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COLÉGIO TÉCNICO HENRIQUE HENNRY

CURSO TÉCNICO EM MECÂNICA

RELATÓRIO DE ATIVIDADES PROFISSIONAIS

ENGRENAGENS

ARACAJU
2022

ALISSON BISPO SANTOS


2

RELATÓRIO DE ATIVIDADES PROFISSIONAIS


ENGRENAGENS

Relatório de atividades profissionais apresentado


como um dos requisitos para obtenção do título de
Técnico em Mecânica do Colégio Henrique Hennry.

ARACAJU
2022

FOLHA DE APROVAÇÃO

Este relatório foi elaborado por:


3

___________________________________________
Alisson Bispo Santos

Conforme autorização da Elitecar Centro Automotivo através da assinatura do supervisor:

___________________________________________
Alexandre Leite de oliveira

Sob aprovação do:

____________________________________________

Departamento de Pesquisa e Integração Escola Empresa

Aprovado em_____ de _________________ de ______.

DEDICATÓRIA

A todos meus familiares, amigos, companheiros de trabalho e os que de alguma forma fazem
parte de minha vida, me ajudando e contribuem para meu sucesso.
4

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Aluno: Alisson Bispo Santos


Endereço: Rua Santa Terezinha, 60 Bairro Cidade Nova Aracaju / Se
E-mail: alissonbispo.santos@gmail.com
Telefone: (79) 98880-8396
5

Local de Trabalho: Elitecar Centro Automotivo.


Supervisor da Empresa: Alexandre Leite de Oliveira
Endereço: Av. Dr. Edelzio Vieira de Melo, 2175 Bairro: Suissa Aracaju / Se
Telefone: (79) 9 8877-5403

SUMÁRIO

1 HISTÓRICO DA EMPRESA.......................................................................................................... 9

1.1 ORGANOGRAMA DA EMPRESA.............................................................................................................. 10

2 ANÁLISES DA ORGANIZAÇÃO................................................................................................. 12

2.1 VISÕES DA EMPRESA.............................................................................................................................. 12


6

2.2 MISSÃO DA EMPRESA............................................................................................................................ 12

2.3 ÁREAS DE ATUAÇÃO............................................................................................................................... 12

2.4 SEGMENTO DE MERCADO...................................................................................................................... 12

2.5 CLIENTES................................................................................................................................................ 12

2.6 TECNOLOGIA EMPREGADA.................................................................................................................... 12

3 CARACTERÍSTICAS DA ÁREA................................................................................................. 13

3.1 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS DA OFICINA CENTRAL.............................................................................13

3.2. ORGANOGRAMA DA ÁREA DAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS.................................................................14

3.3 FLUXOGRAMA DAS ATIVIDADES DA ÁREA.............................................................................................. 15

3.3.1 Características da Atividade......................................................................................................................16

3.4 ESTRUTURA DA ÁREA DE MANUTENÇÃO................................................................................................ 16

3.4.1 Recursos humanos.....................................................................................................................................16

3.4.2 Recursos Materiais....................................................................................................................................17

4 INTRODUÇÃO.............................................................................................................................. 18

5 DESENVOLVIMENTO................................................................................................................. 20

6 PROPOSTA DE TRABALHO..................................................................................................... 22

6.1.2 Proposta de Intervenção...........................................................................................................................22

6.1.3 Gerenciamento do problema....................................................................................................................23

6.2 JUSTIFICATIVA........................................................................................................................................ 23

6.3 OBJETIVOS............................................................................................................................................. 23

6.4 METODOLOGIA...................................................................................................................................... 24

7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................................. 25

7.1 PREDITIVA.............................................................................................................................................. 25

7.2 PREVENTIVA.......................................................................................................................................... 26

7.3 CORRETIVA............................................................................................................................................ 27
7

8 CONCLUSÃO................................................................................................................................. 29

REFERÊ NCIAS BIBLIOGRÁ FICAS............................................................................................................. 30

1 HISTÓRICO DA EMPRESA
O presente estudo vem expor e tratar de algumas variáveis inerentes à contribuição no
estudo sobre engrenagens realizando o estudo prático na Auto Mecânica Lima e filhos que
tem como ramo de atividade da Mecânica de automóveis. A empresa fica localizada no bairro
São Conrado na cidade de Aracaju/Se.

Fundada em 2008 com o objetivo de atender os diversos segmentos do mercado


automobilístico mecânico, a Auto mecânica Lima e Filhos executa manutenção em
automóveis, básica e detalhada por meio de suas equipes de mecânicos.

