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Araguaína
2017
Antonio Eduardo Alexandria de Barros
Araguaína
2017
Dedicatória
iii
Agradecimentos
• À Deus, por ter iluminado e guiado o meu caminho dando-me forças para continuar
• À minha família que, com amor, carinho, paciência, presença e incansável apoio ao
• À Profa. Dra. Pâmella Gonçalves Barreto, por sua orientação, credibilidade e apoio;
iv
Resumo
Este trabalho busca suprir uma inconsistência encontrada nos livros didáticos do ensino
pelo professor foi o de mediador. Buscou-se desenvolver através das atividades propostas a
confeccionados pelos alunos ao nal, − cuja análise baseou-se na organização dos conceitos
apresentados por esses estudantes, sua hierarquização, suas armações válidas e ligações
sequência didática relativamente efetiva nos moldes defendidos por Freire e Ausubel. Em
aluno, o que suscitou de modo mais perceptível seu interesse, sua participação ativa, sua
compreensão mais ampla e precisa dos fenômenos naturais e a apropriação menos dicultosa
de concepções cientícas.
v
Abstract
This work seeks to solve an inconsistency that is found in high school textbooks regarding
in form of supporting material and a didactic sequence based on Ausubel's meaningful lear-
ning and Paulo Freire's pedagogy. This proposal presents advanced organizers and several
During the product application, mediator was the main role played by the teacher. Through
the proposed activities this work sought to develop interdisciplinarity, contextualization, and
cation occurred in a High School senior class at a public institution of Araguaína town,
Tocantins state. The results obtained through the developed activities during the product
application and the concept maps elaborated by students, − whose analysis was based on
the organization of concepts presented by these learners, their hierarchization, their valid
arming, cross links-indicate that the educational product showed to be potentially mea-
ningful and the didactic sequence was relatively eective under those conditions proposed by
Freire and Ausubel. In other words, the product enabled teaching-learning processes that
were much more students − centered, what raised more noticeably their interest, their active
participation, their wider and more precise comprehension about natural phenomena, and a
vi
Sumário
Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . v
Abstract . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . vi
Lista de guras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ix
Lista de tabelas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . x
1 Introdução 1
2 Objetivos 5
2.1 Objetivo Primário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3 Metodologia 6
4 Fundamentação Teórica 8
4.1 Histórica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
4.2 Pedagógica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
4.3 Física . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
vii
4.3.3 Principais Tipos de Materiais Magnéticos . . . . . . . . . . . . . . . . 27
4.3.3.1 Diamagnéticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
4.3.3.2 Paramagnéticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
4.3.3.3 Ferromagnéticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
4.3.3.4 Antiferromagnéticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
5 Resultados 46
5.1 Elaboração do Produto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
6 Considerações Finais 79
Referências Bibliográcas 81
Apêndices 84
B Produto Educacional 89
viii
Lista de Figuras
4.2 Campo magnético gerado pelo movimento de rotação do elétron em torno do seu
eixo central. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
4.6 Momento angular e o momento magnético gerados pelo movimento orbital do elétron. 22
4.7 Solenoide de N voltas percorrido por uma corrente I e comprimento L e cujo meio é o
4.8 Disposição dos momentos magnéticos nos materiais diamagnéticos quando o campo
~
magnético externo é nulo (H = 0) ~
e diferente de zero (H 6= 0). . . . . . . . . . . . 28
4.9 Disposição dos momentos magnéticos nos materiais paramagnéticos quando o campo
~
magnético externo é nulo (H = 0) ~
e diferente de zero (H 6= 0). . . . . . . . . . . . 30
ix
4.20 Identicação dos pontos de energia dos orbitais dos subníveis 4s e 3d do Cromo no
Diagrama de Rich-Suter. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Suter. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Suter. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Suter. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
5.1 Gráco da relação entre o número de alunos e as suas respostas do teste de vericação
campo externo ~.
H . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
nético. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
x
Lista de Tabelas
◦
peratura de 20 C [29]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
◦
de 20 C [29]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
5.1 Classicação das respostas dos alunos em incorretas, parcialmente corretas (incom-
5.2 Conhecimentos prévios que devem servir de base para o desenvolvimento de subsun-
5.3 Conceitos citados, o numero de ocorrências e sua respectiva porcentagem, nos mapas
5.5 Número de ligações cruzadas presentes nos mapas conceituais dos alunos. . . . . 76
Capítulo 1
Introdução
devido a falta de uma melhor abordagem sobre este tema nos livros didáticos de Física
utilizados no Ensino Médio (EM), o que se evidencia quando analisamos alguns dos livros
dos materiais magnéticos e nem tratam de assuntos relacionados a estes em suas obras para
são os que são fortemente atraídos por ímãs e os não magnéticos os que não são fortemente
atraídos por ímãs [3]. Trata dos domínios magnéticos, mencionando que o aumento de
temperatura diminui a magnetização; não falam sobre os movimentos dos elétrons que geram
diamagnéticos, entre outros; não discutem a temperatura Curie e de Néel; não diferenciam
1
Para entendermos em que consiste essa imantação, devemos nos lembrar que,
cada átomo pode ser considerado um pequeno ímã, isto é, um ímã elementar
[4].
nenhum momento fala-se quais seriam os movimentos dos elétrons que produzem essas cor-
rentes elétricas fundamentais que geram esses pequenos campos magnéticos. Essa obra dene
magnéticos, porém, não menciona sobre a existência de outros tipos de materiais magnéticos.
basicamente somente dene a histerese magnética não explicando a curva de histerese; não
da indução magnética.
contudo, o trata como uma partícula clássica [5]. Não menciona os materiais diamagnéticos
e paramagnéticos, tratando apenas dos ferromagnéticos. Este livro praticamente discute, dos
Os livros que melhor trabalham o assunto, a nível médio, dos pesquisados foram o
que se apoiará no modelo atômico de Bohr [6]. Dando a falsa impressão, ao leitor, de que
a natureza atômica é um fenômeno clássico. Defendem que a maioria das substâncias não
apresenta fenômenos magnéticos externos, devido a movimentos contrários dos elétrons, seja
o de rotação ou de translação.
1É uma entidade matemática e física associada diretamente ao momento angular intrínseco das partículas
2
A maioria das substâncias não apresenta fenômenos magnéticos externos,
sentido, existe outro elétron efetuando giro idêntico em sentido oposto, o que
determina a anulação dos efeitos magnéticos. Por outro lado, para cada elétron
A escrita dessa armação cou no mínimo confusa, pois não deixa transparecer que
um modelo clássico, também não relaciona essa analogia com os materiais diamagnéticos,
diferentemente de como Halliday e colaboradores [8] fazem em seu livro, no qual adotam a
mesma analogia.
ticos e ferromagnéticos, mas não deixa claro a existência de outros materiais magnéticos.
o ponto Curie como sendo a temperatura na qual o material perde todas as suas proprieda-
des ferromagnéticas, traz um texto sobre os supercondutores, contudo não faz menção a um
paramagnético perfeito, nem aos materiais magnéticos envolvidos no processo, não aborda a
Gualter e colaboradores apresentam em sua obra a questão do spin e da sua órbita como
a origem das propriedades magnéticas deixando claro que se trata de um modelo clássico e
enfatizando que para uma correta interpretação necessitaria de conceitos quânticos [7]. Ele
dene o momento angular e de spin corretamente, ele revisa orbitais, subcamadas e camadas.
nas comenta sobre a histerese, apresenta a questão da temperatura e dene o ponto Curie,
ramagnetismo, entre outros materiais, focando apenas nos materiais ferromagnéticos. Não
Como podemos perceber, todos estes exemplares possuem de certo modo, algum tipo
falta de abordagem desses conhecimentos deixa uma lacuna na compreensão, a nível mais fun-
damental, dos fenômenos magnéticos, trazendo possíveis questionamentos, tais como: Por que
3
determinado material é atraído por um ímã e outro não? Por que em um eletroímã coloca-se
um pedaço de ferro e não de alumínio no interior da bobina? O que gera as propriedades mag-
néticas em um ímã? Um ímã pode perder suas propriedades magnéticas? O que é histerese
magnética? O spin tem alguma relação com as propriedades magnéticas? Esses questiona-
sobre os principais materiais magnéticos. Outro ponto que torna essa pesquisa importante
mais variados setores. As aplicações vão desde dispositivos com funções muito simples, como
os pequenos ímãs permanentes usados para fechaduras de portas de móveis e utensílios, até
termos econômicos eles têm uma importância quase tão grande quanto estes [9]. Além disso,
aos principais tipos de materiais magnéticos. Este material será direcionado tanto ao aluno
quanto ao professor e juntamente com suas aplicações em sala de aula poderão contribuir
referente à produção do material paradidático e a sua aplicação em sala de aula e, por m,
4
Capítulo 2
Objetivos
As nalidades especícas desta pesquisa são: (i) explanar a relação entre o spin, o
orbital e as propriedades magnéticas dos materiais com vistas à promoção do ensino de Física
(iii) examinar o índice de motivação e de conhecimento dos discentes nas aulas de Física,
5
Capítulo 3
Metodologia
A primeira parte deste trabalho consistiu de uma análise de alguns livros didáticos
conteúdo associado aos materiais magnéticos. Onde foi percebido a necessidade da produção
Benjamim José de Almeida, cujo o professor da disciplina Física é o próprio mestrando. Ele foi
◦
aplicado no 3 bimestre do ano de 2017. Para identicar os conhecimentos prévios dos alunos
foi aplicado um teste no início da pesquisa sobre os materiais magnéticos, no qual foi formado
por questões discursivas para que o aluno pudesse responder livremente, utilizando linguagem
conhecimento presente no seu cognitivo e possibilitando uma melhor avaliação sobre o tipo
Foram distribuídos aos alunos cópias do material paradidático produzido nesta pesquisa,
Como conhecimentos prévios, os alunos tiveram aulas que antecederam a aplicação do pro-
duto sobre cargas elétricas, lei de Coulomb, campo elétrico, potencial, corrente elétrica e
6
da aplicação do produto, foi solicitado a criação de mapas conceituais, por parte dos alunos,
7
Capítulo 4
Fundamentação Teórica
4.1 Histórica
4.1.1 Breve História do Magnetismo e dos Materiais Magnéticos
O termo magnetismo, parece ter origem em uma lenda, pois se originou do nome de
um pastor de ovelhas, o grego Magnes que se surpreendeu ao perceber que a ponta de ferro
de seu cajado assim como os pregos de sua sandália, eram atraídos por certas pedras que ele
grega que passou a ser chamada, por razões óbvias, de Magnésia [11]. Essas pedras, pela
mesma razão, passaram a ser conhecidas como magnetita ou ímã natural, hoje reconhecida
quimicamente como F e3 O4 .
