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Caderno Educativos para Trabalhar Gravura PDF
Caderno Educativos para Trabalhar Gravura PDF
CADERNO DO PROFESSOR
Observações
A seleção do material anexo reúne textos e imagens que exigem o exercício de um olhar
produtivo. Isso significa orientar o aluno para associar as informações [contidas no verso
das pranchas por exemplo] à investigação de técnicas, processos e linguagens
desenvolvidos pelo artista. Por outro lado, a proposta de montagem de ateliê de gravura na
escola possibilita o exercício de entendimento com base no repertório visual pesquisado.
Para que você, professor, possa explorar as possibilidades de trabalho com esse material,
seguem algumas considerações básicas:
Galeria
Cada prancha reúne a reprodução fotográfica de uma obra de um artista referencial no
cenário da gravura brasileira:
- no verso de cada prancha você encontrará a biografia do artista, um texto crítico, poema
ou depoimento sobre ele e a ficha técnica da obra. Leia atentamente essas informações,
relacione-as e observe a imagem da obra, procurando por meio de perguntas elaborar o
repertório disponível.
- qual a técnica utilizada pelo artista?
- em que consiste essa técnica? (consulte o Glossário)
- por que essa obra faz parte de uma exposição que propõe a questão dos processos
investigativos presentes nos trabalhos artísticos?
Caderno do professor
Tem o objetivo de reunir referências sobre gravura ao mesmo tempo que oferece
sugestões de atividades articulando conhecimento, experiência e habilidades de expressão
artística.
Acredita-se que esse material possa ampliar as possibilidades de trabalho sobre cada obra
apresentada, sobre outras propostas desenvolvidas pelo artista ou ainda sobre questões e
conteúdos sociais, políticos e psicológicos presentes nas obras.
Sugestões de atividades
São sugestões que podem e devem ser ampliadas e adequadas ao público que se
pretende atingir. O sentido dessa proposta só se completa na mão de professores na sala
de aula e no contato direto com os alunos.
O outro episódio, ocorrido alguns anos depois, foi numa aula de xilogravura para grupos de
crianças e jovens no interior do Estado. As pranchas de madeira estavam separadas; logo
viriam as crianças, quando me deparei com a pequena quantidade de ferramentas para um
grupo relativamente grande de alunos. Pedi então diversos pregos (os maiores possíveis)
para que pudéssemos organizar a aula utilizando algumas lixas e pregos, raspando e
lixando as matrizes de madeira, que posteriormente foram impressas manualmente.
Refletindo sobre os dois episódios, penso: ‘O princípio básico da gravura estava lá, as
ferramentas foram improvisadas e adaptadas às circunstâncias’.”
Luise Weiss
1- PROJETO PARA MONTAGEM DE UM ATELIÊ DE GRAVURA NA ESCOLA
Algumas técnicas são mais adequadas para trabalhar com a gravura na escola. A proposta
de trabalho deve, no entanto, ser apresentada num contexto de pesquisa visual e gráfico
que envolva a elaboração de um projeto, ou seja, de uma questão em torno da qual os
alunos são orientados a investigar. Do contrário, corre-se o risco de serem apresentadas
apenas como variedades e novidades técnicas.
Observação
Qualquer projeto na escola supõe a necessidade de se definir, com clareza, etapas de
trabalho para que o aluno experimente um processo produtivo de conhecimento. Algumas
dessas etapas são fundamentais:
- Estudo das técnicas de gravura (consulte o Glossário).
- Escolha de uma das técnicas de impressão em função dos resultados que você pretende
conseguir.
- Seleção dos materiais necessários para desenvolvimento do trabalho.
! O aprendizado correto do uso das ferramentas (no caso, as goivas), como segurá-las,
apoio, colocação das mãos com a matriz, facilita o desempenho no manuseio e a
segurança no uso desses instrumentos.
! A contextualização de todo o processo, etapa por etapa, do preparo da matriz (lixar, por
exemplo) até a impressão, é de fundamental importância para o desenvolvimento do
aprendizado.
! Faz parte do processo da gravura ensinar e compartilhar com os alunos o cuidado com
a limpeza da tinta, do rolo de impressão e do vidro, culminando com a exposição dos
trabalhos pendurados num varal.
