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Regime Feudal

Período: Idade Média (V-XV) → Alta Idade Média (V-X) e Baixa Idade Média (XI – XV)

Local: Europa ocidental.

Principais Características

● Política descentralizada – poder local que cada Sr. Feudal exercia em seu feudo.

● Sociedade estamental - mobilidade social restrita – praticamente inexistente.

(1º e 2º Estado: ARISTOCRACIA)

Clero: Era responsável pela proteção espiritual e ditava os pensamentos da sociedade.

*Vale lembrar que Igreja Católica era a principal instituição desde período. Muito rica e poderosa, pois
possuía cerca de 1/3 das terras européias.

TERRA: RIQUEZA

Nobreza: Classe de alto status social, a nobreza se transmitia de maneira hereditária, ou seja, seu título
passava de pai para filho.

*Possuíam privilégios como o não pagamento de impostos.

*Cavaleiros e formavam o exército, sendo o seu papel na sociedade defender as terras de seu feudo.

*Tinham como principais funções: Proteção militar + administração de suas terras.

Servos: Trabalhadores camponeses ligados à terra. Eram subordinados de seus senhores.

Trabalhavam na troca de moradia, e deveriam ser leais aos seus senhores.

*Vale lembrar que são diferentes de escravos, uma vez que não eram propriedade/mercadoria dos
senhores feudais.
**Relações Servo x Senhor Feudal: Troca de serviços: o Senhor arrendavam uma parte de suas terras.
Por sua vez os servos lhe juravam fidelidade e trabalhavam nessas mesmas terras, doando-lhe parte de
sua produção. Não recebiam salários, mas sim proteção e os suprimentos necessários para sobreviver.

● Economia rural e pouco monetarizada → Agricultura de subsistência

Sem a lógica do lucro.

● Cultura teocêntrica – Deus no centro do Universo e de todas as coisas.

*Principais obrigações (impostos) servis.

Corvéia: trabalho gratuito nas terras do senhor (manso senhorial) em alguns dias da semana.

Talha: porcentagem da produção das tenências.

Banalidade: tributo cobrado pelo uso de instrumentos ou bens do senhor (como moinho, o forno, o
celeiro, as pontes).

Capitação: imposto pago por cada membro da família servil (por cabeça)

Tostão de Pedro: imposto pago à Igreja, utilizado para a manutenção da capela local.

Mão-morta: tributo cobrado na transferência do lote de um servo falecido a seus herdeiros.

Formariage: taxa cobrada quando o camponês se casava.

Albergagem: obrigação de alojamento e fornecimento de produtos ao senhor e sua comitiva quando


viajavam.

Dízimo: 10% pago ao Clero.


Mudanças a partir do século XI → Fatores para a crise feudal

● Inovações nas técnicas agrícolas – EXCEDENTES

● As rotas comerciais oriundas do Oriente → O Movimento das Cruzadas – ajuda da liberação de rotas
para o lado oriental.

Objetivo: Religioso e militar – Libertar a Terra Santa dos ‘infiéis’.

Resultado: Comercial – abertura de novas rotas comerciais, aumentando os contatos entre Oriente e
Ocidente.

● Renascimento Comercial -> Renascimento Urbano

● Aumento dos burgos -> Surgimento da Burguesia (Comerciantes e posteriormente bancários)

Crise do Século XIV:

● A Grande Fome

● Peste Negra

● Guerra Dos Cem Anos

● Revoltas Camponesas (Jacqueries)

A Formação dos Estados Nacionais

Sinônimos que vocês podem encontrar em provas: Centralização Política ; países.


Padronização de leis, pesos e medidas, moedas, língua. Exército nacional, delimitação de fronteiras.

● Aliança Rei + Burguesia → Interesse da burguesia na centralização política, visando seu


desenvolvimento econômico.

Estudo de casos:

Monarquias ibéricas

Contexto luta dos cristãos contra os árabes muçulmanos na Península Ibérica. Com a invasão
muçulmana, no século VIII, os cristãos foram para o norte da Península e fundaram os reinos de Leão,
Castela, Navarra e Aragão. Passaram então a combater os árabes. Estas lutas ficaram conhecidas como
Reconquista Cristã, pois o objetivo era recuperar as terras perdidas.

