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CARREIRA JURÍDICA - 2016

Direito Constitucional – Aula 01


Robério Nunes

Curso Carreira Jurídica 2016

Modulo I – 15 aulas (Prof. Robério Nunes: 10 Direitos fundamentais:


aulas; Prof. Guilherme Peña: 5 aulas):
- Constitucionalismo. a) Fabio Konder Comparato – “A Afirmação Histó-
- Constituição. rica dos Direitos Humanos” (sobre os aspectos his-
- Poder Constituinte. Poder de reforma. Mutação. tóricos);
- Normas Constitucionais. b) Ingo Wolfgang Sarlet – “A eficácia dos direitos
- Hermenêutica Constitucional. fundamentais” (sobre a teoria geral do art. 5º);
- Direitos Humanos e Direitos Fundamentais. c) André de Carvalho Ramos – “Curso de Direitos
- O Poder Legislativo na CF/88. Medidas Provisó- Humanos” (teoria geral, sistema internacional e
rias. CPIs. direitos fundamentais em espécie);
d) Flávia Piovesan – “Direitos Humanos e o Direito
Modulo II – 15 aulas (Prof. Robério Nunes: 12 Constitucional Internacional”.
aulas; Prof. Guilherme Peña: 3 aulas):
- Organização do Estado. Federalismo e Reparti- Controle de Constitucionalidade:
ção de Competências.
- O Poder Executivo na CF/88. a) Luís Roberto Barroso – “O controle de constitu-
- O Poder Judiciário na CF/88. O CNJ (e o cionalidade no direito brasileiro”;
CNMP). b) Gilmar Mendes – “Direitos Fundamentais e Con-
- Funções Essenciais à Justiça. trole de Constitucionalidade”;
- Controle de Constitucionalidade. Histórico. Mo- c) Dimitri Dimoulis e Soraya Lunardi – “Curso de
delo Brasileiro. Controle judicial concreto e abstrato. processo constitucional: controle de constitucionali-
dade e remédios constitucionais”.
Sugestões para concursos mais densos:
Facebook:
1) Daniel Sarmento e Claudio Pereira de Souza www.facebook.com/prof.roberionunes
Neto (Direito Constitucional: Teoria, história e méto-
dos de trabalho); Instagram:
2) José Adércio Leite Sampaio (Teoria Geral da prof.roberionunes
Constituição e dos Direitos Fundamentais);
3) Paulo Bonavides (Curso de Direito Constitucio-
nal);
4) Canotilho (Direito Constitucional e Teoria da
Constituição);
5) Monografias específicas para certos temas,
como direitos fundamentais e controle de consti-
tucionalidade

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Direito Constitucional – Aula 01
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Constitucionalismo Marco Inicial – Séc. XIII: Magna Carta (1215).


Marco Final – Séc. XVIII: Constituições America-
Segundo André Ramos Tavares, há quatro sentidos na (1787) e Francesa (1791), que inauguram o
para a palavra “constitucionalismo”: constitucionalismo moderno.
1) Movimento político-social historicamente remoto
que objetivava, principalmente, limitar o poder arbi- Movimentos constitucionais decisivos para for-
trário. matar a ideia de constituição em sentido moder-
Há nítida vinculação entre o constitucionalismo e os no:
direitos fundamentais. Constitucionalismo inglês;
2) Movimento de imposição de constituições escri- Constitucionalismo norte-americano; e
tas. Constitucionalismo francês.
Diz respeito ao surgimento da constituição formal. Constitucionalismo inglês (historicista)
3) Evolução histórico-constitucional de um determi-
nado Estado. Principais documentos históricos:
Nesse sentido, o constitucionalismo brasileiro já deu Magna Charta – 1215;
ensejo ao surgimento de oito Constituições. Petition of Rights – 1628;
4) Indicação dos propósitos mais latentes e atuais, Habeas Corpus Act – 1679; e
da função e da posição das constituições nas diver- Bill of Rights – 1689.
sas sociedades.
Nesse viés, o constitucionalismo brasileiro aponta Constitucionalismo inglês (historicista)
para o papel preponderante da Constituição na for- Magna Charta (1215):
mação do Estado Democrático de Direito.
“39. Nenhum homem livre será detido ou sujeito à
Constitucionalismo (síntese): prisão, ou privado dos seus bens, ou colocado fora
da lei, ou exilado, ou de qualquer modo molestado,
Movimento histórico-cultural de natureza jurídica, e nós não procederemos nem mandaremos proce-
política, filosófica e social, com vistas à limitação do der contra ele senão mediante um julgamento re-
poder e à garantia dos direitos, que levou à adoção gular pelos seus pares ou de harmonia com a lei do
de constituições em sentido moderno pela maioria país.” (em vigor - Due process of law); e
dos Estados, especialmente no que concerne à
constituição formal (escrita). “40. Não venderemos, nem recusaremos, nem pro-
telaremos o direito de qualquer pessoa a obter justi-
“Fases” do constitucionalismo: ça.” (em vigor).