! Finalizando o projeto é importante criar o espaço de apreciação dos trabalhos uns dos
outros, favorecendo observações e comentários críticos.
GLOSSÁRIO
GLOSSÁRIO – PARTE I
GRAVURA PLANOGRÁFICA
Este glossário foi elaborado por Ricardo Resende, com consultoria de Zé De Boni.
Relaciona termos referentes às novas possibilidades gráficas apropriadas dos diversos
procedimentos e tecnologias de reprodução de imagens.
Arte conceitual - Termo genérico que abrange uma variedade de manifestações artísticas
criadas especialmente nas décadas de 60 e 70, em que o contexto intelectual sobrepõe-se
ao aspecto estético ou formal. Criticando a banalização da arte como mercadoria, o estilo é
caracterizado pela ênfase em comunicar uma idéia e a intenção do artista mais que a
produção do artefato em si, geralmente incluindo documentação sobre o processo de
criação, como plantas, fotografias e notas.
[conceptual art]
Arte por computador - Este termo vale para todo tipo de obra em que o computador é
empregado em alguma etapa do processo criativo. A mera intermediação desse tipo de
equipamento em passagens programadas somente para a transcrição da informação para
um novo meio não basta para merecer esta definição. O artista pode capturar ou gerar
imagens por meios eletrônicos, ou interferir em trabalhos originalmente concebidos por
outros métodos, valendo em todos os casos a expressão imagem digital. O
desenvolvimento do computador abriu novas possibilidades para a arte multimídia por meio
da integração de elementos distintos, como desenho, fotografia, vídeo, texto, som,
performance, interferências, manipulações, algoritmos e transcrição para outros meios.
[arte digital] [computer art] [digital art]
Arte postal - Trabalhos que incluem o envio de materiais pelo correio ou por outro sistema
de entregas, explorando a possibilidade de atingir o público nas distâncias mais remotas.
Nesse aspecto, é comparável a fax art e a web art, todas partilhando os princípios da arte
conceitual. A denominação se aplica tanto ao processo como às obras em si.
[mail art]
Cianótipo - O cianótipo é um dos mais antigos processos fotográficos. As cópias são feitas
por contato sobre um papel impregnado com uma solução de sais sensíveis de ferro e
ferricianeto de potássio. A imagem, de cor azul, se forma por exposição sem revelação
(print-out) e, embora tenha uma leve tendência ao desbotamento e seja vulnerável à
alcalinidade, é permanente. Uma versão comercial dessa técnica é largamente
disseminada para confecção de cópias de plantas e projetos, conhecida popularmente
como heliografia, cuja estabilidade é limitada. Entretanto, não se pode confundir o processo
comercial (heliografia) com o método fotográfico artesanal (cianótipo/cyanotype), embora
ambos possam ser referidos em inglês como blue-print. Da mesma forma, o termo
heliografia tem um sentido próprio no campo da gravura e da fotografia, designando o
primeiro processo de impressão fotomecânico, desenvolvido por Niepce em 1826.
[cyanotype] [blue-print]
Duotone - Método de impressão que usa duas tintas para conseguir reprodução preto-e-
branco com maior escala de densidade do que a obtida com uma impressão apenas. A
separação das duas matrizes de impressão é feita com base na densidade, ou seja,
depende do tom e não da cor. A matriz principal é, via de regra, impressa em preto,
enquanto a segunda cor personaliza o resultado, sendo escolhida entre toda gama de
opções, que vai do cinza até cores pronunciadas. Os resultados mais apreciados são
obtidos com o uso de nuances entre o cinza quente e os marrons como segunda cor. O
método se aplica a diversos processos de impressão gráfica, comerciais ou artesanais.
[duotom] [duotone]
Fanzine - Publicações criadas para entusiastas e fãs de aspectos da cultura popular, como
música, quadrinhos e ficção científica, feitas, em geral, em pequenas tiragens, circulando
via postagem. As edições artesanais incluem desenhos, colagens e fotografias,
reproduzidas e manipuladas principalmente com os recursos baratos das máquinas
fotocopiadoras. O mesmo princípio é atualmente empregado em produções concebidas
especialmente para veiculação na Internet.
