Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 11

R E S U M O D A S N O R M A S

INTRODUÇÃO

Cabeamento para Voz e Dados Situação Atual


Os novos cabeamentos para telecomunicações oferecem muito Várias organizações ainda continuam desenvolvendo padrões
mais qualidade, flexibilidade, valor e função para as necessidades para assegurar que todos os protocolos, eletrônica de sinais, tipo
presentes e futuras. Hoje, a sobrevivência de uma empresa de mídia e a infra-estrutura de projeto sejam compatíveis. Hoje é
depende de uma fonte de informação confiável e da troca de essencial que os profissionais de telecomunicações familiarizem-
informação sobre os custos adequados. A explosão das se com os padrões existentes e pendentes para atender às
tecnologias de rede de telefonia pública, PBX e LAN digital necessidades atuais e requisitos futuros. Legalmente, a norma
resultou em redes de complexo gerenciamento, compostas por para cabeamento de edifícios comerciais válida para o Brasil é a
numerosos protocolos, tipos de mídia e tecnologias de sinais. norma internacional ISO/IEC 11801 de 2002, e a norma
Assim, os profissionais de telecomunicações têm uma difícil tarefa brasileira NBR - 14565.
para acessar, implementar e manter estes complexos sistemas. Devido à grande influência das normas americanas nesse
mercado, e mesmo nas normas brasileiras, é importante
Direção conhecer os principais aspectos das normas ANSI/TIA/EIA 568-B
Reconhecendo a necessidade de padronização, diversos que trata do cabeamento e 569-A sobre infraestrutura para
profissionais representando fabricantes de equipamentos, suportar o cabeamento. Outras normas são a ANSI/TIA/EIA 606,
consultores e usuários, reuniram-se sob orientação de sobre administração e identificação e a ANSI/TIA/EIA 607 sobre
organizações como TIA/EIA, IEEE, ANSI e BICSI para assegurar aterramento.
que as normas de produto e cabeamento atendam as diversas
aplicações existentes. O principal objetivo era e ainda é permitir
que diversos fabricantes estejam capacitados para construir
equipamentos e componentes que sejam compatíveis em
ambientes de cabeamento em edifícios.

Para permitir que os É essencial que os E identificar os


diversos fabricantes profissionais de requisitos mínimos
sejam capazes de telecomunicações que vão suportar
produzir equipamentos familiarizem-se com ambientes
e componentes que os padrões existentes multiprodutos,
possam interagir. e pendentes. multiprovedores.

ISO/IEC Olhando Mais de Perto


A ISO (International Organization for Standardization) e a Ambas as normas (ISO/IEC 11801 e ANSI/TIA/EIA 568-B)
IEC (International Electrotechnical Comission) formam o especificam um cabeamento genérico para comunicação de voz e
sistema de normatização internacional. Para a área de tecnologia dados que deve suportar equipamentos independentemente de
de informação, ISO e IEC formaram um comitê conjunto fornecedor.
(ISO/IEC JTC 1). Um sub-comitê chamado Interconnection of São feitas recomendações de projeto de equipamentos e
Information Technology Equipment elaborou a norma para cabeamento para edifícios comerciais de forma a suportar as
cabeamento estruturado ISO/IEC 11801. diversas necessidades de comunicação dos seus ocupantes.
Essa norma especifica um cabeamento genérico para uso em São estabelecidos critérios técnicos para vários tipos de cabos
edifícios comerciais que pode compreender um ou mais prédios e hardware de conexão e para o projeto e instalação do
em um campus, em áreas de raio até 3 km e até 1.000.000 m2 cabeamento.
de espaço de escritórios, atendendo entre 50 e 50.000 pessoas. As especificações são orientadas a prédios e escritórios e
A edição atual foi publicada em 2002. espera-se que cabeamentos projetados de acordo com as
normas tenham uma vida útil de mais de 10 anos.
ANSI/TIA/EIA Neste resumo são abordados apenas os principais aspectos
No âmbito de cabeamento e componentes, a ANSI/TIA/EIA tem relacionados ao cabeamento, de acordo com as normas ISO/IEC
representado o grande avanço nesta área. Um grupo foi formado e ANSI/TIA/EIA, e são apontadas as diferenças entre elas.
em 1985 num esforço para endereçar a falta de padrões para
cabeamento para prédios. Sua intenção inicial foi identificar os No texto a terminologia da ANSI/TIA/EIA é adotada, por estar
requisitos mínimos que suportarão os ambientes multi-produtos mais sedimentada no mercado brasileiro. Terminologias usadas na
e multi-provedores, permitindo o planejamento e a instalação de norma da ABNT também são apresentadas.
sistemas de telecomunicação sem o conhecimento do
equipamento específico a ser instalado. Desde então, sofreu
revisões e vários boletins técnicos (TSBS) foram emitidos
86
87 procurando atualizar a norma de acordo com a evolução da
indústria.
R E S U M O D A S N O R M A S
INTRODUÇÃO

