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1 Radiciação

Roberto Geraldo Tavares Arnaut


Kathleen S. Gonçalves
e-Tec Brasil – Estatística Aplicada

META Apresentar o conceito de radiciação e suas


propriedades.

OBJETIVO Após o estudo desta aula, você deverá ser capaz de:
1. realizar operações que envolvam radiciação.

PRÉ-REQUISITOS Para melhor compreensão desta aula,


você precisa ter em mente o conceito de
potenciação e o de números naturais, inteiros,
racionais e reais.

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Aula 4 • Radiciação
Esta aula foi escrita com base em trechos do livro ARNAUT,
Roberto Geraldo Tavares. Matemática Básica: volume único. 5 ed.
Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2008.

INTRODUÇÃO
Os relatos mais antigos sobre operações utilizando potências remontam
aos egípcios, cerca de 2000 a.C. (antes de Cristo). Os babilônios também
possuíam conhecimento sobre o tema, o que pode ser conferido em uma
antiga tábua de argila conhecida como tabuinha de Larsa. O início do
uso do termo “potência” em matemática é atribuído ao filósofo grego
Hipócrates. Ele chamou o quadrado de um segmento de dynamis, palavra
grega que em português significa potência.
Por que estamos falando de potência na aula de radiciação? Conforme você
perceberá adiante, a radiciação é a operação inversa da potenciação.
Por que estudar esse tema em Estatística? Isso acontecerá? Você verá
com mais detalhes uma medida de dispersão chamada desvio padrão,
que é a raiz quadrada da variância, outra medida que você estudará em
Estatística. Daí a importância de saber realizar operações que envolvam
radiciação.
Embora a raiz quadrada seja o conteúdo mais importante, nesta aula,
para você seguir com a disciplina de Estatística, fica difícil introduzir o
assunto sem conhecermos um pouco mais sobre o tema.
Estudaremos aqui o conceito de radiciação, as várias possibilidades
que se enquadram nele, bem como as propriedades
necessárias para fazermos cálculos que envolvam o
uso de raízes. Então, vamos lá?

DEFININDO RADICIAÇÃO
Para entender a radiciação,
você precisa ter compreendido o
conceito de potenciação, porque
a radiciação nada mais é do que a
operação inversa da potenciação. Veja
o seguinte exemplo:

42 = 4 × 4 = 16 ⇔ 2 16 = 4

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Ou seja, quatro elevado ao quadrado é igual a dezesseis, porque


quatro vezes quatro (quatro multiplicado por ele mesmo duas vezes) é
igual a dezesseis. Quando queremos descobrir a raiz quadrada de dezesseis
( 2
)
16 , queremos saber qual número multiplicado por ele mesmo (o dois
significa que o número tem que ser multiplicado duas vezes) é igual a
dezesseis.
Vamos ver outro exemplo:

33 = 3 × 3 × 3 = 27 ⇔ 3 27 = 3

Quer dizer, três elevado ao cubo (elevado a três) é igual a vinte


e sete, porque três multiplicado por ele mesmo três vezes é igual
a vinte e sete. Então, a raiz cúbica de vinte e sete ( 3
)
27 é igual a três, porque
três é o número que multiplicado por ele mesmo três vezes tem como resultado
o número vinte e sete.
Seja a um número real e n um número natural. O número x é
RAIZ ENÉSIMA DE A chamado de RAIZ ENÉSIMA DE A se, e somente se, xn = a.
Raiz de a com Perceba que x n = a é o mesmo que n
a = x, ou seja,
índice n, sendo n a
representação de um a radiciação é a operação inversa da potenciação.
número qualquer.