[zine]
Fax arte - Trabalhos que incluem a transmissão por telefonia, para impressão remota em
máquinas de fac-símile, comumente chamadas de fax. O termo define o processo, bem
como os materiais em si, originais ou cópias. Popularizou-se nos anos 80, principalmente
entre os artistas envolvidos com a arte postal, por sua propriedade de disseminação
imediata de idéias e obras.
[fax art]
Holografia - Processo fotográfico pelo qual uma chapa grava a informação tridimensional
de um objeto e depois reproduz o efeito, podendo ser definido como “fotografia sem lente
usando luz laser”. Holografia é o processo, o resultado é o holograma. A chapa registra o
padrão rígido de ondas de luz que chegam a ela diretamente sem o uso de lentes ou
câmera. Esse padrão é resultado da interferência causada pelo encontro da luz refletida
pelo objeto com o próprio feixe de luz que o iluminou. Para haver essa interferência, é
necessária uma luz de alta coerência, ou seja, de um único comprimento de onda e
vibrando sincronizadamente na mesma fase, propriedades encontradas no laser. A chapa
revelada não apresenta uma imagem convencional (ou real), mas, iluminada
apropriadamente, reproduz o padrão de interferência de modo a formar uma imagem
virtual, que dá ao observador a noção de volume e sensação espacial. Existem várias
técnicas de holografia, escolhidas conforme o efeito ou a aplicação desejados, sendo as
básicas holograma de transmissão, holograma de reflexão, holograma de arco-íris e
holograma multiplex.
[holograma] [holography] [hologram]
Imagem digital - veja Arte por computador
[digital image]
Impressão a jato de tinta - Como diz o nome, finas gotículas de tinta são borrifadas na
superfície do papel. São impressoras baratas que conseguem bom resultado, alta
resolução e qualidade fotográfica, em volume de produção pequeno, com exceção de
certos modelos especiais para trabalhos gráficos. As nuances de cor são determinadas por
pontos, como no off-set.
[inkjet print]
Impressão a laser - Cópia eletrostática tal qual a de xerografia, com a diferença de que a
imagem é gravada no cilindro de impressão por um feixe de laser. Não é a impressão
digital mais fiel para imagens fotográficas, mas tem os pigmentos mais resistentes ao
desbotamento pela luz.
[laser print]
Impressão a cera térmica - Em vez de tinta esse tipo de impressão usa um rolo ou fita de
transferência de cera que derrete com o calor aplicado por milhares de elementos na
cabeça de gravação. Um papel revestido especial é usado, resultando imagens formadas
de pequenos pontos de cores vibrantes.
[impressão térmica] [thermal wax print]
Impressão thermo autochrome - Esta é uma marca comercial de impressoras para cópias
pequenas (10 x 15 cm). O papel já traz os pigmentos incorporados, as cores são
processadas nas camadas por calor e fixadas por ultravioleta. É um processo de tom
contínuo que produz cópias permanentes.
[thermo autochrome print] [TA print]
Impressão via plotter - Trata-se de uma impressão digital, geralmente de jato de tinta,
feita sobre grandes rolos de material vinílico ou outro material. Tem sido usada com
freqüência para produzir obras de grande porte em instalações e também como alternativa
em formatos menores para resultado ágil e econômico.
[impressão via plotter em vinil] [screenprint on vinyl]
Intermídia - Define uma mescla de processos conhecidos, de forma a gerar um novo tipo
de processo.
[intermedia]
Lasergrama - Gravação realizada por meio do laser, fonte de luz de alta coerência. Laser é
a sigla em inglês de Amplificação de Luz por Emissão Estimulada de Rariação.
Monotipia - Forma de impressão que rende obra única, já que a matriz não permite a
tiragem de outra cópia idêntica. Em geral, o desenho ou pintura é feito manualmente sobre
uma superfície de plástico, metal, vidro ou madeira, e depois transferido para o papel por
pressão. A tinta restante pode ser retrabalhada, produzindo cópias que são variações de
um tema ou referências ao primeiro trabalho. O processo pode combinar qualquer das
técnicas de impressão tradicionais ou contemporâneas.
