Você está na página 1de 23

MANUAL DE EXEMPLO DE APLICAÇÃO

DO PACOTE DE FERRAMENTAS
IPH HydroTools

Dezembro de 2014

Pedro Frediani Jardim


Ayan Santos Fleischmann
Vinícius Alencar Siqueira
Fernando Mainardi Fan
Walter Collischonn
SUMÁRIO

ÍNDICE DE FIGURAS....................................................................................................................... 3
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 4
2. PREPARO DOS DADOS DE ENTRADA: MODELOS DIGITAIS DE ELEVAÇÃO ......................... 4
2.1. Criação de um Mosaico ................................................................................................. 5
2.2. Extração da área de interesse ....................................................................................... 6
2.3. Conversão para ASCII .................................................................................................... 8
3. UTILIZANDO O IPH HydroTools .......................................................................................... 10
3.1. Processamento do MDE: Sink and Destroy ................................................................. 10
3.2. Acumulação de Fluxos: Flow Accumulation ................................................................ 11
3.3. Arquivos de drenagem: ............................................................................................... 12
3.3.1. Stream Definition ................................................................................................ 12
3.3.2. Stream Segmentation.......................................................................................... 14
3.4. Delimitação da bacia de drenagem: Watershed Delineation ..................................... 14
3.5. Obtenção de minibacias: Catchment Delineation....................................................... 17
3.6. Conversão em arquivos vetoriais ................................................................................ 18
3.6.1. Drainage Line ....................................................................................................... 19
3.6.2. Watershed Polygon ............................................................................................. 19
3.7. Conversão irst-asc ....................................................................................................... 20
4. All IPH Hydro Tools Steps ................................................................................................... 20
4.1 Input Information ........................................................................................................ 20
4.2 Step 1........................................................................................................................... 22
4.3 Step 2........................................................................................................................... 22
ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: MDEs necessários para delimitação da bacia ................................................................ 4


Figura 2: Configuração da simbologia dos MDEs carregados no ArcGis ....................................... 5
Figura 3: Ferramenta Mosaic para união dos MDEs ..................................................................... 6
Figura 4: Criação de um shapefile para extração do MDE ............................................................ 7
Figura 5: Edição do polígono para extração do MDE .................................................................... 7
Figura 6: Polígono que envolve toda a bacia de interesse ............................................................ 8
Figura 7: Ferramenta Extract by Mask para recorte do MDE ....................................................... 8
Figura 8: Conversão do MDE para o formato ASCII ...................................................................... 9
Figura 9: Habilitação do plugin IPH HydroTools na interface do MapWindow .......................... 10
Figura 10: Ferramenta Sink and Destroy para remoção de depressões ..................................... 11
Figura 11: Ferramenta Flow Accumulation ................................................................................. 12
Figura 12: Identificação do valor do limiar pelo arquivo gerado do Flow Accumulation............ 13
Figura 13: Ferramenta Stream Definition para definição da rede de drenagem ........................ 13
Figura 14: Zoom sobre drenagem gerada pela ferramenta Stream Definition ........................... 14
Figura 15: Ferramenta Stream Segmentation para gerar drenagem segmentada ..................... 14
Figura 16: Criação de um shapefile para servir de exutório da bacia ......................................... 15
Figura 17: Inserção do ponto que define o exutório da bacia .................................................... 16
Figura 18: Ferramenta Watershed Delineation para delimitação da bacia hidrográfica ............ 17
Figura 19: Bacia delimitada em azul com drenagem sobreposta ............................................... 17
Figura 20: Ferramenta Catchment Delineation para delimitação das minibacias ...................... 18
Figura 21: Zoom nas minibacias geradas com drenagem definida sobreposta .......................... 18
Figura 22: Transformação da drenagem do tipo raster para vetorial ......................................... 19
Figura 23: Transformação da bacia gerada do tipo raster para vetorial ..................................... 19
Figura 24: Ferramenta para conversão de arquivos binários IRST para ASCII ............................ 20
Figura 25: Informações de entrada da ferramenta Process All Steps ......................................... 21
Figura 26: Primeira leva de dados gerados pelo Process All Steps ............................................. 22
Figura 27: Segunda leva de dados gerados pelo Process All Steps ............................................. 23
1. INTRODUÇÃO
Este manual tem por objetivo apresentar e descrever as funcionalidades do pacote de
ferramentas IPH HydroTools bem como aplicá-lo para parte da bacia do Rio Uruguai. O
resultado final é a construção de arquivos como rede de drenagem, bacia e minibacias que
podem servir, dentre outras aplicações, para o uso no modelo de simulação hidrológica MGB-
IPH.

