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DATA – 10/05/2016
AULA 01
Ementa:
BLOCO 1 ........................................................................................................................................ 2
1. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ................................................................................................. 2
a) Com sentido subjetivo: ............................................................................................... 2
b) Com sentido objetivo: ................................................................................................. 2
a) Sentido Amplo ............................................................................................................. 3
b) Sentido estrito ............................................................................................................. 3
2. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ...................................................................................... 3
a) Poder Executivo .......................................................................................................... 3
b) Poder Legislativo ........................................................................................................ 3
c) Poder judiciário ........................................................................................................... 3
2.1. Desconcentração e descentralização............................................................................ 4
BLOCO 2 ........................................................................................................................................ 4
2.2. ÓRGÃOS PUBLICOS ...................................................................................................... 4
BLOCO 3 ........................................................................................................................................ 4
O órgão público, não tendo personalidade jurídica, pode ser parte em uma ação judicial? .. 5
3. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA ................................................................................................ 5
3.1. Consórcios ...................................................................................................................... 5
3.2. Três características em comum das entidades da administração indireta ................ 6
3.4. Autarquia ......................................................................................................................... 6
a.1) Alienabilidade condicionada .......................................................................................... 7
a.2) Impenhorabilidade ......................................................................................................... 7
a.3) Imprescritibilidade ......................................................................................................... 7
a.4) Não onerabilidade ......................................................................................................... 7
BLOCO 5 ........................................................................................................................................ 7
3.5. Responsabilidade civil das autarquias ......................................................................... 7
3.6. Imunidade tributária ....................................................................................................... 7
3.7. Espécies de autarquia .................................................................................................... 8
a) Agências reguladoras ................................................................................................. 8
b) Agência executiva ....................................................................................................... 8
c) Conselhos profissionais/autarquias profissionais ................................................... 8
d) Associação publica ..................................................................................................... 8
BLOCO 06 ...................................................................................................................................... 9
4. Artigos de agências reguladoras ......................................................................................... 9
5. ENTIDADES INDIRETAS, EMPRESAS ESTATAIS (empresa pública e sociedade de
economia mista)............................................................................................................................ 9
5.1. Diferenças entre empresa pública e sociedade de economia mista. ............................. 9
a) Em face de empresa pública federal – Art. 109, I CR/88 ........................................... 9
b) Em face de empresa pública estadual, distrital ou municipal .................................. 9
a) Em face de sociedade de economia mista ................................................................ 9
5.2. Características ................................................................................................................. 10
5.3. Licitação ........................................................................................................................... 10
BLOCO 1
1. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
São os sujeitos que integram a administração. PJs, órgãos públicos, agentes públicos.
b) Sentido estrito
Exemplos de aplicação:
2. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
a) Poder Executivo
b) Poder Legislativo
c) Poder judiciário
São poderes independentes e harmônicos entre si. Cada poder recebe uma função
especifica.
Eles recebem funções típicas, mas também recebem funções atípicas. Pode se praticar
função administrativa dentro do legislativo, por exemplo.
Direta: É formada pelos entes federados (união, estado, distrito federal e municípios).
Em princípio a administração pública de forma direta é que vai exercer todas as atividades da
administração pública.
Indireta: Está dentro da administração pública, quando ela cria novas pessoas
jurídicas (ex: INSS)
2.1. Desconcentração e descentralização
A desconcentração acontece quando a pessoa jurídica cria um órgão público e passa
uma determinada atividade para ele. Esses órgãos públicos se subdividem.
Descentralização a pessoa jurídica vai criar uma nova entidade e passa para ela uma
determinada atividade (ex: administração indireta)
Descentralização por outorga por serviço ou legal. – Administração publica direta cria
uma nova pessoa jurídica e passa para ela uma determinada atividade.
Obs.: Em regra, a maioria dos autores entende que, na descentralização por outorga,
transfere-se a titularidade e a execução de uma atividade. Outros entendem que se transfere
apenas a execução.
BLOCO 2
A descentralização também pode passar uma função para uma pessoa jurídica que já
existe, sem cria-la. Quando já existe essa função é chamada de concessão ou permissão de serviço
público.
Divisões internas de competências dentro de uma mesma pessoa jurídica. Isso significa
dizer que os órgãos públicos não têm personalidade jurídica. O estado é quem tem.
A primeira é a chamada Teoria do mandato, essa teoria dizia que o agente público
estabelecia uma espécie de mandato com a pessoa jurídica. Passando para ela por meio da
procuração a permissão de atuar em seu nome. Essa primeira teoria não deu certo, pois os estados
dependentes não têm essa autonomia pois, também dependem de outro órgão público.