ATENÇÃO

Em matemática, é muito comum usarmos letras representando números. Isso


simplifica a comunicação; se fôssemos escrever por extenso todas as fórmulas ma-
temáticas, os livros seriam enormes. Assim, as letras a, n, x, m e p que você verá nesta
aula estão sendo usadas para representar um número qualquer. Por exemplo, xn = a
significa que você pode pensar nessa equação para qualquer número no lugar de x
e qualquer número no lugar de n, gerando um resultado que é a letra a. O valor de a pode
ser qualquer número; no entanto, ele vai depender dos valores de x e n. Veja a seguir:
Para xn = a, temos 23 = 8; 42 = 16; 124 = 20736 e assim por diante.

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Aula 4 • Radiciação
Kriss Szkurlatowski
Fonte: www.sxc.hu

Figura 4.1: Uma das primeiras referências à potenciação foi encontrada em papiros
egípcios do final do Império Médio.

A REPRESENTAÇÃO DE RADICIAÇÃO

Usaremos a NOTAÇÃO
n
a para representar raízes enésimas do NOTAÇÃO
número a. No caso em que n = 2 e a > 0 (a é maior que zero), em vez Conjunto de sinais que
se usa para representar
2
de a , escreveremos simplesmente
a e lemos “raiz quadrada de a”. ou designar algo.

( )
2
Nesta situação, − a é o simétrico de a e − a = a.
( )
2
Você entendeu por que − a = a.? É simples, quando você
multiplicar números com o mesmo sinal, o resultado será sempre positivo. Se
(− a )
2
= − a × − a , então o resultado desta operação será positivo. Mas
por que o resultado é igual a a? Fácil! Quando você multiplica duas raízes
iguais, o resultado é sempre o número dentro da raiz, ou seja, 2 × 2 = 2
, 9 × 9 = 9, e assim por diante. Posteriormente, vamos definir melhor
a representação n
a.

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ATENÇÃO

Números simétricos, também chamados de opostos, são


números que possuem o mesmo valor, mas com sinais
contrários. Quer dizer, 7 é simétrico ou oposto de –7; 16 é
simétrico ou oposto de –16; 6 é simétrica ou oposta a − 6 .

Obs.: No símbolo n
a dizemos que:
√ é o radical;
a é o radicando;
n é o índice da raiz.

Tatiana Bolshakova

Fonte: www.sxc.hu

Figura 4.2: Encontramos o uso de potenciação no cálculo do volume de pirâmides de base


quadrangular.

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AS POSSIBILIDADES DA EQUAÇÃO xn = a
Da definição de radiciação, conclui-se que determinar as raízes
enésimas de a é o mesmo que determinar todas as soluções da equação
xn = a. Vamos examinar os seguintes casos:

Primeiro caso: O número a é igual a zero e o número n pertence


ao conjunto dos números naturais, sendo que n
é maior ou igual a 2

A única raiz enésima de zero é o próprio zero, ou seja, n


0 = 0,
para qualquer valor de n.

Segundo caso: o número a é maior que zero e o número n


pertence ao conjunto dos números naturais, sendo que n é um
número par

O número a possui duas raízes enésimas. Essas duas raízes são


n
simétricas. A raiz enésima positiva de a é representada pelo símbolo a.
A raiz enésima negativa de a, por ser simétrica da primeira, é representada
pelo símbolo – n a.
Portanto, cuidado! Quando escrevemos, por exemplo, 4 3,
6
5, 3, estamos representando números positivos.

Exemplo:
O número 16 tem duas raízes quartas ( 4 ). A raiz quarta
positiva de 16 é 2 (porque 2 4 = 16). A raiz quarta negativa de
16 é –2. Assim,
4
16 = 2

− 4 16 = −2

As raízes quartas de 16 são 2 e –2.