2. PREPARO DOS DADOS DE ENTRADA: MODELOS DIGITAIS DE


ELEVAÇÃO
O primeiro passo antes de começar a utilizar as ferramentas do IPH HydroTools é a
construção de uma base de dados para alimentar o programa. O tipo de dados necessário para
o processamento denominasse Modelo Digital de Elevação (MDE) que consiste em um arquivo
do tipo raster onde cada célula apresenta a cota do terreno para uma certa resolução espacial.

Algumas das fontes para adquirir estes modelos de forma gratuita são pelo CGIAR
(http://srtm.csi.cgiar.org/SELECTION/inputCoord.asp), onde é possível baixar os dados
diretamente no formato ASCII, pelo Laboratório de Geoprocessamento do Centro de Ecologia
da UFRGS (http://www.ecologia.ufrgs.br/labgeo/index.php?option=com_content&view=art
icle&id=51%3Ageotiff&catid=9%3Anoticias&Itemid=16) e pelo site da EMBRAPA
(http://www.relevobr.cnpm.embrapa.br/download/index.htm). Todos estes locais
disponibilizam os MDEs a partir de imagens do SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) com
resolução espacial de aproximadamente 90 metros.

Para a bacia do Rio Uruguai, baixaremos o MDE no formato GeoTiff pelo site do CGIAR.
Note que foi necessário baixar 5 quadros para compor toda a bacia até o ponto de interesse
que é a cidade de Uruguaiana conforme mostra a Figura 1. São eles: srtm_25_18, srtm_25_19,
srtm_26_18, srtm_26_19 e srtm_27_18, cada um com 3 arquivos que você deve
descompactar.

Figura 1: MDEs necessários para delimitação da bacia


Abra o ArcGis e adicione estes arquivos através do botão Add Data. Inicialmente eles
apareceram cinzas, clique com o botão direito sobre um deles e em properties vá em
Symbology. Com Stretched marcado na aba Show selecione From Current Display Extent. Isto
permitira que você visualize o modelo em tons de cinza para os valores de altitude. Clique OK
e faça o mesmo para os demais arquivos.

Figura 2: Configuração da simbologia dos MDEs carregados no ArcGis

2.1. Criação de um Mosaico


Como neste caso, muitas vezes a área de interesse não estará dentro de apenas um
quadro baixado. Assim faz-se necessário criar um mosaico dos MDEs adquiridos para englobar
toda a bacia. Através da ferramenta ArcToolbox/Data Management Tools/Raster/Raster
Dataset/Mosaic é possível unir dois ou mais arquivos raster que possuam o mesmo sistema de
projeção e resolução espacial.

Antes porém, faça uma cópia dos arquivos de um dos MDEs baixados e cole com um
nome qualquer como "Mosaico" no mesmo formato original. Utilize a ferramenta Mosaic
indicando os 5 arquivos em Input Rasters. Em Target Raster selecione o arquivo Mosaico.
Mantenha as demais opções como estão, pressione OK e adicione Mosaico ao projeto.
Figura 3: Ferramenta Mosaic para união dos MDEs

2.2. Extração da área de interesse


Afim de agilizar processos e poupar tempo, é interessante fazer um "recorte" do MDE
gerado excluindo aquelas regiões que não contribuem para a bacia de estudo. Isto pode ser
feito com o uso de um polígono que envolva a área de bacia, deixando-se uma certa folga para
evitar que alguma zona de contribuição fique de fora.

