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Uma das principais funções do sangue é, através dos glóbulos vermelhos transportar oxigénio
dos pulmões para os tecidos e "retirar” o dioxido de carbono dos tecidos para ser eliminado
pelos pulmões. Através dos seus glóbulos brancos participa ativamente da defesa do
organismo, contra as infecções. Para além disso, outras funções do sangue é conter
as proteínas que regulam o sangramento e, também, transportar os anticorpos, nutrientes,
açúcar, gorduras, vitaminas e sais minerais
Existem muitas doenças que afetam o sistema hematológico entre elas se destacam , as
anemias , leucemias , hemofilia . Serão apresentadas nesse trabalho um pouco sobre cada uma
delas .
Leucemias
Dos cânceres do sangue, a leucemia é um dos mais conhecidos. Tudo começa na medula
óssea, líquido gelatinoso que ocupa o interior dos ossos que produz os componentes do
sangue: hemácias (ou glóbulos vermelhos, responsáveis pelo oxigênio de nosso organismo),
leucócitos (ou glóbulos brancos, que combatem as infecções) e plaquetas (responsáveis pela
coagulação do sangue, evitando hemorragias).
A leucemia acontece quando os glóbulos brancos perdem a função de defesa e passam a se
produzir de maneira descontrolada.
São várias as linhagens celulares que derivam da medula óssea, e baseando-se nos tipos de
glóbulos brancos que elas afetam, as leucemias estão dividias em dois grandes grupos:
mieloide e linfoide. As que afetam as células linfoides são chamadas de: leucemia linfoide,
linfocítica ou linfoblástica. Já as que afetam as células mieloides são chamadas de leucemia
mieloide ou mieloblástica.
Elas também podem ser agudas, quando há o crescimento rápido de células imaturas, ou
crônicas, caracterizadas pelo aumento das células maduras, mas anormais.
No Brasil, atualmente a leucemia é o 9º câncer mais comum entre os homens e o 11º entre as
mulheres.
Radioterapia
Este procedimento é bastante raro em leucemias, mas pode ser indicado antes do transplante
de medula óssea, para diminuir o tamanho do baço e possíveis dores ósseas. Nele, são
utilizadas radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células anormais.
Os efeitos colaterais vão depender da localização em que o procedimento será realizado.
Geralmente, o paciente pode apresentar problemas de pele, como ressecamento, coceira,
bolhas ou descamação.
Transplante de medula óssea
Também chamado por transplante de células-tronco hematopoéticas, este procedimento só
será recomendado quando a quimioterapia não surtir resultado, e o paciente estiver com a
doença bastante acelerada (a chamada crise blástica).
O tipo de transplante indicado é o alogênico, ou seja, por meio de um doador 100%
compatível.
O primeiro exame a ser pedido é o hemograma completo (exame de sangue). Ele será
responsável por apresentar as alterações nas células (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e
plaquetas).
O mielograma (com uma agulha, é coletada uma pequena quantidade de sangue da medula),
ou a biópsia da medula (retirada de um fragmento da medula óssea), irão mostrar as
características dos glóbulos brancos. Neste momento, já é possível identificar se o paciente
está ou não com leucemia.
O exame de imunofenotipagem descobrirá o subtipo leucemia mieloide aguda, e o cariótipo
(citogenética) servirá para o acompanhamento da doença.
O uso de anticorpos monoclonais (proteínas usadas pelo sistema imunológico para identificar
e neutralizar corpos estranhos como bactérias, vírus ou células tumorais. Eles reconhecem um
alvo específico, o antígeno, presente nas células estranhas ao organismo) reforça o diagnóstico
de alguns casos, e permite a identificação da LPA em específico.
Além disso, o médico pode pedir testes de coagulação, já que os pacientes têm maior risco de
hemorragia.
Neste primeiro momento, chamado de indução, o importante é combater as células doentes
presentes na medula óssea e no sangue. O ideal é eliminar todas essas células.
Anemias
A anemia é uma doença caracterizada pela diminuição de hemoglobina na corrente sanguínea,
o que pode ter diversas causas, desde uma alteração genética até a má alimentação. Elas,
geralmente, produzem sintomas semelhantes como tontura, palidez, dor de cabeça, fraqueza,
peles e mucosas ressecadas.
Para identificar e confirmar o diagnóstico de anemia, o médico geralmente pede uma
análise de sangue para avaliar a quantidade de hemoglobina, sendo considerado anemia
quando o valor é menor que 12 g/dL em mulheres ou 13 g/dL em homens. Depois, pode ser
necessário fazer outros exames, como eletroforese da hemoglobina, contagem de reticulócitos
ou exame de fezes, para identificar o tipo correto da anemia, e iniciar o tratamento adequado.
Seja qual for a anemia que o indivíduo possui, ela precisa de tratamento. Isso porque quando
não tratadas, podem desenvolver complicações que resultam em danos cerebrais irreversíveis,
como demência, AVC e problemas cardiovasculares, por exemplo.
Do ponto de vista fisiológico, há anemia quando existe produção diminuída ou ineficaz de
hemácias ou hemoglobina.
