coberturas aéreas.

Durante o levantamento, o sistema emite feixes de luz (laser) que um espelho dirige
para o solo. O laser varre a superfície do terreno abaixo da aeronave e registra a
distância até o solo para cada um dos feixes emitidos, sendo registrado também o
respectivo ângulo de inclinação de cada feixe em relação à vertical do lugar.

Entre os pesquisadores que estudam o scanner aerotransportado destaca-se


Daniele Felix Zandoná. Ela possui mestrado em engenharia florestal pela
universidade federal do Paraná – UFPR (2006). Graduada em engenharia civil pela
mesma universidade (2002). atualmente atua como pesquisadora do instituto de
tecnologia para o desenvolvimento – lactec, com a função de coordenadora de
projetos na área de geossoluções com foco em aquisição e geoprocessamento de
dados laser para diferentes setores (linha de transmissão, florestais, bacias
9

hidrográficas, etc.) e desenvolvimento de sistemas e soluções de engenharia


utilizando ferramentas de geoprocessamento e Realidade Virtual.

Zandoná possui um projeto de pesquisa por título: ‘Desenvolvimento de novas


metodologias de processamento e a análise de dados utilizando o estado da arte de
sensores de varredura laser aerotransportados com enfoque nas aplicações de
mapeamento de 2011-2014 em andamento.

Nesse projeto estão sendo propostos estudos de caso para o desenvolvimento de


novas metodologias de processamento e análise dos dados provenientes dos novos
sensores, com intuito de expandir as aplicações do mapeamento aero a laser nas
mais diversas áreas. Estudou e desenvolveu projetos como: ‘soluções de
engenharia com informações georreferenciáveis obtidas via tecnologia laser’ que
tem como objetivo a aquisição e processamento de dados laser, desenvolvimento de
soluções para mapeamento de reservatórios, florestas, linha de transmissão de
2002-2010 em andamento.

Figura 3: Mapeamento de gasoduto com lidar e câmera digital.

Fonte (3)
10

Os levantamentos florestais independentes de sua finalidade demandam tempo e


recurso sendo em alguns casos inviáveis pela dificuldade de acesso. Os trabalhos já
desenvolvidos e publicados comprovam a possibilidade da extração de variáveis
dendrométricas como: altura individual e diâmetro de copa a partir do sistema lidar,
obtendo assim um ganho na precisão das estimativas de volume e biomassa
florestal.

Interagindo os dados lidar ao Sistema de Informações Geográficas, é possível


visualizar as distribuições espaciais em todo povoamento. Sendo essas informações
utilizadas para modelos de otimização de prognose da produção, além de fornecer
parâmetros para avaliação do crescimento da vegetação, mapeamento de sítios
florestais e estudos de melhoramento de espécies.

Os sistemas que se baseiam no lidar adquirem um modelo melhor das copas e


altura das árvores, graças a pequena divergência dos pulsos laser, permitindo que a
energia coerente penetre em áreas com vegetação densa.

"Essa tecnologia pode ser considera superior aos métodos fotogramétricos para
aplicações florestais, sobretudo em função do conhecimento da superfície do
terreno, que, para estas áreas, é dificilmente visualizada em fotografias aéreas”
(POPESCU, 2002 apud ZANDONÁ, 2006, p.04).

Graças às essas características e precisões a tecnologia lidar supera as tecnologias


convencionais como os fotogramétricos e estéreo-fotogrametria digital, em casos
como (BALTASAVIAS, 1999ª).

1. Mapeamento de florestas e áreas cobertas por vegetação: geração de


modelos digitais de terreno, estratificação da vegetação, extração de parâmetros
biofísicos, estimativas de volume e biomassa, quantificação de carbono;

2. Mapeamento de corredores: rodovias (planejamento e projeto); linhas de


transmissão (planejamento, projeto e estudos de recapacitarão); monitoramento de
erosão em zonas costeiras; estudos de tráfego e transportes; mapeamento de rios e
estudos hídricos; mapeamento de dutos, diques, etc;

3. Geração de modelos digitais para regiões urbanas: determinação das alturas


das edificações; planejamento de antenas para telecomunicações;
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4. Mapeamento de áreas inundáveis: geração de modelos digitais de terreno


como parâmetros de entrada em modelos de propagação de cheias e estudos de
enchente, identificação de infraestrutura e áreas de risco, planos de contingências;
5. Mapeamento de superfícies com baixa diferenciação de texturas (gelo, areia,
neve).