Para isto precisamos primeiramente criar um arquivo vetorial do tipo shape que
servirá para extrair a área de interesse do mosaico criado. Na aba Catalog do ArcGis clique no
botão superior chamado Connect To Folder e indique a pasta na qual você deseja salvar os
arquivos do projeto. Na própria aba do Catalog dê um clique com o botão direito do mouse
sobre a pasta adicionada e em New selecione Shapefile. Aparecerá uma janela onde no
primeiro campo indique um nome para o shape e logo abaixo selecione o tipo Polygon em
Feature Type. No caso atribuiremos o nome Janela ao shape. Clique OK.
Figura 4: Criação de um shapefile para extração do MDE

Surgirá na aba Table of Contents o arquivo criado mas este está vazio e nada será
mostrado na tela de visualização. É preciso agora criar o polígono envolvente propriamente
dito. Com a ferramenta editor habilitada, clique em Editor/Start Editing e selecione o shape
criado.

Figura 5: Edição do polígono para extração do MDE

Abrirá então a aba Create Features onde você deve dar um clique simples sobre o
shape para habilitar sua edição. O símbolo do mouse mudará então para um sinal de mais e
com ele desenhe sobre o mosaico um polígono que ocupe toda a área da bacia. A Figura 6
abaixo mostra as dimensões mínimas que este polígono deve possuir para não deixar
nenhuma área de contribuição de fora. Quando terminar dê um duplo clique no último
vértice, clique em Save Edits e Stop Editing na aba do Editor.
Figura 6: Polígono que envolve toda a bacia de interesse

Vamos agora "recortar" esta área do mosaico. Vá em ArcToolbox/Spational Analyst


Tools/Extraction/Extract by Mask. Em Input raster indique o mosaico gerado e em Input rater
or feature mask data, o polígono que acabamos de criar. Indique destino e nome em Output
raster. Clique OK.

Figura 7: Ferramenta Extract by Mask para recorte do MDE

2.3. Conversão para ASCII


Como dados de entrada o pacote IPH HydroTools utiliza MDEs no formato ASCII (*.asc)
do tipo ESRI (Environmental Systems Research Institute). Ao fazer o processo de extração do
raster o ArcGis transforma o formato do arquivo original para um formato próprio. É
necessário portanto utilizar a ferramenta ArcToolbox/Conversion Tools/From Raster/ Raster
to Polygon para converter o arquivo para ASCII.
Na janela da ferramenta você deverá entrar com o raster gerado pelo mosaico no
campo Input raster e indicar o local e nome do arquivo a ser criado. Sempre que usada, esta
função cria um arquivo TXT. Para passar para ASCII, mude diretamente no nome do arquivo, na
pasta onde foi salvo, a extensão de ".txt" para ".asc". Caso apareça uma mensagem pedindo a
confirmação da troca da extensão, clique Sim.

Figura 8: Conversão do MDE para o formato ASCII

Você pode realizar os passos de criação do mosaico e extração do raster a partir de


qualquer formato que possua desde que ao fim transforme o resulto para ASCII.
3. UTILIZANDO O IPH HydroTools
O primeiro passo para iniciar a utilização do pacote de ferramentas é habilitá-la no
MapWindow. Para isto, se você seguiu os procedimentos corretos de instalação descritos no
site, basta clicar em IPH Hydro Tools na aba Plugins da interface que aparecerá a ferramenta
na parte superior.

Figura 9: Habilitação do plugin IPH HydroTools na interface do MapWindow

Ao longo deste manual serão criados uma série de arquivos a partir do Modelo Digital
de Elevação no formato ASCII. Estes arquivos no entanto podem ser gerados tanto com a
extensão .asc quanto na forma binária IRST (.irst). Esta última agiliza consideravelmente o
tempo de processamento entre uma tarefa e outra mas por outro lado não é possível
visualizar arquivos neste formato na interface do MapWindow. Ao fim deste manual será
apresentada uma ferramenta que permite a conversão de IRST para ASCII bem como quais
arquivos é preferível criar em qual formato.

3.1. Processamento do MDE: Sink and Destroy


Ao manipular MDEs para a criação de bacias e redes de drenagem o primeiro passo é o
preenchimento de depressões no modelo. Depressões ocorrem quando o valor de altitude de
uma célula ou conjunto de células é menor que o das suas vizinhas. Isto causa com que, ao
processar as direções de fluxo, o software não ache uma saída para a rede de drenagem.

