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Introdução

As doenças hematológicas são aquelas que afetam o sangue e os elementos figurados do


sangue: hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas, mas
também os órgãos onde o sangue é produzido - medula óssea, gânglios linfáticos e baço.

Uma das principais funções do sangue é, através dos glóbulos vermelhos transportar oxigénio
dos pulmões para os tecidos e "retirar” o dioxido de carbono dos tecidos para ser eliminado
pelos pulmões. Através dos seus glóbulos brancos participa ativamente da defesa do
organismo, contra as infecções. Para além disso, outras funções do sangue é conter
as proteínas que regulam o sangramento e, também, transportar os anticorpos, nutrientes,
açúcar, gorduras, vitaminas e sais minerais

Existem muitas doenças que afetam o sistema hematológico entre elas se destacam , as
anemias , leucemias , hemofilia . Serão apresentadas nesse trabalho um pouco sobre cada uma
delas .

Leucemias
Dos cânceres do sangue, a leucemia é um dos mais conhecidos. Tudo começa na medula
óssea, líquido gelatinoso que ocupa o interior dos ossos que produz os componentes do
sangue: hemácias (ou glóbulos vermelhos, responsáveis pelo oxigênio de nosso organismo),
leucócitos (ou glóbulos brancos, que combatem as infecções) e plaquetas (responsáveis pela
coagulação do sangue, evitando hemorragias).
A leucemia acontece quando os glóbulos brancos perdem a função de defesa e passam a se
produzir de maneira descontrolada.
São várias as linhagens celulares que derivam da medula óssea, e baseando-se nos tipos de
glóbulos brancos que elas afetam, as leucemias estão dividias em dois grandes grupos:
mieloide e linfoide. As que afetam as células linfoides são chamadas de: leucemia linfoide,
linfocítica ou linfoblástica. Já as que afetam as células mieloides são chamadas de leucemia
mieloide ou mieloblástica.
Elas também podem ser agudas, quando há o crescimento rápido de células imaturas, ou
crônicas, caracterizadas pelo aumento das células maduras, mas anormais.
No Brasil, atualmente a leucemia é o 9º câncer mais comum entre os homens e o 11º entre as
mulheres.

Leucemia Mielóide Crônica - LMC


A leucemia mieloide crônica (LMC) é um tipo de câncer não hereditário que se desenvolve na
medula óssea e, na maior parte dos casos, ocorre em adultos na faixa etária dos 50 anos
(apenas 4% dos pacientes são crianças).Ainda não se sabe ao certo o motivo para o seu
surgimento, mas os médicos afirmam que é uma doença adquirida, que não está presente no
momento do nosso nascimento, e não é hereditária.
A LMC se distingue dos outros tipos de leucemia pela presença de uma anormalidade genética
nos glóbulos brancos, denominada cromossomo Philadelphia (Ph+). Os cromossomos das
células humanas compreendem 22 pares (numerados de 1 a 22 e dois cromossomos sexuais),
num total de 46 cromossomos. Nos pacientes com a doença, estudos mostraram que existe
uma translocação (fusão de uma parte de um cromossomo em outro cromossomo) em dois
cromossomos, os de número 9 e 22, caracterizando assim a leucemia mieloide crônica.
Hoje, mais de 70% dos pacientes conquistam a remissão completa da doença (quando nos
exames não consta mais nenhum sinal da doença).
A maior parte dos sintomas é causada pelo fato das células doentes tomarem o lugar das
células normais na medula óssea. São eles:
- Palidez, resultante de anemia;
- Cansaço e mal-estar;
- Desconforto no lado esquerdo do abdômen – o baço aumenta muito de tamanho;
- Suor excessivo;
- Perda de peso;
- Hematomas.
O hemograma completo (exame de sangue) é o primeiro a ser pedido pelo médico – a doença
provoca aumento significativo dos glóbulos brancos, e também pode atingir os glóbulos
vermelhos e as plaquetas, e essas alterações serão constatadas neste exame. O aumento do
baço, comum a alguns pacientes, também pode ser verificado em exames clínicos e de
imagem.
O mielograma, quando uma amostra de sangue da medula óssea é retirada por meio de uma
agulha, será fundamental para a investigação das anormalidades registradas no hemograma. O
médico também pode pedir uma biópsia da medula, e um fragmento do osso da região lombar
será retirado para avaliação em laboratório. A partir disso é que será constatada a leucemia.
Os exames de citogenética, como o cariótipo, são fundamentais, pois avaliam especificamente
os cromossomos (a busca é pelo cromossomo Philadelphia para fechar o diagnóstico). Já o
FISH (Hibridização Fluorescente in situ) é outro tipo de exame que avalia os cromossomos, e
detecta as alterações pequenas não visualizadas.
Há ainda o teste molecular de reação em cadeia da polimerase (PCR), utilizado para o
diagnóstico e acompanhamento da doença. Ele mede, no sangue ou medula óssea, a
quantidade do gene de fusão causador deste tipo de câncer, o BCR-ABL.
Hoje, o tratamento para a LMC está muito avançado e a maior parte dos pacientes conquista a
remissão completa (quando não consta mais sinal da doença nos exames). O médico é quem
definirá qual a melhor opção terapêutica. Os tratamentos são:
Imunomodulador
Também chamado por modulador da resposta citogenética, o Interferon é opção para o
tratamento da LMC. Essa é uma proteína existente em nosso organismo com o objetivo de
combater doenças, e foram recriadas em laboratório com a mesma finalidade.
São dois os tipos de Interferon existentes: o alfa e o beta. Para o tratamento da leucemia, o
alfa é o escolhido.
Este medicamento é administrado por via intramuscular e pode provocar efeitos colaterais
como dores musculares, febre, dor de cabeça, fadiga, náuseas, vômitos.