A primeira utilização prática do magnetismo foi à bússola, o período e o lugar de seu
surgimento é assunto de disputa entre historiadores. Parte considerável arma que o lugar foi
a China, em algum tempo entre 2637 a.C. e 1100 d.C. Outras fontes assumem que a bússola
foi introduzida na China no século XIII, e os pioneiros na sua utilização foram os Árabes.
Entretanto todos concordam que a bússola era certamente conhecida no oeste da Europa por
volta do século XII, pois a primeira referência sobre a sua utilização foi feita por Alexander
devida a Pierre Pélerin de Maricourt também conhecido como Petrus Peregrinus, que escreveu
o mais antigo tratado de Física Experimental em 1269. Este fez experiências com uma
magnetita esférica, colocando pedaços de ímãs em várias regiões, traçou as linhas de campo
magnético que se interceptavam em dois pontos. Estes pontos foram chamados de polos do
8
ímã, como analogia aos pólos (geográcos) da Terra, sendo que o polo sul de um ímã aponta
Dos lósofos naturais que estudaram magnetismo, o mais famoso foi William Gilbert de
sobre o assunto. Vinte anos à frente de Sir Francis Bacon, foi um rme defensor do que nós
chamamos hoje de método experimental. De Magnete foi sua obra-prima, dezessete anos
do seu trabalho registrado, contendo todos os seus resultados. Nesta foi reunido todo o
conhecimento sobre magnetismo digno de conança de seu tempo, junto com suas maiores
contribuições. Entre outros experimentos, foram reproduzidos aqueles executados três séculos
antes por Peregrinus com a magnetita esférica que foi chamada de terrella (pequena terra),
pois Gilbert a idealizou como sendo um modelo atual da Terra e assim foi o primeiro a armar
Oersted no ano de 1807 tentou, sem êxito, realizar experimentos com o intuito de
descobriu a ação magnética da corrente elétrica, que o tornou famoso. Em suas primeiras
uma agulha magnética. No entanto, não registrou nenhum movimento perceptível da agulha.
Porém, ao termino de uma aula noturna daquele curso, no inicio de abril de 1820, teve a
corrente elétrica. O resultado foi por ele próprio conrmado com aparelhos mais potentes e
Academia de Ciências de seu país o resultado de suas experiências sobre o efeito magnético da
corrente elétrica. Nesses resultados, ele fazia distinção entre tensão elétrica, responsável pelos
efeitos eletrostáticos, e corrente elétrica ligada aos efeitos magnéticos que Oersted observara.
existência da interação entre os condutores paralelos, que é atrativa se ambos conduzem
barra imantada, ao qual deu o nome de solenoide, observando que Ampère denominou de
9
respectivamente [13].
cias de Oersted e Ampère mostravam que as correntes elétricas produziam efeitos magnéticos.
Portanto, uma questão a ser respondida era se o magnetismo poderia gerar correntes elétricas.
Essa resposta foi fornecida por Faraday, após uma investigação planejada cuidadosamente.
Em 1831, Faraday demonstrou que para produzir uma corrente elétrica, devido à presença
de um ímã, era necessário que este se deslocasse na região onde se encontrava o o condutor.
Por outro lado, observou ainda que uma corrente variável circulando numa bobina provocava
uma corrente transitória em uma outra bobina colocada nas mediações da primeira. A esse
cos, trabalho esse que foi publicado nas Mémoires de l'Académie Impériale des Sciences de
Saint-Petersbourg (1833). Nessas experiências, Lenz observou que a corrente de auto-indução
tem sentido contrário aquela que a criou, ou seja, que os efeitos de uma corrente induzida
por forças eletromagnéticas sempre se opõem a essas mesmas forças. Esse resultado é hoje
Apesar de não possuir quase nenhuma cultura matemática, Faraday usou sua grande
intuição para explicar os fenômenos eletromagnéticos que observara. Para ele a matéria é
onipresente, inexistindo espaço intermediário que não esteja por ela ocupado. Em vista disso,
Faraday ao observar, em 1838, a gura formada por limalhas de ferro numa folha de papel
ou lâmina de vidro, sob a qual colocara um ímã, passou a desenvolver sua Teoria Geral da
Eletricidade, segundo a qual as forças elétricas e magnéticas eram uma espécie de "tubos de
de ímãs, ou de corpos eletrizados, tubos aos quais denominou linhas de forças. No caso das
forças magnéticas, a visualização poderia ser feita através de limalhas de ferro, porém, no
caso das forças elétricas, a visualização era mais difícil de ser realizada experimentalmente.
Para Faraday, a visualização seria através da polarização elétrica do meio. Como essas linhas
forças. Assim, segundo essa ideia de linhas de campos de forças, explicou o aparecimento de
uma corrente induzida toda a vez que um tubo de força magnética "cortava"um o condutor
e, inversamente, que o movimento de tubos de força elétrica faz aparecer campos magnéticos,
10
Em 1844, Faraday preparou o trabalho intitulado Speculation Thouching Electrical Con-
duction and the Nature of Matter (Especulação sobre Condução Elétrica e a Natureza da Ma-
téria), no qual utilizou a teoria atômica proposta pelo físico, matemático e astrônomo italiano
centro de forças que variavam com a distância ao seu centro, sendo repulsivas ou atrativas,
(1824-1907) escreveu uma longa carta a Faraday na qual descrevia seu tratamento matemático
das "linhas de força faradayanas". No nal da carta, havia uma serie de sugestões sobre
experiências que deveriam ser realizadas com o propósito de testar a teoria de Faraday. Numa
dessas sugestões, ele indicou a possibilidade de Faraday observar a ação do magnetismo sobre
sobre a luz plano-polarizada. Com efeito, colocando um vidro romboide de alto índice de
refração entre os polos de um forte eletroímã, constatou que o vidro procurava se orientar
perpendicularmente ao campo magnético. Por outro lado, fazendo passar por esse mesmo
Faraday descobriu que o plano de polarização da luz era rodado; descobriu, também, que
fenômeno - que cou conhecido como efeito Faraday - sugeriu-lhe a ideia de que o campo
magnético não poderia estar apenas connado no ferro, níquel e cobalto (como já era conhe-
sentido de conrmar essa tese, vericou que nem todos os corpos reagem da mesma maneira
na presença de um campo magnético. Alguns deles, como por exemplo, o ferro, conduz bem
o campo magnético, fazendo convergir às linhas de força desse campo através de si próprio.
A esse grupo de substâncias denominou de paramagnéticas. Por outro lado, outros corpos,
magnético, divergindo suas linhas de força através de si mesmos: tais corpos receberam de
Faraday a denominação de diamagnéticos. É oportuno dizer que foi por essa ocasião que
Entre 1845 e 1847, o físico alemão Franz Ernst Neumann (1798-1895) trabalhou na
monstrou que a força eletromotriz induzida em um dado circuito é igual a variação temporal
11
do uxo magnético que o atravessa. Ainda por essa ocasião, Neumann mostrou que a mag-
netização ~
M e o campo elétrico ~
H são relacionados pela expressão: ~
M ~ , onde k é o
= kH
Em 1846, o físico alemão Wilhelm Eduard Weber (1804-1891) publicou o livro intitu-
diamagnetismo (no qual a polarização magnética induzida nos corpos por um campo magné-
tico externo é contrária a direção deste), Weber postulou a existência de circuitos moleculares
amperianos nos quais a resistência ôhmica é nula, de modo que um campo magnético externo
causa correntes induzidas nesses circuitos. No entanto, embora o uxo magnético através dos
circuitos moleculares permaneça nulo, as correntes induzidas, cujas direções são dadas pela
lei de Lenz (1834), explicam o diamagnetismo. Essa explicação, contudo, apresentava dicul-
dades, uma vez que, segundo a mesma, todos os corpos seriam diamagnéticos. Weber admitiu
que no ferro e nas outras substâncias magnéticas existiam correntes moleculares permanentes
cujos planos eram orientados pelo campo magnetizante externo. Tais correntes assim orien-
paramagnéticas seriam aquelas para as quais o paramagnetismo seria forte o bastante para
(1821-1894) publicou o ensaio intitulado Essay on the Conservation of Force (Ensaio sobre a
Conservação da Forças) no qual demonstrou que as correntes elétricas induzidas poderiam ser
em 1847, principalmente os relacionados com o cálculo da força magnética sobre "polos mag-
materiais magnéticos. Foi ainda por essa ocasião que Thomson apresentou a famosa relação
zação ~,B
M ~ = ~
H ~ . Alias, é oportuno destacar que Thomson distinguiu os dois vetores
+ 4π M
~
B e ~,
H para os quais chamou de força magnética de acordo com a denição eletromagnética
e força magnética de acordo com a denição polar, respectivamente. Ainda nessas pesquisas,
12
~ =
(M ~
χH ) e a permeabilidade magnética µ para representar a relação entre ~
B e ~ (B
H ~ =
~
µ H ) (registre-se que foi o físico e matemático escocês James Clerk Maxwell (1831-1879)
tecnológicas importantes, tais como motores e geradores elétricos. É oportuno destacar que
com o desenvolvimento da Mecânica Quântica, a partir de 1925, abriu caminho para novas
e cobalto (Co) e dotadas de pequenas quantidades de alumínio (Al), cobre (Cu) e titânio (Ti),
a palavra que vem da junção das siglas dos elementos químicos alumínio, níquel e cobalto,
permitiram a fabricação de ímãs com produto energético em torno 43kJ/m3 de liga. Outro
de neodímio-ferro-boro. Sendo cerca de 100 vezes mais potentes que os ímãs de aço-carbono,
esses novos ímãs possibilitaram que muitas aplicações tecnológicas (em especial motores
eciência [15].
