Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo
O trabalho mostra a evolução dos
computadores desde os primórdios, da
utilização numérica até o fim da década de 70.
Através dele pode se observar que no inicio
sua evolução era lenta, e que com o passar
dos séculos ela vai acelerando, como hoje por
exemplo, em que a média para que algo
evolua é de apenas 18 meses.
conceito de
Herman Hollerith tinha duas etapas:
primeiro transferir dados numéricos para um
cartão duro, perfurando-o em campos
predeterminados; depois transformar os furos
em impulsos, através de energia elétrica que
passava por eles, ativando dessa forma os
contadores mecânicos dentro de um máquina.
A idéia de Hollerith foi de juntar duas coisa
que já existiam: os cartões de Jacquard e o
conceito de impulsos elétricos para a
transmissão de dados de Samuel Morse
havia desenvolvido bem antes em 1844,
quando inventou o telégrafo e transformou
letras e números em sinais elétricos.
O cartão perfurado de Hollerith estreou em
1887, em estudo estatísticos de mortalidade.
Mas foi em 1890, no recenseamento dos EUA,
que o sistema ganhou fama mundial. Pela
primeira vez o pessoal do censo não precisou
fazer o trabalho braçal de tabular os milhões
de dados que haviam sido coletados pelos
pesquisadores. O recenseamento ficou pronto
em uma fração de tempo que as anteriores,
gerou uma grande economia para o governo a
americano e fama para Hollerith.
Apesar de parecer irônico, o salto definitivo
dos computadores foi dado durante a II
Guerra Mundial.
para cifrar suas mensagens, os nazistas
haviam criado uma máquina chamada de
enigma. Durante os primeiros anos de
guerra, os serviços de contra-espionagem dos
países aliados conseguiam interceptar as
mensagens dos alemães, mas não
conseguiam decifra-la. E quando conseguiam
já era tarde demais. O que o enigma fazia era
gerar novos códigos a cada mensagem.
Desvendar como esses códigos eram
reprogramados passou a se um prioridade
absoluta, e os ingleses resolveram pedir ajuda
a cientistas como Alan Turing.
Turing já havia publicado trabalhos teóricos
sobre computação de dados antes da guerra e
por isso foi recrutado a toque de caixas pelas
Forças Armadas. Se suas teorias estivessem
certas, elas levariam a construção de uma
máquina capaz de imitar o cérebro humano
para explorar todas as alternativas possíveis a
partir de uma variável. Como a hipotética
máquina de Turing estaria apta a computar e
traduzir milhares de caracteres por segundo,
bastaria alimentar com qualquer mensagem
cifrada alemã, para que ela em seguida
devolvesse a mesma mensagem escrita em
alemão compreensivo.
Com o aprendizado alcançado
com a construção do Enigma,
foi construído logo em
seguida outra máquina, mais
elaborada e mais sofisticada,
chamada de Colossus. A
máquina levou um ano para ser montada nos
laboratórios dos correios londrinos, pelo
cientista Thomas Flowers. Uma vez plugada,
programada e alimentada, resolvia qualquer
questão de criptografia em poucos minutos.
Concluído em 1941, o Colossus não era ainda
um modelo bem acabado de computador, pois
só executava uma única e especifica função,
mas mostrou que a computação poderia
resolver rapidamente qualquer problema que
pudesse ser transformado em instruções
numéricas. Mas, tudo isso foi mantido em
segredo durante e após a guerra (os 10
modelos foram desmontados em 1946, para
que evitasse cair em mãos inimigas.) a obra
de Turing só se tornou pública anos depois
que outras máquinas mais poderosas já
existiam.
Vários pesquisadores passaram anos
disputando a honra de ter sido o primeiro
criador do computador moderno. Entre eles foi
um alemão Konrad Zuse, que aparentemente
construiu em 1941 o primeiro computador
eletromecânico, perfeitamente operacional
controlado por um programa de sistema
binário (que Zuse chamava de já/nein,
sim/não, o antecessor do zero/um dos bits),
mas sua máquina chamada de Z1 foi
destruída em um bombardeio em Berlim, em
1944. Mas, Zuse sobreviveu ao bombardeio e
com ele suas anotações e as plantas do Z1 e
seus princípios que mostraram incrivelmente
semelhante a tudo o que viria depois.
Uma ampla e
bem feita
campanha promocional, talvez explique por
que hoje se acredite que o primeiro
computador tenha sido uma máquina
americana, o ENIAC.
O ENIAC foi ligado na tomada em 1946. Era
um máquina que funcionava usando 17.480
válvulas de rádio, pesava 4 toneladas,
media 30 metros de comprimento por 3
de largura e ocupava uma área de 180m2.
Era capaz de fazer 5 mil somas por segundo.
