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Vou falar de dois personagens que achei bem complexos durante o seriado:
Racheletta Moss e James.
“Greenleaf”
Em um primeiro momento, me chocam as questões ocultas nas igrejas durante
a história, a forma como são conduzidas “ofertas”, etc. Mas, logo percebo que
não é sobre isso o seriado, mas para pensarmos em punição e poder, muito do
discurso de Ângela Davis “Democracia da Abolição” está nas entrelinhas desse
enredo de forma sutil. O centro da história é um tio (Mac) ter estuprado
sistematicamente a sobrinha Faith e a mesma ter cometido suicídio Por causa
disso, Grace (irmã da Faith) volta para a mansão dos Greenleaf.
O que quero ressaltar é que essa série é pouco sobre as corrupções internas e
ocultas das igrejas e mais sobre como pensamos punição e justiça e os déficits
de atendimento das instituições estatais em prover isso aos cidadãos na nossa
sociedade. E como a trama do poder influência as decisões da justiça.
http://emais.estadao.com.br/noticias/gente,jay-z-fala-pela-primeira-vez-sobre-
briga-com-solange-knowles,70001944607]
Mas estou aqui para falar sobre José Z no “4:44”, é um pedido de desculpas do
começo ao fim e uma declaração de amor, além do reconhecimento das
batalhas das mulheres [não só de Bey], há diversas vezes falas de Dona Gloria
Carter (mãe de José Z) e da Blue Ivy (filha de José Z), aqui pontuo que tanto
em “Lemonade” como em “4:44” há uma tentativa de resgate da ancestralidade
e da “fórmula” para manter uma família negra.
Destaco três clipes “The Story of O.J”, já fiz uma resenha desse clipe no
Facebook e não tenho o que acrescentar e “Smile” que é a história da própria
mãe do Jay-Z (chorei com esse clip) fala sobre a orientação sexual ter sido
ocultada por diversas razões e “Family Feud” onde o próprio Jay-Z entra em
um confessionário com nada mais, nada menos que Beyoncé, e que Beyoncé
está de Inquisidora (medo, Deus...) para realizar o julgamento final de Jay-Z.
Além disso, acho que é uma obra que tenta ao menos refletir sobre as
masculinidades negras e as suas nocividades para a construção de um legado.
Considero importante um rapper como Jay-Z, que tem influência, começar a se
posicionar sobre as merdas que faz, e mais que isso, não repetir, já que deus
[literalmente] perdoou ele.
No mais, penso que os posicionamentos dos homens negros nas mais diversas
questões são mais que necessárias, Jay-Z traz em “4:44” posicionamentos
sobre a questão carcerária, indústria cultural, o genocídio da população negra,
racismo entre outros, tudo isso nas entrelinhas de suas declarações de erro e
amor, no seu reconhecimento quanto pessoa.
Todos os vídeos que foram lançados desse álbum tem uma história para contar
e uma reflexão para deixar ao telespectador.
PS: Quem assistiu Greenleaf e viu o discurso da Oprah sobre Recy Taylor,
sabe que Greenleaf é uma resposta da produtora sobre poder e impunidade.