Sabe-se que às diversas mudanças que vem ocorrendo no atual mercado estão à
procura de melhorar o seu ambiente tanto interno quanto externo, na luta pela liderança deste
8

mercado competitivo, onde as pessoas que estão inseridas nas organizações são à base do
sucesso.

Sabe-se que um bom técnico em mecânica tem que agregar conhecimentos e saber
interpretar e aplicar as informações contidas em desenhos técnicos, projetos, especificações
técnicas, normas, catálogos dentre outros fatores.

Durante os ultimos anos, a Auto mecânica Lima e Filhos vem se destacando no


mercado devido a excelência dos serviços prestados, bem como o preço acessível a seus
clientes e atendimento destacado.

1.1 ORGANOGRAMA DA EMPRESA

P PRESIDENTE

GERENTE

SUPERVISOR
DE
MANUTENÇÃO
9

TÉCNICOS

2 ANÁLISES DA ORGANIZAÇÃO

2.1 VISÕES DA EMPRESA

Agregar valor aos nossos clientes e à sociedade, fornecendo serviços de manutenção


automobilística seguindo os mais altos padrões. Para tal, mantemos sempre nossos valores
fundamentais e padrões de qualidade e segurança. 
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2.2 MISSÃO DA EMPRESA


Oferecer serviços de qualidade, pautando-se no respeito às pessoas e ao meio
ambiente, superando as expectativas dos clientes, de forma a manter vínculo transparente com
todas as suas partes interessadas.

2.3 ÁREAS DE ATUAÇÃO

Mecânica de Automóveis.

2.4 SEGMENTO DE MERCADO

Atua na área Mecânica.

2.5 CLIENTES

Toda sociedade.

2.6 TECNOLOGIA EMPREGADA

As tecnologias aplicadas estão nos equipamentos utilizados para darem apoio durante
as execuções, são equipamentos automatizados e possibilitam resultados precisos dos testes
que os mesmo foram projetados.

3 CARACTERÍSTICAS DA ÁREA

O campo de manutenção automóveis é um dos responsáveis pela produção


aquecimento do comércio no estado e no Brasil e as engrenagens são elementos fundamentais
para um bom funcionamento e desenvolvimento de um veículo.
As engrenagens são usadas para transmitir torque e velocidade angular em uma ampla
variedade de aplicações. Existem vários tipos de engrenagens, entre elas as cilíndricas retas,
as helicoidais, as cônicas, sem-fim e pinhão-cremalheira. As engrenagens são altamente
11

padronizadas no que diz respeito à forma do dente e ao tamanho. A American Gear


Manufacturer Association (AGMA) apoia pesquisas sobre o projeto, os materiais e a
manufatura de engrenagens e publica padrões para projetos destes importantes elementos
mecânicos. A utilização destes padrões torna as engrenagens intercambiáveis dentro das
faixas de módulo e ângulo de pressão. A maneira mais fácil de transmitir movimento rotatório
de um eixo a outro é com um par de cilindros rodando. Podem ser um conjunto externo ou
interno. Enquanto houver atrito suficiente entre as superfícies dos dois cilindros o mecanismo
funcionará muito bem. Não haverá escorregamento entre os cilindros até que a força de atrito
seja excedida pelas demandas de transferência de torque.
Algumas das deficiências desse sistema de transferência de movimento são a
capacidade relativamente baixa de transferência de torque e a possibilidade de
escorregamento. Isso não é aceitável quando, por exemplo, há necessidade de uma sincronia
entre os eixos de entrada e de saída. Para obter essa sintonia de fase adicionam-se dentes a
estes cilindros. Assim, eles se tornam engrenagens e são juntos denominados par de
engrenagens. Costuma-se chamar a menor das engrenagens do par como pinhão e a outra
como engrenagem ou coroa.

3.2. ORGANOGRAMA DA ÁREA DAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS

GERENTE

SUPERVISOR
DE
MANUTENÇÃO

TÉCNICO

EM

MANUTENÇÀO
12

3.3 FLUXOGRAMA DAS ATIVIDADES DA ÁREA

INÍCIO

COLOCAR OS
EQUIPAMENTOS DE
SEGURANÇA EPI

CONFERIR AS ORDENS DO
SUPERVISOR
13

ENGRENAGEM COM
DEFEITO?
NÃO SIM
PLANEJAMENTO DA
INTERVENÇÃO A SER FEITA.
ANALISAR OUTRAS
PEÇAS.