Diferentemente dos métodos convencionais que demandam tempos elevados e


recursos podendo ser até inviáveis pela dificuldade de acesso nas áreas florestais, a
tecnologia lidar e suas características de obtenção de informações tridimensionais
acerca da estrutura da vegetação apresenta-se como promissora no setor florestal.

Não havendo um estudo brasileiro em relação ao custo/benefício entre esta


tecnologia e os métodos convencionais é sempre facultada uma análise para
realização do trabalho levando em consideração o que é essencial para o
levantamento, custos e acessos a área mapeada.

O laser aerotransportado, baseado na tecnologia lidar, permite a obtenção de


informação tridimensional acerca da superfície terrestre com alta precisão
(POPESCU, 2002). Esse sistema que começou a ser desenvolvido na década de 80,
apenas no ano de 2000 chegou ao Brasil.

Os primeiros sensores operavam no modo profile ou de perfil, era emitido um feixe


perpendicular à linha do voo e com esse feixe era obtido o perfil do terreno e as
estruturas verticais existentes. As primeiras aplicações foram voltadas para o
levantamento de áreas florestas para a quantificação e caracterização da vegetação.

A precisão resultante de todo levantamento depende o tipo de equipamento utilizado


(ângulo de abertura do scanner, diâmetro do feixe e frequência de varredura) além
das características do voo como velocidade e altura.

Basicamente existem dois grupos de sensores scanners (LEFSKY et al., 2002). O


primeiro que emite um feixe de grande diâmetro (dezenas de metros) e o segundo
são os chamados sensores de retorno discreto, que se caracterizam por emitir um
feixe de diâmetro de ordem centimétrica e armazenar a posição de cada
pulso laser retornado.
12

Figura 4: Aplicações do scanner terrestre na mineração.

Fonte (4)

Figura 5: SISFRON - Exército brasileiro escolhe SAVIS e OrbiSat Consortium.

Fonte (5)
13

Os resultados discutidos neste trabalho são referentes aos sensores de retorno


discreto no qual foi utilizado para o levantamento.

O funcionamento consiste na emissão de um feixe laser em direção a superfície, o


feixe é refletido pelos obstáculos (construções, vegetação ou o próprio terreno) e
captados pelo sensor. Para cada feixe é registrado o tempo de percurso aeronave –
obstáculo – aeronave, assim o sistema realiza o cálculo da distância. Com o auxílio
do GPS (Global Position System) e o IMU (Inertial Measurement Unit) que registram
a posição e altitude da aeronave durante o voo, torna-se possível definir a posição
tridimensional de pontos na superfície na fase de pós processamento.

Devido à emissão de um feixe por vez, o sistema compensa essa restrição emitindo
milhares de feixes por segundo, direcionado para o solo por meio de um espelho.

O feixe pode emitir retornos parciais quando o mesmo encontra obstáculos antes de
atingir o solo. O sistema utilizado armazena dados do primeiro e do último retorno do
pulso. Podendo gerar modelos digitais utilizando todos os pulsos.

Graças à possibilidade de armazenamento de refletância dos materiais alvos, é


possível a geração de ortoimagens de intensidade e de hipsometria (intensidade
combinada com informação altimétrica).

Logo se vê a ortorretificação de fotografias digitais de baixo custo utilizando dados


do Laser do Scanner Aerotransportado (LSA). Nisso foi utilizado quatro fotografias
digitais, a nuvens de pontos de LSA, a imagem de intensidade e a imagem de
hipsometria. As imagens de intensidade de hipsometria, em conjunto com a nuvem
de pontos do LSA, serviram para a extração dos pontos de apoio das fotografias,
sendo estes utilizados para se processar a aerotriangulação. Em seguida, foi
realizado a ortorretificação com o MDT e a mosaicagem das fotografias. Este
processo de ortorretificação e a mosaicagem confeccionada através do LSA ficou
com uma precisão de 50cm para planimetria, ou seja, a mesma precisão dos dados
do LSA.
14

Figura 6: Ortorretificação utilizando o MDT.