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CURIOSIDADE

A Fórmula de Bháskara e o cálculo dos macacos


Entre os matemáticos hindus da Índia Antiga era muito comum a realização de competições
que desafiavam os competidores com quebra-cabeças. Os passatempos matemáticos
dessa época eram apresentados por meio de ditos populares em forma de prosa. Veja
este exemplo: “...alegravam-se os macacos divididos em dois bandos: sua oitava parte ao
quadrado no bosque brincava. Com alegres gritos, doze gritando no campo estão. Sabe
quantos macacos há no grupo no total?” Podemos montar o problema assim:

Billy Alexander
Fonte: www.sxc.hu

...alegravam-se os macacos divididos em dois bandos ⇒ x


sua oitava parte ao quadrado no bosque brincava ⇒  x 2
⇒ 
8
Com alegres gritos, doze gritando no campo estão ⇒ 12
2
⇒ X −  x  + 12
Sabe quantos macacos há no grupo no total? ⇒
 
8

Observe que, no final, temos uma equação para calcular a pergunta. Toda equação
que apresenta o termo X2 é chamada de equação do segundo grau. Sempre que se quer
resolver esse tipo de equação, utiliza-se uma fórmula chamada de Fórmula de Bháskara:
− b ± b2 − 4ac . Mais adiante nesta aula, você entenderá por que a raiz quadrada
x=
2a
da Fórmula de Bháskara pode ser positiva (+) ou negativa (–), e isso faz com que o X,
nessa fórmula, tenha dois resultados possíveis (no caso do problema, 16 ou 48 macacos
no grupo).
Fonte: Adaptado de: ROPELATO; RAMOS (2006).

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Terceiro caso: o número a é menor que zero e o número n pertence ao
conjunto dos números naturais, sendo que n é par.

Neste caso, não existe raiz. O que queremos dizer com isso?
Simplesmente que no conjunto dos números reais não faz sentido uma
expressão como −2 ou 8
−6 .
Exemplo:
Não existe raiz quadrada de −4. Ou, dito de outro modo, não
existe nenhum número real x tal que x2 = −4. Isso vale para qualquer
potência de número par.

G & A Scholiers

Fonte: www.sxc.hu

Figura 4.3: A probabilidade de usarmos a radiciação no nosso dia-a-dia é pequena, mas é


possível que você precise dela no seu futuro emprego.

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Quarto caso: O número a é diferente de zero e o número n


pertence ao conjunto dos números naturais, sendo que n
é ímpar

O número a possui exatamente uma única raiz enésima no conjunto


dos números reais. Essa raiz tem o mesmo sinal de a e é representada
n
pelo símbolo a.
Exemplos:
a) O número 8 tem uma única raiz cúbica ( 3 ), que é representada
com o símbolo 3
8 e vale 2, isto é, 3
8 = 2 (porque 23 = 8). Isso vale para
qualquer potência de número ímpar.
b) O número −64 tem uma única raiz cúbica no conjunto dos
números reais que é representada pelo símbolo 3
−64 e vale −4, isto
é, −64 = −4 (porque −43 = −64). Isso vale para qualquer potência de
3

número ímpar.
Obs.: Conforme já observado, por convenção, na raiz quadrada,
omite-se o índice (n). Escreve-se, por exemplo, 6 e − 6 para
2
representar 6.

Exemplos:

a) O número 8 é uma raiz quadrada de 64, pois 82 = 64.

b) O número −8 é uma raiz quadrada de 64, pois (−8)2 = 64.

c) 3
0 = 0 ⇔ 03 = 0
d) 16 = 4 ⇔ 42 = 0

e) − 16 = −4 ⇔ − ( 4 ) = −16
2

f) ± 16 = ±4 ⇔ ± ( 4 ) = ±16
2

g) −4 não tem sentido em R.

h) 3 27 = 3 ⇔ 33 = 27

i) −27 = −3 ⇔ (−3)3 = −27


3

j) 3
−1 = −1 ⇔ (−1)3 = −1
k) 4 2401 = 7 ⇔ 74 = 2401

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Johannalg
Fonte: www.sxc.hu

Figura 4.4: É possível extrair raízes usando calculadoras, mas você vai precisar de
um modelo de calculadora científica ou financeira.

