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SISTEMAS DIGITAIS CIRCUITOS LÓGICOS COMBINACIONAIS

CIRCUITOS LÓGICOS COMBINACIONAIS

I. Objetivos:

• Realizar os passos necessários para obter uma expressão do tipo soma-de-produtos com o objetivo de
projetar um circuito lógico na sua forma mais simples.
• Utilizar a álgebra booleana e o mapa de Karnaugh como ferramentas para simplificação e projeto de
circuitos lógicos.
• Citar as características básicas de CIs digitais.
• Compreender as diferenças de operação existentes entre circuitos TTL e CMOS.

II. Definição:

• Circuito lógico combinacional: Circuitos formados por portas lógicas, nos quais o nível lógico do sinal
de saída depende, em qualquer instante de tempo, da combinação dos
níveis lógicos presentes nas entradas.

• Um circuito combinacional não possui memória, e portanto sua saída depende apenas dos valores atuais das
entradas.

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III. Representações das portas lógicas (recordação):

Figura 1: Símbolos padronizados e alternativos para várias portas lógicas e para o inversor

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IV. Teoremas (recordação):

1 X+Y=Y+X Comutatividade
2 X.Y=Y.X Comutatividade
3 X + (Y + Z) = (X + Y) + Z Associatividade
4 X . (Y . Z) = (X . Y) . Z Associatividade
5 X . (Y + Z) = X . Y + X . Z Distributividade
6 (W + X) . (Y + Z) = WY + XY + WZ + XZ Distributividade
7 X + XY = X -
8 X+1=1 -
9 X.0=0 -
10 X + Y = X.Y DeMorgan
11 X.Y = X + Y DeMorgan

V. Forma de soma-de-produtos:

• Os métodos de simplificação e projeto de circuitos lógicos que estudaremos exigem que a expressão esteja
na forma de soma-de-produtos.

a) ABC + ABC
b) AB + ABC + CD + D

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x = ABC + A BC + ABC + ABC

VI. Simplificação de circuitos lógicos:

• Uma vez obtida a expressão de um circuito lógico, podemos ser capazes de reduzí-la a uma forma mais
simples, que contenha um menor número de termos ou variáveis em um ou mais termos da expressão.

• Formas de simplificação:
- Algébrica
- Mapas de Karnaugh
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EXEMPLO 1

Simplifique o circuito lógico mostrado na figura 2, utilizando propriedades da álgebra de boole.

Figura 2: Circuito lógico

Solução:

1o passo: obter a expressão da função lógica x = AB(A + BC)

2o passo: aplicar os teoremas

x = AB(A. BC)
x = ABA(BC)
x = AB(B + C)
x = ABB + ABC
x = ABC Figura 3: Circuito simplificado

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• Infelizmente, nem sempre é óbvio qual teorema deve ser aplicado de modo a
produzir o resultado mais simples.
• Além disso, não existe um modo fácil de constatar se a expressão obtida está em
sua forma mais simples.
• Portanto, a simplificação algébrica freqüentemente se torna um processo de
tentativa e erro.

Mapa de Karnaugh

• Método gráfico usado para simplificar uma equação lógica ou converter uma tabela-verdade no circuito
lógico correspondente, de modo simples e ordenado.

• Embora um mapa de Karnaugh possa ser usado em problemas que envolvam qualquer número de variáveis
de entrada, sua utilidade prática está limitada a seis variáveis.

Técnica:

a) Representar a função no mapa de Karnaugh.


b) Escrever a função com o menor número de termos possíveis, englobando todos os “1” .
c) Cada termo deve incluir o maior número possível de “1”, desde que sejam adjacentes entre si e que
sejam grupos de 2n (1, 2, 4, 8, ...) de “1”.
d) Para se obter um termo devemos escrever todas as variáveis comuns entre estes “1”, complementadas ou
não, dependendo se a variável comum vale “0” ou “1”, respectivamente.
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Exemplos:

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Figura 4: Mapas de Karnaugh e tabelas-verdades para (a) duas, (b) três e (c) quatro variáveis.

