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durabilidade do concreto
+ Agregado miúdo
Argamassa
+ Agregado graúdo
Concreto
convencional
+ Aditivos químicos
Concreto de alto desempenho
Propriedades e características melhoradas Adições minerais
MATERIAIS CONSTITUINTES
Concreto convencional
Vamos relembrar um pouco de química.....
Óxidos presentes no clínquer
ÓXIDO COMPOSTO SÍMBOLO TEOR (%) –
TAYLOR (1997)
CaO Óxido de Cálcio cal C 67%
SiO2 Sílica S 22%
Al2O3 Alumina A 5%
Fe2O3 Óxido de Ferro F 3%
MgO Óxido de Magnésio M
K2O K
Álcalis
Na2O N 3%
SO3 Trióxido de Enxofre S
CO2 Dióxido de Carbono C
H2O Água H
1931 1974 1976 1988
381 m 442 m 262 m 275 m
CONCRETO DE
ALTO
DESEMPENHO
2010
1989 1997 1998 2004 828 m
226 m 452 m 421 m 509 m
fck = 80 MPa
Burj Khalifa, Dubai
Emirados Árabes
CONCRETO DE ALTO
DESEMPENHO fck = 60 MPa
• concentração de cargas em um
Brasil: número menor de pilares
• redução do aço da estrutura
entre 20 e 30%
• aumento da área dos
Museu de Arte de São Paulo (1969) pavimentos
4 vigas protendidas
74 m de vão livre 158 m
fck = 45 MPa
•Seção dos pilares para concreto com fck igual a 40 MPa: 0,9 m
x 0,9 m.
Concreto de alto
desempenho
Propriedades e características
melhoradas
Durabilidade
DURABILIDADE DO CONCRETO: causas da
deterioração do concreto
Concreto;
Armadura;
NBR 6118:2014
DURABILIDADE DO CONCRETO
NBR 6118:2014
6.3 Mecanismos de envelhecimento e deterioração
Quantos mecanismos de
envelhecimento são listados
na NBR 6118:2014?
DURABILIDADE DO CONCRETO
6.3 Mecanismos de envelhecimento e deterioração
6.3.2 - Mecanismos preponderantes de deterioração
relativos ao concreto
6.3.2.1 Lixiviação
6.3.2.2 Expansão por sulfato
6.3.2.2 Reação álcali-agregado
6.3.3 Mecanismos preponderantes de deterioração
relativos à armadura
6.3.3.1 Despassivação por carbonatação
6.3.3.2 Despassivação por ação de cloretos
6.3.4 Mecanismos de deterioração da estrutura
propriamente dita
DURABILIDADE DO CONCRETO
6.3.2.1 Lixiviação
DURABILIDADE DO CONCRETO
6.3.2.1 Lixiviação
O mecanismo responsável por dissolver e carrear os
compostos hidratados da pasta de cimento por ação de
águas puras, carbônicas agressivas, ácidas e outras.
DURABILIDADE DO CONCRETO
6.3.2.1 Lixiviação Cal hidratada
Remoção de sais solúveis - Ca(OH)2
Características iniciais: manchas esbranquiçadas na superfície
Eflorescência → CaCO3 Carbonato de cálcio
Consequências: aumento da porosidade e redução do pH
aaaa
aaaa
Lixiviação Eflorescência
Carbonatação
DURABILIDADE DO CONCRETO
6.3.2.1 Lixiviação
Sintomatologia básica: superfície arenosa ou com
agregados expostos sem a pasta superficial, com
eflorescências de carbonato, com elevada retenção de
fuligem e com risco de desenvolvimento de fungos e
bactérias.
Expansiva
óxido de alumínio
Presença de
Ca(OH)2 e H2O Volume final = 2 x volume inicial
DURABILIDADE DO CONCRETO
6.3.2.2 Expansão por sulfato
Ocorrência de fissuras
Formação da brucita
CaMg(CO3 )2 + 2NaOH Mg(OH)2 + CaCO3 + Na2CO3
Regeneração dos álcalis
Na2 CO3 + Ca(OH)2 2NaOH + CaCO3
Histórico
Stanton (1940), na Califórnia fissuração e expansão em pavimentos de concreto;
Em 1985 foi divulgado o primeiro caso em barragem: Usina Hidroelétrica Apolônio
Sales de Oliveira (Moxotó). Em 1988 foi confirmada a presença de reação na Barragem
de Joanes II (BA). Na década de 90 constatou-se a ocorrência de RAA em várias
barragens.
Ano de
Estrutura Tipo Observação RAA
Reação construção
química Paulo Afonso I Barragem 1955 1978
lenta Jaguará Barragem 1971 1996
Traição Usina elevatória 1940 1980
Tapacurá Barragem 1975 1990
Fatores que influenciam na RAA
Teor de álcalis presentes no cimento < 0,6%, para concretos com
baixo teor de cimento;
Temperatura.
Para uma estrutura de concreto armado afetada pela RAA, a sua
deterioração pode ocorrer em questão de dias ou após anos ou
até em décadas, até que os álcalis do cimento reajam
completamente com os agregados.