ATIVIDADE 1
Atende ao Objetivo 1

Vamos verificar se você entendeu os casos apresentados até aqui? Então, calcule os radicais
a seguir:

a. 4
−5

4
b. 81

c. 5 32

5
d. 0

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PROPRIEDADE DAS RAÍZES


Sejam a e b números reais e m e n números inteiros. Suponha
que as raízes enésimas que escreveremos nas propriedades de
1 até 4, a seguir, são bem definidas. Então, valem as seguintes
propriedades:

Propriedade 1: para cálculo com radicais de mesmo índice

Para multiplicar, mantém-se o índice e multiplicam-se os radicandos,


isto é, n a × n b = n ab .
Para dividir, mantém-se o índice e dividem-se os radicandos, isto
n
a a
é, = n , bb ≠≠0 0,
n
b b

Exemplos:

a) 3
3× 3 9 = 3
27 = 3 (porque 33 = 27)
b) 2 × 5 = 10
c) 32 = 3 8 × 3 4 (operação inversa)
3

d) 8 = 2 × 4 = 2 × 2 = 2 2 ( 4 = 2 ⇔ 22 = 4 )

CURIOSIDADE

O templo e a raiz quadrada de dois


Konstantinos Dafalias

Fonte: www.sxc.hu

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Fonte: Adaptado de http://www.psico-pictografia.blogspot.com/

Você já ouviu falar no Pathernon? O Pathernon é um templo grego localizado na cidade de


Atenas. Ele foi erguido em homenagem à deusa Atena Pathernos, considerada a protetora
da cidade. Sua construção data de 447 a 438 a.C. Em um livro chamado Os segredos da
antiga geometria, Tom Brunes faz uma análise geométrica do templo. Ele afirma que o
lado e a diagonal de uma série de quadrados regem a arquitetura do edifício. Cada um dos
quadrados está em relação com o quadrado maior que o contém na proporção de 1 para
1,25. Essa relação funcional é chamada de Função da Raiz Quadrada de Dois ( 2 ).

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ATIVIDADE 2
Atende ao Objetivo 1

Com base na primeira propriedade das raízes, faça os seguintes cálculos:

a. 3
16 × 3 4

b. 30
6

c. 4
81 × 4 8

d. 3
6750 ÷ 3 2

Propriedade 2: para calcular raiz de raiz

Para calcular uma raiz de outra raiz, mantém-se o radicando e


multiplicam-se os índices, isto é, n m
a = mn a .

Exemplos:
a) 3
729 = 2×3 729 = 6 729 = 3 (porque 36 = 729)
b) 3 4
5 = 3×4×2 5 = 24 5

ATIVIDADE 3

Atende ao Objetivo 1

Com base na segunda propriedade das raízes, calcule as seguintes raízes:

a. 256

b. 4 3
4096

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Propriedade 3: para calcular raiz de potência

Calcular a raiz e em seguida a potência é o mesmo que calcular a


( a)
m
potência e em seguida a raiz, isto é, n
= n a m , sendo que o número
m pertence ao conjunto dos números inteiros.

Exemplos:
( 4)
5
a) 45 = = 25 = 32 ( 4 = 2 ⇔ 22 = 4 )

( )
2
b) 4
162 = 4
16 = 22 = 4 ( 4 16 = 2 ⇔ 24 = 16 )

Jo
na
th
an
W
er
ne
r

Fonte: www.sxc.hu

Figura 4.5: Uma das maneiras de calcular a área de um triângulo é por meio do Teorema de
Heron. A fórmula é A = S(S − a)(S − b)(S − c) , onde A é a área do triângulo que se quer
calcular; S é o valor do semiperímetro do triângulo; a, b e c são os comprimentos dos lados do
triângulo.

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ATIVIDADE 4
Atende ao Objetivo 1

Com base no que você aprendeu sobre a terceira propriedade das raízes, calcule:

a. 3
27 2

5
b. 2434

Propriedade 4: sobre alteração do índice

Multiplicar ou dividir índice e expoente por um mesmo número


np
não altera o resultado, isto é, n
am = a mp .