Surgiu então a segunda, que é a teoria da representação, que dizia que a pessoa jurídica
era como se fosse um incapaz que precisa de alguém para representa-lo. Por ser incapaz, o agente
público passaria a representa-la. Esta também não deu certo, por comparar a pessoa jurídica como
um incapaz.
A terceira é a teoria adotada hoje no brasil, denominada como teoria do órgão (da
imputação/imputação volitiva/ottogierke), e determina que o agente público integrante de um órgão
público, que é uma divisão interna de uma pessoa jurídica, atue em nome da pessoa jurídica. É a
pessoa jurídica quem responde pelos atos do agente público.
BLOCO 3
Se um órgão público não é pessoa com personalidade jurídica, ele pode firmar um
contrato?
Ao afirmar que o órgão público não tem personalidade, está explícito que ele não pode
firmar contrato. Isto o é em regra.
Portanto, em regra, o órgão público não pode firmar contrato, salvo o estabelecido pela
CR/88, no §8° do art. 37.
O órgão público, não tendo personalidade jurídica, pode ser parte em uma ação
judicial?
Em regra, não. Da mesma maneira que ele não pode firmar contrato, ele não pode ser
parte de uma ação judicial porque ele não é pessoa.
Há duas exceções:
Ex: Art.8°, lll do código de defesa do consumidor que diz que se o órgão é criado para
defender o direito do consumidor ainda que ele não tenha personalidade jurídica ele vai ter
personalidade judiciaria, ou seja, pode ser parte de uma ação judicial.
Ex: Súm.525, STJ. Que diz que a câmara dos vereadores não possui personalidade
jurídica, apenas personalidade judiciaria somente podendo demandar em juízo para defender seus
interesses institucionais.
3. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
Art. 37, XIX, CR/88. Art. 4° e 5°, decreto lei 200/67, fala de administração pública federal,
e que é aplicado pela doutrina em todos os entes federados.
Esses artigos dizem que há quatro espécies de entidades, pessoas jurídicas, que vão
integrar a administração indireta. São elas as autarquias, fundações públicas, empresas públicas e
sociedades de economia mista.
Há outras espécies que integram a administração indireta, mas não estão listadas, como
os consórcios públicos, o consorcio público é a junção de entes federativos para a busca de um
interesse em comum.
3.1. Consórcios
A lei que trata deles é a Lei. 11.107/05, art. 6° que diz que quando se tem um consorcio
público se tem uma nova pessoa jurídica. E essa pessoa jurídica pode ser uma pessoa jurídica de
direito público ou direito privado. O consorcio de direito público é chamado de associação pública.
Nesse mesmo art. 6° diz que essa pessoa jurídica de direito público vai integrar a
Administração Indireta de todos os entes consorciados. A lei não fala da pessoa jurídica de direito
privado, mas a doutrina diz que ela também integra a adm. Indireta de todos os entes consorciados.
A associação pública vai ser uma espécie de autarquia, de acordo com o art. 41 da CR.
A doutrina diz que o consorcio público de direito privado é uma espécie de empresa
pública que presta serviço público.
BLOCO 4
Reserva legal: É a necessidade de lei especifica para criação ou para autorizar criação.
Há uma lei especifica que cria a autarquia, fundação publica de direito público. E outra
que autoriza fundação publica de direito privado, empresa pública e sociedade de economia mista.
Enquanto a autarquia já existe com a lei, se há a edição da lei que autoriza a criação
ela não passa a existir com a lei, a criação efetiva vai se dar com o registro do ato constitutivo dessa
pessoa jurídica no cartório de pessoa jurídica.
De acordo com o STF e com a doutrina, pode-se ter uma fundação publica de direito
público que vai receber tratamento semelhante a uma autarquia, e é criada por lei, ou uma fundação
publica de direito privado que vai ter um tratamento semelhante a uma empresa pública que presta
serviço público, e vai ser autorizada por lei.
O art.37, XX diz que é necessário uma lei especifica para criação de subsidiarias.
Especialidade: Cada entidade da administração indireta deve ser criada para um fim
específico. Ex: A lei que cria a pessoa jurídica já vai dizer qual é a sua especialidade.
3.4. Autarquia
Pessoa jurídica de direito público criada por lei para exercer atividades típicas de estado.
Ela não pode explorar atividade econômica.
Há um regime jurídico único que diz que todos que trabalham na administração direta,
autarquia e nas fundações devem ter o mesmo regime.
A regra é que o regime vai ser estatutário, é que os entes federativos tenham esse
regime, porque a maioria das entidades da administração direta tem regime estatutário.
Regime de bens: De acordo com o art.98 do código civil, fala que vai ser bem público
os bens das pessoas jurídicas de direito público, o resto é privado. A autarquia possui bens públicos.