REALIZAR O REPARO OU A
SUBSTITUIÇÃO DO ELEMENTO.

FIM

3.3.1 Características da Atividade

A atividade de manutenção mecânica é responsável por garantir a disponibilidade dos


equipamentos dinâmicos de qualquer automóvel. Os equipamentos manutenidos por essa
atividade são: Engrenagens, rolamentos, eixos, caos e correias. As atividades envolvem o
seguinte:
Execução dos planos de manutenção desses equipamentos, onde está incluso
substituição de componentes como válvulas, pistões, cruzetas, hastes, selos mecânicos,
rotores de bombas, substituição de mancais, substituição de correias e polias dos
ventiladores, etc.
Execução de manutenção como inspeção de componentes em operação;
Apoio de oficina, com serviços de desmontagem e montagem de componentes,
torqueamento, medições utilizando instrumentos, usinagem, movimentação de carga,
elaboração de relatórios técnicos, etc.
14

3.4 ESTRUTURA DA ÁREA DE MANUTENÇÃO

3.4.1 Recursos humanos


Os recursos humanos da empresa tem como principal função o desenvolvimento dos
seus colaboradores Sendo composto pelos seguintes profissionais:

 01 Gerente;

 01 Supervisor de manutenção;

 05 Técnicos em manutenção ;

3.4.2 Recursos Materiais


Os recursos materiais da empresa na área não são dos mais confortáveis da empresa,
apesar da participação da maior parte da mão-de-obra. Entre os principais bens materiais e
visíveis estão:

 03 Computadores;
 01 Impressoras;

 3 Bancadas de trabalho;

 02 Banheiros;

 200 Equipamentos de proteção individual;

 óleos lubrificantes

 correias

 ferramentas mecânicas diversas


15

4 INTRODUÇÃO

Este presente relatório vem abordar questões significativas sobre a Mecânica Industrial
e Manutenção de Automóveis. O estudo aborda ainda tópicos como: Proposta de trabalho,
Justificativa, objetivo, metodologia, e fundamentação teórica. O estudo é de grande
importância para meu aprendizado, pois, além das aulas teóricas abordadas em sala
de aula, também o período do estágio prático onde é possível conciliar a teoria com
o dia a dia da profissão de mecânico.
Engrenagens são elementos rígidos utilizados na transmissão de movimentos rotativos
entre eixos. Consistem basicamente de dois cilindros nos quais são fabricados dentes. A
transmissão se dá através do contato entre os dentes. Como são elementos rígidos, a
transmissão deve atender a algumas características especiais, sendo que a principal é que não
haja qualquer diferença de velocidades entre pontos em contato quando da transmissão do
movimento. Eventuais diferenças fariam com que houvesse perda do contato ou o travamento,
quando um dente da engrenagem motora tenta transmitir velocidade além da que outro dente
da mesma engrenagem em contato transmite.
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O tipo mais comum de engrenagem, chamada de engrenagem cilíndrica de dentes


retos, em inglês “spur gear”. O termo engrenagem, embora possa ser empregado para designar
apenas um dos elementos, normalmente é empregado para designar a transmissão. Uma
transmissão por engrenagens é composta de dois elementos ou mais. Quando duas
engrenagens estão em contato, chamamos de pinhão a menor delas e de coroa a maior. A
denominação não tem relação com o fato de que um elemento é o motor e outro é o movido,
mas somente com as dimensões.
A expressão “transmite potência” é uma generalização para a lei de conservação de
energia. Significa que um dos elementos executa trabalho sobre o outro, em uma determinada
taxa. Aparentemente, toda a potência é transmitida, mas a realidade mostra que parte dela é
perdida pelo deslizamento entre os dentes. Transmitir potência pode não descrever o objetivo
de uma transmissão por engrenagens na maioria das aplicações de engenharia. O que se deseja
é transmitir um determinado torque, ou seja, a capacidade de realizar um esforço na saída da
transmissão.