Anemia aplastica
Anemia aplástica, aplasia medular ou anemia ablástica (do grego, a+plasis, sem formação) é
uma rara doença hematológica caracterizada pela produção insuficiente de células sanguíneas
na medula óssea. Afeta os três grupos de elementos sanguíneos: glóbulos vermelhos, glóbulos
brancos e plaquetas. Na maioria dos casos a causa da destruição da medula óssea vermelha
não é confirmada, mas estima-se que 80% dos casos é adquirida e 20% é genética. Dentre as
possíveis causas se destacam:
Após um exame clínico sugestivo de anemia, deve-se pedir um hemograma, com contagem
de reticulócitos e um mielograma. Se verificada a pancitopenia, deve-se pedir
uma biópsia de medula óssea. Verificar aplasia medular (diminuição do número de células com
substituição por tecido gorduroso) confirma o diagnóstico. Dosagem de vitamina B12 e ácido
fólico servem para diferenciar de anemia megaloblástica (uma anemia nutricional), sorologias
para infecções virais. Tipagem de HLA ( tipagem de antígeno de histocompatibilidade) serve
para avaliar possíveis doadores de medula.
Apenas 25% dos pacientes possuem doadores de medula óssea compatíveis (HLA) e podem
fazer o transplante de medula óssea. Na maioria dos casos o tratamento é
a imunossupressão do sistema imunológico, responsável por suprimir
a hematopoiese (produção sanguínea), com um esquema combinado de três drogas, por
exemplo uma imunoglobulina anti-timocítica, uma ciclosporina e um corticoide.
Deve-se utilizar todas as vezes necessárias a transfusão seja de plaquetas ou de hemácias
juntamente com profilaxias antibióticas, pois as infecções resultam a maior causa de
mortalidade nesta doença.
Como identificar a anemia aplástica
Para identificar a anemia aplástica deve-se realizar um hemograma completo, biópsia da
medula óssea, raio-x dos ossos, dosagem da vitamina B12, teste da ferritina, sorologia para
infecções virais, exames bioquímicos, estudo citogenético e coombs direto e indireto.
Estes exames podem excluir outras hipóteses de doenças e confirmar o diagnóstico da anemia
aplástica. Veja quais os exames que confirmam a anemia.
Os pacientes em tratamento devem realizar os seguintes exames semanais para saber se o
tratamento está sendo bem realizado:
Hemograma, uréia, TGO/TGP/FA/DHL e CsA;
A partir do 2º mês e a cada 6 meses:
Sorologia de Chagas, lues, CMV, hepatites A, B e C, HIV, HTLV1, ferritina, combs direto e
indireto.
Anemia de Fanconi
Caso o paciente não tenha um doador compatível para realização de TMO é possível utilizar
um tratamento hormonal com andrógenos (hormônio masculino). Este é um tratamento que
pode manter o paciente sem transfusão sanguínea ate encontrar um doador adequado para
realizar o TMO.
Quando é feito um diagnóstico precoce da AF, mais cedo os pacientes receberão orientações
quanto aos cuidados a serem tomados:
- evitar o sol (não exposição, uso de protetor solar 3x ao dia)
- ter uma boa higiene oral com consulta frequente ao dentista
- não fumar
- evitar uso de bebida alcoólica
- realização de vacina contra vírus HPV.
A esterilidade é frequentemente detectada entre os pacientes com Anemia de Fanconi,
principalmente entre os meninos. As meninas entram em menopausa mais cedo então se deve
ficar atento na monitoração hormonal destes pacientes. Existem relatos de mulheres que
conseguiram engravidar mesmo após a realização de um transplante de medula óssea.
Hemofilia
Assim, quando alguma parte corpo sofre algum corte e a pessoa começa a sangrar, as
proteínas entram em ação para estancar o sangramento. Esse processo é chamado de
coagulação.
Mas a pessoa com hemofilia não possui um dos fatores em quantidade ou qualidade
suficiente. Por isso, o seu sangue demora mais para formar um coágulo. E quando ele
se forma, não é capaz de interromper o sangramento.
Embora a hemofilia seja uma doença para toda a vida, com o tratamento adequado e o
autocuidado, a maioria das pessoas pode manter um estilo de vida ativo e produtivo.
Tipos de hemofilia
Os sangramentos são iguais nos dois tipos, porém a gravidade depende da quantidade
de fator presente no plasma, que é o líquido que representa 55% do volume total do
sangue.
Sintomas da hemofilia
Os sangramentos podem tanto surgir após um trauma quanto sem razão aparente,
sendo que os ferimentos causados por cortes na pele levam um tempo maior para
estancar. Nas pessoas com hemofilia grave, as simples atividades normais da vida
diária podem produzir hemorragias.
Diagnóstico da hemofilia
Tratamento da hemofilia
A hemofilia não tem cura. O tratamento é feito com a reposição intravenosa (pelas
veias) do concentrado do fator deficiente. Geralmente o paciente faz exames regulares
para acompanhar a evolução do tratamento e há a necessidade de um
acompanhamento médico mais próximo para uso de qualquer medicamento.
Se por algum motivo o paciente sofre uma lesão, o recomendável é receber o fator
necessário o quanto antes para interromper possíveis sangramentos sem prejuízo à
saúde.
Conclusão
As doenças hematológicas
https://www.tuasaude.com/anemia-de-fanconi/
https://br.guiainfantil.com/materias/saude/anemia-de-fanconi-causas-sintomas-e-
tratamento/
https://www.tuasaude.com/tipos-de-anemia/
https://www.tuasaude.com/anemia-aplastica/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anemia_apl%C3%A1stica
https://www.abrale.org.br/lmc/o-que-e
https://www.abrale.org.br/lpa/o-que-e
https://www.abrale.org.br/lpa/tratamento
http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/doencas-hematologicas-na-terceira-idade