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UNOPAR – FACULDADE UNOPAR DE CASCAVEL

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

GIANE MALTEZO PEREIRA – RA: 327169515544


JOSELAINE APARECIDA DE RAMOS HENNING CORADELI – RA: 329404115544
JULIANA MAILHO – RA: 331169315544
RAFAEL WELLITON CATORI MENDES – RA 330767615544
VINICIUS REIS PEREIRA – RA: 327528715544

PRODUÇÃO TEXTUAL COLETIVA


FICHAMENTOS

Cascavel
2018
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GIANE MALTEZO PEREIRA – RA: 327169515544


JOSELAINE APARECIDA DE RAMOS HENNING CORADELI – RA: 329404115544
JULIANA MAILHO – RA: 331169315544
RAFAEL WELLITON CATORI MENDES – RA 330767615544
VINICIUS REIS PEREIRA – RA: 327528715544

PRODUÇÃO TEXTUAL COLETIVA


FICHAMENTOS

Trabalho de Graduação em Pedagogia,


apresentado à Faculdade UNOPAR de Cascavel,
como requisito parcial para a obtenção de nota na
disciplina de Tecnologia e Educação.

Orientador: Prof. Douglas Arnaldo Kraut

Cascavel
2018
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Fichamento de Citação 1
PRENSKY, Marc. Nativos Digitais, Imigrantes Digitais. NCB University Press, Vol. 9
No. 5, Outubro 2001

“Nossos alunos mudaram radicalmente. Os alunos de hoje não são os mesmos para
os quais o nosso sistema educacional foi criado.” (p. 1)

“Os alunos de hoje – do maternal à faculdade – representam as primeiras gerações


que cresceram com esta nova tecnologia. Eles passaram a vida inteira cercados e
usando computadores, vídeo games, tocadores de música digitais, câmeras de
vídeo, telefones celulares, e todos os outros brinquedos e ferramentas da era digital.
(...) Os jogos de computadores, e-mail, a Internet, os telefones celulares e
as mensagens instantâneas são partes integrais de suas vidas.” (p. 1)
“Como deveríamos chamar estes “novos” alunos de hoje? (...)a denominação mais
utilizada que eu encontrei para eles é Nativos Digitais. Nossos estudantes de hoje
são todos “falantes nativos” da linguagem digital dos computadores, vídeo games e
internet.” (p. 1)

“( ) óbvio aos Nativos Digitais – as escolas freqüentemente sentem como nós


tivéssemos criado uma população de sotaque forte, estrangeiros incompreensíveis
para ensiná-los. Eles geralmente não podem entender o que os Imigrantes estão
dizendo.” (p. 2)

“Os Nativos Digitais estão acostumados a receber informações muito rapidamente.


Eles gostam de processar mais de uma coisa por vez e realizar múltiplas tarefas. (...)
Eles têm sucesso com gratificações instantâneas e recompensas freqüentes. Eles
preferem jogos a trabalham “sério”.” (p. 2

“Os Imigrantes Digitais não acreditam que os seus alunos podem aprender com êxito
enquanto assistem à TV ou escutam música, porque eles (os Imigrantes) não
podem.” (p. 3)

“Os professores Imigrantes Digitais afirmam que os aprendizes são os mesmos que
eles sempre foram, e que os mesmos métodos que funcionaram com os professores
quando eles eram estudantes funcionarão com seus alunos agora. Mas esta
afirmação não é mais válida. Os alunos de hoje são diferentes. (...) Freqüentemente
do ponto de vista dos Nativos seus instrutores Imigrantes Digitais fazem com que
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não valha a pena prestar atenção à sua forma de educar se comparar a tudo o que
eles vivenciam – e então eles os culpam de não prestarem atenção!” (p. 3)

“Eles terão que confrontar de novo a divisão Imigrantes/ Nativos, e ainda mais
problemático devido às experiências recentes. E isso tornará ainda mais difícil
ensiná-los – e todos os Nativos Digitais já no sistema – à moda antiga.” (p.3)