Exemplos:
a) Dividindo por 3, temos: 6
2 3 = 6 ÷ 3 2 3÷ 3 = 2
b) Dividindo por 8, temos: 16
28 = 16 ÷8 28÷8 = 2
c) Multiplicando por 3 no primeiro termo e por 2 no segundo, temos:
55 ×× 33 22 == 22××33 5511××33 ×× 33××22 2211××22 == 66 5533 ×× 66 2222 == 66 125
125 ×× 66 44 == 66 125
125×× 44 == 66 500
500
(Lembre-se de que quando não há expoente é como se o número fosse
elevado a 1.)

ATENÇÃO

Voltamos a enfatizar que as propriedades enunciadas são


válidas sob a condição de que as potências e os radicais
estejam bem definidos. Por exemplo, não faz sentido usar a pro-

( )
3
( −2 )
3
priedade 3 para escrever 4
= 4
−2 , uma vez que não faz
sentido 4
−2 , no conjunto dos números reais.

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−b ± ∆
Figura 4.6: Para resolver equações de segundo grau, usamos a Fórmula de Bháskara: X =
2a

Nosso próximo assunto tem como objetivo ampliar a utilização de


potências e radicais para facilitar operações com números reais. Ou, de
um outro ponto de vista, veja a definição apresentada após a próxima
atividade. Trataremos a radiciação como um caso especial de potências
de expoentes fracionários.

ATIVIDADE 5
Atende ao Objetivo 1

Utilize a propriedade 4 para realizar os seguintes cálculos:

a. 8
36

3
2
b.
5
3

c. 4
2× 3 3×6 5

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POTÊNCIA DE EXPOENTE RACIONAL

Definição

a) Seja a um número real positivo, n um número natural não-nulo


(diferente de zero) e um número racional na forma irredutível, a potência
m
m
de base a e a expoente racional definem-se por a n = n a m .
n m
b) Seja a um número real, n um número natural ímpar e
n
um número racional na forma irredutível, a potência de base a
m
m
e o expoente racional definem-se por a n = n a m .
n

ATENÇÃO

Valem para as potências de expoente racional as mesmas


propriedades válidas para as potências de expoente inteiro.

Exemplos:

3
a) 35 = 5 33

1
b) 2 7 = 7 21 = 7 2

2

c) 2 5
= 5
22

1 1 1 1 5
d) 2 2 × 2 3 = 2 2 + 3 = 2 6 = 6 25

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GiniMiniGi
Fonte: www.sxc.hu

Figura 4.7: Para calcular a diagonal de um quadrado, você precisa saber radiciação.
A fórmula é d = l 2 , onde d é o valor da diagonal que se quer achar, l é o comprimento
de um dos lados do quadrado (são todos iguais).

ATIVIDADE 6
Atende ao Objetivo 1

Escreva as potências a seguir em forma de radicais:


3
a.
34

1
b. 37

c. 1
52

−2
d.
23

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RESUMINDO...

• O cálculo da radiciação é o inverso da potenciação.

• Na notação
n
a , √ , a, n, são, respectivamente, raiz, radicando e índice.

• Não importa o valor do índice, se o radicando for zero, a raiz será zero.

• Quando a > 0 e n é par, a tem duas raízes simétricas, sendo uma positiva e outra
negativa.

• Se n é par, não existe raiz para um radicando negativo.

• Quando a ≠ 0 e n é impar, a só possui uma raiz (não há uma simétrica).

• Na representação de raiz quadrada omite-se o índice.

• Para multiplicar ou dividir radicais com mesmo índice basta multiplicar ou dividir os
radicandos e manter o índice.

• Para calcular raiz de raiz, multiplicamos os índices e mantemos o radicando.