5 DESENVOLVIMENTO

As atividades desenvolvidas durante o processo de pesquisa foram realizadas na


AUTO MECÂNICA LIMA E FILHOS, no departamento de Manutenção, tendo-se
oportunidade de aprimorar vários processos, o qual teve finalidade de expor todos os seus
conhecimentos, adquirido em classe.
Durante esse período foram realizados variados trabalhos como: Realização de
serviços de manutenção, lubrificação, observação de serviços de torno, fresa e plaina, serviços
afiação de ferramentas, execução e desenvolvimento de linhas de manutenção, , desmontagem
e montagem de vários equipamentos tipo: redutores, mancais, conjuntos mecânicos.
Sabe-se que, a busca da qualidade total de serviços e produtos, bem como a crescente
preocupação com os aspectos ambientais, passou a ser constante nas empresas. Sendo assim, a
grande questão que vem tomando corpo nas organizações é definir o papel da manutenção no
contexto da competitividade das organizações no mercado em que atuam.
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Com isso em mente, parece estranho chamar a maioria dos conjuntos de transmissão
por engrenagens de Redutores. Isso acontece porque a aplicação mais comum em engenharia
mecânica é entre os motores, que trabalham em velocidades elevadas, e as cargas, que
normalmente não necessitam da velocidade angular suprida pelos motores. Motores elétricos
trabalham normalmente em velocidades que vão de 870 a 3600 rpm; motores a combustão
têm sua faixa ótima de trabalho entre 2000 e 4500 rpm. Como exemplo, uma roda normal de
um veículo (0,5 m) trabalha a cerca de 1000 rpm quando a velocidade é 100 km/h.
Com a possibilidade de controlar a velocidade nos motores em geral, a função de
redução de velocidades deixou de ser tão importante. Um redutor, desprezadas as perdas no
engrenamento, é capaz de prover à carga um torque tantas vezes maior que o do motor quanto
for a relação de redução e isso é extremamente vantajoso. Motores menores podem ser
utilizados, permitindo a partida dos dispositivos mecânicos graças a disponibilidade de torque
adicional. Obviamente, a aplicação principal no aumento do torque não exclui outras
aplicações. Em algumas caixas de redução de automóveis, a transmissão aumenta a
velocidade ao invés de reduzi-la, particularmente quando estão engatadas marchas para
velocidade de cruzeiro, nas quais não é necessário um arranque tão significativo como quando
o veículo está parado.

6 PROPOSTA DE TRABALHO

A implantação de normas e procedimentos deve ser voltada para o benefício de se


trabalhar em prol da qualidade, revendo os procedimentos do sistema de gestão atual,
avaliando e adequando a visão, missão, negócio e valores da empresa, bem como revisando os
objetivos mensuráveis, as estratégias e as ações. É nítida a gama de problemas a serem
resolvidos, por isso a proposta de melhoria a empresa seria a atuação de uma manutenção
preventiva comumente executada na área de atuação das atividades.

6.1 PROBLEMA ALVO


18

O problema alvo desse estudo é o desgaste excessivo de engrenagens que fazem parte
de componentes de automóveis.

6.1.2 Proposta de Intervenção

A proposta de intervenção primordial é o treinamento técnico e incentivo aos


colaboradores. Maior investimento em tecnologia, gerando a detecção mais rápida do
problema.

6.1.3 Gerenciamento do problema

O problema alvo desse estudo é o desgaste do conjunto de engrenagem. Isso


deixa a máquina por diversas vezes parada até que regularize a pressão com a substituição da
engrenagem.

6.2 JUSTIFICATIVA

O trabalho justifica-se em contribuir com um material teórico baseado em vivências e


estudos, que possibilite aos novos acadêmicos e ao mundo científico informações a respeito
dessa técnica utilizada. A importância desta pesquisa e de enfatizar que este trabalho é de
grande valia, não só para a academia, mais para toda a sociedade.

6.3 OBJETIVOS

Verificar a forma como as máquinas veiculares podem ser melhoradas através de


uma boa manutenção.

6.4 METODOLOGIA

Os procedimentos metodológicos definem o método que se utilizará para a execução


desta pesquisa. O objetivo é seguir, de forma sistemática, um procedimento a fim de
responder à situação problema em questão.
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7 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste momento será abordado o referencial teórico existente acerca do tema proposto,
expondo as considerações de variados autores, as quais servirão posteriormente como base
para o desenvolvimento da análise da empresa, bem como das melhorias propostas.
Em um redutor são utilizadas engrenagens cilíndricas de dentes inclinados
(Helicoidais), que serão discutidas em uma apostila posterior. Nota-se que o eixo de saída está
a direita, no qual a rotação é menor porque os dois estágios do engrenamento consistem em
pinhões e coroas em série, nessa ordem. Normalmente, em redutores dessa forma, a parte
mostrada à esquerda é presa à carcaça de um motor a combustão.