“Então o que deveria acontecer? Os estudantes Nativos Digitais deveriam aprender


as velhas formas, ou os educadores Imigrantes Digitais deveriam aprender as
novas? Infelizmente, independente de quanto os Imigrantes queiram isso, é bem
improvável que os Nativos Digitais regredirão.” (p. 3)

“Os professores de hoje têm que aprender a se comunicar na língua e


estilo de seus estudantes. (...) isso significa ir mais rápido, menos passo-a-passo,
mais em paralelo, com mais acesso aleatório, entre outras coisas.” (p. 4)

“O conteúdo “Legado” inclui ler, escrever, aritmética, raciocínio lógico, compreensão


do que há escrito e das ideias do passado, etc – tudo do nosso currículo “tradicional”.”
(p. 4)

“O conteúdo “Futuro” é em grande escala, o que não é surpreendente, digital e


tecnológico.” (p. 4)

“Então nós temos que inventar, mas não necessariamente do rascunho. A adaptação
de materiais à linguagem dos Nativos Digitais já foi feita com sucesso.” (p. 4)

“( ) Os seus negociantes, entretanto, tiveram uma ideia brilhante. Observando que


os usuários do software CAD eram quase todos engenheiros do sexo masculino
entre 20 e 30 anos, eles disseram “Porque não fazer a aprendizagem em um vídeo
game!” (...)A única maneira de derrotá-lo é usar o software CAD, no qual o aprendiz
deve se empreender para construir ferramentas, consertar armas e desfazer
armadilhas. O jogo tem uma hora de duração, mais 30 “tarefas”, as quais podem
levar de 15 minutos a diversas horas dependendo do nível de experiência de cada
um.” (p. 5)
“Em matemática, por exemplo, o debate não deve ser mais sobre usar calculadoras
e computadores, - eles são parte do mundo dos Nativos Digitais – mas como usá-los
para selecionar as coisas que são úteis para serem internalizadas, de habilidades
chaves e conceitos a tabuadas de multiplicação. Nós deveríamos focalizar na
“matemática futura” – aproximação, estatísticas, raciocínio binário.” (p. 6)
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“Em geografia – o que é tudo, mas ignorada atualmente – não há razão para uma
geração que pode memorizar mais de 100 personagens do Pokémon com todas as
suas características, história e evolução não podem aprender os nomes, populações,
capitais e relações entre todas as 181 nações no mundo. Depende apenas de como
é apresentada.” (p. 6)
“Nós precisamos inventar metodologias para Nativos Digitais para todas as matérias,
e todos os níveis, usando nossos estudantes para nos guiar. O processo já começou
– eu conheço professores universitários inventando jogos para ensinar matérias que
vão desde matemática até engenharia ou até a Inquisição Espanhola. Nós
precisamos achar maneiras de publicar e espalhar o sucesso deles.” (p. 6)

“Um objeção frequente que eu escuto dos educadores Imigrantes Digitais é “esta
metodologia é ótima para fatos, mas não funcionaria com a ‘minha disciplina’”. Isso
não faz sentido. Isto é apenas racionalização e falta de imaginação. (...) É bobo (e
preguiçoso) dos educadores – para não mencionar ineficiente – presumir que (apesar
de suas tradições) a maneira do Imigrante Digital de ensinar é a única maneira, e
que a “linguagem” dos Nativos Digitais não é tão capaz quanto a sua própria
habilidade de realizar quaisquer e todas idéias.” (p. 6)
“( ) Nativos Digitais diz “Apenas faça isso!”. Eles terão sucesso a longo prazo – e
seus sucessos virão mais rapidamente se seus administradores apóia-los.” (p.6)
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Fichamento de Citação 2
ELLWEIN, Selma Alice Ferreira; KFOURI Samira Fayez. As Possibilidades e
Contribuições do Hipertexto no Ensino e Aprendizagem. In Rev. Ens. Educ. Cienc.
Human, Londrina, v. 17, n.2, p. 120-125, 2016.

