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Terminologia
Na literatura de arte, o termo candi é
geralmente aplicado a uma estrutura Entre os séculos VII
baseada no tipo de santuário indiano e XV, foram
construídas
com uma só cela, encimado por uma
centenas de
torre piramidal e com um pórtico.[7]
estruturas religiosas
Candi é o prefixo de muitos templos em em tijolo e em pedra
forma de montanha da Indonésia, em Java, Sumatra e
construídos como uma representação Bali. Estas são
do mitológico monte Meru, a morada chamadas candi. O
termo refere-se a
dos deuses e epítome do universo. No
outras estruturas
entanto, o termo candi é também
pré-islâmicas,
aplicado a muitas estruturas não incluindo portões e
religiosas do mesmo período hindu e até locais de banho,
budista da Indonésia, como gopuras mas a sua principal
(portões), petirtaans (tanques) e alguns manifestação é o
santuário religioso.
complexos habitacionais. Como
exemplos de candis que não são — R. Soekmono [6]
templos podem apontar-se os portões
de Bajang Ratu e Wringin Lawang de Majapait, o tanque de
banhos Candi Tikus em Trowulan e Jalatunda nas encostas do
monte Penanggungan, ou restos de estruturas de habitação ou
urbanas como Ratu Boko ou algumas ruínas de Trowulan.
Etimologia
Na perspetiva hindu, acredita-se que o termo candi deriva de
Chandi (ou Caṇḍīka), uma das manifestações da deusa guerreira
e da morte Durga.[10] Isso sugere que na antiga Indonésia, os
candis tinham funções mortuárias e estavam ligados à vida após
a morte. A associação do nome candi, candika ou durga com os
templos hindu-budistas é desconhecido na Índia e noutras partes
do Sudeste Asiático fora da Indonésia, como o Camboja, Tailândia
ou Birmânia.
Arquitetura
A arquitetura dos candis segue as tradições da arquitetura hindu
típica, baseadas no Vastu shastra. O desenho dos templos,
especialmente em Java Central, incorpora uma planta de templo
em forma de mandala e as típicos enormes coruchéus em forma
de torre dos templos hindus. Os candis representam a montanha
sagrada Meru, a morada dos deuses. Todo o templo é um modelo
do universo hindu, segundo a cosmologia hindu e os níveis de
Loka.[12]
Elementos estruturais
Estilo
Partes do
Estilo de Java Central Estilo de Java Oriental
templo
Forma da
Tendencialmente volumosa e pesada Tendencialmente esguia e alta
estrutura
Estupa nos templos budistas; ratna ou vajra nos Cúbico, sobretudo nos templos hindus; estruturas cilíndricas de tipo dagoba
Pináculo
templos hindus (estupa) em alguns templos budistas
Desenho e Mandala concêntrica, simétrica e formal, com o Linear e assimétrico, seguindo a topografia do local; o templo principal situa-se
localização templo principal situado no centro do complexo e na parte mais traseira ou mais distante da entrada, frequentemente na parte
do templo rodeado por templos perwara mais pequenos em mais alta do complexo; os templos perwara situam-se em frente ao templo
principal filas regulares principal
Materiais de
Principalmente andesito Principalmente tijolo vermelho
construção
Materiais de construção
A maior parte dos candis em bom estado de conservação são
feitos de andesito. Este facto deve-se principalmente à
durabilidade da pedra comparativamente com os tijolos em
relação ao clima tropical e chuvas torrenciais. No entanto, num
certo período, especialmente durante a era Majapait, o tijolo
vermelho foi muito usado como material de construção. Os
materiais de construção mais usados na construção de templos
na Indonésia são os seguintes:
Motivos de decoração
Kala-Makara
Linga-Yoni
Baixos-relevos
Divindades
Kalpataru e Kinnara
Bodisatvas e Taras
Devatas e apsarás
Guardiães
Dvarapalas
A maior parte dos maiores complexos de templos da antiga Java
eram guardados por um par de estátuas de Dvarapalas, que eram
os guardiões dos portões. Os gémeos gigantes geralmente
flanqueiam a entrada em frente do templo ou estão nos quatro
pontos cardeais. Os Dvarapalas têm a forma de gigantes ou
demónios aterrorizadores, que impedem a entrada dos espíritos
malignos nos recintos sagrados do templo. Na arte de Java
Central, o Dvarapala é geralmente representado como um gigante
corpulento bastante gordo, com um rosto feroz e olhos brilhantes
redondos esbugalhados, garras salientes, cabelo encaracolado e
bigodes, com uma grande barriga redonda. Usualmente segura
um gada (maça) e por vezes facas como armas.
Leões
É usual que os portais de entrada dos candis sejam também
guardados por leões (em sânscrito: Siṁha; em indonésio e
javanês: Singa), um em cada lado da entrada. Nunca houve leões
nativos no Sudeste Asiático no período histórico, pelo que a
representação de leões na arte antiga dessa região do mundo,
especialmente em Java e no Camboja, está longe do estilo
realista que se observa na arte persa ou grega, pois baseia-se
totalmente na imaginação. As representações culturais e a
reverência do leão como besta nobre e poderosa no Sudeste
Asiático foi influenciado pela cultura indiana, especialmente
através do simbolismo budista.