Outra descoberta que agitou os meios acadêmico e tecnológico, foi de um fenômeno que
cou conhecido como magnetorresistência gigante (MRG), em 1988. Esta descoberta, que
deu o Prêmio Nobel de Física de 2007 para Albert Fert e Peter Grünberg, ocorreu na França
da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Apesar de ser uma descoberta rela-
tivamente recente, o fenômeno já é utilizado na enorme maioria dos cabeçotes de leitura dos
discos rígidos de computadores e toda uma nova área da Física, conhecida como spintrônica,
4.2 Pedagógica
4.2.1 Abordagem Progressista de Freire
13
De acordo com Paulo Freire, o conhecimento não pode ser inserido no educando pelo
educador, já que ele se equilibra entre a teoria e a prática, entre a liberdade e a autoridade.
construtor crítico e criativo da sua história, procura o conhecimento quando se envolve nas
freiriana também possui um alicerce democrático, valoriza o diálogo como ponto principal de
reexão da ação social. Segundo ele, os debates devem ser originados de temas estruturadores,
devem proporcionar uma intervenção na prática social ou uma alteração na compreensão dos
A saber, tema estruturador é uma espécie de área de interesse, que apresenta um ordena-
mento sistêmico interno, com linguagens, conceitos, procedimentos e objetos próprios. Cada
tema pode ser dividido em unidades temáticas, que seriam subdomínios mais ou menos autô-
[18]. Sob essa perspectiva os temas estruturadores adquirem uma extrema importância. Eles
não somente promovem uma articulação mais lógica de ideias, procedimentos e conteúdos,
pela vida em sociedade. À semelhança dos temas geradores de Freire, não obstante suas
consideram como fundamental o diálogo com os aprendizes, tanto para conhecer os educan-
dos (sua percepção da realidade, suas necessidades desejos e aspirações), quanto para formar
programas de ensino.
14
[...] aquela em que ideias expressas simbolicamente interagem de maneira
interação não é com qualquer ideia prévia, mas sim com algum conhecimento
aprende [20].
signicativa é dinâmico e ao passo que o subsunçor serve de base para o novo conhecimento
ele também se modica, tornando-se mais elaborado. Ausubel destaca que o mais importante
para uma aprendizagem signicativa é o conhecimento prévio do aluno e que tudo deve partir
dele [20].
Para que ocorra uma aprendizagem signicativa, devem-se ter as seguintes condições:
que o ensino de Física tenha como base a contextualização do fenômeno a ser estudado e a
No caso dos novos conceitos não se relacionarem com subsunçores da estrutura cogni-
tiva do aprendiz, haverá neste momento o que Ausubel chama de Aprendizagem Mecânica.
armazenado de maneira arbitrária e literal na mente do indivíduo. O que não signica que
esse conhecimento seja armazenado em um vazio cognitivo, mas sim que ele não interage de
forma signicativa com a estrutura cognitiva preexistente, não adquire signicado. Durante
certo período de tempo, a pessoa é inclusive capaz de reproduzir o que foi aprendido me-
canicamente, mas não signica nada para ela. Porém, nem sempre existem subsunçores na
estrutura cognitiva do aprendiz, no que tange o novo assunto que será tratado [22]. As-
15
sim, Ausubel propõe uma solução chamada de organizador prévio, sendo um recurso que
servirá de ponte cognitiva entre aquilo que o aluno já sabe e o que ele deveria saber para
enunciado, um texto, uma gura, uma imagem, um lme, uma simulação computacional, um
lho é colocado por Moreira onde deixa claro que, sobre o ensino de física, apenas um tipo
De acordo com Novak, os mapas conceituais são ferramentas que possibilitam a orga-
dentro de guras geométricas, como elipses, retângulos, círculos, conectados por linhas e
Podem ser traçados para toda disciplina, subdisciplina ou um tópico especíco, reu-
nindo os conceitos relevantes para representação do conteúdo, mas devem ser introduzidos
quando os alunos já tiveram contato com o material a ser aprendido. Além disso, não
texto explicativo, pois existem diversas maneiras de expor conceitos e suas relações em um
mapa conceitual. Os mapas conceituais podem ser usados como instrumentos de ensino e/ou
Contudo, em cada uma dessas aplicações, mapas conceituais sempre podem ser interpretados
foi criada por Novak como uma forma de aplicação da teoria de aprendizagem de David
Ausubel [25].
16
4.3 Física
4.3.1 Momento Angular e Momento Magnético
4.3.1.1 O Elétron e o Magnetismo
essencial para que os alunos possam ter uma compreensão da ligação entre os fenômenos mag-
néticos e elétricos são o spin do elétron e o seu orbital, que a nível atômico nos dão a relação
entre campo elétrico e campo magnético, mostrando que mesmo em um nível fundamental,
eletromagnetismo.
Quanto ao spin do elétron é importante destacar que conhecemos pouco sobre o seu
ensino médio.
Segundo Ramalho, os fenômenos magnéticos são explicados pelos movimentos das car-
comportamento de alguns de seus elétrons. Um elétron origina, em uma visão clássica que
considera o átomo como sendo constituído de um núcleo central formado por prótons (carga
elétrica positiva) e nêutrons (carga elétrica nula) no qual giram ao redor elétrons (carga elé-
trica negativa), um campo magnético de dois meios diferentes: um seria através do movimento
17
Figura 4.1: Campo magnético gerado pelo movimento de translação em torno do núcleo.
Esse fenômeno é conhecido como efeito spin -órbita e sendo o outro o movimento de
rotação em torno do seu eixo central (denição clássica de spin conforme a Figura 4.2).
Figura 4.2: Campo magnético gerado pelo movimento de rotação do elétron em torno do seu eixo
central.
percorrendo uma espira circular, onde a direção e o sentido das linhas de indução podem
ser denidos pela regra da mão direita (polegar no sentido da corrente e os outros dedos
caso (Figura 4.2), o elétron pode ser visualizado como uma pequena nuvem esférica de carga
negativa girando ao redor de um eixo. Esse movimento gera, novamente, um campo magnético
semelhante ao de uma espira circular percorrida por corrente elétrica. Em ambos os casos,
geram pólos norte e sul equivalendo a um pequeno imã, denominado ímã elementar.
18
Figura 4.3: Regra da mão direita.
~ = m~r × ~v
L (4.1)
No caso de uma órbita circular de raio r = |~r| e velocidade v = |~v |, o vetor momento
Um corpo em movimento de rotação em torno de um eixo que passa por ele também
19
Figura 4.4: Momento angular gerado pelo movimento de rotação do elétron.
Em uma visão clássica, quando uma partícula gira em um movimento de rotação, esta
possui uma grandeza associada chamada de momento angular e quando esse eixo é bem de-
nido ele passa a ser denominado de momento angular intrínseco. O spin é uma propriedade
intrínseca das partículas quânticas, na qual se pode fazer uma analogia com a visão clássica.
(como a Terra girando em torno de um eixo que passa pelos polos) é chamado
dessas partículas, e que, no entanto tem pouca semelhança com o que acontece
classicamente [27].
atômico clássico e nos apoiar num conceito quântico, o conceito de orbital. Sendo os orbitais,
regiões dentro da eletrosfera onde há maior probabilidade de encontrar elétrons [28]. Porém
cada orbital pode haver no máximo dois elétrons. Quando isto acontece dizemos que ele está
20
Figura 4.5: Dois elétrons em um orbital completo.
Um ponto importante que se deve atentar é que os elétrons dentro de um orbital com-
pleto possuem spins contrários, fazendo com que eles não inuenciem no campo magnético
do átomo do qual fazem parte. Porém, se estiverem sozinhos em orbitais incompletos, con-
a superfície e módulo igual à área A, o momento magnético orbital será dado por µ ~ [29].
~ = iA
Considerando o elétron com massa m, carga q e a uma distância r do núcleo e descrevendo
µ = iA = iπr2 (4.3)
21
i = q/∆t (4.5)
i = qv/2πr (4.6)
µ = qvr/2 (4.7)
vr = L/m (4.8)
µ = qL/2m (4.9)
−e ~
µ
~= L (4.10)
2m
Figura 4.6: Momento angular e o momento magnético gerados pelo movimento orbital do elétron.