Na ferramenta Sink and Destroy do IPH Hydro Tools é possível remover as depressões
por três métodos: o MHS (Modify Heuristic Search), o PFS (Priority-First-Search) e o HS
(Heuristic Search). Cada um destes métodos trabalha de forma diferente sendo o MHS e o PFS
os que geralmente trazem os melhores resultados.

Entraremos com o MDE recortado da bacia onde pede Raw DEM File. Em Correct DEM
Output Filename indique o local e o nome do arquivo sem depressões. Isto pode ser feito
escrevendo o caminho com nome e extensão ou clicando nos três pontinhos ao lado do campo
e selecionando a extensão desejada na aba mais abaixo. Como para este caso não nos
interessa a visualização do arquivo, salvaremos com o nome "Uruguai_sink " no formato IRST.
Nesta mesma janela da ferramenta você possui a opção de processar o arquivo com as
direções de fluxo deixando marcada a opção Process D8 Flow Direction. Este arquivo atribuí a
cada célula do raster um valor que representa o sentido que a água segue na rede de
drenagem daquele ponto. Para este arquivo também não nos interessa a visualização neste
momento então salvaremos com o nome "Uruguai_fdr " no formato IRST.

Para este caso da Bacia do Rio Uruguai, optamos pelo método MHS de remoção de
depressões e, nos campos Max Open List Number e Max Closed List Number, escolhemos os
valores de 1.000.000 e 500.000 respectivamente. Estes valores altos foram escolhidos para
garantir que a ferramenta encontre um caminho no MDE para a remoção das áreas planas.
Estes também foram suficientes para processar bacias muito maiores como a do São Francisco
ou mais planas como a do Rio Purus na Amazônia. O artigo citado anteriormente explica a
função daqueles campos bem como do Cost Function Weight ao qual manteremos o valor
padrão de 2. A Figura 10 mostra a janela desta ferramenta onde deve-se preencher com os
campos com os dados indicados.

Figura 10: Ferramenta Sink and Destroy para remoção de depressões

Após preenchidos os campos pressione o botão Remove Sinks! e aguarde a mensagem


de que as depressões foram removidas com sucesso. Este é o passo mais demorado de todo o
processo e pode demorar alguns minutos de acordo com as configurações do computador
utilizado.

3.2. Acumulação de Fluxos: Flow Accumulation


Uma vez geradas as direções de fluxo, podemos utilizar a ferramenta Flow
Accumulation para criar um arquivo no qual a cada célula será atribuído um valor com o
número de células que drenam a água até aquela. Isto permite que sejam geradas as redes de
drenagem a partir de um certo número ou percentagem de células ou área de drenagem com
base na resolução espacial do arquivo.
Sendo assim, selecione o arquivo com as direções de fluxo gerado anteriormente no
campo D8 Flow Direction File. Os próximos passos requerem uma análise visual deste então
criaremos um arquivo chamado "Uruguai_fac" no formato ASCII (.asc).

Figura 11: Ferramenta Flow Accumulation

Clique em Process, e após o término, adicione o arquivo na tela do MapWindow.

3.3. Arquivos de drenagem:


3.3.1. Stream Definition
Para criar a rede de drenagem da bacia primeiramente precisamos escolher a partir de
que tamanho de drenagem a rede passa a ser considerada. Isto pode ser feito a partir de
parâmetros como um número mínimo ou percentagem de células que drenam para o ponto
onde a rede começa a ser traçada ou ainda uma área mínima de contribuição para o limiar do
traçado. Assim utilizaremos o arquivo com a acumulação de fluxo para definir um valor mínimo
de células. A escolha deste valor depende da experiência ou conhecimento prévio do
operadora a cerca da região. Um limiar muito baixo acarreta em uma drenagem muito
ramificada que pode não ser interessante para o usuário enquanto um valor alto pode excluir
rios de interesse.