Radioterapia
Este procedimento é bastante raro em leucemias, mas pode ser indicado antes do transplante
de medula óssea, para diminuir o tamanho do baço e possíveis dores ósseas. Nele, são
utilizadas radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células anormais.
Os efeitos colaterais vão depender da localização em que o procedimento será realizado.
Geralmente, o paciente pode apresentar problemas de pele, como ressecamento, coceira,
bolhas ou descamação.
Transplante de medula óssea
Também chamado por transplante de células-tronco hematopoéticas, este procedimento só
será recomendado quando a quimioterapia não surtir resultado, e o paciente estiver com a
doença bastante acelerada (a chamada crise blástica).
O tipo de transplante indicado é o alogênico, ou seja, por meio de um doador 100%
compatível.

Leucemia Promielocítica Aguda – LPA


A leucemia promielocítica aguda (LPA) é um subtipo da leucemia mieloide aguda que costuma
acometer jovens e adultos.
Sua principal característica é a super produção de células imaturas (que acabaram de nascer),
também conhecidas por blastos (tipos de glóbulos brancos, responsáveis por combater as
infecções).
Elas passam a se desenvolver de forma descontrolada e param de desempenhar sua função, a
de proteger o organismo contra as bactérias, vírus. Em grande quantidade na medula óssea,
bloqueiam a formação dos demais componentes do sangue (glóbulos vermelhos, responsáveis
pela oxigenação do corpo, e plaquetas, que impedem as hemorragias). Por isso, sangramentos
persistentes podem ser um sintoma comum.
Por ser uma leucemia aguda, as células afetadas são aquelas que acabaram de nascer no
organismo (imaturas). Com isso, elas não conseguem trabalhar corretamente e ainda se
multiplicam rapidamente dentro da medula óssea.
Além disso, a LPA apresenta uma mudança nos cromossomos. Para entender melhor, os
cromossomos das células humanas compreendem 22 pares (numerados de 1 a 22, e dois
cromossomos sexuais), num total de 46 cromossomos. Neste caso, acontece uma translocação
(fusão de uma parte de um cromossomo com outro cromossomo) entre os cromossomos 15 e
17, a chamada translocação t (15;17), formando, assim, um gene anormal, chamado pelos
especialistas de PML/RARA.
Classificar a LPA corretamente é fundamental, porque ela pede um tratamento específico.
Vale ressaltar que essa é uma doença adquirida, não hereditária, e que ainda não se sabe o
porquê de seu desenvolvimento.

As pessoas com LPA apresentam:


· Hemorragias e manchas roxas na pele, devido à queda de plaquetas
· Anemia, cansaço e falta de ar, resultantes da baixa dos glóbulos vermelhos
· Infecções e febre persistente, devido ao baixo número de glóbulos brancos. Elas exigem um
cuidado especial, pois podem ser muito perigosas para os pacientes.