“( ) Ainda que os livros não sejam mais somente impressos e passaram a ser
distribuídos também em formato eletrônico (CD, e-book).” (p. 1)
“A leitura e a escrita eletrônica deram ao processo de ensino uma dimensão nova. A
concepção que temos da leitura e da escrita está subordinada à natureza física e
visual do meio em que elas se desenvolvem. Até bem pouco tempo, o espaço natural
do texto escrito era a página impressa, na qual a escrita é estável e controlada de
modo exclusivo pelo autor.” (p. 120)
“( ) o objetivo deste artigo foi verificar o uso das novas tecnologias de informação e
comunicação no dia a dia da educação, mais especificamente a introdução e
utilização do hipertexto como ferramenta de ensino e aprendizagem.” (p. 121)

“( ) para ensino e aprendizagem, partindo do pressuposto que além da oralidade e


da escrita, as imagens e sons também auxiliam a construção dos sentidos entre
professores e alunos.” (p. 121)

“A busca por obras de referência foi delimitada a após a década 1990, por reconhecer
que foi a partir desse período que a escola pública começou a ter acesso às novas
tecnologias de informação e comunicação - TIC.” (p. 121)

“O ensino é definido como uma forma sistemática de transmissão de conhecimentos


em escolas (MELHORAMENTOS..., 1997), porém para que haja “transmissão” tem
que haver “recepção”. Assim, definimos ensino como uma forma de transmissão e
recepção de conhecimentos utilizada pelos humanos para instruir e educar seus
semelhantes, geralmente em locais conhecidos como escolas.” (p. 121)

“O termo aprendizagem deriva do verbo aprender e tem origem do latim


apprehendere, ou seja, compreender. Assim, só aprende quem compreende, e a
interatividade é o fator que mais influencia a aprendizagem. Então, o ensino precisa
ser percebido como um conjunto de atividades orientadas e planejadas que podem
levar ao conhecimento (a aprendizagem).” (p. 121)
“Segundo Locatelli (2009), as TIC devem ser utilizadas em um contexto pedagógico
renovado, para além da reprodução do modelo de ensino tradicional. Ou seja, a
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utilização dessas tecnologias deve alterar a relação pedagógica entre a escola/


professor e aluno, pois a educação é um processo interpretativo no qual a mediação
é a essência e não a transmissão de informações.” (p. 122)

“( ) No âmbito da educação, por exemplo, milhares de pesquisadores, professores e


estudantes veem na internet o principal fator tecnológico na evolução do ensino.” (p.
122)
“Lucena e Fuks (2000) já afirmavam na década passada que o acesso ao conteúdo
multimídia expande substancialmente a variedade de recursos que professores e
alunos podem usar para participar do processo de ensino e aprendizagem. Dessa
forma, verifica-se que as TICs podem ser suportes para o ensino e aprendizagem,
porém, para que elas possam realmente contribuir na aquisição de conhecimentos,
os professores devem saber como utilizá-las pelo acréscimo de mais interatividade.”
(p. 122)

“Alava (2002, p. 21) definiu ciberespaço como “um espaço de mobilidade das práticas
de formação”. De acordo com o autor devemos abordá-lo de forma pluridisciplinar, a
fim de captar alguns eixos norteadores das inovações futuras.” (p. 122)

“A palavra ciberespaço foi inventada em 1984 por William Gibson em seu romance
de ficção cientifica Neuromante.” (p. 122)

“A cibercultura afeta as práticas de comunicação e compartilhamentos de


informações, a produção de significados ao envolver grande número de recursos de
comunicação e tecnologia, e possibilita a relação entre pessoas de diferentes lugares
geográficos, criando uma dinâmica rica de experiências de aprendizagem.” (p.123)

“A escola mudou e a aula já não deve ser mais a mesma, os ritos se alteraram, e,
por consequência, a atuação do professor deve estar adequada a essas inovações.
Pois, como afirma Diniz (2005), a cibercultura é o presente, e não mais o futuro.” (p.
123)