São definidos os seguintes subsistemas: • Cabeamento Backbone (ou Primário, para a ABNT)
• Cabeamento Horizontal (ou Secundário, para a ABNT) inclui o cross-connect principal (ou Campus Distributor
inclui o cross-connect horizontal (chamado de Floor na ISO/IEC 11801), os cabos de backbone entre prédios
Distributor na ISO/IEC 11801), o cabo horizontal, a tomada (ou externos), o(s) cross-connect secundário(s) ou
de telecomunicações e, opcionalmente, um ponto de intermediário(s) (Building Distributor na ISO/IEC 11801),
consolidação (por exemplo para fazer a transição local de um e os cabos de backbone internos;
cabo UTP 25 pares para vários cabos UTP e pares). A definição • Área de Trabalho;
de ponto de transição da ISO/IEC 11801 engloba os dois tipos • Armário de Telecomunicações, onde normalmente
da ANSI/TIA/EIA 568-B.1, transição e consolidação; se encontra o cross-connect horizontal;
• Salas de Equipamentos, Principal e Intermediárias,
onde se localizam os cross-connect principal e
intermediários, respectivamente;
• Sala de Entrada de Serviços.

SISTEMA BÁSICO
Cabo Horizontal
SUBSISTEMAS Área de Trabalho

Cross-Connect horizontal dentro


do armário de telecomunicação

SISTEMA PRIMÁRIO SISTEMA SECUNDÁRIO


-BACKBONE-INTERNO HORIZONTAL

Cross-Connect intermediário na
sala de equipamentos intermediário

SISTEMA PRIMÁRIO
Cross-Connect principal na sala
-BACKBONE- EXTERNO de equipamento principal
87
86
R E S U M O D A S N O R M A S
ANSI / TIA / EIA - 568 - B.1

CABEAMENTO HORIZONTAL Distâncias:


Estende-se desde os conectores/tomadas da área de trabalho • O comprimento do cabo horizontal deve estar limitado a um
ao cross-connect horizontal instalado na sala de máximo de 90 metros para todos os tipos.
telecomunicações. • Patch Cords no cross-connect horizontal não devem exceder
A topologia física é uma estrela (cada conector/tomada de o comprimento de 5 metros.
telecomunicações têm a sua própria posição mecânica terminal Para locais onde são aplicadas tomadas multimídia, o
no cross-connect horizontal no armário de telecomunicação). comprimento não deve exceder a 20 metros.

Inclui: Pontos de Transição/Consolidação:


• Cabos horizontais. • No máximo um ponto de transição a 1 ponto de consolidação é
• Conectores/tomadas de telecomunicações. permitido para cada enlace horizontal.
• Terminais mecânicos no armário de telecomunicações. • Um comprimento de 3 metros é permitido para adapter cables
• Patch Cords na sala de telecomunicações. com a finalidade de conectar o equipamento na área de trabalho.
• O comprimento total de cordões (patch cable e adapter cable)
Meios de Transmissão Reconhecidos: não devem exceder 10 metros.
• Cabo par trançado sem blindagem, 4 pares x 100 Ohms (UTP).
Obs.: Seguindo-se a orientação de 5 m e 3 m será evitada a obrigatoriedade
de verificar se a limitação de 10 m será excedida quando forem realizadas
modificações.

• Cabo óptico multimodo de 2 fibras (62.5/125 µm)

Patch Panel
• Os meios de transmissão reconhecidos, se encapados
conjuntamente (cabos híbridos), podem ser usados se
compatíveis com o padrão especificado.