O primeiro exame a ser pedido é o hemograma completo (exame de sangue). Ele será
responsável por apresentar as alterações nas células (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e
plaquetas).
O mielograma (com uma agulha, é coletada uma pequena quantidade de sangue da medula),
ou a biópsia da medula (retirada de um fragmento da medula óssea), irão mostrar as
características dos glóbulos brancos. Neste momento, já é possível identificar se o paciente
está ou não com leucemia.
O exame de imunofenotipagem descobrirá o subtipo leucemia mieloide aguda, e o cariótipo
(citogenética) servirá para o acompanhamento da doença.
O uso de anticorpos monoclonais (proteínas usadas pelo sistema imunológico para identificar
e neutralizar corpos estranhos como bactérias, vírus ou células tumorais. Eles reconhecem um
alvo específico, o antígeno, presente nas células estranhas ao organismo) reforça o diagnóstico
de alguns casos, e permite a identificação da LPA em específico.
Além disso, o médico pode pedir testes de coagulação, já que os pacientes têm maior risco de
hemorragia.
Neste primeiro momento, chamado de indução, o importante é combater as células doentes
presentes na medula óssea e no sangue. O ideal é eliminar todas essas células.

Os tratamentos utilizados hoje são:


Quimioterapia
É um tratamento que utiliza medicamentos extremamente potentes no combate ao câncer,
com o objetivo de destruir, controlar ou inibir o crescimento das células doentes. Ela pode ser
oral ou aplicada direto no sangue, por meio de um cateter. Sua administração é feita em
ciclos, com um período de tratamento, seguido por um período de descanso, para permitir ao
corpo um momento de recuperação.
Também são utilizados medicamentos como terapia de suporte, que objetivam controlar ou
inibir o surgimento de infecções, amenizar os efeitos colaterais da quimioterapia e melhorar a
qualidade de vida do paciente em tratamento. Os principais são:
· Aciclovir
· Alfaepoetina
· Alopurinol
· Caspofungina
· Dexametasona
· Enoxaparin
· Filgrastim
· Levofloxacina
· Metilpredinisolona
· Mesna
· Mercaptopurina
· Sulfametoxazol
· Trimetoprima
· Voriconazol
Transplante de medula óssea
Também chamado por transplante de células-tronco hematopoéticas, é indicado quando há a
recidiva (a doença volta a constar nos exames). O tipo a ser realizado é o alogênico, quando é
necessário ter um doador 100% compatível.
Transplante de medula óssea
Também chamado por transplante de células-tronco hematopoéticas, é indicado quando há a
recidiva (a doença volta a constar nos exames). O tipo a ser realizado é o alogênico, quando é
necessário ter um doador 100% compatível.

Anemias
A anemia é uma doença caracterizada pela diminuição de hemoglobina na corrente sanguínea,
o que pode ter diversas causas, desde uma alteração genética até a má alimentação. Elas,
geralmente, produzem sintomas semelhantes como tontura, palidez, dor de cabeça, fraqueza,
peles e mucosas ressecadas.
Para identificar e confirmar o diagnóstico de anemia, o médico geralmente pede uma
análise de sangue para avaliar a quantidade de hemoglobina, sendo considerado anemia
quando o valor é menor que 12 g/dL em mulheres ou 13 g/dL em homens. Depois, pode ser
necessário fazer outros exames, como eletroforese da hemoglobina, contagem de reticulócitos
ou exame de fezes, para identificar o tipo correto da anemia, e iniciar o tratamento adequado.
Seja qual for a anemia que o indivíduo possui, ela precisa de tratamento. Isso porque quando
não tratadas, podem desenvolver complicações que resultam em danos cerebrais irreversíveis,
como demência, AVC e problemas cardiovasculares, por exemplo.
Do ponto de vista fisiológico, há anemia quando existe produção diminuída ou ineficaz de
hemácias ou hemoglobina.