“O hipertexto revelou-se um novo modelo para os estudos literários e para o ensino,


visto que o hipertexto e a cibercultura se inscrevem no ciberespaço. (...) a cibercultura
é a forma sociocultural que emerge da relação simbiótica entre a sociedade, a cultura
e as novas tecnologias de base que surgiram com a convergência das
telecomunicações.” (p. 123)

“( ) o hipertexto seria constituído de nós (os elementos de informação, parágrafos,


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páginas, imagens, sequências musicais etc.) e de ligação entre esses nós


(referências, notas, indicadores, botões que efetuam a passagem de um nó para
outro).” (p. 123)

“( ) Gutemberg, em 1447, revolucionou a comunicação com o invento da prensa e


dos tipos móveis, que permitiram maior circulação da informação.” (p. 123)

“( ) o hipertexto é construído como fluxo contínuo e rompe com a linearidade da


escrita tradicional.” (p. 123)

“( ) o hipertexto criou uma nova maneira de leitura e escrita de documentos nesse


tipo e mídia e os papéis desempenhados por autores e leitores se confundem, pois
o autor, ao elaborar um hipertexto, constrói uma matriz de textos potenciais, os quais
são alinhavados, combinados entre si, pelo leitor, como uma leitura particular entre
as inúmeras alternativas possíveis.” (p.123)

“Já na década de 1990, pesquisadores da área de educação celebravam o potencial


do hipertexto para melhorar o ensino e a aprendizagem. O hipertexto foi visto como
uma ferramenta capaz de fornecer um ambiente no qual a aprendizagem exploratória
e por descoberta poderia florescer. Os alunos poderiam tornar-se mais
independentes como modeladores ativos do conhecimento.” (p. 124)

“Para o ensino de escrita, o hipertexto foi visto como capaz de promover o


pensamento associativo, a aprendizagem colaborativa, e um facilitador da escrita e
da leitura desconstrutivista. Os professores defendiam que o hipertexto poderia ser
usado para desenvolver e ampliar a capacidade dos alunos de pensar criticamente,
em que a argumentação linear seria substituída por múltiplas explanações.” (p. 124)

“Porém, o maior inconveniente do hipertexto, principalmente tratando-se de ensino e


aprendizagem, seria a grande possibilidade do leitor perder-se no labirinto de links e
informações e não ater-se num conhecimento específico, além da eminente
probabilidade que essa falta de linearidade pudesse causar o abandono da leitura
por parte do aluno.” (p.124)

“( ) apesar de todas as vantagens apresentadas pelo uso do hipertexto como recuso


ao ensino e aprendizagem, devemos observar que ele é somente mais uma
ferramenta, que pode ser muito útil, mas não é o único recurso de leitura e pesquisa
que deve ser oferecido ao aluno.” (p. 124)

“( ) as novas tecnologias podem ser uma grande aliada, na medida em que


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disponibilizam instrumentos de busca, coleta e seleção de informações e


conhecimentos, possibilitando a interação entre autor e leitor; e essas novas
tecnologias podem também ser utilizadas para integrar professores e alunos, escola
e comunidade.” (p. 124)
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Fichamento de Citação 3
XAVIER, Antonio Carlos. Letramento digital: impactos das tecnologias na
aprendizagem da Geração Y. In Calidoscópio, Vol. 9, n. 1, p. 3-14, jan/abr 2011.