• Quando o radicando tem um expoente, podemos escrever a raiz, sem alterar seu valor,
deslocando o expoente para todo o radical.

• Podemos multiplicar ou dividir o índice e o expoente por um mesmo número sem que
isso afete o resultado.

• Um número com expoente fracionário pode ser escrito como radical. A base será o radi-
cando, o numerador do expoente fracionário será o expoente do radicando e o denominador
do expoente fracionário será o índice.

RESPOSTAS DAS ATIVIDADES

ATIVIDADE 1

a. Não existe raiz quadrada quando o radicando é negativo e o índice é par.


b. Como o radicando é maior que 0 e o índice é par, existem duas raízes simétricas
nesta resposta. As raízes são + 3 e −3, porque 34 = 3 × 3 × 3 × 3 = 81.
c. Como o radicando é ≠ 0 e o índice é ímpar, só há uma raiz. A resposta é 2, porque
25 = 2 × 2 × 2 × 2 × 2 = 32.
d. Se o radicando é zero, não importa o índice, a raiz será zero.

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ATIVIDADE 2

a. Quando os radicais têm índices iguais, basta multiplicar os radicandos. 16 × 4 = 64 → 3 64 = 4 ,


pois 43 = 64.
b. Quando os radicais têm índices iguais, basta dividir os radicandos. 30 ÷ 6 = 5.
O resultado é 5.
c. Quando os radicais têm índices iguais, basta multiplicar os radicandos. 81 × 8 = 648 → 4 648 .= 6
d. Quando os radicais têm índices iguais, basta dividir os radicandos.
6750 ÷ 2 = 3375 → 3 3375 = 15 , pois 153 = 3375.

ATIVIDADE 3

a. Para calcular raiz de raiz, temos que multiplicar os índices e manter o radicando. Assim:
2×2
a. 256 = 4 256 = 4 , pois 44 = 256.
b. 4× 3 4096 = 12 4096 = 2 , pois 212 = 4096.

ATIVIDADE 4

( )
2
a. Neste caso, podemos escrever, sem alterar o valor, como 3
27 → 3 27 = 3 , pois 33 = 27.
Por fim, 32 = 9.
b. Baseando-se na terceira propriedade das raízes, podemos escrever da seguinte forma:
( )
4
5
243 = 34, pois 35 = 243 . Por fim, 34 = 81.

ATIVIDADE 5

a. Podemos dividir o índice e o expoente do radicando pelo mesmo número sem


que isso altere o resultado. Assim, simplificamos o expoente 6 com o índice 8
( 8 ÷ 2 36 ÷ 2 = 4
33 ), pois ambos são divisíveis por 2. Temos, então,
33 = 4 27 . 4

b. Com base na quarta propriedade das raízes, podemos igualar os índices de ambos os
radicais, o que facilita a resolução do problema. Assim, multiplicamos por cinco o numerador
3× 5
e por 3 o denominador: 25 15 32 .
=
15
27 27
c. Também com base na quarta propriedade, podemos multiplicar todos os termos da
multiplicação a fim de igualarmos os índices. Multiplicamos o primeiro termo por 3, o segundo
por 4 e o terceiro por 2. Assim, temos:
4× 3 3× 4 6×2
23 × 34 × 5 = 12 8 × 12 81 × 12 25 = 12 8 × 81 × 25 = 12 16200 .

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ATIVIDADE 6

a. 4
33 = 4 27
7
b. 3
c. 51 = 5 (quando o expoente é 1, não precisa ser representado)
2

d. 3 2−2 = 1 (reveja, na aula de potenciação, a nota sobre expoentes negativos)


3
4

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARNAUT, Roberto Geraldo Tavares. Matemática Básica: volume
único. 5 ed. Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2008.
ROPELATO, Graziela; RAMOS, Paulo. Para que estudar a
fórmula de bháskara? Revista de divulgação técnico-científica
do ICPG, Indaial, v. 3, n. 9, jul./dez. 2006.

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