Agregados e fases mineralógicas potencialmente
reativas (Hasparyk, 1999)
Ensaios laboratoriais na prevenção e avaliação da RAA
NBR 15577:2008 – Agregados – reatividade álcali agregado
Parte 1: Guia para avaliação da reatividade potencial e medidas preventivas
para uso de agregados em concreto.
Parte 2: Coleta, preparação e periodicidade de ensaios de amostras de
agregados para concreto.
Parte 3: Análise petrográfica para verificação da potencialidade reativa de
agregados em presença de álcalis do cimento.
Parte 4: Determinação da expansão em barras de argamassa pelo método
acelerado.
Parte 5: Determinação da mitigação da expansão em barras de argamassa
pelo método acelerado.
Parte 6: Determinação da expansão em prismas de concreto.
NBR 15577:2008 – Agregados – reatividade álcali agregado
Barras de argamassa com traço
de 1:2,25:a/c=0,47
Cura em solução aquosa de
NaOH a (80 ± 2)°C por 28 dias
0,40
0,35
0,30
Variação dimensional (%)
0,25
0,05
0,00
0 5 10 15 20 25 30
Idade (dias)
Prevenção da RAA
Isolamento da umidade
Agregados inertes
Cimentos com baixos teores de álcalis (3 kg/m3 de NaO2 equivalente)
Emprego de materiais mitigadores da RAA:
• Cimentos CPII-E; CPII-Z; CPIII; CPIV
• Adições minerais: sílica ativa e metacaulim
Edifício Areia Branca – Recife/PE
?
DURABILIDADE DO CONCRETO
7 Critérios de projeto que visam a durabilidade
Na realidade o mais importante é a resistência da
estrutura ao meio ambiente e esta depende não só da
qualidade do concreto mas também de critérios
adequados de projeto.
- Detalhes construtivos
inexequíveis
DURABILIDADE DO CONCRETO
7 Critérios de projeto que visam a durabilidade
7.6 Controle da fissuração
- O risco e a evolução da corrosão do aço na região das fissuras
de flexão transversais à armadura principal dependem
essencialmente da qualidade e da espessura do concreto de
cobrimento da armadura.
- Aberturas características limites de fissuras na superfície do
concreto, dadas em 13.4.2, em componentes ou elementos de
concreto armado, são satisfatórias para as exigências de
durabilidade.
- Devido à sua maior sensibilidade à corrosão sob tensão, o
controle de fissuras na superfície do concreto na região das
armaduras ativas deve obedecer ao disposto em 13.4.2.
DURABILIDADE DO CONCRETO
DURABILIDADE DO CONCRETO
7 Critérios de projeto que visam a durabilidade
7.7 Medidas especiais
Em condições de exposição adversas, devem ser tomadas medidas
especiais de proteção e conservação do tipo:
- aplicação de revestimentos hidrofugantes e pinturas
impermeabilizantes sobre as superfícies do concreto,
- revestimentos de argamassas, de cerâmicas ou outros sobre a
superfície do concreto,
- galvanização da armadura,
- proteção catódica da armadura,
- outros.
Zehbour Panossian – Abraco, 2010
DURABILIDADE DO CONCRETO
7 Critérios de projeto que visam a durabilidade
7.8 Inspeção e manutenção preventiva
- O conjunto de projetos relativos a uma obra deve orientar-se sob
uma estratégia explícita que facilite procedimentos de inspeção e
manutenção preventiva da construção.
Exigência de durabilidade
As estruturas de concreto devem ser projetadas e construídas
de modo que, sob as condições ambientais previstas na época
do projeto e quando utilizadas conforme preconizado em
projeto, apresentem segurança, estabilidade e aptidão em
serviço durante o período correspondente à sua vida útil.
CONCEITOS: vida útil
- Permeabilidade
- Difusão
- Absorção Capilar
- Migração.
DURABILIDADE DO CONCRETO
Mecanismos de transporte
Permeabilidade
A penetração de cloretos se dá por permeabilidade quando existe
um gradiente de pressão atuando no sistema.
DURABILIDADE DO CONCRETO
Mecanismos de transporte
Permeabilidade
- Os cloretos externos entram no concreto endurecido através
deste mecanismo desde que estejam dissolvidos em meio
líquido.
fck k H x t t t
a/c
(MPa) (cm/s) (cm) (cm) (s) (dias) (anos)
20 0,75 1,00E-08
40 0,45 1,00E-10
60 0,35 1,00E-11
DURABILIDADE DO CONCRETO
Exemplo
fck k H x t t t
a/c
(MPa) (cm/s) (cm) (cm) (s) (dias) (anos)
4,6296296
20 0,75 1,00E-08 500 2 400000
0,012683917
462,96296
40 0,45 1,00E-10 500 2 40000000
1,268391679
4629,6296
60 0,35 1,00E-11 500 2 400000000
12,68391679
DURABILIDADE DO CONCRETO
Exemplo 2)
Para as classes de resistência C20, C40 e C60, em quanto tempo a
água percolará a parede do reservatório abaixo apresentado, o qual
possui espessura igual a 21 cm?