Anemia aplastica
Anemia aplástica, aplasia medular ou anemia ablástica (do grego, a+plasis, sem formação) é
uma rara doença hematológica caracterizada pela produção insuficiente de células sanguíneas
na medula óssea. Afeta os três grupos de elementos sanguíneos: glóbulos vermelhos, glóbulos
brancos e plaquetas. Na maioria dos casos a causa da destruição da medula óssea vermelha
não é confirmada, mas estima-se que 80% dos casos é adquirida e 20% é genética. Dentre as
possíveis causas se destacam:

 Mutações genéticas: Anemia de Fanconi, disceratose congênita, mutação no gene TERC ou


TERT (anemia aplásica familiar), Síndrome de Shwachman-Diamond ou anemia de
Diamond-Blackfan.
 Autoimunidade: A supressão da hematopoiese(produção de elementos do sangue) é
mediada por um excesso de linfócitos T citotóxicos CD8+ HLA-DR+, produzindo grandes
quantidades de citocinas inibitórias como interferón gama e factor de necrose tumoral.
 Diversos medicamentos tem pequenas probabilidades de causar insuficiência medular, por
exemplo cloranfenicol (1 em 40.000 pacientes que usam esta medicação desenvolve
anemia aplástica), carbamazepina, fenitoína e compostos com ouro.
 Intoxicação constante a quinino ou benzeno;
 Radiação ionizante
 Infecção por vírus: vírus das hepatites A, B e C, Epstein-Barr, citomegalovírus, parvovírus
B19 e HIV podem causar anemia aplástica em até 2% dos infectados.
 Raramente pode ser desencadeada pela gravidez e melhorar com o parto.

Portadores desta patologia sofrem com:


 Sinais de falta de hemácias (anemia): Fatiga, fraqueza, palidez, tontura, taquicardia falta
de ar com exercício.
 Sinais de falta de plaquetas (trombocitopenia): Sangramentos mesmo por golpes e feridas
mínimos, produzindo hematomas pela pele e sangramentos difíceis de conter;
 Sinais de falta de leucócitos (leucopenia): vulnerabilidade a infecções prolongadas com
agravamento, podendo chegar a quadro de septicemia.

Após um exame clínico sugestivo de anemia, deve-se pedir um hemograma, com contagem
de reticulócitos e um mielograma. Se verificada a pancitopenia, deve-se pedir
uma biópsia de medula óssea. Verificar aplasia medular (diminuição do número de células com
substituição por tecido gorduroso) confirma o diagnóstico. Dosagem de vitamina B12 e ácido
fólico servem para diferenciar de anemia megaloblástica (uma anemia nutricional), sorologias
para infecções virais. Tipagem de HLA ( tipagem de antígeno de histocompatibilidade) serve
para avaliar possíveis doadores de medula.
Apenas 25% dos pacientes possuem doadores de medula óssea compatíveis (HLA) e podem
fazer o transplante de medula óssea. Na maioria dos casos o tratamento é
a imunossupressão do sistema imunológico, responsável por suprimir
a hematopoiese (produção sanguínea), com um esquema combinado de três drogas, por
exemplo uma imunoglobulina anti-timocítica, uma ciclosporina e um corticoide.
Deve-se utilizar todas as vezes necessárias a transfusão seja de plaquetas ou de hemácias
juntamente com profilaxias antibióticas, pois as infecções resultam a maior causa de
mortalidade nesta doença.
Como identificar a anemia aplástica
Para identificar a anemia aplástica deve-se realizar um hemograma completo, biópsia da
medula óssea, raio-x dos ossos, dosagem da vitamina B12, teste da ferritina, sorologia para
infecções virais, exames bioquímicos, estudo citogenético e coombs direto e indireto.
Estes exames podem excluir outras hipóteses de doenças e confirmar o diagnóstico da anemia
aplástica. Veja quais os exames que confirmam a anemia.
Os pacientes em tratamento devem realizar os seguintes exames semanais para saber se o
tratamento está sendo bem realizado:
 Hemograma, uréia, TGO/TGP/FA/DHL e CsA;
A partir do 2º mês e a cada 6 meses:
 Sorologia de Chagas, lues, CMV, hepatites A, B e C, HIV, HTLV1, ferritina, combs direto e
indireto.

Anemia de Fanconi

Anemia de Fanconi é uma síndrome genética rara caracterizada por más-formações


congênitas, falência progressiva da medula óssea e predisposição ao câncer.

As más-formações mais freqüentes desta síndrome são: deformidades ósseas (ausência de


polegar, polegar menor ou pendurado e ainda ausência do osso do braço chamado rádio -
deixando o braço curto e curvo), o rosto delicado com boca pequena, olhos pequenos e queixo
pequeno. A baixa estatura é freqüente e geralmente as crianças nascem com baixo peso e
estatura abaixo do esperado para idade. Os pacientes com freqüência apresentam manchas na
pele de cor café-com-leite.

Anemia de Fanconi é uma síndrome genética rara caracterizada por más-formações


congênitas, falência progressiva da medula óssea e predisposição ao câncer.