“A Geração Y é constituída por pessoas, que, quando crianças ou adolescentes,


realizavam em seu cotidiano com naturalidade algumas ou todas das ações a seguir:
(a) jogavam e ainda hoje jogam vídeo-game com frequência em suas casas ou em
lan-houses; (b) acompanhavam a evolução das versões de diferentes jogos
eletrônicos; (c) vivenciavam a chegada e a popularização do computador e do celular
on-line; (d) acessavam a Internet usando os primeiros navegadores que tornavam
amistosa a relação homem máquina e permitiam que um usuário não especialista
navegasse pelas informações da grande rede sem muita expertise em computação.”
(p. 4)
“Essa geração “digitalizada” é bastante “micreira”, usa os aparelhos digitais com
muita desenvoltura, em especial, o computador e o celular, todos os dias, durante
várias horas, tanto que, para muitos, eles se tornaram um apêndice em seu dia a
dia.” (p. 4)
“Consideramos escola a instituição formal na qual se realizam ações sistemáticas de
ensino por parte dos professores e seus gestores que visam à aprendizagem dos
alunos nela matriculados. Segundo Canário (2005), não se trata apenas de um
serviço especializado prestado pelo Estado ou pela iniciativa privada a um ser em
formação. Antes, escola deve ser percebida como um investimento intelectual na
construção sociocultural de pessoas a fi m de torná-las sujeitos de sua própria
história. A função maior de todo estabelecimento formal de ensino é propiciar
condições adequadas para que o aprendiz se aproprie de saberes técnicos, éticos e
estéticos. Saberes tais relativos à convivência respeitosa e harmônica com outros
aprendizes, desenvolvendo habilidades necessárias para realizar um fazer individual
ou coletivo com qualidade e beleza.” (p. 5)

“Essa concepção de escola leva em conta a atenção que tal instituição deve declinar
para inserção cada vez mais ampla de aparatos tecnológicos em seu cotidiano, haja
vista serem tais equipamentos instrumentos fundamentais para o bom
funcionamento de qualquer organização atualizada com seu tempo.” (p. 5)
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“A escola não deve esquecer que precisa se atualizar constantemente, pois concorre,
de certa forma, com outras instituições sociais, como a mídia e a indústria do
entretenimento, para a conquista da atenção dos sujeitos, principalmente crianças e
adolescentes ainda em fase de formação.” (p. 5)
“( ) conceito de aprendizagem (...).Implica acesso, compreensão e absorção de um
fazer e/ou de um pensar por meio de um esforço da vontade do sujeito que aprende
estimulado por outros sujeitos mais experientes e pelo ambiente em que ambos
estejam inseridos. Ao aprendiz, resta-lhe desejar o saber e se disponibilizar
emocional, intelectual e fisicamente para permitir que esse fenômeno aconteça.” (p.
5)

“( ) o aprendiz deve estar bastante estimulado, pois sem motivação não há ação seja
de qual for sua natureza. É neste momento que entra o educador. Seu papel é
fundamental na exposição e no convencimento da importância de certos saberes
para vida de todo indivíduo. Compreendendo bem o porquê e o para quê se deve
aprender um determinado saber/fazer, o aprendiz estará apto a refl etir sobre um
dado conteúdo e a debruçar-se sobre seus detalhes e complexidades com o prazer
da curiosidade despertada pelo educador.” (p. 5)

“Segundo Vygotsky (1993), a aprendizagem é processada na mente por meio da


linguagem. Sendo o pensamento verbal o motor do ato de aprender, a linguagem
coordena todo o processo de aquisição de novos conhecimentos; tudo passa por
ela.” (p. 5, 6)

“( ) a aprendizagem passa necessariamente pela linguagem. Esta age de forma


centrípeta, processando os novos saberes e comparando-os com os antigos a fi m
de permitir a construção da síntese. É a linguagem que, de forma centrífuga, distribui
esses saberes sintetizados estabelecendo diálogos com outros saberes dentro de
um processo de descoberta e amadurecimento ad infi nitum no interior do aprendiz.”
(p. 6)
“( ) conceito de letramento digital interpretamos os dados selecionados para análise
neste trabalho. (...) domínio pelo indivíduo de funções e ações necessárias à
utilização eficiente e rápida de equipamentos dotados de tecnologia digital, tais como
computadores pessoais, telefones celulares, caixas-eletrônicos de banco, tocadores
e gravadores digitais, manuseio de filmadoras e afins. O letrado digital exige do
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sujeito modos específicos de ler e escrever os códigos e sinais verbais e não-verbais.


