Capitulo Amostra FilhoRico FilhoVEncedor

Filho Rico
Filho Vencedor — Edição Revista e Atualizada —
Como preparar seu filho para

ganhar dinheiro
Robert T. Kiyosaki
Rio de Janeiro, 2017
DTP_Pai Rico - Filho Rico Filho Vencedor

CG_FilhoRico_FilhoVencedor.indb 3 Liberado por: Luisa Maria Gomes 17/08/2017 16:28:39
Este livro é dedicado aos pais e professores.
Vocês têm o trabalho mais importante do mundo,
pois as crianças são nosso futuro!
O objetivo deste livro é fornecer informações gerais sobre investimentos. Contudo, leis
e práticas quase sempre variam entre países e estão sujeitas a mudanças. Visto que cada
situação real é singular, orientações específicas devem ser adaptadas às circunstâncias. Por
isso, aconselha-se ao leitor que procure seu próprio assessor no que diz respeito a uma
situação específica.
O autor tomou precauções razoáveis na preparação desta obra e acredita que os fatos aqui
apresentados são precisos na data em que foram escritos. Contudo, nem o autor, nem a
editora, assumem quaisquer responsabilidades por erros ou omissões. O autor e a editora
especificamente se eximem de qualquer responsabilidade decorrente do uso ou da aplica-
ção das informações contidas neste livro. Além disso, o objetivo dessas informações não é
servir como orientação legal relacionada a situações individuais.
A Editora Alta Books não se responsabiliza pela manutenção e conteúdo no ar de eventuais
websites, bem como pela circulação e conteúdo de jogos indicados pelo autor deste livro.

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Sumário
Introdução
Por que o Gerente do Seu Banco Não Pede Seu Boletim Escolar?��1
PARTE 1
O DINHEIRO É UMA IDEIA
Capítulo 1
Toda Criança Nasce Rica e Inteligente��13
Capítulo 2
Seu Filho É um Gênio?��21
Capítulo 3
Dê ao Seu Filho Poder… Antes de Lhe Dar Dinheiro��43
Capítulo 4
Se Quiser Ficar Rico, Faça o Dever de Casa��61
Capítulo 5
De Quantas Fórmulas para o Sucesso Seu Filho Precisa?��77
Capítulo 6
Seu Filho Vai Estar Obsoleto aos Trinta?��87
Capítulo 7
Seu Filho Vai Conseguir Se Aposentar Antes dos Trinta?�� 101

Sumário
PARTE 2
O DINHEIRO NÃO O TORNA RICO
Capítulo 8
O Gerente do Banco Nunca Pediu para Ver Meu Boletim Escolar��123
Capítulo 9
Crianças Aprendem Brincando��137
Capítulo 10
Por que Poupadores São Perdedores�� 151
Capítulo 11
A Diferença entre Dívida Boa e Dívida Ruim�� 165
Capítulo 12
Aprendendo com Dinheiro de Verdade�� 175
Capítulo 13
Outras Maneiras de Aumentar o QI Financeiro de Seu Filho�� 185
Capítulo 14
Para que Serve a Mesada?�� 199

Sumário
PARTE 3
DESCUBRA A INTELIGÊNCIA DE SEU FILHO
Capítulo 15
Como Descobrir a Inteligência Natural do Seu Filho?�� 213
Capítulo 16
O Sucesso É a Liberdade de Ser Quem Você É��239
Conclusão
O Trabalho Mais Importante do Mundo��247
Apêndice A
O Velho Dilema�� 251
Apêndice B
Excursões Financeiras��257