[monótipo] [monoprint] [monotype]
Off-set - Método de impressão derivado da litografia que usa um cilindro de borracha como
intermediário entre a chapa de impressão e o papel ou outro material a ser gravado. Com
base na propriedade de repelência à água, a tinta oleosa é transferida ao cilindro e depois
ao papel com altíssima precisão e riqueza de detalhes. A impressão pode ser em uma só
cor, em duas (duotone), três (tritone), quatro (quadricromia, a mais usada) e até sete cores.
As nuances são determinadas pelos tamanhos dos pontos das finíssimas retículas, que
eram originalmente gravadas por processo fotomecânico, mas que hoje são obtidas por
impressão digital. O processo é extremamente versátil, tanto para o uso comercial, hoje
difundido universalmente, como para tiragens limitadas e artesanais em gravuras e livros
de artistas.
[gravura off-set] [off-set gravure]
Quadricromia - Método de impressão que visa obter máxima fidelidade do original pelo
emprego de quatro corantes ou tintas: amarelo, magenta, ciano e preto. Para isso, é feita
uma ”separação cromática” do original (também chamada de seleção de cores), que
registra respectivamente a informação das três cores primárias (azul, verde e vermelho)
mais a da densidade. O método se aplica a diversos processos de impressão, comerciais
ou artesanais, ou em alguns processos fotográficos, como o carbro.
[Four-color printing]
Tipografia - Método tradicional de impressão que utiliza tipos móveis em relevo de metal
ou madeira. O texto é montado letra a letra, encaixado em uma base própria, depois a
superfície é entintada e pressionada sobre o papel. Figuras e imagens também podem ser
reproduzidas com o uso de clichês.
[letterpress]
Transfer - Designação genérica da transferência física da imagem para uma nova base ou
suporte, possível em diversos processos de toda natureza. Aplica-se tanto para o efeito
obtido pela migração da tinta ou outro elemento formador da imagem como para a
transposição de toda uma camada, película ou emulsão.
[transferência de imagem] [transferência] [transfer] [image transfer]
Web art - É a definição para a arte criada especialmente para circular em rede de
computadores como a Internet, que fez surgir toda uma nova cultura. Uma parte
significativa dos trabalhos concebidos e propostos on-line abandonou a fixação ao “objeto”
por atividades baseadas no processo. Enquanto as atividades da arte tradicional visam a
respostas cognitivas e emocionais, a arte na rede coloca o efeito antes da causa, atingindo
os sentidos diretamente no processo interativo, que faz de cada usuário um parceiro do
processo artístico. O sentido é completo quando a própria rede é usada como matéria-
prima para a forma artística, cunhando os novíssimos conceitos de webness (neologismo
que pode ser traduzido por emaranhamento) e metadesign (metadesenho). Webness
significa a interconexão de inteligências humanas por interfaces coletivas premeditadas
para inovações e descobertas auto-ajustáveis. Na arte, esse conceito significa que a
Internet é usada por suas propriedades interativas, em vez de ser um mero veículo de
promoção.
[arte na net] [web art] [art on the net]
GLOSSÁRIO - PARTE III
P.C. (prova de cor) - Orienta a aplicação da cor e as modificações que devem ser feitas
antes de iniciar a tiragem.
P.I. (prova do impressor) - Em gravuras estrangeiras a convenção usada não é P.I., mas
bom à tirer. É a gravura que finalmente está com a matriz e a tinta perfeitamente acertadas.
É a prova de que o artista aprovou a edição a partir desse exemplar.
IMP - Sigla que indica que foi o próprio artista que imprimiu a gravura. Quando é uma
impressora que a executa, é recomendável que esta coloque seu selo em relevo cego em
uma das bordas do papel.
Para que você, professor, possa explorar as muitas possibilidades de trabalho a partir
desse material, seguem algumas considerações básicas sobre o ambiente de trabalho.
1. Exercícios de leitura
Apreciar uma gravura em reprodução fotográfica (ver galeria) e associar a ela o
conhecimento e o procedimento de investigação por meio da percepção visual, observando
atentamente as técnicas, os procedimentos, os processos, as linguagens e temáticas do
artista. Alguns exemplos:
d) Assim como na prancha de Goeldi, o mesmo jogo entre claro e escuro pode ser
observado na litografia de Lasar Segall intitulada Dor. Observe como a dramaticidade
da figura feminina se relaciona com o procedimento técnico que enfatizou o preto no
cabelo, nas vestes e no fundo, exercitando o olhar de maneira produtiva.