Nota: A ISO/IEC permite, além dos tipos acima, a fibra multimodo 50/125 µm
e o cabo UTP 120 Ohms. A TIA/EIA reconhece a fibra multimodo 50/125 µm Cabeamento
Patch Cablesna
em sua revisão. Sala de horizontal:
Telecomunicações: 90 m no máximo
6 m no máximo

Conectores/Tomadas de Telecomunicações
Um mínimo de duas tomadas são necessárias para cada 10m2:
Tomada de
A: Compatível com um cabo 4 pares Adapter Cables Telecomunicações
100 Ohms, categoria 3 ou superior e na Área
de Trabalho:
conector associado. 3 m no máximo
B: Compatível com um dos seguintes cabos:
• Cabo UTP 4 pares, 100 Ohms e
conector (categoria 5 recomendado).
• Cabo de fibra óptica de 2 fibras de
50/62.5/125 µm e conectores.
• O aterramento deve estar de acordo
com a ANSI/TIA/EIA-607.

88
89
R E S U M O D A S N O R M A S
ANSI / TIA / EIA - 568 - B.1

CABEAMENTO BACKBONE
A função do cabeamento de backbone é prover a conexão Meios de Transmissões Reconhecidos:
entre as salas de comunicações, salas de equipamentos e • Cabo par trançado sem blindagem, 100 Ohms (UTP).
facilidades de entrada.

Topologia:
Estrela hierárquica (cada cross-connect horizontal é cabeado
a um cross-connect principal ou a um cross-connect
intermediário e então a um cross-connect principal). • Cabo óptico multimodo (62.5/125 µm).
Não se passa mais do que um cross-connect do cross-connect
horizontal para alcançar o cross-connect principal.
Cabeamentos para topologias barramento ou anel serão feitos
se necessários, em adição à topologia estrela.
• Cabo óptico monomodo.
Inclui:
• Cabos backbone.
• Terminações mecânicas nos cross-connects intermediários
e principal.
• Cordões de emenda ou jumpers usados para cross-connect Nota: A ISO/IEC permite, além dos tipos acima, a fibra multimodo 50/125 µm
backbone-a-backbone. e o cabo UTP 120 Ohms. A TIA/EIA reconhece a fibra multimodo 50/125 µm
• Terminações mecânicas usadas para terminar o cabeamento em sua revisão.
backbone no cross-connect horizontal.
• Cabeamento entre edifícios. Distâncias:
“A” “B” “C”
Meios de Transmissão (m
m) (m
m) (m
m)

“A” 100 Ohms - UTP (voz) 800 300 500

Fibra Multimodo
Cross-Connect (62.5/125 µm)
Principal 1700
Fibra Multimodo 2000 300
“B” (50/125 µm)

Fibra Monomodo 2700

UTP (dados) 90

Para aplicações UTP (voz) e fibra, as distâncias do backbone


do segmento “C” serão aumentadas se “B” for menor do que o
“C” máximo, mas o total dos dois não deve exceder os valores da
coluna “A”.
• Cordões de emenda e intermediário jumpers cross-connect
no cross-connect principal e intermediário não devem
exceder 20 m.
Cross-Connect Cross-Connect • Cabos para equipamentos devem ter até 30 m.
Intermediário Horizontal • O aterramento deve atender a ANSI/TIA/EIA-607.

89
88
R E S U M O D A S N O R M A S
ANSI / TIA / EIA - 568 - B.1

Área de Trabalho
Os componentes estendem-se desde tomadas/conectores de Interconexões
telecomunicações do cabeamento horizontal até os equipamentos • Cabos de equipamentos que estendem uma aparência de porta
da estação (estes encontram-se fora do escopo das normas). única (exemplo: hub modular) são permanentemente
Adaptadores necessários tais como: divisores, “baluns”, filtros terminados ou interconectados diretamente às terminações
etc. devem ser externos ao conjunto tomada/conector. horizontais ou backbone.

Cabo
Cordão do
equipamento

Salas de Equipamentos
• São consideradas distintas dos armários de telecomunicações
devido a sua natureza ou a complexidade do equipamento que
nelas estão contidas.
Armários de Telecomunicações • Podem cumprir algumas ou todas as funções de um armário
• Devem ser projetados conforme a ANSI/TIA/EIA-569 A. de telecomunicação.
• Função primária da terminação para distribuição do • Deve ser projetada conforme ANSI/TIA/EIA-569-A.
cabeamento horizontal (cross-connects horizontais). • Oferecem um ambiente controlado para armazenar
• Pode conter cross-connects principais ou intermediários. equipamentos de telecomunicações, hardware de conexão,
• Proporciona um ambiente controlado para armazenar facilidades de aterramento e aparatos para proteção onde for
equipamentos de telecomunicações, hardware de conexão. aplicável.
• Pode conter o cross-connect principal ou cross-connect
Cabeamento: intermediário e cross-connect horizontal para partes do
Cross-Connect x Interconexão edifício.
• Freqüentemente contêm terminais auxiliares.
Cross-Connects
• Cabos para equipamentos que consolidam muitas portas num Sala de Entrada de Serviço
único conector são terminados num hardware de conexão • Consiste de cabos, hardware de conexão, e recursos de
designado. proteção e outros equipamentos necessários para conectar o
• O hardware designado é então interconectado para serviço externo ao cabeamento existente.
terminações horizontais ou backbone. • Projetado conforme ANSI/TIA/EIA-569 A.
• O aterramento deve atender a norma ANSI/TIA/EIA-607.