22
~ ) é quantizado, isto é, pode
Segundo a mecânica quântica, o momento angular orbital (L
assumir apenas valores discretos [30]. Esses valores devem ser múltiplos inteiros de ~ = h/2π
onde h = 6, 63.10−34 Js é a constante de Planck. Assim, temos em módulo que:
vr = nh/2πm (4.12)
µ = n(he/4πm) (4.13)
µB = eh/4πm = (1, 6.10−19 C)(6, 64.10−34 Js)/4π(9, 11.10−31 kg) = 9, 27.10−24 J/T (4.14)
órbitas bem denidas em volta do núcleo, o que na realidade não ocorre, e que a órbita tenha
raio r = 5, 3.10−9 m e que tenha uma velocidade com intensidade v = 2, 2.106 m/s, obtêm-se
se que:
µ = erv/2 = (1, 6.10−19 C)(5, 3.10−9 m)(2, 2.106 m/s)/2 ≈ 9, 3.10−24 J/T (4.15)
23
O momento magnético intrínseco ou de spin (S~ ) de um átomo é denido por:
−e ~
µ~s = S (4.16)
m
Onde ~
S é o momento angular intrínseco dos elétrons. Sendo que ~
S não pode ser aferido.
Contudo, sua projeção em qualquer eixo pode ser medida. Observando que uma componente
medida de ~ é
S quantizada.
~z
Sendo S uma componente do momento angular intrínseco, no eixo z. Sua quantização
Sz = ms ~ (4.17)
1
ms = ± (4.18)
2
h
~= (4.19)
2π
Onde ms é o número quântico de spin. Logo, o momento magnético de spin na primeira
órbita de um átomo é:
1 e h eh
µs = = = µB = 9, 27.10−24 JT −1 (4.20)
2 m 2π 4πm
Onde se verica que o momento magnético do spin é idêntico ao magnéton de Bohr (µB ).
uma esfera de raio r = 3.10−15 m e conhecendo o magnéton de Bohr, temos que a intensidade
da velocidade do elétron sobre o seu próprio eixo é:
3µB
v= = 3(9, 27.10−24 Am2 )/(1, 6.10−19 C)(3.10−15 m) ≈ 6.1010 m/s (4.21)
er
Fica evidente uma inconsistência Física nesse resultado, pois a maior velocidade na
ximadamente 3.108 m/s. Conclui-se que a abordagem clássica não é correta para o momento
magnético do spin. Ou seja, não podemos considerar o elétron como uma esfera com distri-
24
4.3.1.5 O Momento Magnético Total
momento orbital é normal ao plano da órbita e o do spin é paralelo ao eixo de rotação [32].
O momento associado a esses movimentos é uma quantidade vetorial e pode ser escrito como:
e ~ ~
~ + µ~s = −
µ~t = µ (L + 2S) (4.22)
2m
Observe que o momento magnético total é decorrente de uma soma vetorial, o que
implica dizer que pode existir uma posição em que o átomo não apresente momento magnético
total, como no caso dos materiais diamagnéticos. Existe também a possibilidade em que
As correntes elétricas geram campos magnéticos, sendo o vácuo o meio que circunda os
troímãs quase sempre usam núcleos de ferro para aumentar o campo magnético e conná-lo
dos computadores estão ligados diretamente as propriedades magnéticas dos materiais. Por
está criando uma rede de ímãs microscópicos no interior do disco. Portanto, é importante exa-
minar alguns aspectos das propriedades magnéticas dos materiais, tais como a magnetização
e a suscetibilidade magnética.
O campo magnético que é gerado por um circuito de corrente ou por um ímã de barra é
25
~.
H As unidades para ~
B é o tesla. Tanto ~
B como ~
H são vetores de campo, sendo caracteri-
zados não somente pela sua magnitude, mas também pela sua direção no espaço. A força do
Figura 4.7: Solenoide de N voltas percorrido por uma corrente I e comprimento L e cujo meio é o
~ ) é dado por
A intensidade (módulo) do vetor campo magnético (H H = N I/L, como
~ = µH
B ~, a intensidade do vetor indução magnética é:
B = N µI/L (4.23)
X
~ =
M µ
~ /V (4.24)
Para que haja magnetização é necessário que a média dos momentos magnéticos aponte
para a mesma direção. Os momentos de dipolo magnético que consideramos como correntes
26
microscópicas são fontes da indução magnética ~.
B O vetor campo magnético está associado
~ = µ0 (H
B ~ +M
~) (4.25)
~ = χm H
M ~ (4.26)
Essa grandeza que surge dessa relação χm é adimensional e foi chamada de susceptibili-
µ= µ0 (1 + χm ) (4.27)
µr = (1 + χm ) (4.28)
meabilidade do meio ca igual a do vácuo (onde não há partículas para se magnetizarem)
µ = µ0 .
Praticamente todos os livros a nível médio que trazem informações referentes aos mate-
riais magnéticos, abordam apenas os materiais ferromagnéticos e quase nada, quando trazem,
exemplo os antiferromagnéticos.
27
4.3.3.1 Diamagnéticos
que persiste somente enquanto um campo magnético externo está sendo aplicado [33]. Ele
é induzido através de uma alteração no movimento orbital dos elétrons, onde não há contri-
como indica a Tabela 4.1 e uma permeabilidade relativa µr ligeiramente menor do que um, em
geral da ordem de 0,99990 até 0,99999 para sólidos e líquidos. As suscetibilidades magnéticas
Figura 4.8: Disposição dos momentos magnéticos nos materiais diamagnéticos quando o campo
~
magnético externo é nulo (H = 0) ~
e diferente de zero (H 6= 0).
28
Tabela 4.1: Suscetibilidades magnéticas χm de alguns materiais diamagnéticos para uma tempera-
◦
tura de 20 C [29].
Mercúrio - 2,9
Prata - 2,6
Chumbo - 1,8
Cobre - 1,0
Outros exemplos são os gases nobres (He, Ne, Ar, Kr, Xe) e os sólidos que formam
ligação iônica, como NaCl, KBr, LiF e CaF2 , cujos átomos trocam elétrons para completar
suas camadas.
4.3.3.2 Paramagnéticos
néticos externos, ou seja, os momentos magnéticos dos átomos estão distribuídos de forma
aleatória [33]. Contudo, em presença de um campo magnético externo, criam uma pequena
dipolos se alinham com o campo externo, eles o aumentam, dando origem a uma permea-
bilidade relativa µr maior que uma unidade e uma suscetibilidade magnética relativamente
pequena e positiva.
29
Figura 4.9: Disposição dos momentos magnéticos nos materiais paramagnéticos quando o campo
~
magnético externo é nulo (H = 0) ~
e diferente de zero (H 6= 0).
entre 10−5 e 10−2 no Sistema internacional (SI) e que as permeabilidades relativas cam entre
1 e 1, 01 [12], conforme a Tabela 4.2. Ele também nos diz que a tendência ao alinhamento
Material Paramagnético χm
Alumínio 2, 2.10−5
Gás oxigênio 1, 9.10−4
Platina 2, 6.10−4
Sódio 7, 2.10−6
Urânio 4.10−4
A maioria das substâncias são paramagnéticas [6], por exemplo, manganês, cromo,
30
Em algumas literaturas [6, 33] os materiais diamagnéticos e paramagnéticos são consi-
derados não-magnéticos, pois, eles somente exibem magnetização quando estão na presença
4.3.3.3 Ferromagnéticos
sença de um campo magnético sendo atraídos fortemente por ímãs [7], tais como o ferro, o
níquel e o cobalto.
Weiss ou simplesmente domínios magnéticos. Sendo que estes domínios podem estar distri-
buídos aleatoriamente, conforme a Figura 4.10, fazendo com que o campo magnético total
desses domínios em qualquer direção seja nulo. Porém, quando submetidos a um campo
original.
31
Figura 4.11: Domínios magnéticos alinhados com o campo magnético externo ~.
H
provoca o desagregamento dos domínios magnéticos, até que atinjam o ponto Curie, onde está
[7]. Vale a pena destacar que o desempenho de um ímã pode ser comprometido por altas
temperaturas e através de choques mecânicos, devendo-se evitar quedas e pancadas, para que
◦
Material ferromagnético Ponto Curie ( C)
Ferro 770
Cobalto 1130
Níquel 358
Magnetita 580
Nicromo 300
Gadolíneo 16
Disprósio -168
32
4.3.3.3.2 Histerese Magnética
ras dos domínios magnéticos não retornam exatamente as posições originais [7]. Persistindo
uma imantação residual, na qual é desprezível no caso do ferro doce, ferro praticamente
puro, mas é signicativa no caso do aço e pode ser muito intensa no caso do alnico (liga de
alumínio, níquel, cobalto, cobre e ferro), do permalloy (liga de ferro e níquel), etc. Ramalho
magnético externo como histerese magnética [6]. Essa retenção de campo magnético é que
A Figura 4.12 traz o gráco denominado de curva de histerese, que relaciona a mag-
Reduzindo-se o campo aplicado a zero, nota-se que ainda resta uma magnetização residual no
33
Figura 4.12: Curva de Histerese
pois a área dentro da curva representa a perda de energia magnética por unidade de volume
com o calor gerado dentro da espécie magnética e é capaz de elevar sua temperatura [33].
Os materiais ferromagnéticos são classicados como moles ou duros, com base nas suas
características de histerese.