Utilize a ferramenta de zoom do MapWindow em uma área próxima a borda da bacia


com drenagem definida no arquivo de fluxo acumulado como mostra a Figura 12. Com a
ferramenta Identify faça um pequeno retângulo que englobe a região da drenagem. Surgira
então uma janela de informações na qual a informação do High Value indica o valor do
número de células que drenam para a maior rede nesta região. Neste caso o valor fornecido
foi de 3350 mas você possivelmente obterá valores diferentes.
Figura 12: Identificação do valor do limiar pelo arquivo gerado do Flow Accumulation

Podemos agora utilizar a ferramenta Stream Definition do IPH Hydro Tools para gerar
a rede de drenagem. Nesta é necessário indicar o arquivo das acumulações de fluxo no campo
Flow Accumulation File e, em Area Threshold, indicaremos 3000 pelo que foi observado e,
portanto, deixe marcada a opção Number of Cells. Chamaremos o arquivo "Uruguai_str" e este
será do tipo ASCII pois, além de o resultado ser interessante visualmente, precisaremos do
mesmo para criar o exutório da bacia.

Figura 13: Ferramenta Stream Definition para definição da rede de drenagem

Clique em Process, dê OK para a primeira mensagem e aguarde a indicação de sucesso.


Adicione este arquivo ao MapWindow. A Figura 14 mostra um zoom sobre o resultado gerado.
Figura 14: Zoom sobre drenagem gerada pela ferramenta Stream Definition

3.3.2. Stream Segmentation


A ferramenta Stream Segmentation permite seccionar a drenagem extraída entre
pontos de confluência a montante e a jusante para um mesmo trecho ou até a primeira
confluência para aqueles que partem dos limitadores da bacia.

Abra a ferramenta e indique o arquivo com as direções de fluxo na primeira aba (D8
Flow Direction File) e o com a rede de drenagem não segmentada na segunda (Stream
Definition File). Como já possuímos a rede de drenagem na visualização, criaremos o arquivo
como IRST (.irst) e daremos o nome de "Uruguai_strseg".

Figura 15: Ferramenta Stream Segmentation para gerar drenagem segmentada

3.4. Delimitação da bacia de drenagem: Watershed Delineation


A bacia hidrográfica pode ser definida como "uma área de captação natural da água de
precipitação que faz convergir o escoamento para um único ponto de saída" (Tucci, 1997).
Precisamos então definir o exutório da bacia antes de trabalhar na sua delimitação.
Para o caso em questão escolhemos um ponto sobre a rede de drenagem próximo a
cidade de Uruguaiana com a latitude de -29,748 e longitude -57,106. Você deve então criar um
arquivo vetorial do tipo ponto nestas coordenadas ou próximo a elas para garantir que a bacia
será definida para a drenagem principal e não alguma menor que passe próximo a ela. Para
tanto, clique no botão New do MapWindow, indique nome, aqui chamaremos de "Exutorio", e
local onde será salvo o shape mantendo Point selecionado em Shapefile Type.

Figura 16: Criação de um shapefile para servir de exutório da bacia

Em seguida clique no botão Add e, sobre a tela, dê um clique quando as coordenadas


no canto inferior esquerdo apontarem as coordenadas indicadas. Vale a pena utilizar as
ferramentas de zoom quando próximo às coordenadas antes de clicar. Note que o shape não
precisa estar rigorosamente sobre a rede de drenagem, apenas o mais próximo possível da
rede principal do que de outra secundária. A Figura 17 mostra o botão Add e o local onde foi
inserido o shape.
Figura 17: Inserção do ponto que define o exutório da bacia

Uma vez definido o exutório abra a ferramenta Watershed Delineation do IPH Hydro
Tools e indique os arquivos de direções de fluxo e drenagem definida nos dois primeiros
campos respectivamente. Em Outlets Shapefile indique o arquivo vetorial com o exutório a
recém criado e após clique em Read and Create New Shape. Esta ferramenta utilizará o arquivo
da rede de drenagem para forçar o exutório a ficar sobre a mesma gerando um novo shapefile
de exutório. Durante este processo será necessário que você indique o local e o nome que este
novo arquivo terá mas não é preciso escrever a extensão do arquivo. Chamaremos este novo
shape de "Exutorio_snap".

O arquivo será imediatamente carregado no campo New Outlets Shapefile restando


apenas indicar local e nome da bacia em Watershed Delineation File. Salvaremos este arquivo
no formato ASCII com o nome "Uruguai_wat". Clique em Process e adicione o arquivo gerado
ao projeto.