Fonte (6)

Figura 7: Imagem de intensidade e hipsometria.

Fonte (7)

Figura 8: Imagem hipsométrica com pontos laser.

Fonte (8)
15

Figura 9: Perfil da área selecionada e identificação do ponto de apoio.

Fonte (9)

Figura10: Mosaico das Fotografias.

Fonte
(10)

Uma

tecnologia considerada competitiva ao scanner é a fotogrametria, porém não são


mutuamente exclusivas. A integração das tecnologias oferece um resultado melhor
para a classificação e restituição de feições no terreno. A tabela 01 abaixo apresenta
a comparação entre as tecnologias, mutuamente exclusivas. A integração das
16

tecnologias oferece um resultado melhor para a classificação e restituição de feições


no terreno. A tabela 01 abaixo apresenta a comparação entre as tecnologias.

Tabela1: Potencial uso de dados laser scanner aerotransportado

FONTE: Potencial uso de dados laser scanner aerotransportado para estimativa de


variáveis dendrométricas. (ZANDONÁ, 2006, p.17)
A partir dos dados do levantamento pelo scanner torna-se possível a classificação
dos pontos em Modelo Digital de Terreno – MDT, que considera os pontos terrestres

LIDAR FOTOGRAMETRIA
Fonte de Energia Ativo Passivo
Geometria Polar Perspectiva

Tipo Sensor Pontal Quadro ou varredura


Medição dos Pontos Direta Indireta
Amostragem Pontos individuais Toda a aréa
8 bits monocromática 2 a
Imagem Associada 3,5 vezes menor que a Rgb alta qualidade
precisão.
Precisão Horizontal Vertical 1/3 melhor que a vertical
1000m de altura – 10 a 15 Função da altitude de vôo,
Precisão Vertical da distância focal da
cm
câmera e qualidade do
2000m de altura – 25 cm apoio
Sobreposição lateral (30%)
apenas para obtenção de Sobreposição longitudinal
cobertura contínua, pelo (60%) para formação do
Planejamento do Vôo fato das faixas serem mais par estereoscópico. Deve
estreitas e estarem mais ser prevista sobreposição
sujeitas a erros do piloto e transversal para formação
do GPS de navegação do bloco.
Somente de dia e com
Restrição de Vôo Menor impacto independe condição climática
da luz do sol favorável (céu de
brigadeiro)
Taxa de Produtividade Maior automação e rapidez
25% a 30% do custo da
Custo fotogrametria
Software proprietário – Software disponível para o
Produção processamento realizado usuário
pela empresa de lidar
e o modelo digital de elevação – MDE, considera os demais pontos.
17

O Modelo Digital de Terreno não envolve somente variáveis como altura e elevação,
mas elementos geográficos naturais como rios, linhas de cume, etc. Inclui também
os dados derivados sobre o terreno modelado, exemplo a declividade.

O modelo digital de elevação apresenta todas as estruturas presentes na área


mapeada, como vegetação, construções, linhas de transmissão, infraestrutura, etc.

A realização de um projeto desse patamar envolve quatro linhas gerais:


 Planejamento
 Fase Aeroespacial
 Processamento dos Dados Brutos
 Pós-processamento

A fase de planejamento compreende o plano de voo, considerando os objetivos do


projeto, assim determinando as características do aerolevantamento e configurações
do equipamento adotado.

Esta primeira fase é de suma importância, uma vez que analisa a abertura do
sensor, altura do voo e região de levantamento. Essas questões são de grande
relevância, para a avaliação do custo do trabalho uma vez que é proporcional às
horas de voo.

A realização do voo é a segunda linha, a fase aeroespacial, no qual armazena os


dados brutos simultaneamente a aquisição dos dados referentes as bases GPS solo.

A terceira etapa reúne os dados das fontes: GPS Solo, GPS Aero, IMU (Inertial
Measurement Unit), informações do laser e calibração, tendo como produto as
coordenadas dos pontos mapeados.