7.1 ANÁLISE DE TENSÕES EM DENTES DE ENGRENAGENS

Engrenagens podem falhar basicamente por dois tipos de solicitação: a que ocorre no
contato, devido à tensão normal, e a que ocorre no pé do dente, devido a flexão causada pela
carga transmitida. A fadiga no pé do dente causa a quebra do dente, o que não é comum em
20

conjuntos de transmissão bem projetados. Geralmente, a falha que ocorre primeiro é a por
fadiga de contato. A falha por fadiga de contato pode ser avaliada pelo que convencionou-se
chamar de critério de durabilidade superficial. Esses pequenos sulcos, chamados pites
segundo nomenclatura brasileira recente, são formados na região próximo a linha primitiva do
dente, que é definida pelo diâmetro primitivo. Surgem nessa região porque a velocidade de
deslizamento entre os dentes anula-se no ponto primitivo. Novamente, será necessário um
pouco de imaginação, para que não seja necessária a comprovação analítica. Supondo que as
engrenagens estejam trabalhando com o pinhão (superior) movendo a coroa, da esquerda para
a direita, lentamente. Quando os dentes entram em contato, é fácil notar que existe uma
compressão na direção radial devido ao deslizamento. Quando os dentes estão deixando o
contato, a tensão se inverte e passa a tração na direção radial. Como os elementos são rígidos,
existe um pequeno deslizamento entre as superfícies dos dentes, tanto na entrada quanto na
saída dos dentes em contato. Com existe a inversão no sentido do deslizamento, existe um
ponto no qual esse deslizamento será zero e isso ocorre quando o contato é na linha primitiva.
Já que o lubrificante depende do movimento relativo entre as superfícies para atuar (efeito
elasto-hidrodinâmico), nessa região a separação dos elementos em contato não é adequada.
Por isso, os pites ocorrem ao longo dessa linha.

A falha de fadiga por contato aumenta de tamanho e partes maiores são arrancadas da
superfície. O termo em inglês para o que ocorre é “Spalling”, cuja melhor tradução para o
português é cavitação, o que não descreve adequadamente o fenômeno.

7.2 FORÇAS TRANSMITIDAS NO ENGRENAMENTO

A primeira definição necessária ao projeto de um sistema de redução é a carga que se


deseja transmitir. Essa definição permite estimar a potência necessária para a fonte (motor,
turbina, ...) e, em muitos casos, a própria fonte. Surgem então as questões básicas de projeto,
tais como: Dada a rotação de entrada e saída do redutor, quantos pares de engrenagens devo
usar? Definido o número de pares, qual a relação de redução devo utilizar em cada par?
Engrenagens cilíndricas de dentes retos normalmente são empregadas com relações de
redução de até 3 por par. É sempre importante lembrar que a potência dissipada pelo atrito
aumenta proporcionalmente ao número de pares em contato em uma redução. O calor gerado
dessa perda deve ser retirado do sistema, sob pena de que um aumento significativo na
temperatura comprometa o lubrificante e causa falhas prematuras.
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A potência a ser transmitida é a força tangencial Ft vezes a velocidade V na mesma


direção, ou o torque T vezes a rotação w. Assim, como a potência e a velocidade são dados de
entrada dos problemas comuns de projeto, é necessário primeiro obter a força tangencial e
depois a força total no contato. A figura 10 mostra as forças agindo em um dente. A força no
contato F é a razão entre a força tangencial e o cosseno do ângulo de pressão. A força Fr é o
produto entre a força Ft e a tangente do ângulo de pressão. As forças estão mostradas no
centro do dente apenas para ilustração do modelo utilizado para a avaliação da flexão no pé
do dente. Também estão mostradas num ponto próximo à cabeça com a mesma finalidade.