Você pode ainda utilizar esta ferramenta para gerar um arquivo de sub-bacias. Para
isto, siga os mesmos passos até aqui mas adicionando mais de um ponto de interesse ao
shapefile do exutório ao longo da drenagem e carregue-o normalmente na janela do
Watershed Delineation.
Figura 18: Ferramenta Watershed Delineation para delimitação da bacia hidrográfica

Analise agora as bordas da bacia gerada em comparação com MDE recortada do início
do projeto. Caso, em algum ponto, o limite da bacia encostar na borda do MDE é muito
provável que o recorte feito tenha excluído parte da drenagem e assim a bacia gerada não
representa a totalidade para o exutório. Assim é necessário recomeçar desde o passo 2.2,
abrangendo uma área maior nestes pontos. A Figura 19 mostra o resultado esperado.

Figura 19: Bacia delimitada em azul com drenagem sobreposta

3.5. Obtenção de minibacias: Catchment Delineation


Cada trecho da drenagem gerado pelo Stream Segmentation possui uma área
contribuinte própria na qual a água precipitada é conduzida diretamente para aquele
segmento. A estas área menores damos o nome de minibacias.
Com a ferramenta Catchment Delineation é possível extrair estas minibacias indicando
o arquivo de direções de fluxo em D8 Flow Direction File e o arquivo das direções de fluxo
segmentadas em Stream Segmentation File. Em Catchment Delineation File criaremos um
arquivo com no formato ASCII para permitir a visualização com nome "Uruguai_catch".

Figura 20: Ferramenta Catchment Delineation para delimitação das minibacias

Clique em Process e explore o resultado gerado adicionando-o ao projeto com o arquivo da


drenagem por cima. Será necessário retirar o valor zero das cores desta pelas propriedades ao
clicar com o botão direito do mouse sobre "Uruguai_str" em Layers.

Figura 21: Zoom nas minibacias geradas com drenagem definida sobreposta

3.6. Conversão em arquivos vetoriais


Uma maneira interessante de apresentação e que permite a edição de forma mais
simples dos resultados gerados é com arquivos na forma vetorial. O IPH HydroTools permite
que seja feita a conversão para este tipo dos arquivos dos arquivos de drenagem e bacia
hidrográfica.
3.6.1. Drainage Line
Por meio da ferramenta Drainage Line você pode converter a drenagem gerada no
passo 3.3.1 de raster para vetor indicando os arquivos de direções de fluxo e drenagem
segmentada respectivamente em Input files. Estes podem ser tanto IRST quanto ASCII. Em
DrainageLine File é necessário, ao clicar nos três pontos, informar apenas a pasta e o nome
pois a extensão do arquivo fica automaticamente como .shp (arquivo no formato shapefile) e
do tipo linha. Chamaremos este shape de "Rede_drenagem"

Figura 22: Transformação da drenagem do tipo raster para vetorial

Clique em Process e adicione o arquivo criado.

3.6.2. Watershed Polygon


Com esta ferramenta você pode converter o arquivo da bacia hidrográfica, sub-bacias
e minibacias para o formato vetorial shapefile do tipo polígono. Neste passo é necessário
apenas o arquivo raster da bacia para conversão que também pode ser tanto IRST quanto
ASCII.

Figura 23: Transformação da bacia gerada do tipo raster para vetorial

Clique em Process e adicione o arquivo ao projeto.


3.7. Conversão irst-asc
Ao longo deste exemplo foram criados diversos arquivos hora ASCII hora IRST de
acordo com a necessidade ou interesse de visualização. Você talvez já tenha percebido que ao
criar arquivos no formato IRST os processos ocorrem de forma muito mais rápida e, da mesma
forma, dados de entrada como IRST também aumentam a velocidade de processamento.

Porém caso em algum trabalho você tenha criado um arquivo neste formato mas
deseja abrir no projeto basta utilizar a ferramenta Management Tools/Conversion IRST-ASC
do IPH HydroTools.

Vamos converter o arquivo das direções de fluxo criado no item 3.1 para ASCII. Abra a
janela da ferramenta e em Input File puxe o arquivo das direções de fluxo no formato IRST. Em
Output File indique a pasta e nome por meio dos três pontos, a extensão .asc será adicionada
automaticamente.