A) FROTTAGE
A frottage permite que o público conheça de maneira simples e eficaz alguns aspectos da
gravura, pois propicia o contato com uma técnica que permite multiplicidade, impressão e
pesquisa de novos procedimentos tão presentes no processo da gravura.
É possível encontrar uma infinidade de superfícies para pesquisar texturas, tais como
folhas secas, lixas, acrílicos texturizados, tampas, entre tantos outros exemplos presentes
no nosso cotidiano. Por isso mesmo é fácil dar continuidade, na escola ou mesmo em casa,
ao trabalho iniciado no Itaú Cultural, uma vez que os materiais para as texturas dependem
mais de um olhar atento do que deles.
A tampinha da pasta de dentes, por exemplo, tem uma textura que pode ser apreendida de
várias maneiras, com lápis preto, giz de cera, esferográfica, lápis de cor, etc. Com cada um
desses materiais o resultado será distinto e o aluno elegerá o que melhor se adequar ao
seu trabalho. Essa é uma oficina que permite trabalhar a questão da reprodução e
impressão com todas as faixas etárias, mesmo os pequeninos, já que não exige a
utilização de materiais cortantes.
Procedimento
Deixar sobre a bancada os materiais para pesquisa de texturas (papelão ondulado,
tampinhas, lixas, folhas, acrílicos texturizados, toquinhos de madeira, pedaços de cesta,
etc.), folhas de papel de seda de cores diversas e papel sulfite ou super white, material
para registro das texturas (giz de cera, lápis de cor, carvão, grafite) e canetas hidrocor
preta.
Ao entrar com o grupo no ateliê, conversar sobre o universo da gravura e seus principais
artistas (consulte o caderno do professor e a galeria), destacando:
• Como os tons de cinza da gravura se dão por texturas diferentes, por tramas mais
fechadas ou abertas.
• O que é matriz e o que é impressão.
• A diferença do processo de impressão na técnica de frottage – que é direto – de outras
técnicas – que são invertidas –, isto é, a gravação deve considerar o espelhamento da
imagem.
Propostas de Atividades
1 – Solicitar aos alunos uma pesquisa de texturas que resulte numa diversificada coleção.
Registrá-las em papéis diferentes e destacar com caneta hidrocor as diversas formas
obtidas.
2 – Eleger um tema e se valer do uso de diferentes texturas para a sua composição, numa
única folha de papel.
Diante dos resultados, comparar os diferentes trabalhos, buscando identificar na
composição:
• O que foi matriz e o que foi produto final
• As diferentes apresentações e utilizações de uma mesma matriz
Materiais:
lápis grafite (de preferência 6B)
caixas de giz de cera
canetas hidrocor pretas
caixas de carvão
caixas de lápis de cor
folhas de papel de seda
folhas de papel sulfite ou super White A3
lixas finas
lixas médias
lixas grossas
toquinhos de madeira, folhas secas, tampinhas, espiral, etc.
B) MONOTIPIA
A monotipia propicia o contato com o universo da impressão e suas especificidades.
Mesmo sendo um procedimento que permite apenas uma cópia, ela possibilita que se
retrabalhe a tinta já utilizada sobre a superfície, favorecendo a transformação do próprio
trabalho, ou seja, explorando o processo criativo.
Procedimento
Dispor sobre a mesa os vidros de entintagem, rolos, pincéis, espátulas, tintas e material de
limpeza. Ao entrar na oficina com os alunos, conversar sobre os materiais dispostos, o
nome de cada um e sua finalidade.
Proposta de Atividades
Ccom base nas características e possibilidades da técnica da monotipia, sugerir um tema a
ser trabalhado e propor que cada um imprima várias vezes sobre seu próprio fundo, ou
mesmo interferindo no que restou da impressão do colega. Pendurar os trabalhos no varal
e discutir com o grupo os resultados obtidos.