7.3 TENSÕES NO PÉ DO DENTE


As tensões no pé do dente podem ser de tração ou compressão. Para a força aplicada, a
tensão será de tração no filete da direita e de compressão no da esquerda. Para engrenagens
trabalhando em um só sentido, um dos lados do dente estará sempre em tração quando os
dentes estiverem em contato. O outro lado estará sempre em compressão. Quando o sentido
de trabalho é invertido, a tensão de flexão também muda de sinal. Em engrenagens
intermediárias ou loucas, que transmitem potência entre outras engrenagens, os dentes sofrem
tração e compressão em cada rotação do elemento. O modelo atual para avaliação das tensões
no pé do dente baseia-se nos estudos de Lewis (1892), que propôs um modelo simplificado
considerando a carga aplicada na ponta do dente, com distribuição uniforme na largura do
denteado, sem concentração de tensões, desprezando a carga radial e as forças de
deslizamento. Em sua equação para o cálculo das tensões, Lewis propôs um modelo baseado
num fator de forma Y, posteriormente batizado com o seu nome.
O fator de impacto ou de velocidades Kv é aplicado para levar em consideração o
efeito das tolerâncias de fabricação nos choques sofridos pelos dentes devidos às diferenças
dimensionais. Assim, depende da forma de fabricar e do tipo de ferramenta. O fator de
sobrecarga Ko leva em conta os choques decorrentes da fonte de acionamento (motor) e da
carga. Para a maioria dos casos é suficiente classificar os choques em pequenos, médios ou
intensos.
22

7.4 TENSÕES NOS CONTATOS DOS DENTES

As teorias de contato são baseadas principalmente nos estudos de Hertz publicados em


1881. Hertz calculou a distribuição de tensões em sólidos elásticos de dimensões simples. O
cálculo das tensões nos dentes de engrenagens é baseado em seu modelo para cilindros em
contato.

Os problemas no contato não se limitam às tensões. De fato, se os dentes estiverem


deslizando sob elevada pressão, poderá haver transferência de material entre eles (“scoring”).
Além disso, a presença de partículas estranhas no lubrificante, ou vindas do próprio desgaste
do material ou geradas pela contaminação, pode causar abrasão nas superfícies. Os sulcos
causados pela abrasão podem modificar significativamente a estabilidade da lubrificação e
intensificar o problema. Para a abrasão, a filtragem do óleo durante o trabalho resolve o
problema na maior parte das vezes. Para evitar a transferência de material, um lubrificante
com a viscosidade adequada é a melhor solução. Para os problemas de pite, somente o projeto
adequado e uma manutenção criteriosa podem resolver.

A determinação da resistência a fadiga de contato tem sido um dos desafios para os


pesquisadores, já que existe uma grande dispersão dos resultados e uma sensibilidade às
condições de uso que dificulta a definição de valores precisos. Moris e Cram reportaram um
estudo que durou 24 anos para cilindros em contato com e sem deslizamento. No caso do
deslizamento, simularam as condições encontradas em engrenagens. Os estudos levaram a
definição da resistência à fadiga de contato e de um fator de tensões no contato, que servem
de base para muitas aplicações.
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8 CONCLUSÃO
A Manutenção Mecânica é uma atividade importante para o crescimento das
empresas, em geral, e consequentemente para o país, pois manter a funcionalidade das
máquinas e equipamentos é prioritário para que haja lucratividade, por tanto, se você desejar
atuar na área da manutenção mecânica, especialize-se.
A cada dia novas tecnologias são desenvolvidas, novos produtos são fabricados,
novos sistemas são elaborados, e na área Mecânica não é diferente. Sabe-se que o avanço
tecnológico nos impulsiona na busca por conhecimento teórico e prático, pois um
complementa o outro, de forma que para avançar a passos largos e com segurança faz-se
necessário o domínio de ambos.
Após desenvolver cada uma das atividades, pode-se destacar que todos os trabalhos
foram realizados de forma objetiva e explicativa e isso proporcionou o entendimento preciso
de acordo com as normas e rotinas das empresas, incluindo a observação dos profissionais que
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contribuíram para um maior entendimento e que instigaram a busca de técnicas adequadas e


eficazes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BEER, F.P. & JHONSTON JR., E R. Mecânica Vetorial para Engenheiros: Estática. 5ª
Edição. Makron Books do Brasil Editora Ltda, 1994.

BEER, F.P. & JHONSTON JR., E R. Mecânica Vetorial para Engenheiros: Cinemática,
Dinâmica. 5ª Edição. Makron Books do Brasil Editora Ltda, 1994.

HIBBELER, R. C.; Mecânica Dinâmica. 8ª Edição. LCT – Livros Técnica e Científica


Editora S.A, Rio de Janeiro, 1999.

HIBBELER, R. C.; Mecânica Estática. 8ª Edição. LCT – Livros Técnica e Científica Editora
S.A, Rio de Janeiro, 1994.

PENTEADO, Branca Manassés (Org.) Mecânica: manutenção. São Paulo, SP: Globo,
c1997. 288 p. (Telecurso 2000. Profissionalizante).

SANTOS, Valdir Aparecido dos. Manual prático da manutenção industrial. São Paulo, SP:
Ícone, c1999.
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