Na última etapa, o pós-processamento, ocorre à classificação dos pontos em pontos


de terreno ou vegetação, podendo incluir a geração de imagens hipsométricas,
modelos digitais e etc.

Figura 11: Carta hipsométrica da bacia do Rio Cubatão.


18

Fonte (11)

Na fase de processamento envolve a extração e decodificação dos dados obtidos no


levantamento e a combinação destes com os dados das bases GPS terrestre. Nessa
etapa são informados os parâmetros no sistema, que são obtidos no voo e as
informações de laboratórios. Para o processamento de GPS e do sistema inercial foi
utilizado o software Realm Survey Suite[3] e Applanix PosPac.

Quando se fala em georreferenciamento, topografia ou dados referentes às


coordenadas geográficas é preciso levar em consideração o sistema de
levantamento uma vez que existem diferentes tipos como SAD 69, Sistema UTM –
Transversa de Mercator, e o agora usual no Brasil em georreferenciamento pelo
INCRA[4], o SIRGAS 2000. Neste trabalho as coordenadas foram projetadas para o
Sistema UTM, fuso 22º com referencial planimétrico no sistema SAD 69 e altimétrico
em Imbituba – SC, correção geoidal constante para toda a área de 7,0905m.

Com o processamento dos dados é gerado um arquivo de extensão ASCII com as


coordenadas métricas e intensidade do primeiro e último retorno do pulso associado
ao tempo GPS e com o software Terra Scan (Terrasolid, Inc.) onde foram realizadas
19

as classificações dos pontos e gerado um modelo TIN (Triangulated Irregular


Networking) temporário.

E para a geração dos modelos digitais de terreno, elevação, foram importados os


pontos para o software ArcGIS 9.0 (ESRI) para elaboração dos mesmos. A diferença
entre os modelos (MDE – MDT) obtêm o modelo digital de altura, que será utilizado
como dado de entrada para algoritmos de delimitação de copas, altura dos objetos
presentes sobre a superfície do terreno.

Árvores Medidas Em Algoritmo De


Acerto (%)
Campo Individualização De Arvores
Parcelas
TOTAL DOMINANTES TOTAL DOMINANTES TOTAL DOMINANTES
A 16 13 14 12 87,5 92,3
B 21 10 18 9 85,7 90,0
C 18 9 17 9 94,4 100,0
D 26 13 18 12 66,7 92,3
E 20 12 15 11 75,0 91,7
F 15 9 15 9 100,0 100,0
G 10 9 10 9 100,0 100,0
I 32 13 22 13 68,7 100,0
L 27 11 25 11 92,6 100,0
Total 186 99 154 95 82,8 95,9

Comparando os resultados da pesquisa realizada pelo sistema lidar com a


medição in loco, foi possível observar a eficiência e precisão do lidar. Veja a seguir
as tabelas comparativas.

Tabela 2: Identificação das árvores

FONTE: Potencial uso de dados laser scanner aerotransportado para estimativa de


variáveis dendrométricas. (ZANDONÁ, 2006, p.53).

NOTA: O percentual de acerto foi calculado para o total das árvores (incluindo:
Dominantes, Co-dominantes e Dominadas) e considerando somente as dominantes.
20

O percentual de acerto considerando as dominantes, co-dominantes e dominadas


atingiu uma média de 82,8%, considerando apenas as dominantes, esse acerto
chegou a 95,9%. As parcelas “D”, “E” e “I” foram as que obtiveram um desempenho
inferior, uma vez que se encontra em áreas mais densas, influenciando diretamente
na penetração do feixe.

A tabela 03 apresenta uma comparação relativa entre os métodos de mensuração


em campo e pelo lidar, uma vez que não foi possível derribar as árvores para
cubagem rigorosa e obtenção das alturas.

Tabela 3: Diferença entre as alturas médias em campo


FONTE: Potencial Uso de Dados LASER ScannerAerotransportado para Estimativa
Altura Média (m) Resíduo (%)
Parcela
Campo Lidar Médio

A 33,87 30,99 7,95


B 34,09 32,66 4,19

C 35,83 32,95 6,92

D 28,15 28,97 0,10

E 32,40 32,08 5,84

F 33,80 32,90 4,17


G 32,00 29,16 8,88

i 31,56 31,78 3,96

l 31,14 30,32 3,75

de Variáveis Dendrométricas. (ZANDONÁ, 2006, p.55).