Figura 24: Ferramenta para conversão de arquivos binários IRST para ASCII

Clique Process e adicione o arquivo gerado ao processo. Você pode reparar com a
ferramenta Identify que as cores representam os ângulos das 8 direções de fluxo da água de
45 a 360 em sentido horário, sendo 45 Nordeste.

4. All IPH Hydro Tools Steps


Agora que já fizemos todos os passos individualmente, vamos utilizar a ferramenta
Process All IPH HydroTools Steps. Esta permite que sejam realizados diversos dos
procedimentos anteriores de forma simultânea até a geração das minibacias e drenagem
vetorial.

4.1 Input Information


Ao clicar na ferramenta surgirá uma janela com três abas. A primeira se chama Input
Information na qual precisamos fornecer o arquivo bruto do MDE em Raw DEM File e uma
pasta na qual os arquivos do projeto serão salvos em Destination Folder. Nas opções de
remoção de depressões (Pit Removal Options) escolheremos o método do PFS desta vez para
que você possa comparar os resultados finais com os obtidos anteriormente. Aqui também
utilizaremos, por conveniência, valores de 1.000.000 e 500.000 para os parâmetros de open e
closed list.
Em Area Threshold Options é necessário conhecer previamente qual o valor do limiar a
ser utilizado para a extração da drenagem a partir do Flow Accumulation que será criado.
Utilizaremos o mesmo valor de 3.000 células deixando marcada a opção Number of Cells. A
Figura 25 mostra a janela onde devem ser preenchidos estes dados.

Figura 25: Informações de entrada da ferramenta Process All Steps


4.2 Step 1
Após completos os dados em Input Information, clique na aba Step 1. Aqui você deve
basicamente informar que formato os arquivos do MDE corrigido, direções de fluxo,
acumulações de fluxo e de definições de fluxo terão. Por default todos estão com as opções de
arquivo binário IRST marcados exceto a última de direções de fluxo que também está com a
opção ASC selecionada como mostra a Figura 26.

Isto foi feito para tornar o processo o mais rápido possível mas, como é necessário
marcar o exutório da bacia, as definições de fluxo precisam estar disponíveis para visualização.
Nada impede porém que você marque outras opções para também ver seus resultados mas
neste exemplo manteremos a configuração apresentada.

Os nomes dos arquivos também são sugeridos como CorrectDEM, FDR, FAC e STR. É
importante que estes nomes sejam mantidos os mesmos pois será através deles que o
programa buscará os arquivos para rodar o Step 2.

Figura 26: Primeira leva de dados gerados pelo Process All Steps

Pressione o botão Process Step 1 e aguarde a mensagem que o processo foi


completado com sucesso e proceda para o Step 2.

4.3 Step 2
Neste passo a primeira informação requerida é o ponto do exutório da bacia.
Mantenha porém a janela do Process All Steps aberta como está e crie um novo exutório. Caso
tenha fechado a janela repita o processo desde o passo 4.1.

Com o arquivo de drenagem gerado no Step 1 aberto no projeto, crie um shape de


ponto da mesma forma como fora criado no item 3.4 próximo àquele exutório. Tome apenas o
cuidado de mantê-lo o mais próximo possível da drenagem principal do que redes secundárias.
Você pode utilizar o shape gerado no item 3.4 para se guiar na demarcação deste novo que
chamaremos de "Exutorio_all".
Após criado, carregue o exutório em Outlets Shapefile e clique em Read and Create
New Shapefile. Será pedida a pasta e nome do arquivo com o exutório corrigido para cima da
drenagem não sendo necessário informar a extensão do arquivo.

Da mesma forma que no Step 1, todas as opções para criação de arquivos binários
estão marcadas com exceção da drenagem em formato vetorial que é um shapefile. A bacia
hidrográfica e minibacias também estão marcadas como ASC para que você possa ver o
resultado. Os nomes atribuídos de forma automática são WATERSHED, StrLINK, CATCHMENT,
DRAINAGELINE como mostrado na Figura 27.

Figura 27: Segunda leva de dados gerados pelo Process All Steps

Com todos os campos preenchidos, clique em Process Step 2 e aguarde a mensagem


de conclusão do processo.

Você também pode gostar