Você está na página 1de 6

UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS - UNIPAM

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – FACIA


CURSO: COMUNICAÇÃO SOCIAL – PUBLICIDADE E PROPAGANDA
PERÍODO: 4º PERÍODO
DISCIPLINA: ATENDIMENTO
PROFESSOR: ESP. MARLON WENDER

ARTIGO MERCADO PUBLICITÁRIO

GABRIELE GONÇALVES
MARCELA MARTINS
RONAN BORGES

PATOS DE MINAS
2010
GABRIELE GONÇALVES
MARCELA MARTINS
RONAN BORGES

ARTIGO MERCADO PUBLICITÁRIO

TRABALHO APRESENTADO COMO

REQUISITO PARCIAL NA AVALIAÇÃO

DA DISCIPLINA DE ATENDIMENTO,
DO CURSO DE COMUNICAÇÃO
SOCIAL, DA FACULDADE DE

CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS,


CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS
DE MINAS, SOB A ORIENTAÇÃO DO

PROFESSOR ESP. MARLON WENDER.

PATOS DE MINAS
2010
Mercado Publicitário

Com o passar dos anos e com as inúmeras mudanças que ocorreram em nossa
sociedade, fez-se necessário que o mercado publicitário se modificasse para atender às
novas demandas que surgiram com a modernidade. Mas mais do que se modificar, a
publicidade tornou-se também um agente modificador, criando novas possibilidades,
“necessidades”, desejos, conceitos.

Por muitos anos as agências de publicidade concentraram-se no próprio produto,


mas graças à competitividade e a evolução do comportamento do consumidor, elas
tiveram que mudar o foco do produto para o cliente, provocando profundas mudanças
em seu modo de trabalhar. A tendência era de as agências fazerem apenas anúncios,
tendo então como principal necessidade serem criativos. Característica essa que na
década de 90 deu lugar a ações mais amplas, nas quais as definições de marketing
ganharam mais espaço, juntamente com o atendimento e o planejamento. Percebeu-se
com o passar dos anos que a publicidade ia muito além da criação.

Como descreveu Fábio Porto Silva em um artigo na Folha de São Paulo, “a


carreira de publicidade é associada à criatividade, a comerciais milionários, ao glamour
e a muito dinheiro”. O que em alguns poucos casos não deixa de ser verdade. “A área de
criação, de maior status e a mais divulgada na mídia, é só um lado da profissão.” Ela é
somente a parte mais visível de todo o trabalho realizado para que se chegue a um
resultado digno de prêmios.

Uma agência envolve outras tantas áreas de igual importância, como por
exemplo, o atendimento, que é a ponte entre a agência e o cliente. O profissional de
atendimento deve estar atento a tudo o tempo inteiro, porque oportunidades ímpares
costumam aparecer em momentos inesperados. O “radar” da agência deve possuir o
difícil e imprescindível dom de lidar com as pessoas: os clientes, os consumidores e os
próprios colegas de serviço, já que na empresa ele representa o interesse do cliente, mas
para o cliente representa o modo de trabalhar da agência. Ele deve também possuir um
perfil empreendedor, porque como disse Gal Barradas, vice-presidente da MPM, “para
transformar uma idéia em algo viável é necessário convencer muitas pessoas. O
profissional precisa enxergar o projeto como um empreendimento e fazer acontecer. Se
no meio do processo aparecer uma dúvida, ele tem que ir atrás das informações, além de
chamar o fornecedor, negociar custo e prazo. E junto com isso precisa ter capacidade de
persuasão.” Tomamos como exemplo o planejamento, mas esse raciocínio cabe a todos
os outros departamentos das agências.

E se hoje as agências de publicidade passaram a atuar de maneira muito mais


holística, é necessário que ocorra também uma mudança na forma como as próprias
empresas enxergam os serviços prestados por elas. O que os clientes esperam de uma
agência de publicidade quando contratam seus serviços? Será que realmente esses
empresários estão conscientes do papel e da importância da publicidade para seu
negócio? Essas empresas evoluíram junto com seus consumidores ou ainda são
incapazes de enxergar mudanças no comportamento deles? É necessário para sua
sobrevivência estar atento àquilo que interfere em seu negócio.