As más-formações mais freqüentes desta síndrome são: deformidades ósseas (ausência de


polegar, polegar menor ou pendurado e ainda ausência do osso do braço chamado rádio -
deixando o braço curto e curvo), o rosto delicado com boca pequena, olhos pequenos e queixo
pequeno. A baixa estatura é freqüente e geralmente as crianças nascem com baixo peso e
estatura abaixo do esperado para idade. Os pacientes com freqüência apresentam manchas na
pele de cor café-com-leite.

Alguns dos sinais e sintomas da anemia de Fanconi incluem:


Anemia, plaquetas baixas e menor quantidade de glóbulos brancos, que aumentam
o risco de fraqueza, tontura, palidez, manchas arroxeadas, sangramentos e infecções
repetidas;
Deformidades nos ossos, como ausência de polegar, polegar menor ou o encurtamento do
braço, o rosto afinado com boca pequena, olhos pequenos e queixo pequeno;
Baixa estatura, já que as crianças nascem com baixo peso e estatura abaixo do esperado para
idade;
Manchas na pele de cor café-com-leite;
Aumento do risco para desenvolver câncer, como leucemias, mielodisplasias, câncer de pele,
câncer de cabeça e pescoço e das regiões genitais e urológicas;
Alterações na visão e na audição.

O diagnóstico da anemia de Fanconi é suspeitado através da observação clínica e dos sinais e


sintomas da doença. A realização de exames de sangue como hemograma, além de exames de
imagem como ressonância magnética, ecografia e raio-x dos ossos podem ser úteis para
identificar os problemas e deformidades associados à doença.
A confirmação do diagnóstico é feita, principalmente, por um exame genético denominado
Teste de Fragilidade Cromossômica, que é responsável por detectar quebras ou mutações do
DNA nas células do sangue.

Tratamento mais indicado


Quando o paciente com Anemia de Fanconi evolui para falência de medula óssea o tratamento
curativo desta complicação hematológica é a realização de um transplante de medula óssea.
Atualmente a taxa de sucesso com a realização do TMO é acima de 90%, quando se acha um
doador totalmente compatível.

Caso o paciente não tenha um doador compatível para realização de TMO é possível utilizar
um tratamento hormonal com andrógenos (hormônio masculino). Este é um tratamento que
pode manter o paciente sem transfusão sanguínea ate encontrar um doador adequado para
realizar o TMO.

Complicações da doença quando não diagnosticada rapidamente


Anemia de Fanconi é uma síndrome genética com predisposição ao câncer, sendo assim
quando o diagnóstico é feito tardiamente o paciente não recebe as orientações e cuidados que
devem ser tomados durante a vida para diminuir o risco de ter um câncer.
Os cânceres mais frequentes nos paciente com Anemia de Fanconi são: leucemias,
mielodisplasias, câncer de pele, câncer de cabeça e pescoço e câncer urogenital.
O risco deste paciente desenvolver leucemia ou mielodisplasia praticamente some quando se
realiza o TMO ainda criança.

Quando é feito um diagnóstico precoce da AF, mais cedo os pacientes receberão orientações
quanto aos cuidados a serem tomados:
- evitar o sol (não exposição, uso de protetor solar 3x ao dia)
- ter uma boa higiene oral com consulta frequente ao dentista
- não fumar
- evitar uso de bebida alcoólica
- realização de vacina contra vírus HPV.
A esterilidade é frequentemente detectada entre os pacientes com Anemia de Fanconi,
principalmente entre os meninos. As meninas entram em menopausa mais cedo então se deve
ficar atento na monitoração hormonal destes pacientes. Existem relatos de mulheres que
conseguiram engravidar mesmo após a realização de um transplante de medula óssea.
Hemofilia

A hemofilia é uma alteração genética e hereditária no sangue que acontece


praticamente só em homens. Ela se caracteriza pela deficiência de uma proteína da
coagulação. O sangue é feito por várias substâncias, onde cada uma tem uma função.
Algumas delas são as proteínas chamadas fatores da coagulação, que ajudam a
estancar as hemorragias.

Assim, quando alguma parte corpo sofre algum corte e a pessoa começa a sangrar, as
proteínas entram em ação para estancar o sangramento. Esse processo é chamado de
coagulação.