Os materiais magnéticos moles são usados em dispositivos que são submetidos a campos
magnéticos alternados e onde as perdas de energia têm que ser baixas; um exemplo familiar
consiste nos núcleos de transformadores. Por esse motivo, a área relativa no interior do ciclo
de histerese deve ser pequena; ela é caracteristicamente na e estreita, como está representado
na Figura 4.13. Consequentemente, um material magnético mole deve possuir uma elevada
permeabilidade inicial, além de uma baixa coercibilidade. Um material que possui essas
34
Figura 4.13: Curva de magnetização: material mole e duro [33]
Os materiais magnéticos duros são utilizados em ímãs permanentes, pois possuem uma
bem como uma baixa permeabilidade inicial e grandes perdas de energia por histerese. As
4.3.3.4 Antiferromagnéticos
rer em materiais que não são ferromagnéticos. Em um desses grupos, esse pareamento resulta
opostos se cancelam uns aos outros, e, como consequência, o sólido como um todo não possui
35
Figura 4.14: Disposição dos momentos magnéticos nos materiais antiferromagnéticos [37].
pareamento visto na Figura 4.14 desaparece quando o material deste tipo atinge uma tempe-
ratura conhecida como temperatura Néel. Nas temperaturas acima desse ponto, os materiais
◦
Material Antiferromagnético Ponto de Néel ( C)
Crômio 39
Manganês - 173
ser ocupados pelos elétrons. A caracterização de cada elétron no átomo se dá por meio dos
Onde n representa o número quântico associado aos níveis de energia En permitidos aos
36
O número quântico l , chamado de número quântico orbital ou azimutal, é o módulo do
cada valor de l , o número quântico ml apresenta valores inteiros entre −l ≤ ml ≤ +l, ou seja,
os valores de ml podem ser nulos, positivos ou negativos, porém, o módulo desse número é
n l ml
1 0 0
2 0 0
2 1 -1,0,1
3 0 0
3 1 -1,0,1
3 2 -2,-1,0,1,2
4 0 0
4 1 -1,0,1
4 2 -2,-1,0,1,2
4 3 -3,-2,-1,0,1,2,3
Para o preenchimento da estrutura eletrônica dos átomos pode-se utilizar três regras
[40, 41]:
- Dois elétrons em um átomo não podem ter os quatro números quânticos iguais. Este
- Os elétrons devem ser distribuídos de tal modo que seus spins estejam o mais paralelos
possíveis (Regra de Hund) para minimizar a energia. Para isso, distribui-se primeiro os spins
para cima até completar todas subcamadas ml possíveis e posteriormente inicia-se a colocação
dos spins para baixo.
37
Um esquema feito para auxiliar na distribuição dos elétrons pelos subníveis da eletros-
d apresentando uma conguração s 1 d5 e s1 d10 . Ainda se tem outros elementos que não se
enquadram nesta regra, como a Platina (Pt), o Nióbio (Nb), o Urânio (U), entre outros.
38
92 U : 1s2 , 2s2 , 2p6 , 3s2 , 3p6 , 4s2 , 3d10 , 4p6 , 5s2 , 4d10 , 5p6 , 6s2 , 4f 14 , 5d10 6p6 , 7s2 , 5f 3 , 6d1
Além desses temos o Rutênio, o Ródio, o Paládio. Além de uma grande número de
Lantanídeos e Actinídeos.
ção eletrônica em muitos casos onde Pauling falha é o diagrama de Rich-Suter. Observando
que este também tem diculdades de determinar a distribuição dos elementos Cério (Ce),
Protactínio (Pa), Urânio (U), Neptúnio (Np) e Cúrio (Cm), devido possuírem congurações
39
a série metais de transição [43].
Figura 4.17: Diagrama de Rich-Suter: 2
40
Figura 4.19: Diagrama de Rich-Suter: Lantanídeos. Sendo que a conguração eletrônica do Ce não
é correta. [43].
que cada curva representa a energia dos orbitais. Dos grácos tiramos que quanto maior
o número atômico do elemento menor será as energias dos seus orbitais, tornando-os mais
estáveis. Observe que os orbitais d se estabilizam de forma mais acentuada que os orbitais s,
uma explicação plausível decorre da inuência do núcleo ser maior nos orbitais d, que estão
mais próximos do que os orbitais s. Nota-se que em determinado ponto as curvas se cruzam,
ocorrendo uma inversão, onde o orbital d torna-se menos energético que o orbital s, sendo
Um ponto interessante desse modelo é que a energia dos elétrons de spins contrários
não são a mesma, logo temos uma energia para spins +1/2 (α) e outra para spins -1/2 (β )
no mesmo orbital.
41
Figura 4.20: Identicação dos pontos de energia dos orbitais dos subníveis 4s e 3d do Cromo no
Diagrama de Rich-Suter.
Deve-se seguir a ordem crescente de energia, logo se terá a sequência 4sα, 3dα, 4sβ e
3dβ . Lembrando que o cromo possui nos orbitais 4s e 3d um total de 6 elétrons a serem
distribuídos, onde 4sα suporta 1 elétron ( spin para cima) - recebe 1 elétron, 3dα suporta 5
elétron ( spins para cima) - recebe 5 elétrons, observe que já foram distribuídos os 6 elétrons,
assim os orbitais 4sβ que suporta 1 elétron ( spin para baixo) e o 3dβ que suporta 5 elétron
O mesmo pode ser feito para os demais elementos da tabela periódica tais como podemos
42
Figura 4.21: Distribuição eletrônica da 1
a série metais de transição através do diagrama de Rich-
Suter.
Suter.
43
Figura 4.23: Distribuição eletrônica da 3
a série metais de transição através do diagrama de Rich-
Suter.
relhados nos subníveis mais energéticos e os diamagnéticos por possuírem orbitais completos,
ou seja, não apresentam elétrons desemparelhados nos subníveis de maior energia. Pode-se,
através da distribuição eletrônica dos elementos que compõe a tabela periódica, classicá-los
Como exemplo, observe a gura 4.21, nas distribuições eletrônicas apenas os elementos
químicos Cobre (Cu) e Zinco (Zn) apresentaram o subnível d completo, ou seja, com todos
44
Figura 4.24: Materiais magnéticos na tabela periódica [44].
45
Capítulo 5
Resultados
dos livros didáticos utilizados no ensino médio sobre os materiais magnéticos [1, 3, 4, 5,
6, 7], buscou-se elaborar um material que suprisse essa deciência. Para isso, foi necessário
realizar uma promoção para o ensino médio de alguns assuntos encontrados apenas nos livros
acadêmicos [8, 29, 33, 34, 45], tais como: a diferenciação do campo indução magnética ~
B e
do campo magnético ~,
H que no ensino médio são apresentados como sinônimos; o conceito
Este produto educacional foi organizado em atividades partindo do mais geral para o
mais especíco, valorizando sempre os conteúdos anteriormente abordados para que possam
fazer parte do cognitismo do leitor e servir de ancoragem para os novos assuntos que vi-
possuam um conhecimento prévio sobre uma determinada atividade possa iniciar seus estu-
dos na atividade seguinte sem prejudicar sua aprendizagem como um todo. No início, de
cada atividade possui uma pequena apresentação sobre os assuntos que serão abordados e no
Outro cuidado na elaboração deste material foi a diversicação das ferramentas de en-
sino, tais como a história das ciências, aplicações no cotidiano, experimentos de baixo custo,
46
simulações computacionais, etc., possibilitando ao educador escolhas de ferramentas que me-
que cada uma destas vertentes tem seu valor, mas também suas limitações
exclusivas. Julgo que é um erro ensinar Física sob um único enfoque, por
mais atraente e moderno que seja. Por exemplo, ensinar Física somente sob a
Física apenas sob a perspectiva histórica, também não me parece uma boa
de Física[24].
Observa-se que neste material não foi desprezado o formalismo matemático, porém, foi
dado enfase aos aspectos qualitativos referentes ao estudo conceitual. No desenvolver deste
material, houve a preocupação de se utilizar uma linguagem clara e simples na busca de uma
magnetismo, fonte dos principais conhecimentos prévios necessários para a compreensão dos
materiais magnéticos, Observando que, a princípio, essa abordagem é uma revisitação a esse
conteúdo.
Atividade 2: Apresenta aos alunos os mapas conceituais, suas aplicações e como construí-
los.
ticas, explorando conceitos como spin, spin -órbita, momento angular e momento magnético.
Atividade 4: Procura diferenciar o campo magnético ~,
H campo indução ~
B e a magne-
47
Atividade 5: Dene e identica as características dos principais materiais magnéticos,
relacionando-os com a tabela periódica e com algumas das suas possíveis aplicações.
Para Ausubel, o ponto mais importante para que se chegue a uma aprendizagem sig-
nicativa são os conhecimentos que o aluno possui, cabendo ao professor determinar estes
e ensinar de acordo [46]. Para isso foi elaborado um teste com o intuito de vericar qual
a bagagem cognitiva dos alunos com relação aos materiais magnéticos e consequentemente
falar de teste automaticamente era associado a ideia de nota bimestral. Por isso foi informado
aos alunos que este não valeria nota e que deveriam responder apenas o que realmente sabiam
Este teste foi composto de 11 questões abertas e conceituais procurando abranger vá-
classicadas em três categorias, para uma melhor vericação de possíveis erros conceituais.
a
- 1 categoria: correta;
a
- 2 categoria: resposta incompleta ou parcialmente correta;
a
- 3 categoria: resposta incorreta (aqui se enquadram as questões não respondidas).
