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Período: Idade Média (V-XV) → Alta Idade Média (V-X) e Baixa Idade Média (XI – XV)
Principais Características
● Política descentralizada – poder local que cada Sr. Feudal exercia em seu feudo.
*Vale lembrar que Igreja Católica era a principal instituição desde período. Muito rica e poderosa, pois
possuía cerca de 1/3 das terras européias.
TERRA: RIQUEZA
Nobreza: Classe de alto status social, a nobreza se transmitia de maneira hereditária, ou seja, seu título
passava de pai para filho.
*Cavaleiros e formavam o exército, sendo o seu papel na sociedade defender as terras de seu feudo.
*Vale lembrar que são diferentes de escravos, uma vez que não eram propriedade/mercadoria dos
senhores feudais.
**Relações Servo x Senhor Feudal: Troca de serviços: o Senhor arrendavam uma parte de suas terras.
Por sua vez os servos lhe juravam fidelidade e trabalhavam nessas mesmas terras, doando-lhe parte de
sua produção. Não recebiam salários, mas sim proteção e os suprimentos necessários para sobreviver.
Corvéia: trabalho gratuito nas terras do senhor (manso senhorial) em alguns dias da semana.
Banalidade: tributo cobrado pelo uso de instrumentos ou bens do senhor (como moinho, o forno, o
celeiro, as pontes).
Capitação: imposto pago por cada membro da família servil (por cabeça)
Tostão de Pedro: imposto pago à Igreja, utilizado para a manutenção da capela local.
● As rotas comerciais oriundas do Oriente → O Movimento das Cruzadas – ajuda da liberação de rotas
para o lado oriental.
Resultado: Comercial – abertura de novas rotas comerciais, aumentando os contatos entre Oriente e
Ocidente.
● A Grande Fome
● Peste Negra
Estudo de casos:
Monarquias ibéricas
Contexto luta dos cristãos contra os árabes muçulmanos na Península Ibérica. Com a invasão
muçulmana, no século VIII, os cristãos foram para o norte da Península e fundaram os reinos de Leão,
Castela, Navarra e Aragão. Passaram então a combater os árabes. Estas lutas ficaram conhecidas como
Reconquista Cristã, pois o objetivo era recuperar as terras perdidas.
Portugal
Século XI o nobre guerreiro Henrique de Borgonha entrou em luta contra os árabes muçulmanos e
como recompensa recebeu do rei de Leão e Castela o Condado Portucalense. Seu filho, Afonso
Henriques, continuou a luta e fortalecido por vitórias, rompeu com o Reino de Leão e Castela (1139) e
proclamou a independência do Condado Portucalense, que passou a se chamar Reino de Portugal.
Afonso Henriques sagrou-se rei, o primeiro de Portugal, dando início a dinastia de Borgonha. Os reis
dessa dinastia continuaram engajados nas lutas de Reconquista e em 1249 conseguiram Algarve, na
região sul. Completou-se assim a formação de Portugal.
1383 aproveitando-se da morte do rei português Dom Fernando, o rei de Castela tentou usurpar o
trono de Portugal, mas o povo português, liderado pela burguesia, sublevou-se e venceu os castelhanos
na Revolução de Avis.
O chefe militar desse movimento, Dom João, sagrou-se rei com o título de D. João I. Retribuindo a ajuda
recebida, os reis da dinastia de Avis, deram apoio ao comércio e a navegação, principais negócios da
burguesia lusitana na época.
** Revolução de Avis (1383-1385) → Aliança Burguesia Lusitana + Rei D. João I → Centralização política
em Portugal. Pioneiro neste processo → Um dos motivos que explicam porque este país foi o primeiro a
se lançar para Expansão Marítima.
Inglaterra:
Henrique II (1154 – 1189) Deu continuidade a centralização do poder, exigindo que todas as questões
fossem julgadas por tribunais reais e não pelos tribunais da nobreza. Seu filho, Ricardo Coração de Leão
(1189-1199), passou a maior tempo nas Cruzadas.
João Sem Terra (1199-1216) autorizou sucessivos aumentos de impostos para gastos militares, gerando
uma revolta da nobreza Assinatura da Magna Carta.
*Irmão do Ricardo Coração de Leão, seu nome se deu pois foi responsável por perder grande parte dos
feudos que sua família tinha em território francês.
Henrique III (1216-1272) desrespeitou a Carta Magna revolta da nobreza, que contou com apoio da
burguesia, que por esta razão ganhou o direito de fazer parte do Grande Conselho, que em 1265 passou
a ser chamado de Parlamento. Com o tempo (1350), ele foi se dividindo em Câmara dos Lordes (alta
nobreza e alto clero) e Câmara dos Comuns (burguesia e pequena nobreza).
França
Durante muito tempo esteve nas mãos de vários senhores e o rei era apenas um deles.
Felipe Augusto (1180-1223) Essa situação começou a muda > incorporou terras imensas por meio de
compra, de casamentos arranjados e guerras, impondo então sua autoridade a todos os habitantes do
reino.
Luis IX (1226-1270) São Luis – determinou que a moeda real fosse aceita em todo território francês,
estimulando o comércio e arrecadação de impostos. Permitiu também que quem fosse condenado pelo
tribunal da nobreza, pudesse recorrer ao tribunal do rei.
Felipe IV, o Belo (1285-1314) fortaleceu o poder real, exigindo que os membros da Igreja também
pagassem impostos. Como o papa Bonifácio VIII se opôs, o rei convocou os Estados Gerais (assembléia
formada por membros da nobreza, clero e burguesia), que se reuniu em 1302 e apoiou sua decisão.
****Guerra dos Cem Anos (1337-1453) Disputa entre FRA e ING pela região de Flandres (parte da atual
Bélgica) e a pretensão do rei inglês Eduardo III de também ser rei da França.
Inicialmente os ingleses alcançaram a vitória e conquistaram parte do território francês, o que despertou
um forte sentimento nacional nas terras da atual França. O símbolo desse nascente sentimento nacional
francês foi Joana D’arc, uma jovem que se ofereceu para ajudar o rei da França a derrotar os ingleses em
1453.