Introdução
POR QUE O GERENTE DO

SEU BANCO NÃO PEDE SEU
BOLETIM ESCOLAR?
A educação é mais importante hoje do que em qualquer outro período da histó-
ria. Saímos da Era Industrial e ingressamos na Era da Informação, e a importância
da educação continua crescendo. A questão hoje é saber se a educação que você ou
seu filho recebem na escola é adequada para enfrentar os desafios desse admirável
mundo no qual entramos.
Na Era Industrial, bastava frequentar a escola, se formar e iniciar a carreira.
Em geral, não era necessária educação adicional para se ter sucesso, simplesmente
porque as coisas não mudavam com tanta rapidez. Em outras palavras, o que se
aprendia na escola era o bastante para a vida inteira.
No entanto, atualmente, à medida que milhões de baby boomers1 se aproximam
da aposentadoria, muitos percebem que não tiveram a educação adequada ao novo
mundo que enfrentam. Pela primeira vez na história, muitas pessoas com alto ní-
vel de escolaridade enfrentam as mesmas dificuldades financeiras que as que têm
menos escolaridade. Em várias circunstâncias, são obrigadas a procurar educação e
treinamento adicionais para satisfazer as atuais exigências do mercado.
1
Pessoas nascidas nos Estados Unidos durante o aumento da taxa de natalidade (baby boom), nos anos após a Segunda
Guerra Mundial. (N. E.)

Introdução
Quando Você Avalia o Sucesso de Sua Educação?

Quando você avalia o sucesso de sua educação? Com o boletim escolar final ao
terminar a faculdade, por volta dos 25 anos ou na época da aposentaria, por volta
dos 65 anos?
Um estudo realizado pelo governo dos Estados Unidos apontou que, de cada
100 pessoas com 65 anos de idade, uma é rica, quatro vivem confortavelmente, cin-
co ainda trabalham, e 56 precisam de auxílio do governo ou da família, e o restante
já morreu.
Este livro não trata sobre como se tornar o único rico do grupo. Estou preocu-
pado com os 56 que ainda precisam de ajuda para sobreviver. Não quero que você
ou seu filho acabe entrando para essa estatística.
Pessoas costumam me dizer: “Eu não vou precisar de muito dinheiro quan-
do me aposentar, pois com a aposentadoria meus gastos diminuem.” Embora seja
verdade que os gastos possam até diminuir após a aposentadoria, há um item que
costuma aumentar drasticamente: as despesas com a saúde. A assistência médica
está se tornando literalmente uma questão de vida e morte para milhões de idosos.
Falando francamente, quem tiver dinheiro, vive; quem não tiver, morre.
A pergunta é: a educação desses idosos os preparou para este desafio financeiro
no final de suas vidas?
A próxima pergunta é: o que a difícil situação desses idosos tem a ver com a
educação de seus filhos?
Há duas respostas para essas duas perguntas.
A primeira é que, no final, são os filhos que pagarão pela assistência médica
desses milhões de idosos, se eles não puderem arcar com tal despesa.
A segunda resposta é outra pergunta: a educação que seus filhos tiveram os
deixa financeiramente seguros para dispensarem a ajuda médica e financeira do
governo quando se aposentarem?
As Regras Mudaram
Na Era Industrial, as regras eram estudar, encontrar um emprego seguro com
benefícios e permanecer nele a vida inteira. Depois de mais ou menos vinte anos,
chegava a hora de se aposentar e a empresa e o governo tomavam conta de você até
o final da vida.

Filho Rico, Filho Vencedor
Na Era da Informação, as regras mudaram. Agora, as regras são estudar, ti-

rar boas notas, encontrar um emprego e depois se preparar para esse emprego.
Encontrar uma nova empresa e um novo emprego e tornar a se preparar, e assim
indefinidamente. E esperar e rezar que tenha conseguido economizar uma quantia
que dure muito além dos seus 65 anos, pois você viverá mais do que isso.
A teoria que definia a Era Industrial era a fórmula de Einstein, E=mc2. Na Era
da Informação, a teoria é a lei de Moore, que reproduz a ideologia atual de que a
quantidade de informações se duplica a cada dezoito meses. Em outras palavras,
para acompanhar as mudanças, é necessário reaprender tudo a cada dezoito meses.
Na Era Industrial, as mudanças eram mais lentas. O que aprendíamos na escola
valia para um período mais longo. Na Era da Informação, o que sabemos torna-se
obsoleto com muita rapidez. O que aprendemos é importante, mas não tão impor-
tante quanto a rapidez com que conseguimos aprender, mudar e se adaptar a uma
nova informação.
Meus pais foram criados durante a época da Grande Depressão. Para eles, ter
um emprego seguro era tudo e, por isso, eles sempre demonstraram certo pânico ao
dizer: “Você precisa estudar para conseguir um emprego seguro.” O desafio está em
não ser deixado para trás por ter ficado obsoleto em seu emprego atual.
Outras mudanças sutis, porém significativas, entre as duas eras são:
• Na Era Industrial, o empregador era responsável por seu plano de