21 cm 2 cm (cobrimento)
fck k H x t t t
a/c
(MPa) (cm/s) (cm) (cm) (s) (dias) (anos)
20 0,75 1,00E-08
40 0,45 1,00E-10
60 0,35 1,00E-11
DURABILIDADE DO CONCRETO
Exemplo
fck k H x t t t
a/c
(MPa) (cm/s) (cm) (cm) (s) (dias) (anos)
510,41667
20 0,75 1,00E-08 500 21 44100000
1,40
51041,667
40 0,45 1,00E-10 500 21 4410000000
140
510416,67
60 0,35 1,00E-11 500 21 44100000000
1400
DURABILIDADE DO CONCRETO
Considerando que a água tenha percolado a parede do
reservatório...
Nós a vemos?
DURABILIDADE DO CONCRETO
Considerando que a água tenha percolado a parede do
reservatório...
Nós a vemos?
DURABILIDADE DO CONCRETO
Considerando que a água tenha percolado a parede do
reservatório...
Nós a vemos?
DURABILIDADE DO CONCRETO
Mecanismos de transporte
Absorção capilar
Através deste mecanismo os cloretos também precisam estar dissolvidos
para que haja a penetração no concreto.
As forças capilares que
controlam o ingresso do
fluido são geradas pela
tensão superficial do líquido
que penetra no interior dos
poros e dependem das
características do líquido
(viscosidade, densidade) e do
sólido (microestrutura porosa
do concreto).
DURABILIDADE DO CONCRETO
Mecanismos de transporte
Absorção capilar
- Em princípio, quanto menor o diâmetro dos poros capilares,
maior a pressão e, consequentemente, maior a profundidade de
penetração da água no concreto.
- Consequentemente, quanto maior o diâmetro dos poros
capilares, menor a profundidade do concreto atingida pela água
absorvida.
- A utilização de aditivos incorporadores de ar e aditivos de ação
hidrofugante de massa como forma de minimizar a ocorrência do
mecanismo, pois estes aditivos agem diminuindo a comunicação
entre os capilares e a absorção de água por capilaridade.
DURABILIDADE DO CONCRETO
Mecanismos de transporte
Difusão
A difusão não depende do fluxo de fluidos, sendo necessário
apenas um gradiente de concentração para que ocorra.
DURABILIDADE DO CONCRETO
Mecanismos de transporte
Difusão
- E necessário um teor de umidade mínimo no concreto para haver
o transporte do íon, podendo ocorrer também se os poros
estiverem saturados.
- Em concretos saturados que se encontram os maiores valores de
coeficientes de difusão, e menores valores se encontram em
concretos com baixa umidade.
- O mecanismo de penetração de cloretos por difusão é
relativamente mais lento, e ocorre em condições naturais onde
existe uma diferença de concentração entre meios aquosos, no
caso, a solução dos poros do concreto e o meio ambiente no qual
o concreto está inserido.
DURABILIDADE DO CONCRETO
Mecanismos de transporte
Migração
É o fluxo de íons em campo elétrico devido a uma diferença de
voltagem que pode ser oriunda da deflagração de pilhas de
corrosão eletroquímica ou de uma diferença de potencial gerada
por uma fonte externa.
Modelos de previsão
Model Code 90
Water permeability
For mature concrete the coefficient of water permeability may be estimated
roughly from the mean compressive strength of concrete fcm according to Eq.
Gas permeability
For a stratified laminar flow the volume of gas flowing through a porous material is
given by Eq.
Modelos de previsão
Model Code 90
Diffusion of water
The transport of water in the vapour phase can be described by Fick‟s first law of
diffusion introducing a gradient of the relative pore humidity as the driving force.
Chuva dirigida;
Ambiente urbano,
Poluentes; marinho, industrial,
Insolação.
FONTE: LIMA, M. G. Ação do meio ambiente sobre as estruturas de concreto. In: Concreto: ensino, pesquisa e realizações.
Editor: G. C. Isaia. São Paulo: Ibracon , vol 2, 2005.
AGENTES AGRESSIVOS
Estudo do efeito sinergético desses agentes
POLUENTES
FONTE: LIMA, M. G. Ação do meio ambiente sobre as estruturas de concreto. In: Concreto: ensino, pesquisa e realizações.
Editor: G. C. Isaia. São Paulo: Ibracon , vol 2, 2005.
Influência do microclima (distintas exposições ao CO2 da atmosfera).
Medidas apresentadas são de profundidade de carbonatação
(YAZIGI e LIMA, 2005).
FONTE: LIMA, M. G. Ação do meio ambiente sobre as estruturas de concreto. In: Concreto: ensino, pesquisa e realizações.
Editor: G. C. Isaia. São Paulo: Ibracon , vol 2, 2005.
ESTAÇÕES DE ENVELHECIMENTO
Rede de 4 estações de
envelhecimento natural
Rio Grande
Belém
MÉTODOS DE ESTUDO DE ENVELHECIMENTO
Para realizar a previsão da durabilidade dentro de um prazo de
tempo razoável, algumas estratégias podem ser realizadas:
Ensaios de Ensaios de
envelhecimento envelhecimento
natural acelerado
Estudos de
campo
Ensaio acelerado de carbonatação