Localização
A maior concetração de candis encontra-se principalmente na
regência de Sleman da região de Jogjacarta e nas regências de
Magelang e Klaten, em Java Central, o que corresponde à região
histórica da planície de Kedu, vale do rio Progo, área de
Temanggung-Magelang-Muntilan e planície de Kewu (o vale do rio
Opak, em volta de Prambanan), o berço da civilização javanesa.
Outros locais importantes, com complexos de templos notáveis,
incluem as regiões de Malang, Blitar e Trowulan, em Java Oriental.
Em Java Ocidental também há alguns templos, como em
Batujaya e Cangkuang. Fora de Java, encontram-se candis no Bali,
Sumatra e, embora sejam raros, no sul de Bornéu. Em Sumatra há
dosi locais notáveis pela concentração de candis: o complexo de
Muaro Jambi, na província de Jambi, e o sítio arqueológico de
Padang Lawas, na Sumatra Setentrional.
Java
Java Ocidental
Java Central
Planalto de Dieng — Neste local rodeado de crateras de lama
fervilhante, lagos coloridos, fumarolas de enxofre e nascentes
de água quente, perto de Wonosobo, há um complexo de
templos dos séculos VII e VIII, os mais antigos em Java Central.
Gedong Songo — Conjunto de cinco templos construídos nos
século VIII e IX, situado a sudoeste de Semarang. O sítio é um
bom exemplo de como a localização dos templos era tão
importante como os edifícios propriamente ditos. O local tem
vista para três vulcões e para o planalto de Dieng.
Encostas do Merapi
Junto a Jogjacarta
Planície de Prambanan
?
]
Regência de Klaten
A leste de Jogjacarta.
Monte Lawu
Java Oriental
Área de Malang
Badut — Também conhecido com Candi Liswa, é um pequeno
templo xivaíta construído no século VIII.
Songgoriti — Templo hindu muito semelhante ao de Sembrada,
em Dieng. Situa-se num vale entre o monte Arjuno e o monte
Kawi.
Jago — Templo hindu do final do século XIII, com terraços
decorados com relevos no estilo dos fantoches Wayang, com
cenas do épico hindu Maabarata e demónios do submundo.
Singhasari — Templo sincrético hindu-budista do século XIII ou
início do século XIV, que é o templo funerário do rei
Kertanegara (r. 1268–1292), último monarca do Reino de
Singhasari, precursor do Império de Majapait.
Kidal — Datado de c. 1248 e dedicado igualmente aos reis de
Singhasari, situa-se na aldeia de Rejokidal, cerca de 20 km a
leste de Malang.
Sumberawan — Estupa budista de andesito situada na aldeia de
Toyomarto, no monte Arjuno, a 6 km do Candi Singhasari.
Estima-se que terá sido construído nos anos finais do Reino de
Singhasari.
Rambut Monte — Situado na aldeia de Krisik, distrito de
Gandusari, regência de Blitar
Selakelir — Complexo de templos situado na encosta ocidental
do monte Penanggungan.[23]
Área de Blitar
Penataran — Único complexo de templos de dimensões
apreciáveis em Java Oriental, com uma série de santuários e
pavilhões, construídos entre os séculos XII e XV. Acredita-se
que fosse o templo estatal do Império de Majapait.
Bacem
Boro
Kalicilik
Kotes
Wringin Branjang
Sawentar
Sumbernanas
Sumberjati (ou Simping).
Gambar Wetan
Plumbangan
Área de Kediri
Trowulan
Bali
Sumatra
Kalimantan (Bornéu)
Notas e referências
Este artigo foi inicialmente traduzido do artigo da Wikipédia em
inglês, cujo título é «Candi of Indonesia», especificamente desta
versão.
1. Soekmono 1995, p. 1.
2. «Candi» . KBBI (em indonésio)
3. Sedyawati 2013, p. 1.
4. Tomi Sujatmiko (9 de junho de 2013). «Peninggalan Majapahit
Yang Tersembunyi di Alas Purwo» . Kedaulatan Rakyat (em
indonésio)
5. «Replika Candi Pawon» . Vihāra Jakarta Dhammacakka Jaya
6. Soekmono 1996, pp. 58-59.
7. Rawson 1990.
8. Cœdès & Cowing 1968, p. 89.
9. « साद» . HinKhoj Hindi to English Dictionary (em inglês).
dict.hinkhoj.com. Consultado em 9 de julho de 2017
10. Soekmono 1973, p. 81.
11. «History of Women in Buddhism - Indonesia: Part 10» .
Shakyadita: Awakening Buddhist Women
12. Sedyawati 2013, p. 4.
13. Soekmono 1973, p. 86.
14. Schoppert & Damais 1997, pp. 33–34.
15. «The Greatest Sacred Buildings» . Museum of World Religions,
Taipei
16. «Candi Gunung Wukir» . Southeast Asian Kingdoms
17. Cockrem, Tom (18 de maio de 2008). «Temple of
enlightenment» . Sydney Morning Herald – via The Buddhist
Channel.tv
18. Degroot 2009, p. 2.
19. Sedyawati 2013, p. 36.
20. Sedyawati 2013, p. 38.
21. «Garut: The Hidden Beauty of West Java» . The jakarta post
22. Degroot 2009, p. 290 .
23. Van Bemmel 1994, p. 82.
24. «Candi Gununggangsir» . Perpusnas
25. «Brahu Temple» . Temples of Indonesia (em inglês). Biblioteca
Nacional da Indonésia. candi.pnri.go.id. Consultado em 4 de
agosto de 2017
Bibliografia
Bibliografia complementar
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