aposentadoria.
• Na Era da Informação, o empregado é o responsável. Se você ficar sem di-
nheiro depois dos 65 anos, é problema seu, não da empresa.
• Na Era Industrial, você era mais valorizado à medida que envelhecia.
• Na Era da Informação, você perde seu valor à medida que envelhece.
• Na Era Industrial, as pessoas passavam a vida como empregados.
• Na Era da Informação, mais pessoas trabalham por conta própria.
• Na Era Industrial, filhos bem instruídos se tornavam médicos e advogados.
Eram eles que ganhavam muito dinheiro.
• Na Era da Informação, as pessoas que ganham muito dinheiro são atletas,
atores e músicos. Muitos médicos e outros profissionais estão realmente
ganhando menos do que ganhavam na Era Industrial.

Introdução
• Na Era Industrial, podia contar com o auxílio do governo caso você e sua
família enfrentassem problemas financeiros.
• Na Era da Informação, ouvimos cada vez mais políticos prometendo salvar
a Previdência Social e outros programas da rede de seguridade social. Você
e eu somos bastante inteligentes para saber que, quando os políticos come-
çam a fazer promessas de salvar alguma coisa, é provável que aquilo que
prometem salvar já não tenha mais solução.
Quando a mudança acontece, há a resistência habitual. Nos últimos anos, há

muitos exemplos de pessoas que reconhecem as oportunidades que surgem durante
um período de mudança.
1. Bill Gates tornou-se o homem mais rico do mundo porque os veteranos da

IBM deixaram de perceber as mudanças no mercado e em suas regras. Por
causa desse erro dos executivos veteranos, os investidores da IBM perderam
literalmente bilhões de dólares.
2. Hoje em dia, empresas da Era da Informação, criadas por pessoas de 20
anos de idade, compram empresas da Era Industrial administradas por pes-
soas de 45 anos.
3. Hoje em dia, pessoas de 20 anos ficam bilionárias porque executivos de 45
anos não conseguiram enxergar as oportunidades que as de 20 enxergaram.
4. Hoje em dia, vemos pessoas de 20 anos que ficaram bilionárias por con-
ta própria, sem ter emprego fixo e, ao mesmo tempo, pessoas de 45 anos
que estão começando de novo, preparando-se mais uma vez para um outro
emprego.
5. Em vez de torcer para encontrar um bom emprego em uma grande compa-
nhia, mais e mais estudantes estão começando seus próprios negócios direto
de seus dormitórios nas universidades. Harvard tem até um departamento
próprio para auxiliar os alunos a desenvolverem incubadora de negócios —
como uma forma de ajudar na construção de seus negócios, mas, provavel-
mente, como um incentivo para mantê-los na universidade.
6. Ao mesmo tempo, metade dos empregados de uma das maiores compa-
nhias americanas ganha tão pouco que se qualificam para o recebimento

de auxílio-alimentação. O que acontecerá a estes empregados quando eles

forem muito velhos para trabalhar? A educação deles foi adequada?
7. A educação domiciliar não é mais uma maneira alternativa de educação.
Hoje, o número de crianças que estão sendo educadas em casa vem aumen-
tando dramaticamente.
8. Um número crescente de pais está procurando outros sistemas educacio-
nais, como o sistema de escolas católicas, a pedagogia Waldorf e o método
de Montessori, apenas para retirar os filhos do sistema educacional antiqua-
do, adotado pelo governo, que não supre a necessidade das crianças. Cada
vez mais pais percebem que a educação fundamental de seus filhos é tão
importante para seu desenvolvimento quanto a universitária.
9. Em suma, a Era da Informação trará mudanças econômicas que aumen-
tarão bastante a diferença entre os privilegiados e os desvalidos. Para al-
gumas pessoas essas mudanças serão uma bênção; para outras, serão uma
maldição; e para outras ainda, essas mudanças não farão diferença alguma.
Como dizia meu pai rico: “Há pessoas que fazem as coisas acontecerem; há
pessoas que assistem as coisas que acontecem; e há pessoas que dizem: ‘O
que foi que aconteceu?’”
A Educação Nunca Foi Tão Importante