Cabo
Cordão do
equipamento

90
91
R E S U M O D A S N O R M A S

ANSI / TIA / EIA - 568 - B. 1

Performance de transmissão depende das características do Os Parâmetros de Testes Incluem:


cabo, hardware de conexão, patch cords e cabeamento de cross • Seqüência de montagem
connect, número total de conexões, e do cuidado com que o • Comprimento
sistema foi instalado e sua manutenção. • Perda de inserção (atenuação)
Configurações para Teste de Canal • Near end Crosstalk (NEXT)
e Teste de “Permanent Link”: • Power Sum Near end Crosstalk (PSNEXT)
• Equal Level Far end Crosstalk (ELFEXT)
São especificados testes para o canal e enlace. O Teste de
• Power Sum Equal Level Crosstalk (PSELFEXT)
Enlace compreende entre o cross-connect horizontal (por
• Perda de Retorno
exemplo patch panel), o cabo horizontal e a tomada de
• Atraso de Propagação
telecomunicações e o Teste de Canal inclui os patch cables e
• Diferença de Atraso de Propagação (Delay Skew)
adapter cables.
TESTE DE CANAL
) Atenuação NEXT PSNEXT ELFEXT PSELFEXT RL
Freq. Cat 5e Cat 6 Cat 5e Cat 6 Cat 5e Cat 6 Cat 5e Cat 6 Cat 5e Cat 6 Cat 5e Cat 6
1 2,2 2,1 >60 65,0 >57 62,0 57,4 63,3 54,4 60,3 17,0 19,0
4 4,5 4,0 53,5 63,0 50,5 60,5 45,4 51,2 42,4 48,2 17,0 19,0
8 6,3 5,7 48,6 58,2 45,6 55,6 39,3 45,2 36,3 42,2 17,0 19,0
10 7,1 6,3 47,0 56,6 44,0 54,0 37,4 43,3 34,4 40,3 17,0 19,0
16 9,1 8,0 43,6 53,2 40,6 50,6 33,3 39,2 30,3 36,2 17,0 18,0
20 10,2 9,0 42,0 51,6 39,0 49,0 31,4 37,2 28,4 34,2 17,0 17,5
25 11,4 10,1 40,3 50,0 37,3 47,3 29,4 35,3 26,4 32,3 16,0 17,0
31,25 12,9 11,4 38,7 48,4 35,7 45,7 27,5 33,4 24,5 30,4 15,1 16,5
62,5 18,6 16,5 33,6 43,4 30,6 40,6 21,5 27,3 18,5 24,3 12,1 14,0 Teste de Canal
100 24,0 21,3 30,1 39,9 27,1 37,1 17,4 23,3 14,4 20,3 10,0 12,0
Tomada de
200 )- 31,5 )- 34,8 -) 31,9 )- 17,2 -) 14,2 -) 9,0 Telecomunicação
250 )- 35,9 )- 33,1 )- 30,2 )- 15,3 - 12,3 -) 8,0