Materiais:
tubos de tinta a óleo preta
tubos de tinta a óleo magenta
tubos de tinta a óleo cian
tubos de tinta a óleo amarela
tubos de tinta a óleo branca
rolinhos de impressão (topal)
espátulas
vidros de 60 x 60 cm (com 4 mm de espessura)
pincéis de diferentes espessuras
folhas de papel color set
sacos de estopa
aguarrás
C) LINOLEOGRAVURA
Esta oficina exige um longo período de duração, cerca de três horas. A faixa etária é
também um fator importante de ser observado, pois envolve a manipulação de objetos
cortantes, sendo indicada para crianças acima de 11 anos de idade.
Procedimento
Deixar o ateliê previamente preparado com as matrizes de madeira, lixas, vidros para
entintagem, rolos, espátulas, tinta para impressão, papel manteiga ou de seda, colheres de
pau, já em cima da mesa, cuidando para manter os papéis e colheres de pau longe da
tinta.
Propostas de Atividades
1 - Esta oficina será dividida em quatro momentos: gravação, entintagem, impressão e
finalização. É importante esclarecer que tudo o que for gravado será branco ou cinza e a
imagem sairá sempre espelhada, lembrando que estes são alguns dos desafios e sabores
da gravura. Ao chegar o momento da entintagem, abrir a tinta com rolo e mostrar a
quantidade de tinta que deve ser aplicada sobre cada matriz e como será feita a impressão
com a colher de pau. Ao saírem as primeiras provas conversar com os alunos sobre os
resultados, introduzindo a terminologia do universo da gravura, como, prova de estado, de
artista, de impressor e tiragem (veja Glossário).
Na medida em que forem fazendo uma ou mais cópias, pendurar no varal e discutir com
eles os resultados obtidos, as diferenças de uma imagem construída com pincel e com o
corte, a qualidade do traço obtido, as possibilidades de obtenção de tons, etc.
Materiais:
estojos de goivas Tombo
manta de borracha
potes de tinta para impressão
óleo de linhaça
colheres de pau
pranchas de madeira de medidas variadas (20 x 15 cm, 10 x 15 cm, 10 x 25 cm , 5 x 20 cm)
lixas grossas
lixas finas
lixas médias
folhas de papel manteiga ou de seda
Procedimento
O procedimento é o mesmo da oficina de linoleogravura, porém a entintagem será feita
diretamente sobre a bandejinha de isopor com o guache e o rolinho de espuma. Basta
pressionar a folha de papel sulfite sobre a matriz para obter o resultado esperado. As
discussões serão as mesmas que as da oficina anterior cuidando para direcionar os
conteúdos de acordo com as faixas etárias, já que esta técnica permite que crianças
menores se aventurem no mundo da gravura.
Materiais
bandejinhas de isopor
canetas esferográfica
folhas de papel sulfite
rolinhos de espuma
guache preto
BIBLIOGRAFIA
Para que você, professor, possa ampliar seu universo de fontes de pesquisa sobre o tema
gravura, relacionamos títulos de livros e catálogos, alguns disponíveis no Centro de
Documentação e Referência Itaú Cultural.
Livros
Catálogos
ENSINO da arte: a gravura como meio. Jacareí: Secretaria Municipal de Educação / Casa
da Gravura, 1998.
NOGUEIRA, Ana Maria Netto. Mulheres gravadoras: uma homenagem a Edith Behring.
Jacareí: Secretaria Municipal da Educação / Casa da Gravura, 1998.
Núcleo de Projetos / Ação Educacional
Coordenação Geral
Flávia Aidar
Coordenação de Projetos
Ana Regina Carrara
Equipe
Ana Cecília Chaves Arruda
Maria de Fátima Feliciano
Monitoria
Andrea Amaral
Cristiane Arenas
Fabiana Camargo Pellegrini
Fábio Nicola Dietrich
Flora Chaves
José Cavalhero
Mário Ronqui Pinheiro
Monika Jun Honma
Rodrigo Mendes Ribeiro
Samara Ferreira
Assessoria em Arte-Educação
Rosângela Dorazio
Elaboração do Material Educativo
Flávia Aidar
Ana Regina Carrara
Consultoria
Feres Khoury
Luise Weiss
Produção
Maria de Jesus Gonçalves
Tatiana Ponte de Oliveira
Apoio
Cláudia Mattei
Colaboradores
Angélica de Moraes
Mayra Laudanna
Leon Kossovitch
Ricardo Resende
Zé De Boni