A educação nunca foi tão importante porque hoje as coisas mudam mais rápido
do que jamais vimos. Pela primeira vez na história, os bons alunos podem enfren-
tar os mesmos desafios econômicos que os maus alunos. Todos precisamos prestar
atenção quando o gerente do banco pede nossas demonstrações financeiras, em vez
de nossos boletins escolares. O gerente do banco está tentando lhe dizer alguma
coisa. Este livro é sobre o que seus filhos precisam aprender para ter sucesso pessoal
e financeiro no mundo real.
• A educação que seus filhos estão recebendo hoje está os preparando adequa-
damente para o futuro que irão enfrentar?
• O sistema educacional está suprindo as necessidades especiais de seus filhos?
• O que os pais devem fazer se os filhos não gostam ou estão indo muito mal
na escola?

Introdução
• Tirar boas notas garante uma vida inteira de sucesso financeiro e profissional?
• Seus filhos precisam mesmo ir para uma escola tradicional para receberem
a educação de que precisam?
A Quem Este Livro Se Destina?

Este livro destina-se aos pais que percebem que o mundo mudou e suspeitam
que nosso atual sistema educacional pode não estar suprindo adequadamente as
necessidades especiais de seus filhos. Ele foi escrito para os pais que estão dispostos
a exercer um papel mais ativo na educação de seus filhos, em vez de deixar a res-
ponsabilidade para o sistema de ensino.
Ele foi escrito para ajudar os pais na preparação de seus filhos para o mundo
real, que terão que enfrentar depois de saírem da escola. Este livro é voltado especi-
ficamente para os pais que:
• Querem oferecer aos filhos vantagem financeira na vida sem que isso lhes
custe uma fortuna.
• Querem garantir que os talentos naturais e o estilo de aprendizado dos fi-
lhos sejam respeitados e que seus filhos deixem a escola empolgados com a
ideia de serem eternos aprendizes.
• Talvez tenham um filho que não gosta de estudar ou tenha dificuldade de
aprender na escola.
Como Este Livro Está Organizado

O livro é dividido em três partes.
A Parte 1 apresenta uma visão geral tanto da educação acadêmica quanto da
financeira. Quem leu meus outros livros já sabe que tive duas figuras paternas em
minha vida. O homem a quem chamo de pai rico era o pai de Mike, meu melhor
amigo; o homem a quem chamo de pai pobre era meu pai verdadeiro. Tive um be-
nefício: ambos eram gênios a sua maneira. Meu pai pobre era um gênio acadêmico
e educador. A partir dos nove anos, comecei a ter problemas sérios na escola. Não
gostava do que aprendia e da maneira como era ensinado. Não via relevância entre
o que era obrigado a aprender e como aquilo poderia ser aplicado no mundo real.

A Parte 1 deste livro mostra como meu pai instruído, porém pobre, me orientou
nessa fase dificílima de minha vida. Se não fosse por ele, eu teria largado a escola ou
sido expulso e nunca teria conseguido me formar na faculdade.
A Parte 1 do livro também trata do processo educacional a que meu outro pai,
o pai rico, me submeteu. Eu diria que meu pai rico era um gênio financeiro e tam-
bém um ótimo professor. Nessa parte, explico como o pai rico começou a preparar
minha jovem mente para pensar como uma pessoa rica quando eu tinha apenas 9
anos de idade. Por causa da orientação do meu pai rico, tinha certeza de que ficaria
muito rico, independentemente de ir bem ou mal na escola ou de conseguir um
bom emprego. Aos doze anos, eu sabia que me tornar rico tinha pouquíssimo a ver
com o que eu estava aprendendo na escola. Saber que eu iria ficar rico, independen-
temente de meu desempenho escolar, fez com que eu enfrentasse alguns problemas
específicos de comportamento enquanto ainda era estudante. Meus dois pais se
esforçaram para controlar meus problemas de comportamento e me orientaram a
concluir a faculdade.
A Parte 2 aborda alguns passos simples na esfera financeira e acadêmica que os
pais podem adotar para começar a preparar seus filhos para o mundo real. Começo
essa parte com uma história de como quase não concluí o ensino médio por causa
de minha mudança de atitude em relação à escola. Ofereço novas perspectivas de
como meu pai instruído e meu pai rico me mantiveram na escola e como meu pai
rico utilizava meus fracassos acadêmicos para me preparar para a riqueza.
Na Parte 2, meu pai rico me explica por que o gerente nunca lhe pediu o bo-
letim escolar. Meu pai rico dizia: “Meu gerente nunca perguntou se eu tirava boas
notas. Para ele, bastava minha demonstração financeira. O problema é que a maio-
ria das pessoas sai da faculdade sem saber o que é uma demonstração financeira.”
Meu pai rico também dizia: “Entender o funcionamento de uma demonstração
financeira é essencial para qualquer um que deseje construir uma vida de segurança
financeira.” No mundo atual, no qual a estabilidade do emprego é cada vez menor,
é essencial que seus filhos tenham habilidades que lhes garantam uma vida de se-
gurança financeira.