Cross-connect
horizontal
Adapter Cable

Ponto de
Consolidação
ou de Transição
Patch Cable

TESTE DE ENLACE
) Atenuação NEXT PSNEXT ELFEXT PSELFEXT RL
Freq. Cat 5e Cat 6 Cat 5e Cat 6 Cat 5e Cat 6 Cat 5e Cat 6 Cat 5e Cat 6 Cat 5e Cat 6
1 2,1 1,9 >60 65,0 >57 62,0 58,6 64,2 55,6 31,2 19,0 19,1
4 3,9 3,5 54,8 64,1 51,8 61,8 46,6 52,1 43,6 49,1 19,0 21,0
8 5,5 5,0 50,0 59,4 47,0 57,0 40,6 46,1 37,5 43,1 19,0 21,0
10 6,2 5,5 48,5 57,8 45,5 55,5 38,6 44,2 35,6 41,2 19,0 21,0
16 7,9 7,0 45,2 54,6 42,2 52,2 34,5 40,1 31,5 37,1 19,0 20,0
20 8,9 7,9 43,7 53,1 40,7 50,7 32,6 38,2 29,6 35,2 19,0 19,5
25 10,0 8,9 42,1 51,5 39,1 49,1 30,7 36,2 27,7 33,2 18,0 19,0
31,25 11,2 10,0 40,5 50,0 37,5 47,5 28,7 34,3 25,7 31,3 17,1 18,5
62,5 16,2 14,4 35,7 45,1 32,7 42,7 22,7 28,3 19,7 25,3 14,1 16,0 Teste de Enlace
(Básico/Permanente)
100 21,0 18,6 32,3 41,8 29,3 39,3 18,6 24,2 15,6 21,2 12,0 14,0
Tomada de
200 )- 27,4 )- 36,9 )- 34,3 )- 18,2 -) 15,2 )- 11,0 Telecomunicação
250 )- 31,1 )- 35,3 )- 32,7 )- 16,2 - 13,2 )- 10,0

Cross-connect
horizontal

Cordão de Teste
(2 m)

Cordão de Teste 91
90
(2 m)
R E S U M O D A S N O R M A S

ANSI / TIA / EIA - 568 - B. 1

É cada vez mais necessário ter agilidade na adequação da Distâncias Horizontais para Enlaces de Cobre
estrutura física dos escritórios das empresas. Um ponto de Os requisitos para pontos que utilizam tomadas multiusuário
interconexão do cabeamento horizontal permite que escritórios previstos na EIA/TIA 568-B.2 devem ser atendidos.
abertos tenham as alterações feitas sem a necessidade de mudar Baseado nas considerações de perda de inserção (onde a
o cabeamento horizontal. atenuação de um cabo flexível é maior que a atenuação em um
cabo sólido) o comprimento deste cabo deve ser:

MUTO – Tomadas Multiusuários C=(102-H)/(1+D)


Uma tomada Multimídia permite a terminação de um simples W=C-T 22m para cabos UTP 24 AWG
ou de vários usuários em um mesmo ponto. Os cabos das
estações de trabalho não são alterados quando o layout da Onde :
instalação é modificado. C = comprimento máximo combinado do cabo da área de trabalho, cabo
Os cabos da estação de trabalho devem ser conectados do equipamento e o patch cord
diretamente à estação do usuário sem a utilização de tomadas H = comprimento do cabo horizontal em metros (H+C 100m)
intermediárias. D = fator de correção para o tipo de cabo do patch cord
(0,2 para UTP 24AWG/24AWG ScTP e 0,5 para cabos UTP 26 AWG)
W = comprimento máximo do cabo da área de trabalho
T = comprimento máximo do cabo de equipamento e do patch cord

EXEMPLO DE IMPLEMENTAÇÃO COM A TOMADA DE TELECOMUNICAÇÃO MULTIUSUÁRIO (MUTO)

Área de Trabalho

Cabo Horizontal

Cabos da área
Micro

de trabalho
Telefone
Micro
Telefone

Cross-connect
horizontal no armário

A tabela a seguir é feita para um comprimento de cabo de 5 metros UTP 24 AWG.


Comprimento de Máximo Comprimento do Máximo Comprimento dos Cabos Área
Cabo Horizontal Cabo da Área de Trabalho de Trabalho, patch cord e cabo de equipamento
H W C
90 5 10
85 9 14
80 13 18
75 17 22
70 22 27
Para reduzir o efeito de múltiplas conexões alterando os valores de NEXT e perda de retorno,
um ponto de consolidação deve ser instalado a pelo menos 15 metros de uma sala de telecomunicações.