48
Tabela 5.1: Classicação das respostas dos alunos em incorretas, parcialmente corretas (incom-
pletas) e corretas, referente as questões do teste de vericação dos conhecimentos prévios e suas
respectivas porcentagens.
1 0 3 19 - 13,64 86,36
2 0 20 2 - 90,91 9,09
5 0 1 21 - 4,55 95,45
6 0 0 22 - - 100,00
8 0 0 22 - - 100,00
9 0 0 22 - - 100,00
10 0 0 22 - - 100,00
11 0 0 22 - - 100,00
Figura 5.1: Gráco da relação entre o número de alunos e as suas respostas do teste de vericação
a
Quanto a análise da 1 questão, cujo enunciado era O que você entende por materiais
magnéticos?, para se considerar como uma resposta correta ela deveria estar relacionada
49
com o momento magnético do átomo, constituinte de toda a matéria.
Observou-se que a maioria dos alunos não conseguiu responder de forma coesa o questio-
namento. Os que tentaram responder, foram incoerentes com a pergunta. Entre as respostas,
um dos alunos ligou o conceito de material magnético ao de campo magnético são mate-
riais que possuem campos magnéticos, outros ligaram a propriedade de atrair materiais,
outro aluno relacionou os materiais magnéticos à questão atômica, mais especicamente aos
elétrons, prótons e nêutrons. O aluno respondeu da seguinte maneira: material que tem
seus recursos envolvendo elétrons, prótons e nêutrons. Nenhum aluno respondeu de forma
Na segunda questão, cujo enunciado era Você poderia citar exemplos de materiais mag-
néticos?, as respostas dos alunos foram classicadas de acordo com as categorias denidas
anteriormente. Sendo que a resposta seria considerada correta se fosse dado, pelo menos, um
Observou-se que a maioria dos alunos associou os materiais magnéticos aos ímãs por
respostas se mostraram interessantes para analise, entre elas a de um aluno que de certa
maneira diferenciou o ímã natural do articial, além de citar o alumínio como material
magnético. Dois alunos associaram uma aplicação no lugar do material, no caso a bússola no
lugar do ímã. Outro aluno citou como material magnético a luz. Essa relação possivelmente
e similares.
cipalmente o ferro e o ímã. Esse conhecimento prévio será útil para que os alunos alcancem
A terceira questão procurou vericar se os alunos sabem onde são utilizados os materiais
magnéticos no seu cotidiano. Considerando a questão, Onde você pode encontrar materiais
magnéticos no seu dia-a-dia?, para que esta seja considerada correta a resposta deveria conter
objetos do cotidiano do aluno que possuam materiais magnéticos. Caso seja dado apenas um
exemplo a questão será considerada incompleta, visto a grande quantidade de objetos que
Observou-se que a maioria dos alunos tem uma noção sobre a aplicabilidade dos mate-
riais magnéticos no seu cotidiano. Isso pode ser vericado pela soma das respostas corretas
50
associaram os materiais magnéticos à fenômenos relacionados à ímãs e a indução eletromag-
nética, entre as respostas destacam-se objetos como computadores, geladeira, celulares, auto-
falantes, televisão, fone de ouvido. Houve alunos que responderam de forma mais abrangente
não pode ser desconsiderado, visto que esta apresentou maior porcentagem em comparação
as outras.
Na quarta questão, cujo enunciado era Você conhece alguma aplicação tecnológica que
utiliza materiais magnéticos? Caso conheça cite-as., a resposta seria considerada correta se
fosse dado pelo menos um exemplo de aplicação que envolva indução eletromagnética e que
maioria dos alunos sobre o uso dos materiais magnéticos e sua importância para a tecnologia
atual, o outro é que entre todas as questões foi a que teve o maior número de acertos. Pode-se
destacar entre as respostas a de um aluno que citou os trens-balas, Sim, trens que utilizam
ímãs e assim conseguem alcançar altas velocidades por não haver atrito. outro aluno deu
ressonância magnética.
são as hidrelétricas. Você saberia dizer qual a importância dos materiais magnéticos para a
produção de energia nas hidrelétricas?, a resposta seria considerada correta desde que rela-
cionasse os materiais magnéticos aos geradores, mesmo que supercialmente. Nenhum aluno
acertou a questão, na melhor das respostas, o aluno relacionou a variação do campo magnético
um ímã? Em caso armativo explique.. A resposta para ser considerada correta deveria
respostas dos alunos não se teve respostas corretas nem parcialmente corretas, mostrando
magnético.. Para que seja considerada correta, todas as relações deveriam ser certas e ape-
nas duas para as parcialmente corretas. A maioria das respostas dos alunos foi incorreta,
51
Nas questões seguintes, da oitava a décima primeira, cujos os enunciados são respecti-
~ ) e o campo magnético
vamente Qual a diferença entre o campo de indução magnética (B
~ )?; Já ouviu falar sobre a temperatura Curie? Em caso armativo comente.; Já ouviu
(H
falar sobre a temperatura Néel? Em caso armativo comente.; Você sabe o que é Histerese
Baseados nos resultados do teste, foi possível vericar que se trata de um assunto novo
para os alunos e que estes associam instintivamente os materiais magnéticos aos materiais
ferromagnéticos e aos ímãs, devido ao fato destes possuírem propriedades magnéticas mais
organizadores prévios que facilitem o diálogo entre o conhecimento prévio dos alunos e o novo
Este capítulo trata dos aspectos relacionados à aplicação do produto, relatando as ati-
didática relacionada ao produto, os alunos tiveram contato com assuntos que serviram de
que se encontram relacionados na Tabela 5.2. Observa-se que o produto educacional traz mais
informações do que as exploradas nesta sequência didática, visto que o produto deve apresen-
tar ferramentas diversicadas que possibilitem suas utilizações nas mais diversas realidades
educacionais. Esta sequência foi realizada na escola Centro de Ensino Médio Benjamim José
de Almeida no estado do Tocantins no qual a disciplina Física possui três aulas semanais com
instituições de ensino.
52
Número Tópicos Objetivos Tempo (no de au-
las)
1 Cargas elétricas e Conhecer as cargas 2
elas.
ador de interações a
distância.
de corrente elétrica,
relacionando-o com a
campo elétrico.
representações de
campos de ímãs.
magnéticos e o campo
magnético terrestre.
rente elétrica.
53
Em seguida se fará uma descrição das aulas relacionadas à sequência didática referente
Este primeiro encontro teve a duração de duas horas-aulas. Nele, houve uma conversa
los sobre a necessidade do comprometimento pessoal para se obter uma aprendizagem sig-
nicativa e que esta somente ocorreria se o próprio aluno tivesse o interesse em aprender.
Ressaltou-se a importância da troca de ideias com os colegas e professor a respeito dos textos,
a turma foi consultada sobre o interesse em participar, como resposta houve uma aceitação
unânime. Em seguida foi distribuído aos alunos cópias do material de apoio desenvolvido
nesta pesquisa e lhes foi dito que este serviria de consulta e que as atividades desenvolvidas
em sala de aula estariam presentes neste material. Neste momento foi explicado aos alu-
apoio, não seria trabalhada nas aulas do projeto, pois esses assuntos já tinham sido vistos
em aulas anteriores e que este capítulo serviria de consulta, possibilitando revisá-los a qual-
quer momento e utilizá-los como subsunçores. Na aula seguinte foi realizado um teste com
o intuito de vericar os conhecimentos prévios dos alunos a respeito dos materiais magnéticos.
conceituais como uma ferramenta educacional. Esta teve a duração de duas horas-aulas.
Inicialmente foram apresentados aos alunos os mapas conceituais, onde foi discutido sua
de autoria de Rene de Paula Junior cujo título é aprenda a fazer mapas conceituais, dis-
54
com duração de aproximadamente 12 minutos. Este vídeo orienta como utilizar o programa
computacional gratuito CmapTools, programa criado pelo Instituto Florida para Cognição
Humana e de Máquina (IHMC) e que possibilita aos usuários construir e compartilhar mapas
tismo. Para a construção desse mapa conceitual, foi criado uma lista de conceitos relacio-
nados a esse tema. Sendo os alunos orientados a pegarem os conceitos mais gerais e através
utilizados como recursos didáticos: data-show, computador, caixa de som, pincel e quadro.
coletivo e pelo programa CmapTools. No nal da aula um grupo de alunos comentou que
teriam uma apresentação em forma de seminário, em outra disciplina, e que eles a fariam
sua relação com a grandeza física momento angular e momento magnético, esta atividade
ministrada pelo professor adjunto Dr. Antônio Marcos Helgueira de Andrade do Instituto
de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IF − U F RGS). Este vídeo traz:
a origem do eletromagnetismo nos materiais, associando-o aos movimentos dos elétrons nos
dos materiais magnéticos na revolução industrial e sua utilização nos aparelhos de telégrafos,
motores e geradores elétricos; fala dos avanços da indústria magnética, abordando a utili-
zação dos materiais magnéticos durante a segunda guerra mundial, nas minas marinhas e
nos radares; explica a utilização dos materiais magnéticos na tecnologia Stealth (invisibili-
dade aos radares) e nas tecnologias de informação, das tas magnéticas até os discos rígidos
dos computadores atuais; cita as aplicações dos materiais magnéticos nos ímãs de geladeira,
55
cartões de crédito, alto-falantes, motores elétricos, celulares, guindastes eletromagnéticos,
montanhas russas, nos maglevs (trens-bala), nos carros modernos e na produção de ener-
gia; Destaca a China como maior potência na indústria magnética da atualidade e trás a
movimentação nanceira do mercado dos ímãs permanentes e sua projeção para 2020. Por
todo esse contexto, esta palestra em vídeo se enquadra, de acordo com a teoria de Ausubel,
para o avanço das tecnologias e para a economia, onde foi destacado que esta era uma área
no Brasil, infelizmente, o incentivo a pesquisa é mínimo e que isso colabora para um aumento
Quanto aos alunos, estes caram surpresos com os valores que envolviam esse mercado,
pela China ter um domínio tão grande e com o grande número de aplicações tecnológicas
diálogo estabelecer uma análise crítica da nossa realidade e de fatores que nos tornam sub-
Na aula subsequente foi explicado aos alunos que eles entenderiam melhor a origem das
propriedades magnéticas e que para isso utilizariam um modelo atômico mais familiar para
temos os elétrons. Foi destacado que este não é o modelo atômico adotado atualmente, pois
o atual não fala de orbitas bem denidas e sim de regiões de maior probabilidade de encontrar
elétrons.
forma de bobina um o de cobre, ligando-se nas extremidades duas pilhas grandes em série
e aproximando de alguns clipes, observou-se que estes foram atraídos. Em seguida soltou-se
56
Figura 5.2: Experimento: construindo um eletroímã.