Ele utiliza com facilidade os recursos expressivos como imagens, desenhos, vídeos
para interagir com outros sujeitos. Trata-se de novas práticas lecto-escritas e
interacionais efetuadas em ambiente digital com intenso uso de hipertextos on e off-
line (Xavier, 2009), bem como se caracteriza por uma intensa prática de
comunicação por meio dos novos gêneros digitais mediados por aparelhos
tecnológicos. (...) o grau de letramento digital do sujeito cresce à medida que
aumenta o domínio dos dispositivos tecnológicos que ele emprega em suas ações
cotidianas.” (p. 6)

“( ) tornar aquele que era mero consumidor de dados da Internet em um agora


produtor de conteúdos para ela. (...) relevantemente de discussões em comunidades
virtuais e contribui constantemente para a ampliação da vida na cibercultura pode
ser considerado um sujeito dotado de um alto nível de letramento digital.” (p. 6)

“( ) à medida que vão crescendo, os adolescentes dedicam mais tempo à Internet.”


(p. 8)

“Embora essa Geração Y apresente domínio de muitas tecnologias contemporâneas,


faltam projetos pedagógicos que canalizem toda essa expertise em favor dos
próprios informantes. Do ponto de vista individual, é bem provável que eles estejam
tirando vantagens, como, por exemplo, aumentando sua rede de amigos, ainda que
a distância. Socialmente eles devem estar aproveitando este conhecimento técnico,
mas pedagogicamente o que eles estão ganhando com tanta habilidade digital? É
sempre desejável pensar em situações pedagógicas mais lucrativas que os façam
usufruírem desse grande saber tecnológico que estão acumulando ao longo do
tempo.” (p. 8, 9)

“A tendência é que esse tipo de saber aumente ainda mais com o risco de que, sem
um direcionamento educativo sistemático, ele escorra pelo ralo da frugalidade tal
como já acontece com a utilização dos conhecimentos relativos ao SMi. Eis, portanto,
mais uma oportunidade à esperade atuação pedagógica por pares mais experientes
que conhecem esta situação.” (p. 9)

“Devemos salientar que esses jogos acontecem, muitas vezes, com jogadores que
realizam partidas internacionais. Essa informação nos parece muito instigante, pois
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eles interagem com pessoas desconhecidas e até em línguas que não dominam, no
entanto conseguem jogar e se comunicar sem grandes dificuldades.” (p. 9)

“Destacamos dois aspectos que nos parecem esclarecedores sobre o modo como a
Geração Y está utilizando o ambiente digital. Dos 16 informantes que responderam
à pergunta sobre seu nível de domínio de tecnologias, percebemos que todos
disseram ter familiaridade com elas. A maior parte deles afirmou ter aprendido a
utilizar as tecnologias digitais de comunicação de forma autônoma e desenvolveram
sozinha uma boa intimidade com a rede e seus recursos e serviços.” (p. 10)

“Tal geração parece está sempre se atualizando tecnologicamente para adquirir cada
vez mais controle das possibilidades oferecidas pelas novas ferramentas digitais.
São (...) proativos, procurando fazer o novo acontecer como um valor que distingue
os antenados dos “desplugados” em tempos de Internet de alta velocidade.” (p. 10)

“( ) levar os educadores a repensar sua prática pedagógica. (...) muitos docentes


têm apresentado reações de repulsa e saudosismo. Poucos são os docentes que
reconhecem estar diante de aprendizes com perfi l diferente dos com que estavam
acostumados a lidar. Menos ainda são os professores que admitem suas limitações
tecnológicas e buscam atualizar sua prática pedagógica para adequar-se ao novo
momento da história no qual emerge a Geração Y. É bem verdade que competir em
pé de igualdade com a volúpia dessa geração será tentativa inglória para os docentes
por várias razões. (...) cabe a estes procurar sempre rever seus conhecimentos
tecnológicos a fim de manter-se em nível razoável e não ser pegos despreparados
no que se refere ao domínio do funcionamento de programas e aparelhos digitais. A
frustração pedagógica do aprendiz hoje será maior se, todas as vezes, tiver que
assumir a posição de professor quando houver necessidade de manusear
equipamentos digitais no espaço de educação formal como em uma sala de aula
presencial, por exemplo. (p. 10)

