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prazerosas
Metodologias ativas, como estudos de caso, liberam mais neurotransmissores,
estimulam e dão mais prazer aos estudantes
Vivemos na era da educação. Esta é, aos olhos da grande maioria, a ferramenta vital do
desenvolvimento no mundo atual. E, para o professor da Universidade Anhembi Morumbi e
vice-presidente da Abenfarbio (Associação Brasileira de Ensino Farmacêutico e Bioquímico),
Geraldo Alécio, o futuro está nas metodologias ativas. Em palestra no Simpac (Simpósio da
Pós-Graduação em Análises Clínicas), na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, o
professor falou sobre as metodologias tradicionais e ativas de ensino . Para ele, os métodos
utilizados atualmente no ensino superior não são errados, mas também não levam o aluno a
obter a “aprendizagem de longa duração”. Nesse processo, o estudante enxerta um novo
saber aos saberes anteriores e é determinante para que o mesmo se torne um estudante e,
consequentemente, um profissional de alto desempenho. “A melhor forma de ensino é
aquela na qual o estudante toma a decisão”, estabelece Alécio. E, para ele, nessa forma,
nominada metodologia ativa, o bom professor é aquele que “entra mudo e sai calado” da
aula, deixando que os estudantes formem seus próprios pareceres, como acontecerá no
futuro quando entrarem no mercado de trabalho.
Outra boa estratégia que, segundo o vice-presidente da Abenfarbio, deve ser exercida nessa
forma de ensino, são os métodos de aprendizagem que estimulam e dão prazer ao
estudante, uma vez que esses liberam o máximo possível de neurotransmissores
(substâncias químicas produzidas pelos neurônios) como adrenalina, noradrenalina,
dopamina, serotonina, acetilcolina e glutamato. Com essa liberação de neurotransmissores
no cérebro, o estudante terá maior atividade cognitiva e utilizará todas as regiões do
cérebro, resultando assim em uma maior assimilação do conteúdo.
Por fim, o professor explicita a importância de cada instituição de ensino superior encontrar
seu modelo de ensino, pois o que funciona em uma não necessariamente se aplicará bem em
outra. Além disso, é necessário adequar os mecanismos de avaliação às novas metodologias,
pois, segundo Alécio, esse é o ponto chave do funcionamento dos modelos ativos: “a cada
fase na qual eu espero uma ação do aluno, tem que existir um critério de avaliação para que
ele possa fazer. Dessa forma, eu obrigo com que ele faça, mas, ao mesmo tempo, eu não
estou obrigando, eu estou orientando ele a realizar aquelas atividades de aprendizagem.
Com isso, ele terá uma melhor formação”.