Observando-se o grande potencial do laser scanner foram realizadas diferentes


pesquisas bibliográficas em trabalhos publicados no brasil a fim de verificar
conceitos distintos na utilização do laser.

Observou-se que a precisão do sistema é mais satisfatória em áreas abertas, sem a


presença de mata fechada que possa impedir a penetração e retorno do feixe na
superfície do terreno.
21

Outro fator importante para a precisão do trabalho são os algoritmos utilizados para
a classificação dos dados, fator esse que pode ser uma fonte de erro, interferindo na
modelagem dos parâmetros.

Os resultados são promissores, mostrando a viabilidade técnica da utilização do


sistema, para classificação e/ou determinação de variáveis dendrométricas.

Entre as vantagens do sensoriamento aerotransportado, tem-se o fato de ser uma


tecnologia de aquisição de dados topográficos mais ágil e sem contato físico, ou
seja, menor número de pessoas trabalhando, minimizando assim os riscos de
acidentes pessoais em áreas florestais e em jazidas de minério, onde esse tipo de
levantamento também é realizado para aquisição de dados referentes às jazidas.

Na utilização das informações do aerolevantamento no setor urbano, tem-se a


possibilidade de geração de mapas tridimensionais das áreas levantadas,
otimizando os projetos e processos construtivos.

Vale ressaltar a falta de um estudo relacionando o custo benefício entre os métodos


de levantamento tradicionais e o aerotransportado, com isso é necessária uma
pesquisa para determinação de qual método lhe dará o melhor custo-benefício.

O sistema laser scanner é projetado para a obtenção das coordenadas


tridimensionais de pontos de uma superfície, além do registro das dimensões, da cor
natural e textura dos objetos alvos e das intensidades dos pulsos laser refletidos de
milhares de pontos por segundo (CENTENO & MITISHITA, 2007). Fisicamente, o
sistema laser scanner aerotransportado é constituído por um sensor laser, 01
Câmera fotográfica métrica digital, 01 Receptor GPS Geodésico L1/L2 (a bordo da
aeronave),02 Receptores GPS Geodésicos L1/L2 (em solo), 01 notebook para
controle do sistema aerotransportado e desktops para processamento dos dados.

Fazem parte também do sistema softwares específicos de controle dos trabalhos de


campo e para tratamento de dados. O sistema é instalado em uma plataforma
móvel, geralmente uma aeronave, que sobrevoa a superfície do terreno, obtendo
assim, dados necessários para a modelagem tridimensional da superfície. No solo e
em tempo real, o componente principal é o receptor GPS de base que é usado para
georreferenciamento e pós-processamento dos dados do GPS da aeronave
(DALMOLIN & SANTOS, 2004).
22

De acordo com Botelho et al. (2005), o sistema funciona baseado na utilização de


pulsos de laser, disparados na direção da superfície terrestre e de objetos, e na
captação dos pulsos refletidos dos mesmos sem a necessidade de utilização de
refletores. Dados como, intensidades dos pulsos e intervalo de
tempo (Time of Flight) entre a emissão e recepção dos pulsos, são registrados,
permitindo com isso que se tenha o posicionamento tridimensional dos pontos
alvos.

O conjunto desses dados tridimensionais é geralmente denominado nuvem de


pontos, pois pode ser representado por uma densa concentração de observações no
espaço tridimensional. Segundo Rivas & Brito (2003), a partir dos dados obtidos pelo
Laser Scanner, além de outros produtos, é possível construir o modelo digital de
elevação (MDE), obtendo-se as alturas dos objetos presentes na região
escaneada, e o modelo digital do terreno (MDT), produto importante e fundamental
para a determinação de volumes físicos. Simultaneamente à varredura a laser, fotos
aéreas da região mapeada são obtidas, de acordo com as definições de parâmetros
configurados no planejamento de voo.