“( ) parece-nos importante que o docente esteja sempre aberto à possibilidade de


repensar e até mesmo replanejar suas aulas, considerando os diferentes estilos
cognitivos de aprendizagem dos alunos, pois há aqueles que aprendem mais
facilmente com imagens e animações na exposição do conteúdo. Até a chegada das
tecnologias digitais, o aspecto visual estava sendo abordado por meio de recursos
limitados como lâminas de retroprojetor, projeção de slides fotográficos e de
desenhos e fotos colados em cartolinas ou diretamente no suporte tradicional,
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quadro-negro, quase sempre verde, cenas do cotidiano escolar até o final da década
de 1980.” (p. 11)

“Se o objetivo da escola é tornar possível a aprendizagem aos alunos, as tecnologias


podem muito bem ajudar a alcançar essa meta. Tornar a absorção de todo e qualquer
conteúdo o mais suave e palatável possível é missão de todo educador auxiliado
pelas tecnologias; isso porque elas parecem conspirar a favor dos sujeitos que dela
bem se utilizam. São normalmente criadas para resolver problemas que sem elas
talvez eles continuassem a existir, mas que com elas podem eles diminuir e até
mesmo desaparecer.” (p. 11)

“( ) que o problema não é a rede em si, mas o uso que os sujeitos podem fazer dela,
para o bem ou para o mal. (...) a Internet uma fonte de conhecimento, talvez nossa
informante (...) Em outras palavras, acessar esses saberes, segundo ela, permite
que as pessoas se sintam cidadãs do Globo.” (p. 12)

“Não é papel primordial de mídia alguma educar as pessoa, mas informá-las. Sendo
a informação matéria-prima para a construção do conhecimento, indiretamente pode
educar, sim.” (p. 12)

“Os interesses daquele que nela trabalha podem torná-la fonte educativa ou
deturpadora de valores éticos e científicos. Educar é, sim, função primeira e última
da escola. Para cumprir essa meta, deve a instituição escolar se valer de todas as
mídias, inclusive da digital.” (p. 12)

“Eles devem procurar enxergar a latência educacional das informações e diversidade


de interação constitutivas da rede. Precisam pensar formas criativas de usufruir da
pluralidade de recursos semióticos encontráveis nos aparelhos digitais
preferencialmente plugados à Internet, como afirmou a informante.” (p. 12)

“( ) pudemos observar que: (a) Esta geração tem se tornado digitalmente letrada,
independentemente das atividades propostas pelas instituições escolares para esse
fim. Ela tem adquirido o manuseio das técnicas de uso dos aparelhos digitais cada
vez mais cedo quando acessam tais aparelhos em casa. É por isso que, para essa
geração, o processo de aquisição do letramento digital tem sido tão simples e natural
quanto aprender a falar ou andar; (b) (...) a expectativa de que seus professores
dominem e utilizem um pouco mais de tais dispositivos na sala de aula, tal como
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cobrou Maíra quando afirmou que “Imagens e animações facilitam a compreensão”;


(c) (...) compartilhar informação (...) para debater questões relevantes” (p. 12, 13)
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BIBLIOGRAFIA

PRENSKY, Marc. Nativos Digitais, Imigrantes Digitais. NCB University Press,


Vol. 9 No. 5, Outubro 2001

ELLWEIN, Selma Alice Ferreira; KFOURI Samira Fayez. As Possibilidades e


Contribuições do Hipertexto no Ensino e Aprendizagem. In Rev. Ens. Educ. Cienc.
Human, Londrina, v. 17, n.2, p. 120-125, 2016.

XAVIER, Antonio Carlos. Letramento digital: impactos das tecnologias na


aprendizagem da Geração Y. In Calidoscópio, Vol. 9, n. 1, p. 3-14, jan/abr 2011.

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