92
93
R E S U M O D A S N O R M A S

ANSI / TIA / EIA - 568 - B.2

SISTEMA DE CABEAMENTO Patch Cables x Adapter Cables


• Condutores trançados especificamente para terem flexibilidade.
DE 100 Ohms UTP • Cabos que atendem aos requisitos de performance de
Categorias Reconhecidas de “Hardware” transmissão horizontal (são permitidos valores de atenuação
de Conexão de Cabos: 20% acima dos permitidos para os cabos “permanentes”
horizontais e de backbone).
Categoria 3: até 16 MHz. Equivalente à classe C da • Diâmetro de condutor isolado recomendado:
ISO/IEC 11801; 0,8 mm até 1 mm. Máximo = 1,2 mm.
Categoria 4: até 20 MHz. Equivalente à classe B da • Terminais T568-A ou T568-B em ambas as extremidades.
ISO/IEC 11801;
Categoria 5: até 100 MHz. Equivalente à classe D da
ISO/IEC 11801; Código de cores para cordões
Categoria 5e: até 100 MHz. (Com requisitos adicionais); de emenda
Categoria 6: até 250 MHz. (marcas adicionais podem ser usadas)
Equivalente à classe E da ISO; Par Cor
Categoria 7: até 600 MHz. Em projeto. Equivalente 1 Azul / Azul Claro
à classe F da ISO.
Obs.: É recomendado que as novas instalações sejam especificadas 2 Verde / Verde Claro
para satisfazer os requisitos da categoria 6.
3 Laranja / Branco-Laranja
Especificações dos Cabos
Código de cores para 4 pares 4 Marrom / Marrom Claro
• Horizontal: 4 pares individualmente
(marcas adicionais podem ser usadas)
trançados.
• Backbone: 4 pares ou multipares. Par Cor
Par Cor
• Condutores isolados sólidos 24AWG 1 Azul / Azul Claro
1 Verde/Vermelho
protegidos por capa.
Exceções (se os requisitos forem 2 Laranja / Branco-Laranja
2 Preto/Amarelo
preenchidos).
• Blindagem pode ser usada se necessária. 3 Verde / Verde Claro
3 Azul/Laranja
• 22 AWG pode ser usado.
4 Marrom / Marrom Claro
4 Marrom/Cinza Escuro

Jumpers Cross-Connect • Use braçadeiras com folga e em intervalos não regulares


• Devem atender aos requisitos de transmissão horizontal. • Evite o tracionamento excessivo do cabo
• Código de Cor: um condutor branco e um outro condutor • Use métodos apropriados para acomodar os cabos:
de coloração distinta como o vermelho ou azul. - Braçadeiras para fixação
• Recomenda-se que os patch cords não sejam confeccionados - Bandejas para acomodar cabos
em campo. - Painéis para gerenciamento dos cabos
- Bandas removíveis de velcro
Conectores e Configurações Reconhecidas • Não exceda 11 kgf de tensão de tracionamento
• Um jack/plug modular de 8 posições na configuração • Não use um grampeador revólver para posicionar cabos
T568-A ou na configuração T568-B.
• Devido ao agrupamento idêntico de pares, patch cables e
adapter cables com configuração, seja T568-A ou T568-B, são
intercambiáveis, já que a pinagem em ambos os lados do
mesmo cordão é a mesma (pino-a-pino).

Práticas de Instalação
• Descasque o isolamento do cabo somente o suficiente para
Pino
a terminação e mantenha os pares trançados o mais perto
possível do ponto de terminação mecânica.
• A distância máxima destrançada do
par na conexão não deve ser maior que 13 mm.
• Mantenha um raio de curvatura máximo de 4 vezes
o diâmetro do cabo (cabos de 4 pares). T568-A T568-B 93
92
R E S U M O D A S N O R M A S

ANSI / TIA / EIA - 568 - B.3

Esta norma especifica os requisitos para os componentes e Um patch panel deve ser projetado para:
requisitos de transmissão para sistemas de fibra óptica (cabos, • Meio de cross-connect entre cabos e patch cords.
conectores) multimodo 50/125µm e 62,5/125µm e cabos de • Meio de conexão entre equipamentos e o cabeamento óptico.
fibra monomodo. • Meios de identificação do cabeamento para administração
Os cabos devem estar de acordo com as especificações da de acordo com a ANSI/TIA/EIA-606.
tabela a seguir: • Meio de acesso para medição e monitoramento
do cabeamento óptico.
Tipo de Fibra Comprimento Atenuação Largura
• Meio de proteção para conectores e adaptadores
de Onda Máxima de Banda
de acidentes.
50/125 850 3,5 500
Multimodo 1300 1,5 500
62,5/125 850 3,5 160
Multimodo 1300 1,5 500
Monomodo 1310 1,0 N/A
Interno 1550 1,0 N/A
Monomodo 1310 0,5 N/A
Hardware de Conexão para Cabeamento Óptico
Externo 1550 0,5 N/A Centralizado
Os cabos devem estar de acordo com as normas de cabo vigentes.
Um hardware de conexão é utilizado para interligar o
cabeamento horizontal e o cabeamento entre prédios e deve ser
Acessórios de Conexão projetado para:

A identificação visual dos conectores e adaptadores de fibras • Unir as fibras do cabeamento horizontal e o backbone através de
multimodo devem ser de cor bege enquanto que para os conexões mecânicas ou por fusão.
conectores e adaptadores de fibras monomodo a cor é azul. • Permitir a identificação das fibras.
As tomadas de telecomunicações devem ser capazes de • Permitir a correta acomodação, identificação de fibras seja do
acomodar duas fibras ópticas e suas terminações e devem cabeamento horizontal ou backbone que estejam em uso ou não.
permitir a fixação do cabo com um raio de curvatura mínimo • Permitir a acomodação de novas fibras ópticas seja do
de 25mm. cabeamento horizontal ou do backbone.
Os patch panels devem permitir a fixação em parede
ou rack e possibilitar a acomodação e manuseio dos cabos O fabricante deve fornecer informações de montagem e instalação
de fibra óptica e gerenciamento de cordões ópticos. para atender os requisitos acima.

94
95
R E S U M O D A S N O R M A S
ANSI / TIA / EIA - 569 - A

NORMA DE CONSTRUÇÃO COMERCIAL • Refere-se à caixa (alojamento) ou espelho


em geral, ao contrário das
EIA/TIA-569 PARA ESPAÇOS tomadas incluindo os conectores
E PERCURSOS de telecomunicações individuais.
• É necessário uma tomada no mínimo,
DE TELECOMUNICAÇÕES por estação de trabalho(duas por área
Esta norma foi criada em 1990 como resultado de um esforço de trabalho).
conjunto da Associação Canadense de Normas (CSA) e • A alocação de espaço de trabalho
Associação das Indústrias Eletrônicas (EIA). É publicada é tipicamente uma a cada 10m2.
separadamente nos Estados Unidos da América e no Canadá, no • Pelo menos uma tomada de energia deve
entanto as seções centrais das duas são muito semelhantes. A ser instalada perto de cada tomada de
edição atual é de fevereiro de 1998. telecomunicações.
Esta norma indica os seguintes elementos para espaços e
percursos de telecomunicações em construções:
• Percursos Horizontais.
Armário de Telecomunicações
• Armários de Telecomunicações. • Dedicado exclusivamente à infra-estrutura das
• Percursos para Backbones. telecomunicações.
• Sala de Equipamentos. • Equipamentos e instalações estranhos às telecomunicações não
• Estação de Trabalho. devem ser instalados nos armários de telecomunicações, nem
• Sala de Entrada de Serviços. passar através ou entrar neles.
• Mínimo de um armário por andar.
• Devem ser providenciados armários adicionais para cada área
Percursos Horizontais acima de 1.000 m2 sempre que:
• Implicam em infra-estruturas para a instalação de cabo de - A área atendida do andar for maior que 1.000 m2.
telecomunicações proveniente do armário de telecomunicações - A distância horizontal ultrapasse 90 m.
e destinado a uma tomada/conector de telecomunicações.
• Os percursos horizontais podem ser dos tipos: canaleta sob o
piso, piso de acesso, conduíte, bandejas e tubulações de fiação,
DIMENSÕES RECOMENDADAS PARA O ARMÁRIO
forro e perímetro. (BASEADO EM 1 ESTAÇÃO DE TRABALHO A CADA 1O m 2)
• As diretrizes e os procedimentos de projeto são diretamente
especificadas para esses tipos de percursos. Área Atendida (m2) Dimensões do Armário (mm)
1.000 3.000 x 3.400
Percursos para Backbones 800 3.000 x 2.800

• Consistem nos percursos internos (dentro de um edifício) 500 3.000 x 2.200


e entre edifícios. (externos)

Percursos Internos nos Edifícios


• Fornecem os meios para a colocação de cabos backbones
a partir:
– Da sala ou espaço de acesso para armários de
telecomunicações.
– Da sala de equipamento para a sala ou espaço de acesso,
ou armários de telecomunicações.
• São compostos por conduíte, manga de conexão, aberturas
e bandejas.

Percursos entre os Edifícios


• São compostos por percursos de cabos subterrâneos,
enterrados, aéreos ou em túneis.

Estação de Trabalho
• Espaço interno de um edifício onde um ocupante interage com
dispositivos de telecomunicações.