O bem público em princípio não pode ser alienado. Mas ele poderá ser se preencher as
condições. As condições para alienação de bens públicos estão no art.100 e 101 do código civil, e
no art.17 da lei 8666/93.
a.2) Impenhorabilidade
a.3) Imprescritibilidade
BLOCO 5
Art.150 VI, a CR/88 traz a chamada imunidade reciproca, ela está ligada aos entes
federados que não podem cobrar imposto entre si.
Art.150 VI, a, §2º, traz a vedação é extensiva as autarquias instituídas e mantidas pelo
poder público, no que se refere ao patrimônio, a renda e aos serviços vinculados às suas finalidades
essenciais ou as delas decorrentes.
a) Agências reguladoras
Quando ele ocupa o cargo de dirigente na agencia reguladora ele vai exercer um
mandato fixo/investidura a termo. Quando um dirigente deixa seu cargo ele tem que ficar de
quarentena. (Não pode trabalhar em uma empresa privada da mesma área).
Deslegalização: É uma situação em que se trata por ato administrativo o que antes era
tratado por lei.
b) Agência executiva
É uma autarquia comum, ou uma fundação publica que firmou com a administração
direta um contrato de gestão.
Art.37, §8º da CR/88, os órgãos públicos e entidades de organização indireta podem gerar contrato
de gestão com a administração direta.
Há metas de desempenho, e se cumpri-las ganha maior autonomia.
Obs.: STF declarou na ADI 3026 que a OAB é uma entidade sui generis.
d) Associação publica
É um consorcio público de direito público. É formado por vários entes federativos.
Pode ser chamada de autarquia multifederativa, plurifederativa ou interfederativa.
BLOCO 06
Conceito: Pessoas jurídicas de direito privado cuja criação foi autorizada por lei e que
vão exercer serviços públicos ou atividades econômicas.
As empresas estatais são autorizadas por lei, mas a existência efetiva se dá com o
registro no cartório de pessoas jurídicas. Faltou falar do objeto possível de empresas estatais,
serviço público ou exploração de atividade econômica.
A administração pública precisa de ter o poder de voto e o controle societário tem que
estar também em suas mãos.
A segunda diferença tem a ver com a forma societária. A sociedade de economia mista
sempre tem que ser sociedade anônima. Exemplo: Banco do Brasil e Petrobrás.
A empresa pública, em princípio, pode ter qualquer forma societária que não fira as
características da empresa pública. Por exemplo, não podemos ter empresa individual, pois
depende de uma pessoa física.
Por último, há a diferença com relação ao foro competente. Cuidado, pios aqui
precisamos de analisar três situações diferentes:
O Juiz Sérgio Moro é Juiz Federal e existe no caso da Petrobrás em virtude do processo
Penal.
5.2. Características
O objeto das empresas públicas e sociedades de economia mista só podem ser para
serviço público ou exploração de atividade econômica.
Com relação a serviços públicos, deve-se ver o art. 175, CR/88. Aqui, é de a forma
direta, da administração indireta.
O art. 173 da CR/88 é importante, pois esse artigo diz que é possível que a
administração pública explore a atividade econômica desde que seja um caso de imperativo de
segurança nacional ou relevante interesse coletivo.
O STF tem um entendimento alterado com relação ao controle pelo Tribunal de Contas.
Durante muito tempo, entendia-se que a Empresa Pública e de Sociedade Mista não precisava de
prestar contas ao TCU. Hoje, a prestação de contas ao TCU é obrigatória, conforme entendimento
do STF, sendo ambas empresas estatais obrigadas ao controle do TCU.
5.3. Licitação
Atividade econômica: Art. 173, p. primeiro da CR/88 traz a possibilidade de haver lei
com estatuto especial para regular tais atividades.
O problema é que na prática esse estatuto ainda não existe, pois, essa Lei não foi
editada. O que retorna ao problema de ter que licitar com a Lei 8.666 de 93, que é o fato de não ser
justo com a empresa estatal, pois ela não tem sequer condições de concorrer com igualdade, frente
às empresas privadas.
A solução vem no entendimento do TCU, que dirá ser necessário diferenciar o objeto da
contratação, se é para atividade meio ou para atividade fim.
Isto é, se a sociedade de economia mista firmar um contrato para uma atividade meio,
que não tenha a ver com a finalidade especifica para qual ela foi criada (exemplo: Banco do Brasil
querendo comprar caneta), deverá licitar de acordo com a Lei 8.666 de 93.
Se a atividade for de fim, a empresa de economia mista contratando para exercer a
finalidade para a qual foi criada, de acordo com o TCU, não precisa licitar.