Foi construído por dois cientistas da
Universidade da Pennsylvania, nos EUA, e seu
nome vem das iniciais de Eletronic Numerical
Integrator And Computer – Integrador e
Computador Numérico-Eletrônico. Sua
construção foi financiada pelas Forças
Aramadas americanas, a um custo na época,
de 500 mil dólares (20 milhões de dólares
atualmente). Por conta da repercussão
daquela matéria do London Times, a mídia
usou a palavra computer para explicar ao
povo o que aquela engenhoca era capaz de
fazer. Se a escolha recaísse sobre o I, de
ENIAC, e não sobre o C hoje poderíamos ter
integradores ao invés de computadores.
O ENIAC funcionava da seguinte maneira:
Primeiro um grupo de cientistas desenvolvia
equações matemáticas na exata seqüência em
que elas tinham que ser digeridas pelo
sistema. A seguir seis especialistas
programavam o computador para executá-las,
girando botões de sintonia e plugando
centenas de fios nas tomadas corretas.
Portanto o que hoje é o sistema operacional,
em 1946 era uma operação completamente
manual.
O primeiro teste do ENIAC – uma
demonstração feita para generais das Forças
Armadas – calculou a trajetória de uma bala
de canhão até um alvo determinado.
Alimentado com as equações, o computador
forneceu os dados para que o canhão fosse
calibrado. A bala acertou o alvo, mas o que
mais impressionou os generais, foi que o
tempo que o computador levou para resolver,
foi menor que o tempo da trajetória da bala.
O único problema do ENIAC era que para
calcular a trajetória de outra bala, até um
novo alvo, tudo tinha que ser refeito: das
equações até o reacerto dos fios. É essa tarefa
que hoje já vem embutido nos programas.
Mas antes disso tudo na década de 30, além
de Zuse, o doutor John Atasanoff, professor
de Física da Universidade de Iowa States. Em
1939, sem muita divulgação, ele construiu um
aparelho experimental, que chamou de ABC
(Atasanoff Berry Computer). Clifford Berry era
o seu assistente no projeto. Atasanoff fez
demonstrações práticas de seu protótipo para
vários cientistas, e um deles demostrou total
interesse em saber todos os detalhes, era o
doutor John Mauchly, que trabalhava nas
Forças Armadas no desenvolvimento do
ENIAC.
A repercussão positiva que o ENIAC causou
junto a opinião publica americana transformou
o doutor Mauchly e seu associado: o doutor
Eckert proeminentes acima de qualquer
suspeita. Mas Atasanoff levou o caso aos
tribunais, acusando a dupla do ENIAC por
pirataria. O processo durou 20 anos quando
finalmente uma corte distrital americana
decidiu que o ENIAC havia derivado das idéias
do doutor Atasanoff. Apesar disso nem a
dupla do ENIAC foi condenada, nem Atasanoff
recebeu alguma compensação.
Além de
Atasanoff ,
também a IBM
reivindica sua
participação na
invenção do primeiro
computador moderno, que teria sido o
Harvard Mark I, parcialmente financiado
pela IBM. O Mark I tinha o nome técnico de
Calculador Automático Seqüencial Controlado,
e foi construído entre 1939 e 1944, pelo
professor Howard Aiken. O Mark I talvez tenha
sido a maior máquina calculadora já
construída (20 metros de comprimento por
3 de altura e 750 mil componentes).
Independente dessa discussão a participação
da IBM nos desenvolvimentos dos
computadores é inegável.
A IBM também teria um outro destaque na
história dos computadores por um
acontecimento: foi em um Mark II em que
ocorreu o primeiro bug.
A palavra já vinha sendo usada como gíria
para significar qualquer complicação desde a
Revolução Industrial, as máquinas eram
instaladas em locais onde havia muitos
insetos voando e havia grande chance de que
algum isento pousar em um lugar errado e
causar estragos era grande, e qualquer
parada mecânica era atribuída a principio por
bug.
Com os computadores realmente foi um bug:
em 1945, uma mariposa conseguiu entrar
num Mark II do Centro Naval de Virgínia, nos
EUA, e travou todo o sistema, a partir daí o
nome passaria a ser sinônimo de qualquer
falha ou erro.
A IBM foi fundada em 1911, e
fabricava materiais de escritório e
se chamava CTR. O nome IBM vem
da sigla International Business
Machines, apareceu em 1924.
A IBM entrou no ramo de computadores em
uma época em que as empresas estavam em
duvida da viabilidade comercial.
Apesar das desconfianças inicias de
Mr. Watson (presidente da IBM),
após a Segunda Guerra Mundial a
IBM lançaria versões cada vez mais
avançadas de computadores, desenvolvido
principalmente para gestão de negócios. Em
1952 seria a vez do IBM 701, inaugurando a
moda dos modelos numerados.
No começo a maior concorrente da IBM era a
Remington Rand, que produzia o UNIVAC
(Univesal Automatic Computer). Em 1952 um
UNIVAC acertou o resultado da eleição da
Presidência da Republica, contrariando ao do
instituto de pesquisas.
O domínio da IBM tem sido tão grande que
em 1952 e 1969 que foi acusada pelos EUA de
monopólio, mas ela saiu das duas brigas
intacta.