Tomadas de Telecomunicações
• Localização do ponto de conexão entre o cabo horizontal e os
dispositivos de conexão do cabo na área de trabalho.
95
94
R E S U M O D A S N O R M A S
ANSI / TIA / EIA - 569 - A

Sala de Equipamentos Salas de Entrada de Serviços


• Espaço direcionado para equipamentos de telecomunicações. • Consiste na entrada dos serviços de telecomunicações ao
• Acomoda somente equipamentos diretamente relacionados edifício, incluindo o ponto de acesso através da parede e
com o sistema de telecomunicações e o sistemas de suporte seguindo até a sala ou espaço de entrada.
ambiental correspondentes. • Todos os provedores de serviço e companhias operadoras
• Dimensionamento: de telecomunicação envolvidas devem ser contratadas para
Para atender aos requisitos conhecidos do equipamento
estabelecer seus requisitos e explorar alternativas para o
específico.
Se o equipamento for desconhecido planeje uma área de fornecimento dos serviços.
0,07 m˝ de espaço para cada 10 m˝ de área de trabalho. • Pode conter os percursos de backbone que interligam outros
Deverá ter uma área mínima de 14 m˝. edifícios nos ambientes de prédios distribuídos. Entradas de
Para os edifícios com utilização especial (hotéis, hospitais, antenas também podem fazer parte da sala de entrada.
laboratórios) o dimensionamento deve basear-se no número de • Uma entrada de serviços alternativa deve ser providenciada
estações de trabalho do seguinte modo: onde houver requisitos especiais de segurança, continuidade
do serviço ou outro qualquer.
• Equipamentos não relacionados à entrada de serviço de
ESPAÇO DE PISO NA SALA DE EQUIPAMENTOS telecomunicação, como encanamento, bombas hidráulicas etc.
PARA EDIFÍCIOS DE UTILIZAÇÃO ESPECIAL
não devem ser instalados nem passar através da sala.
Nº de Estações de Trabalho Área (m˝) • Tipicamente os serviços entram no prédio por uma ou mais
Até 100 14 vias: subterrânea, diretamente enterrada ou aérea, por túneis
de 101 a 400 37 de serviço. Cada uma delas com particularidades e
de 401 a 800 74 recomendações próprias.
de 801 a 1.200 111

Separação em Relação a Fontes de Energia


Eletromagnética
ESPAÇO MÍNIMO EM PAREDE PARA • A instalação conjunta de cabos de telecomunicações e cabos de
EQUIPAMENTO E TERMINAÇÃO
energia é governada pela norma de segurança elétrica aplicável.
Espaço Bruto • Os requisitos mínimos para separação entre circuitos de
Comprimento da Parede (mm)
Área Atendida (m2) alimentação (120/240 V, 20 A) e cabos de telecomunicação
1.000 990 nos EUA são dados pelo artigo 800-52 da ANSI/NFPA 70
2.000 1.060 que prevê :
4.000 1.725 – cabos de telecomunicação devem estar fisicamente separados
5.000 2.295 dos condutores de energia;
6.000 2.400 – quando na mesma canaleta, deve existir separação por
8.000 3.015 barreiras dentro das canaletas para os cabeamentos lógico
10.000 3.630 e elétrico;
– inclusive dentro de caixas ou compartimentos de tomadas,
deve haver separação física total entre os cabeamentos.
• Para reduzir o acoplamento de ruído produzido por fiação
ESPAÇO MÍNIMO NO PISO PARA
EQUIPAMENTO E TERMINAÇÃO
elétrica, fontes de rádio-freqüência, motores e geradores de
grande porte, aquecedores de indução e máquinas de solda, as
Espaço Bruto
Dimensões da Sala (mm) seguintes precauções devem ser consideradas:
Área Atendida (m2)
– aumentar a separação física;
10.000 3.660 x 1.930
– os condutores linha, neutro e terra da instalação elétrica
20.000 3.660 x 2.750
devem ser mantidos juntos (trançados, presos com fita ou
40.000 3.660 x 3.970
amarrados juntos) para minimizar o acoplamento indutivo
50.000 3.660 x 4.775
no cabeamento de telecomunicações;
60.000 3.660 x 5.588
– usar protetores contra surtos nas instalações elétricas para
80.000 3.660 x 6.810
limitar a propagação de descargas;
100.000 3.660 x 8.440
– usar canaletas ou conduítes metálicos, totalmente fechados e
aterrados, ou usar o cabeamento instalado próximo a
superfícies metálicas aterradas, estas são medidas que irão
limitar o acoplamento de ruído indutivo.

96

Você também pode gostar