Constitucionalismo na antiguidade clássica; Constitucionalismo norte-americano


(estadualista)
Constitucionalismo antigo (Séc. XIII ao final do Séc.
XVIII); Principais documentos históricos:

Constitucionalismo moderno (a partir do final do Pacto do Mayflower;


Séc. XVIII); Declaração da Virgínia de 12/06/1776;
Declaração de independência de 04/07/1776;
Constitucionalismo liberal (do final do Séc. XVIII ao Constituição de 1787;
início do Séc. XX); Bill of Rights (10 primeiras emendas) de 1791.

Constitucionalismo social (desde o início do Séc. Constitucionalismo francês (individualista)


XX);
Principais documentos históricos:
Constitucionalismo contemporâneo ou Neoconstitu-
cionalismo (desde meados do Séc. XX – pós II GG). Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
de 1789;
Constitucionalismo na antiguidade clássica: Constituição Francesa de 1791;
Hebreu; Constituição Francesa de 1793; e
Grego; e Constituição Francesa de 1799.
Romano.
Formatação teórica do Poder Constituinte:
Constitucionalismo antigo:

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“Qu’est-ce que le Tiers État?” (“O que é o Terceiro STF:


Estado” ou “A Constituinte Burguesa”) - Emmanuel “(...) 9. A DEMARCAÇÃO DE TERRAS INDÍGENAS
Joseph Sieyès. COMO CAPÍTULO AVANÇADO DO CONSTITUCI-
ONALISMO FRATERNAL. Os arts. 231 e 232 da
O Poder Constituinte é o poder originário que per- Constituição Federal são de finalidade nitidamente
tence à Nação, capaz de criar, de maneira autôno- fraternal ou solidária, própria de uma quadra cons-
ma e independente, a constituição escrita. titucional que se volta para a efetivação de um novo
tipo de igualdade: a igualdade civil-moral de minori-
Distinção entre Poder Constituinte e Poderes as, tendo em vista o proto-valor da integração co-
Constituídos. munitária. (...)” (STF, PET 3388, Pleno, Rel. Min.
Carlos Ayres Britto, j. em 19/03/2009)
Elementos do “conceito ideal” de constituição:

1) Documento escrito (formal);


2) Garantia das liberdades e da participação polí-
tica do povo (participação popular no parlamento) -
previsão de direitos civis e políticos (primeira
geração de DFs); e
3) Limitação ao poder (separação de poderes) por
meio de programas constitucionais.

Constitucionalismo francês (individualista)

O “conceito ideal” de Constituição já estava presen-


te no art. 16 da Declaração dos Direitos do Ho-
mem e do Cidadão, da Assembleia Francesa, de
1789:

“Toda sociedade na qual não está assegurada a


garantia dos direitos nem determinada a separa-
ção de poderes, não tem constituição”.

Constitucionalismo.

Estágio atual:

Neoconstitucionalismo (constitucionalismo contem-


porâneo);
Constitucionalismo do Futuro;
Constitucionalismo globalizado;
Constitucionalismo e internacionalização;
Transconstitucionalismo; e
Novo Constitucionalismo Latino Americano.

Constitucionalismo do futuro (ou do “por vir” ou “vin-


douro”) - Segundo José Roberto Dromi, as consti-
tuições serão guiadas por determinados valores
fundamentais:

1) Verdade
2) Solidariedade
3) Consenso
4) Continuidade
5) Participação
6) Integração
7) Universalização

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