Após esse primeiro momento foi solicitado aos alunos que se dividissem em grupos de
no máximo, cinco membros para que realizassem uma leitura do Texto 1: Eletroímã do
Os alunos também foram informados que suas respostas seriam compartilhadas junto
à turma.
maneira:
de ferro, o de cobre e uma fonte de energia. Montagem: enrole o o de cobre sobre a barra
de metal, formando uma bobina, depois aplique a fonte de energia nos polos do o de cobre.
núcleo que gera mais intensidade, coloque as pontas de cobre em uma pilha e seu eletroímã
estará pronto.
cobre, pilhas grandes, clipes e pregos de ferro pequenos, raspe com uma faca as extremidades
57
nas pilhas.
- Grupo 2: Eletroímã com um núcleo de metal ligado a uma bateria, tem polos como
um ímã forte.
- Grupo 4: A pilha gera uma ddp que gera uma corrente elétrica que gera um campo
magnético.
- Grupo 5: Um solenoide, quando percorrido por corrente elétrica, cria um campo
magnético, apresentando assim uma conguração de campo magnético, então dizemos que
ele se constitui um eletroímã, ou seja, um ímã obtido por meio de corrente elétrica.
- Grupo 2: Os ímãs elementares são os campos magnéticos criados por cada átomo.
- Grupo 4: São os átomos, eles estão orientados, pelo movimento desses átomos se tem
Observa-se pelas respostas obtidas que os alunos tiveram uma boa compreensão do
Na aula seguinte, o conceito de ímã elementar foi retomado e relacionado aos movi-
se obteve a equação que dene o momento magnético orbital, a partir desta demonstração
matemática foi feito alguns questionamentos aos alunos, tais como: O momento magnético
depende de que grandezas físicas?; Se o momento angular de um átomo aumentar, o mo-
Em seguida foi apresentado o momento magnético associado ao spin dos elétrons, neste ponto
58
foi explicado que o spin do elétron é uma propriedade intrinsecamente quântica. Foi refor-
çado que a ideia do elétron como uma bolinha girando é apenas um análogo, pois o elétron
O momento magnético total também foi abordado como sendo a soma vetorial do
momento orbital mais o de spin e que este seria a forma mais fundamental de magnetismo,
ou seja, que cada átomo que apresenta momento magnético resultante se comporta como um
onde o professor exerce o papel de mediador entre o conhecimento e os alunos, buscando uma
magnetização ~
M em um material e relacioná-los com a permeabilidade e a suscetibilidade
no material de apoio, que serviu de organizador prévio, através dela foi reforçado que a
diferença de potencial ou tensão (ddp) gera uma corrente elétrica e que associado a esta temos
um campo magnético ~,
H ou seja, um campo externo ao material, Também foi explicado
que este campo gera dentro do material um outro campo denominado de campo indução
da equação ~ = µH
B ~ onde µ é chamado de permeabilidade magnética e que esta é uma
equação ~ = χm H
M ~ onde foi destacado que o χm é a suscetibilidade magnética, que esta é
magnetizar.
59
Figura 5.3: Campo magnético ~
H e indução magnética ~
B em um eletroímã.
Esta atividade teve a duração de nove horas-aulas. Tendo como objetivos conhecer e en-
aplicações e exemplos.
mente, para isso foi apresentado, através de slide, a Figura 5.4 que representa o esquema de
zação ~,
M momento magnético associado aos movimentos dos elétrons e ao nal concluindo
que todo material por ser constituído de átomos possuem momentos magnéticos atômicos e
60
Figura 5.4: Orientação dos momentos magnéticos no interior de um material sob a ação de um
campo externo ~.
H
Na aula seguinte foram exibidos um vídeo, disponível no endereço eletrônico: < https :
//www.youtube.com/watch?v = KmQ2cN KQaiQ >, do professor Dr. Kaled Dechoum, da
Universidade Federal Fluminense (UFF), cujo título é Materiais para, ferro e diamagnéti-
cos: visões macro e microscópica, com duração de aproximadamente 9 minutos. Este vídeo
conceitual referente aos pontos abordados no vídeo e trazendo a mais algumas características
dos materiais antiferromagnéticos não tratados no vídeo. A Figura 5.5 traz o mapa conceitual
61
Figura 5.5: Mapa conceitual sobre materiais magnéticos apresentado aos alunos.
62
Em sequência os alunos se dividiram em duplas e responderam, baseados no vídeo e no
de um campo externo ~?
H
5. Quais os materiais magnéticos que apresentam uma fraca magnetização na presença
de um campo externo ~?
H
6. Qual material que não apresenta magnetização na presença de um campo externo
~?
H
Em seguida as duplas se uniram em grupos maiores de, no máximo, seis alunos e troca-
ram informações a respeito de suas respostas chegando a uma resposta em comum, as quais
compartilharam com a turma, tendo o professor como mediador. Quanto as respostas dos
questão, onde a maioria relacionou corretamente os materiais magnéticos aos momentos mag-
néticos e onde tivemos outras respostas interessantes, tais como: É formado por partículas
que podem gerar campo magnético. e são todos os materiais que possuem magnetização
podendo ela ser forte ou fraca.. Esse primeiro contato dos alunos com os materiais magnéti-
grate de lapiseira ligado a um suporte por uma linha de costura na qual se aproxima um
ímã de neodímio, como pode ser observado no produto educacional. Sendo que os alunos
63
Figura 5.6: Montagem do experimento Repelindo o grate".
Após a realização do experimento foi destacado que o grate era um material diamag-
nético e portanto era repelido fracamente pelo campo externo gerado pelo ímã de neodímio.
Sequencialmente foi projetado a Figura 5.7 do material educacional, que retrata a congu-
Figura 5.7: Conguração dos momentos magnéticos em um material diamagnético com e sem a
64
Foi destacado que na ausência de um campo magnético externo ~
H o momento magnético
campo magnético externo sobre um material diamagnético os seus átomos passam a ter
externo. Também foi abordado que os materiais diamagnéticos não possuem a contribuição
do spin do elétron para a sua magnetização, pois apresentam, nos subníveis de maior energia,
No slide seguinte foi projetada a tabela referente aos valores das suscetibilidades mag-
néticas dos materiais diamagnéticos, onde foi explorada a questão dos valores das susce-
A aula posterior inicia-se com a seguinte pergunta: será que os diamagnéticos possuem
sociada ao diamagnetismo. Para uma melhor compreensão deste fenômeno foi passado três
vídeos relacionados aos maglev (trens bala que utilizam a levitação eletromagnética). O
tação magnética. O segundo vídeo disponibilizado pela TV Brasil, tem como título Público
pode viajar no trem que funciona por levitação magnética, na UFRJ, disponível no endereço
eletrônico < https : //www.youtube.com/watch?v = sS6sm ET eAI > com duração de apro-
no Brasil. O ultimo vídeo cujo título é Trem bala MAGLEV em Shangai, disponível no
Após os vídeos foi discutido sobre a importância da implantação de meglevs nos gran-
des centros urbanos, onde foi levantado à questão ambiental; a rapidez dos deslocamentos e
como uma solução para a questão dos engarrafamentos cada vez mais frequentes e maiores
nos grandes centros. Também foram abordados quais seriam as barreira para a implantação
desse projeto, onde foi levantado a questão do interesse político e que poderia ocorrer super-
Esse dialogo foi importante, pois incorporou outras questões como a ambiental, a social
65
e a política, indo de encontro a pedagogia de Paulo Freire. Além disso, seguindo a teoria de
Ausubel, procurou-se utilizar vários recursos didáticos que serviram de organizadores prévios,
como os vídeos, o mapa conceitual, as guras, o experimento, recursos utilizados como ponte
cognitiva entre aquilo que o aluno já sabe e o que ele deveria saber para a possível ocorrência
destacado que o alumínio era um material paramagnético, por isso apresentava uma magne-
tir desta, foi trabalhado a questão da não magnetização deste material na ausência de um
campo externo, onde foi destacado que os momentos magnéticos eram grandezas vetoriais e
que se anulavam quando tinham direções contrarias e foi relembrado que a magnetização é
uma grandeza dada pela soma vetorial dos momentos magnéticos, logo essa soma tendia a
zero. Também foi explicado que quando age um campo magnético externo sobre o material
paramagnético seus momentos magnéticos tendem a ser alinhar produzindo uma pequena
66
Figura 5.9: Conguração dos momentos magnéticos em um material paramagnético com e sem a
respectivas suscetibilidades magnéticas, nesta foi destacado os pequenos valores positivos das
suscetibilidades, da ordem de 10−5 a 10−2 , que indicam uma pequena magnetização no sentido
do campo externo. Também foi colocado que os valores das suscetibilidades magnéticas
do mapa conceitual referente a Figura 5.10. Onde foi destacado que os materiais ferromag-
magnético externo ~
H e que os principais materiais magnéticos eram o ferro, o cobalto e o
níquel.