Mas a pessoa com hemofilia não possui um dos fatores em quantidade ou qualidade
suficiente. Por isso, o seu sangue demora mais para formar um coágulo. E quando ele
se forma, não é capaz de interromper o sangramento.

Embora a hemofilia seja uma doença para toda a vida, com o tratamento adequado e o
autocuidado, a maioria das pessoas pode manter um estilo de vida ativo e produtivo.

Tipos de hemofilia

A hemofilia é classificada como tipos A e B. Pessoas com Hemofilia tipo A têm


deficiência de fator VIII (oito). Já as pessoas com hemofilia do tipo B são deficientes de
fator IX (nove). A hemofilia A é a mais comum e representa 80% dos casos.

Os sangramentos são iguais nos dois tipos, porém a gravidade depende da quantidade
de fator presente no plasma, que é o líquido que representa 55% do volume total do
sangue.

Sintomas da hemofilia

Os sintomas da hemofilia são os sangramentos, principalmente dentro das articulações


e dos músculos. Mas também podem ser externos, por meio das mucosas do nariz,
gengiva, etc.

Ao contrário do que alguns imaginam, a pessoa com hemofilia, quando se machuca,


não sangra mais rápido do que outra sem a deficiência. Esse sangramento geralmente
se mantém por um tempo maior e recomeça por vários dias depois do ferimento ou
cirurgia.

Os sangramentos podem tanto surgir após um trauma quanto sem razão aparente,
sendo que os ferimentos causados por cortes na pele levam um tempo maior para
estancar. Nas pessoas com hemofilia grave, as simples atividades normais da vida
diária podem produzir hemorragias.
Diagnóstico da hemofilia

A análise de uma amostra de sangue de uma criança ou um adulto pode revelar a


deficiência do fator de coagulação. Assim, o histórico familiar pode ser um bom indício
para consultar o médico e checar se há necessidade de exames específicos.

O diagnóstico diferencial entre as hemofilias A e B é realizado mediante a dosagem da


atividade dos fatores VIII e IX da coagulação, respectivamente. A classificação clínica
das hemofilias é baseada nos níveis plasmáticos de antígeno ou de atividade
coagulante do fator deficiente.

Tratamento da hemofilia

A hemofilia não tem cura. O tratamento é feito com a reposição intravenosa (pelas
veias) do concentrado do fator deficiente. Geralmente o paciente faz exames regulares
para acompanhar a evolução do tratamento e há a necessidade de um
acompanhamento médico mais próximo para uso de qualquer medicamento.

Existem duas modalidades de tratamento de reposição: o de demanda e o profilático.


O tratamento de demanda é o que acontece depois de um episódio de sangramento.
Já o tratamento profilático acontece antes do desenvolvimento de um episódio de
hemorragia, sendo indicado para as hemofilias graves.

É comum o fator deficiente se apresentar numa forma concentrada e em pó que é


diluída em água destilada para a aplicação. Alguns concentrados são derivados do
plasma, feitos a partir do sangue humano de doadores de sangue. Outros são fatores
recombinantes, feitos em laboratório.

Se por algum motivo o paciente sofre uma lesão, o recomendável é receber o fator
necessário o quanto antes para interromper possíveis sangramentos sem prejuízo à
saúde.

Centros de Tratamento de Hemofilia

A Federação Mundial de Hemofilia aconselha que o atendimento às pessoas com


hemofilia seja feito por uma equipe multidisciplinar para que elas tenham uma melhor
qualidade de vida e vivam mais.

No Brasil existem os Centros de Tratamento de Hemofilia (CTH), Serviços ou Unidades


de Hemofilia. São centros especializados em proporcionar tratamento multidisciplinar
para pessoas com distúrbios hemorrágicos. Há vários CTH no Brasil e a maioria deles
está nos hemocentros, alguns em hospitais universitários ou outros.

Conclusão
As doenças hematológicas

https://www.tuasaude.com/anemia-de-fanconi/

https://br.guiainfantil.com/materias/saude/anemia-de-fanconi-causas-sintomas-e-
tratamento/
https://www.tuasaude.com/tipos-de-anemia/

https://www.tuasaude.com/anemia-aplastica/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anemia_apl%C3%A1stica
https://www.abrale.org.br/lmc/o-que-e
https://www.abrale.org.br/lpa/o-que-e
https://www.abrale.org.br/lpa/tratamento
http://www.atlasdasaude.pt/publico/content/doencas-hematologicas-na-terceira-idade

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