Álvaro Oppermann descreve em seu blog um caso que servirá para ilustrar que
“se a princípio uma mudança parece um problema irrelevante, ao longo de alguns anos
ela revelará seu potencial devastador. Foi o que aconteceu com a Levi Strauss,
fabricante americana de jeans, em meados da década de 90. Na ocasião, os estrategistas
e estilistas da empresa esnobaram solenemente o hip-hop, um estilo de música nascido
nos bairros negros e pobres das grandes metrópoles americanas e que se tornou ícone
para toda uma geração de jovens – sem distinção de raça ou classe social. Caracterizado
por roupas de modelagens mais largas, o movimento acabou gerando uma revolução na
indústria do vestuário nos Estados Unidos – e a Levi’s ficou de fora.”

Mas se é notável a importância da publicidade para o sucesso de marcas,


negócios e pessoas, por que os dados nos mostram uma queda considerável na utilização
da propaganda? O que acontece é que outras formas de comunicação, como a promoção
de vendas e a comunicação dirigida vem ganhando espaço e abocanhando parte do
mercado publicitário. O último relatório anual do Grupo WPP (um dos três maiores do
mundo) aponta um crescimento contínuo do uso da comunicação, mas a propaganda
perde terreno para as outras ferramentas, numa proporção de 40/60%. É hora de
reavaliar os tradicionais modelos e métodos de prestação de serviços oferecidos pelas
agências de propaganda. Os clientes, cada vez mais exigentes, buscam soluções muito
mais abrangentes que antes.

Neste novo milênio, as agências passaram a participar mais ativamente das


decisões e estratégias mercadológicas, por isso devem procurar conhecer a fundo o
comportamento do consumidor para conseguirem gerenciar a comunicação e lidarem
com a redução na remuneração, na verba publicitária e a concorrência com métodos de
comunicação alternativos.

Mas quais as expectativas para o mercado publicitário do interior? Qual será a


situação da pequena e média agência publicitária? “As agências mineiras ainda se
mostram mais preocupadas em prestar serviços atribuídos à criação de peças
publicitárias e à compra de espaços em veículos. (ver tabela 1) Mas no que se refere à
ampliação dos serviços prestados nota-se, de acordo com tendências globais, uma
preocupação com o planejamento e o comprometimento estratégico com os negócios
dos clientes”, como mostra o artigo “Mercado de Publicidade em Minas: pequeno não,
entre montanhas – potencialidades e obstáculos na aplicação do conceito de cadeia
produtiva”. Ele também diz que a imagem do imagem do mercado mineiro é a de um
mercado de poucas oportunidades, conservador, arcaico e obsoleto na sua estrutura
técnica e na formação de seus profissionais.

Sabemos que o mercado publicitário das cidades do interior demora mais tempo
para se adequar às novas tendências e possuem mais resistência em mudar seus antigos
padrões, mas alguns dados apontam que esse mercado vem trabalhando, crescendo e
ganhando maior visibilidade. De acordo com o artigo mencionado acima, as agências de
publicidade têm buscado profissionais com graduação em Publicidade e Propaganda.
(ver tabela 2) Dado muito animador e surpreende, já que se trata de um mercado de
pequeno porte. Talvez esse seja um dos sinais de que o mercado publicitário mineiro
está crescendo e ganhando cada vez mais espaço.

Após essa análise sobre a evolução da publicidade, a importância de se valorizar o


trabalho de todas as vertentes de uma agência de publicidade, a necessidade de mudança
na forma com que os clientes enxergam a propaganda, e o próprio mercado publicitário
local, chegamos a conclusão de que mudanças são bem-vindas; elas nos obrigam a nos
mexermos, nos adequarmos, a criarmos soluções criativas para novos problemas e
situações. Podemos concluir também que existe uma forte tendência das agencias de
propaganda ampliem cada vez mais seu leque de serviços estratégicos, buscando se
tornarem um misto de agência de propaganda com consultoria em marcas e pesquisas de
mercado.

Você também pode gostar