Introdução
Quando analisamos o atual sistema educacional, fica óbvio que o sistema se

concentra em duas áreas principais:
1. Educação acadêmica — a capacidade de ler, escrever e fazer contas.
2. Educação profissional — necessária para se tornar médico, advogado, en-

canador, mecânico, ou qualquer coisa que você deseje fazer para ganhar
dinheiro depois de se formar.
Os Estados Unidos e muitos países ocidentais fizeram um trabalho excelente

ao tornar esses dois tipos fundamentais de educação disponíveis para os cidadãos.
O problema é que as regras mudaram. Na Era da Informação, precisamos de uma
nova educação, e não mais do mesmo tipo de educação. Hoje, todos os estudantes
precisam de um pouco da educação básica que o pai rico me proporcionou:
3. Educação financeira — necessária para transformar o dinheiro que você

ganha trabalhando em riqueza e segurança financeira para a vida inteira.
A educação que ajudará a assegurar que seus filhos não acabem com pro-
blemas financeiros no final da vida ou completamente falidos e abando-
nados, depois de uma vida inteira sustentando uma família e trabalhando
arduamente.
O motivo pelo qual o gerente do seu banco não pede para ver seu boletim esco-
lar é porque está interessado em saber o quanto você é inteligente depois que saiu da
escola. Ele quer uma comprovação de sua inteligência financeira, e não acadêmica.
Para isso sua demonstração financeira é uma medida muito melhor do que seu
boletim escolar.
A Parte 2 apresenta alguns exemplos simples e concretos do que os pais podem
fazer para proporcionar aos filhos uma vantagem financeira no mundo real de em-
pregos e dinheiro.
A Parte 3 trata de alguns dos últimos avanços tecnológicos na educação que
aumentarão a habilidade dos pais em descobrir a capacidade de aprendizado e o
talento naturais dos filhos. Essa parte fala de como dar a seus filhos uma vantagem
acadêmica.

No passado, um dos professores de Albert Einstein disse, zombando: “Ele nunca

será nada.” Muitos professores o achavam limitado por sua incapacidade de apren-
der por memorização e repetição.
Um ano depois, quando disseram a Einstein que um famoso inventor declara-
ra que o conhecimento factual era de importância vital, ele discordou e afirmou:
“Uma pessoa não precisa ir para a faculdade para aprender os fatos. Pode apren-
dê-los nos livros. O valor do modelo de ensino das artes liberais é que ele treina a
mente a pensar.” Em seguida, completou: “A imaginação é mais importante do que
o conhecimento.”
Ao ser questionado por um grupo de jornalistas, um deles perguntou: “Qual a
velocidade do som?” Einstein respondeu: “Eu não sei. Não guardo em minha mente
informações que possam ser facilmente encontradas nos livros.”
Quase todos os pais que conheci estão certos de que seus filhos são inteligentes
e talentosos. No entanto, quando esses filhos entram na escola, seu talento natural
muitas vezes é deixado de lado ou ocupa um papel secundário diante do talento
único e do estilo de aprendizado único enfatizados pelo sistema educacional. Meu
pai instruído e muitos como sendo o modo correto de se aprender. Meu pai instruí-
do e muitos outros educadores percebem que o atual sistema educacional não está
preparado para os diferentes tipos de talento com que as crianças nascem.
Infelizmente, nosso atual sistema educacional está repleto de controvérsias e
ideias obsoletas. As políticas e a burocracia que cercam a profissão de educador
impedem que muitos desses métodos inovadores e criativos que desenvolvem os
talentos das crianças façam parte do sistema de ensino.
Meu pai instruído fazia parte da cúpula do sistema educacional do Havaí. Ele
fez o que pôde para mudar o sistema, mas acabou esmagado por ele. Mais tarde, ele
me disse: “Há três grupos diferentes de professores e administradores no sistema.
Há um grupo que trabalha com afinco para mudar o sistema. Há outro grupo que
trabalha com afinco contra qualquer tipo de mudança, e há o grupo que não liga
se o sistema muda ou não. Todos querem ter um emprego seguro e receber seus
salários, e é por isso que o sistema permanece o mesmo há anos.”