67
Figura 5.10: Mapa conceitual destacando as características dos materiais ferromagnéticos.
destacando que os materiais ferromagnéticos eram atraídos pelo material que origina o campo
Através destas foi abordado o conceito de domínios magnéticos presente nos ferromag-
néticos e seu comportamento sem e sob a ação de um campo externo e que a interação entre
68
os momentos magnéticos dessas regiões eram responsáveis pela forte magnetização desses
néticos, onde foi explicado que estes materiais possuem suscetibilidades com valores altos,
ciclo de histerese, sendo necessária a retomada de cada passo na construção deste ciclo até
No encontro seguinte foi exibido a Figura 5.12 sendo discutido sobre a disposição dos
tico.
em paramagnéticos e diamagnéticos, para isso foi realizado uma revisão sobre os números
seguida, foram exibidas distribuições eletrônicas onde o diagrama de Linus Pauling falha e
foi apresentada aos alunos uma solução para a maioria dos casos, através do diagrama de
Rich-Suter. Nesse momento foram projetados estes diagramas e feita a distribuição eletrônica
do elemento químico Cromo (Cr), também foi distribuídos os elétrons em seus respectivos or-
bitais, destacando que no Cromo o subnível de maior energia ca incompleto, foi relembrado
aos alunos que os materiais paramagnéticos possuem orbitais incompletos em seu subnível
de maior energia, tendo, portanto contribuição do spin do elétron para sua magnetização,
logo o Cromo é um material paramagnético. Em seguida foi dado outro exemplo, no caso o
69
Cobre (Cu), novamente foi feita a distribuição eletrônica e em seguida a representação dos
elétrons em seus orbitais, desta vez foi observado que nos orbitais de maior energia todos esta-
vam completos, características dos materiais diamagnéticos e que dessa maneira era possível
Na aula seguinte foi solicitado aos alunos que zessem mapas conceituais relacionados
aos materiais magnéticos e que estes deveriam ser entregues ao nal da aula.
Buscou-se nesta análise indícios de uma aprendizagem signicativa dos conteúdos mi-
nistrados referentes aos principais materiais magnéticos, ou seja, vericar como estes estão
organizados na estrutura cognitiva dos alunos e a partir desta denir conceitos que devem ser
se que neste dia não houve faltas e consequentemente todos os alunos criaram seus mapas
logo, faz-se necessário um momento para serem apresentados e discutidos. Dessas acepções,
podemos ressaltar que, ao construir e discutir um mapa conceitual, o aluno explicita relações
o individuo que faz um mapa, seja ele, digamos, professor ou aluno, une dois
conceitos, através de uma linha, ele deve ser capaz de explicar o signicado da
Baseado nisto além da confecção dos mapas conceituais se tornou necessário uma aula
para discutir sobre a construção destes mapas, até para uma troca de informações entre os
70
estudantes e consequentemente uma modicação e consolidação de conceitos presentes na
Quanto aos mapas, construídos pelos alunos, estes foram analisados, segundo Mendonça
[47], de acordo com o número de conceitos, hierarquização, pelas preposições e ligações cru-
zadas.
relacionados aos materiais magnéticos, nos mapas conceituais, a Tabela 5.3 abaixo mostra
exatamente os conceitos citados pelos alunos, o número de ocorrências e sua respectiva por-
centagem.
Campo Magnético ~
H 13 59,09
Magnetização 13 59,09
71
Nesta primeira analise ca claro que, de forma geral, conceitos como suscetibilidade e
permeabilidade magnética devem ser revisitados. Como ponto positivo destaca-se um bom
número de conceitos utilizados nos mapas, que indica que estes termos especícos fazem parte
conceitos.
relacionada a temperatura
de Curie e a temperatura de
Néel.
5 15 0 -
6 13 0 -
7 11 0 -
72
8 6 0 Este mapa apresentou pou-
magnéticos.
9 11 0 -
10 15 0 -
11 10 0 -
em outras armações.
ções.
tras armações.
16 10 0 -
73
19 8 0 Utilizou frases longas que
20 19 0 -
22 7 0 -
Verica-se que a maioria dos mapas apresentam ligações corretas indicando uma boa
compreensão da relação entres conceitos pela maioria dos alunos. observando que alguns
mapas apresentaram deciências, indicando que alguns assuntos devem ser revisitados como
pelos alunos.
O mapa conceitual apresentado pela Figura 5.13, traz como conceito principal os ma-
teriais magnéticos, trazendo uma estrutura hierárquica bem organizada, apresenta varias
74
Figura 5.14: Mapa conceitual número 2 confeccionado por um aluno.
Quanto ao mapa da Figura 5.14, traz como conceito principal os materiais magnéticos,
estrutura de construção do mapa em si, pois, não apresentou conectivos entre os conceitos e
75
O mapa conceitual apresentado pela Figura 5.15, parte do conceito de cargas elétricas,
dos ferromagnéticos.
Quanto ao mapa da Figura 5.16, traz como conceito principal os materiais magnéticos,
apresenta uma boa hierarquização e um bom número de conceitos, não utilizou conectivos
entre os conceitos e trouce frases em algumas caixas que poderiam ser abertas em novas
armações.
A Tabela 5.5 a seguir nos traz o número de ligações cruzadas presentes nos mapas
confeccionados, sendo estas muito importantes num mapa conceitual, pois de certa forma os
conceitos abordados em um determinado conteúdo estão interligados entre si, mesmo estando
em domínios diferentes.
76
Mapa Conceitual No de ligações cruzadas válidas
1 -
2 1
3 -
4 1
5 -
6 2
7 2
8 -
9 -
10 -
11 -
12 -
13 1
14 1
15 2
16 2
17 2
18 -
19 -
20 3
21 -
22 1
De forma geral foi possível perceber a exposição das ideias dos alunos de forma organi-
zada, como também vericar que eles conseguiram fazer as interconexões entre os conceitos
77
aprendizagem signicativa.
78
Capítulo 6
Considerações Finais
Este trabalho procurou suprir uma inconsistência encontrada nos livros didáticos, do
ensino médio, referente à origem atômica do eletromagnetismo nos materiais, além disso, traz
vios dos alunos e através deste foi possível perceber que os conhecimentos sobre os princi-
aparente e consequentemente mais presente no cotidiano dos alunos. Este fato possibilitou
com que as propriedades destes materiais servissem de base para o aprendizado dos demais
foi trabalhado junto aos alunos, os números quânticos, o diagrama de Linus Pauling e foram
Outro ponto importante foi à utilização dos mapas conceituais. Em um primeiro mo-
79
mapas conceituais zeram parte de atividades desenvolvidas e ao nal serviram de analise
para vericar indícios de uma aprendizagem signicativa por parte dos alunos. Quanto aos
pontos positivos podemos destacar as várias opções de utilização dos mapas conceituais, sua
capacidade de vericar a associação de conceitos presentes no cognitismo dos alunos e por ser
uma fantástica ferramenta de aprendizado. Fatores negativos relacionados aos mapas nesta
que provavelmente dicultou uma melhor estruturação dos mapas conceituais que serviram
de analise nal e a falta de tempo para uma nova elaboração dos mapas conceituais nais,
que poderiam ter cado com mais signicado ao incorporar novos conceitos além de servir
Quanto a analise dos mapas conceituais nais, apesar de alguns apresentarem deciên-
cias quanto à estrutura, como frases grandes demais, ou falta de conectivos entre os conceitos,
de forma geral seus resultados foram satisfatórios, dando indícios de uma aprendizagem sig-
nicativa, pois praticamente todos os mapas apresentaram uma boa hierarquia, um número
cruzadas.
Devido aos resultados obtidos, podemos armar que o produto educacional se mos-
ensino-aprendizagem mais centrados no aluno, o que suscitou de modo mais perceptível seu
interesse, sua participação ativa, sua compreensão mais ampla e precisa dos fenômenos natu-
utilizada nesta dissertação é apenas um modelo, cabendo ao professor adequá-la a sua reali-
dade.
80
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Interamericana, 1980.
84
Apêndice A
85
Professor: Antonio Eduardo Alexandria de Barros
Aluno:
Data: Turma:
Disciplina: Física
Obs.:
- Este teste visa vericar quais conhecimentos prévios que você possui sobre materiais mag-
néticos.
- NÃO há respostas corretas. O importante é que sua resposta reita sua opinião verdadeira
em cada questão.
4. Você conhece alguma aplicação tecnológica que utiliza materiais magnéticos? Caso co-
nheça, cite-as.
5. A principal fonte de produção de energia no Brasil são as hidrelétricas. Você saberia dizer
qual a importância dos materiais magnéticos para a produção de energia nas hidrelétricas?
86
6. Você sabe o que gera as propriedades magnéticas em um ímã? Em caso armativo expli-
que.
~,
H associe a conguração com o respectivo material magnético.
~ ) e o campo magnético (H
8. Qual a diferença entre o campo de indução magnética (B ~ )?
87
10. Já ouviu falar sobre a temperatura Néel? Em caso armativo comente.
88
Apêndice B
Produto Educacional
89