Portugal

Século XI o nobre guerreiro Henrique de Borgonha entrou em luta contra os árabes muçulmanos e
como recompensa recebeu do rei de Leão e Castela o Condado Portucalense. Seu filho, Afonso
Henriques, continuou a luta e fortalecido por vitórias, rompeu com o Reino de Leão e Castela (1139) e
proclamou a independência do Condado Portucalense, que passou a se chamar Reino de Portugal.
Afonso Henriques sagrou-se rei, o primeiro de Portugal, dando início a dinastia de Borgonha. Os reis
dessa dinastia continuaram engajados nas lutas de Reconquista e em 1249 conseguiram Algarve, na
região sul. Completou-se assim a formação de Portugal.

1383 aproveitando-se da morte do rei português Dom Fernando, o rei de Castela tentou usurpar o
trono de Portugal, mas o povo português, liderado pela burguesia, sublevou-se e venceu os castelhanos
na Revolução de Avis.

O chefe militar desse movimento, Dom João, sagrou-se rei com o título de D. João I. Retribuindo a ajuda
recebida, os reis da dinastia de Avis, deram apoio ao comércio e a navegação, principais negócios da
burguesia lusitana na época.

** Revolução de Avis (1383-1385) → Aliança Burguesia Lusitana + Rei D. João I → Centralização política
em Portugal. Pioneiro neste processo → Um dos motivos que explicam porque este país foi o primeiro a
se lançar para Expansão Marítima.

No restante da Península, as lutas contra os árabes prosseguiram.

Inglaterra:

Guilherme, o Conquistador, duque da Normandia, venceu os saxões na Batalha de Hastings, e se tornou


Guilherme I (1066-1087)
*Exigiu que toda nobreza lhe jurasse fidelidade, proibiu guerras particulares entre os nobres e nomeou
funcionários reais para administrar os condados.

Henrique II (1154 – 1189) Deu continuidade a centralização do poder, exigindo que todas as questões
fossem julgadas por tribunais reais e não pelos tribunais da nobreza. Seu filho, Ricardo Coração de Leão
(1189-1199), passou a maior tempo nas Cruzadas.

João Sem Terra (1199-1216) autorizou sucessivos aumentos de impostos para gastos militares, gerando
uma revolta da nobreza Assinatura da Magna Carta.

*Irmão do Ricardo Coração de Leão, seu nome se deu pois foi responsável por perder grande parte dos
feudos que sua família tinha em território francês.

Henrique III (1216-1272) desrespeitou a Carta Magna revolta da nobreza, que contou com apoio da
burguesia, que por esta razão ganhou o direito de fazer parte do Grande Conselho, que em 1265 passou
a ser chamado de Parlamento. Com o tempo (1350), ele foi se dividindo em Câmara dos Lordes (alta
nobreza e alto clero) e Câmara dos Comuns (burguesia e pequena nobreza).

França

Durante muito tempo esteve nas mãos de vários senhores e o rei era apenas um deles.

Felipe Augusto (1180-1223) Essa situação começou a muda > incorporou terras imensas por meio de
compra, de casamentos arranjados e guerras, impondo então sua autoridade a todos os habitantes do
reino.

Luis IX (1226-1270) São Luis – determinou que a moeda real fosse aceita em todo território francês,
estimulando o comércio e arrecadação de impostos. Permitiu também que quem fosse condenado pelo
tribunal da nobreza, pudesse recorrer ao tribunal do rei.

Felipe IV, o Belo (1285-1314) fortaleceu o poder real, exigindo que os membros da Igreja também
pagassem impostos. Como o papa Bonifácio VIII se opôs, o rei convocou os Estados Gerais (assembléia
formada por membros da nobreza, clero e burguesia), que se reuniu em 1302 e apoiou sua decisão.

****Guerra dos Cem Anos (1337-1453) Disputa entre FRA e ING pela região de Flandres (parte da atual
Bélgica) e a pretensão do rei inglês Eduardo III de também ser rei da França.

Inicialmente os ingleses alcançaram a vitória e conquistaram parte do território francês, o que despertou
um forte sentimento nacional nas terras da atual França. O símbolo desse nascente sentimento nacional
francês foi Joana D’arc, uma jovem que se ofereceu para ajudar o rei da França a derrotar os ingleses em
1453.

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