Introdução
Conclusão
Meu pai instruído costumava dizer: “Os professores mais importantes de uma
criança são os pais. Muitos pais dizem aos filhos: ‘Vá para a escola e estude com
afinco. Uma boa educação é importante.’ O problema é que muitos pais que dizem
isso não dão continuidade a sua educação ou estudos.” Meu pai instruído também
costumava dizer: “Os pais são os professores mais importantes dos filhos. Alunos
aprendem mais observando do que ouvindo. As crianças têm a capacidade de per-
ceber discrepâncias entre as palavras e as ações.” Elas adoram pegar os pais dizendo
uma coisa e fazendo outra. Meu pai rico costumava dizer: “Suas ações falam mais
alto do que suas palavras.” Dizia também: “Se quiser ser um bom pai, precisa agir
de modo coerente com o que diz.”
Se você tem filhos, agradeço por se interessar por um livro sobre educação e por
se interessar pela educação de seus filhos.
10

Parte 1
O DINHEIRO É
UMA IDEIA
Quando eu era pequeno, meu pai rico costumava dizer: “O dinheiro é
uma ideia.” E continuava: “O dinheiro pode ser qualquer coisa que você
quiser que seja. Se você disser: ‘Eu nunca serei rico’, é provável que isso
aconteça. Se disser: ‘Eu não vou conseguir isso’,
é provável que não consiga.”
Meu pai instruído dizia quase a mesma coisa sobre educação.
É possível que toda criança nasça com o potencial para ser rica e
inteligente? Algumas pessoas acreditam que sim... e outras acreditam que
não. A primeira parte deste livro é dedicada a proteger a possibilidade do
“sim” para seus filhos.
11

Capítulo 1
TODA CRIANÇA NASCE

RICA E INTELIGENTE
Meus dois pais eram excelentes professores. Os dois eram homens inteligentes.
Mas não nos mesmos assuntos e não ensinavam as mesmas coisas. Apesar das di-
ferenças, os dois acreditavam nas mesmas coisas com relação às crianças. Os dois
acreditavam que todas as crianças nascem inteligentes e ricas. Acreditavam que
uma criança aprende a ser pobre e a acreditar que é menos esperta do que as outras.
Os dois pais eram excelentes professores, pois achavam possível despertar a inte-
ligência inerente a cada criança. Em outras palavras, não acreditavam em inserir
conhecimento na cabeça da criança, mas, sim, em despertar a inteligência dela.
A palavra educação se origina do latim educatio, que significa “ação de criar, de
nutrir; cultura, cultivo” e educare que significa “extrair”. Infelizmente, para muitos,
educação é sinônimo de longas e penosas sessões durante as quais temos de captar
as informações, decorá-las para as provas e, logo depois, esquecer tudo. Meus dois
pais eram excelentes professores porque raramente tentavam abarrotar minha cabe-
ça com suas ideias. Em geral, falavam pouco, esperando que eu perguntasse quando
quisesse saber algo. Ou me faziam perguntas, na tentativa de descobrir o que eu
sabia, em vez de simplesmente falar o que sabiam. Meus dois pais eram excelentes
professores e os considero uma das maiores bênçãos de minha vida.
13


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Como preparar seu filho para

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1. Educação acadêmica — a capacidade de ler, escrever e fazer contas.

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