Todos os dados obtidos pelo sistema, ou seja, os pontos escaneados, as leituras


GPS do trajeto de voo, as leituras GPS da base de amarração em solo e as fotos
aéreas são pós-processados. Os trabalhos de um aerolevantamento
laser compreendem três etapas: os serviços de campo, o sobrevoo à área e a etapa
de processamento dos dados.

Em campo, sobre um marco georreferenciado, é instalado um aparelho GPS para a


coleta de dados, pelo método estático, necessários para o pós-processamento dos
dados GPS da aeronave e para o georreferenciamento dos pontos coletados pelo
sistema Laser Scanner.

Caso na região, não existam marcos georreferenciados, é necessário que se


proceda o transporte de coordenadas, definindo assim, uma base de referência. São
também coletados em solo, alguns pontos GPS destinados a conferencia e
validação dos pontos laser.

A etapa de sobrevoo compreende o plano de voo, previamente definido em função


das características e objetivos do trabalho e um pré-processamento durante o voo,
destinado à verificação da existência ou não de falhas operacionais do sistema
23

laser. Se detectado algum tipo de falha no sistema, antes do pouso, é feita nova
varredura à região. A última etapa envolve o processamento dos dados GPS (solo e
aéreo), dos pontos laser e das aerofotos, assim como, a obtenção do produto final
(nuvem de pontos georreferenciada tridimensionalmente).

3.Conclusão
Conclui-se que o sistema de varredura a laser aerotransportado (LSA) é
fundamental na área da construção civil pelo simples fato de fazer medições de
24

terreno, verificação do relevo do terreno e dentre outras características. Sistema de


varredura a laser aerotransportado é um dispositivo eletro-óptico que emite radiação
coerente baseada no princípio da emissão estimulada.

O sistema adquire dados digitais de elevação do terreno com precisão equivalente


ao GPS com o sensor principal do sistema localizado em uma aeronave cujo
deslocamento, sobre uma área de interesse, é rápido quando comparado com os
levantamentos convencionais citados no item anterior.

Na obra é imprescindível o controle de posicionamentos de elementos de projeto,


bem como a medição dos quantitativos executados. Para garantir que a obra saia
como planejada e dentro do orçamento estabelecido, é fundamental a presença de
uma equipe de topografia experiente, capacitada com tecnologias que garantam
produtividade e precisão na execução da obra.

3. Referências Bibliográficas
25

CENTENO, J. A. S. & MITISHITA, E. A. Laser Scanner Aerotransportado no estudo


de áreas urbanas:A experiência da UFPR. In: Anais XIII Simpósio
Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Florianópolis,Brasil. 2007. INPE, p. 3645-3652.

DALMOLIN, Q. & SANTOS, D. R. Sistema Laser Scanner: Conceitos e Princípios de


Funcionamento. Universidade Federal do Paraná.Curitiba. 3ª Edição. 2004.

Imagem Hipsométrica em: www.google.com.br/search?


q=imagens+hipsométricas&rlz=1C1CHZL_ptBRBR702BR702&espv=2&source=lnms
&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwim4bvY6obTAhVEjpAKHX-
rCMQQ_AUIBigB&biw=1517&bih=735#imgrc=_

O princípio básico em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfZ3EAA/a-tecnologia-


lidar-setor-florestal

Sensores Scanner em: www.google.com.br/search?


q=sensores+scanners&rlz=1C2CHZL_pt-
BRBR702BR702&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi5lZP_44bTAhXJE5
AKHaY6BKIQ_AUIBygC&biw=1517&bih=735#tbm=isch&q=sensores+scanners+varr
edura+a+laser&*&imgrc=yeSq8oZwAbjl3M

Sistema a Laser Aerotransportado em:


http://www.ppegeo.igc.usp.br/index.php/GEOSP/article/view/7302/6746

Tabelas em: http://www.floresta.ufpr.br/defesas/pdf_ms/2006/d473_0632-M.pdf

ZANDONÁ, D. F. Potencial uso dos dados laser scanner aerotransportado para


estimativa de variáveis dendrométricas. 92 p. 2006. Dissertação (Mestrado em
Engenharia Florestal) – Universidade Federal do Paraná,
Curitiba, Brasil, 2006.

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