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Exemplos:

Figura 5: Exemplos de aplicação da técnica de mapas de Karnaugh.

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EXEMPLO 2

Condição don’t care (irrelevante)

Figura 6: Condições don’t care podem ser substituídas por “0” ou “1” para produzir o grupo
que resulta na expressão mais simples

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VII. Aplicação de circuitos lógicos: Geração de Paridade e Verificação de Paridade

• Na transmissão de dados, o transmissor pode anexar um bit de paridade a um conjunto de bits antes de
transmiti-lo para o receptor.

• Na recepção dos dados, o receptor detecta qualquer erro simples em apenas um bit que possa ter ocorrido
durante a transmissão.

Gerador de Paridade

D3 D2 D1 D0 P
a) 0 1 1 1 1
b) 1 0 0 1 0
c) 0 0 0 0 0
d) 0 1 0 0 1

Figura 7: Gerador de Paridade.

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Verificação de Paridade

P D3 D2 D1 D0
a) 0 1 0 1 0
b) 1 1 1 1 0
c) 1 1 1 1 1
d) 1 0 0 0 0

• Os casos (c) e (d) apresentam erro de paridade.

Figura 8: Verificador de Paridade.

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VIII. Características básicas de CIs digitais

• CIs digitais são uma coleção de resistores, diodos e transistores fabricados em uma única peça de material
semicondutor (geralmente de silício), e comumente chamado de chip.

• Este chip é então encapsulado em uma embalagem protetora de plástico ou de cerâmica, a partir da qual
saem pinos para tornar possível a ligação do CI com outros dispositivos.

• Um dos encapsulamentos mais comuns é o dual-in-line package (DIP), mostrado na Figura 9.

• Existem DIPs de 14, 16, 20, 24, 28, 40 e 64


pinos.

Figura 9: (a) Encapsulamento dual-in-line (DIP); (b)


vista superior; (c) o chip de silício é muito menor que o
encapsulamento

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• O DIP é provavelmente o encapsulamento para CIs mais comum de ser encontrado em equipamentos
digitais, embora outros tipos estejam se tornando cada vez mais populares.

Figura 10: Encapsulamentos comuns de CIs.

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• Os CIs digitais são muitas vezes classificados de acordo com a complexidade de seus circuitos, que é
medida pelo número de portas lógicas equivalentes no seu substrato.

Complexidade Número de Portas


Small-scale integration (SSI) Menor do que 12
Medium-scale integration (MSI) 12 a 99
Large-scale integration (LSI) 100 a 9.999
Very large-scale integration (VLSI) 10.000 a 99.999
Ultra large-scale integration (ULSI) 100.000 a 999.999
Giga-scale integration (GSI) 1.000.000 ou mais

Figura 11: Classificação dos CIs quanto a complexidade de seus circuitos.

IX. CIs digitais Bipolares e Unipolares

• Classificados conforme o tipo de componente eletrônico usado.

• Bipolares: utilizam o transistor bipolar (NPN e PNP)

• Unijunção: transistores de efeito-de-campo (NMOS e PMOS)

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Família TTL (Transistor-Transistor-Logic)

A Q1 Q2 Q3 Q4 Y
5V C S S C GND
0V S C C S Vcc
C = Cortado
S = Saturado

Figura 12: Circuito do INVERSOR TTL.

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Família CMOS (Complementary Metal-Oxide-Semiconductor)

Fonte

PMOS

Dreno

Dreno A Q1 Q2 Sáida
0V Conduz Corta VDD
NMOS 5V Corta Conduz GND
Fonte

Figura 13: Circuito do INVERSOR CMOS.

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Séries dentro da família TTL

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Séries dentro da família CMOS

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Faixas de tensão para os níveis lógicos

Figura 14: Níveis lógicos de entrada para CIs digitais TTL e CMOS.

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