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RIO DE JANEIRO – RJ
2016
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RIO DE JANEIRO – RJ
2016
3
RESUMO
ABSTRACT
Analyzing relevant questions about Justice Access, and for better comprehension, the
first part of this work focus on History and theoretical concepts of legal services to
poorer people. Considering relevant issue as the newest Civil Procedure Code has
been promulgated expectations of Justice Access will be improved mainly the poorest
people.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 9
2. REFERENCIAL TEORICO 12
6. LINGUAGEM 41
7. O GARANTISMO JURÍDICO 43
8. O MÍNIMO EXISTENCIAL 46
9. O PROJETO DE FLORENÇA 48
10. CONCLUSÃO . 50
11. BIBLIOGRAFIA 51
9
1. INTRODUÇÃO:
1
SIQUEIRA, Marcos. Manifesto: A Jurisdição em Crise. Apucarana: FAP, 2007. Disponível em:
<http://www.phb.fap.com.br/articles/430/1/MANIFESTO:-A-JURISDI%C7%C3O-EST%C1-EM-CRISE>.
Acesso em 24 ago. 2016.
2
Direitos Humanos e Cidadania. Sociedade Catarinense de Direitos Humanos. Disponível em:
<http://www.dhnet.org.br/dados/cursos/dh/br/sc/scdh/parte1/2c2.html>. Acesso em 24 ago. 2016.
3
NALINI, José Renato & DIP, Ricardo Henry Marques. Hipoteca: Natureza e Registro: Instituto de
Registro Imobiliário do Brasil. n.º 35/36 - Jan/Dez de 95. Disponível em: <http://www.irib.org.br/rdi/rdi35-36-
017.asp>. Acesso em: 24 ago. 2016.
4
BRASIL. Código de Processo Civil Brasileiro. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 com emenda
atualizadora. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm>. Acesso em 24 ago.
2016.
5
CAPPELLETTI, Mauro, GARTH, Bryant [tradução de Ellen Gracie Northfleet]. Acesso à Justiça, Porto
Alegre: Sérgio Antonio Fabris, 1988
10
Apesar do que, ter em seu círculo social pessoa que escolheram a área do
Direito enquanto profissão, não lhe garante ao se deparar com um fato social, vá
depreender que aquilo automaticamente vai ter uma consequência jurídica e que,
desta feita, poderá recorrer ao Judiciário a fim de deduzir uma pretensão em juízo.
Muitos não têm essa cultura jurídica.
6
BRASIL. Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9099.htm>. Acesso em 24 ago. 2016.
12
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo o dicionário7 consultado, obtém-se que justiça pode ser verbo e assim,
nessa acepção seria a conjugação na terceira pessoa do singular do presente do
indicativo do verbo justiçar, ou, ainda, pode ser a segunda pessoa do singular do
imperativo do mesmo verbo. No entanto ao se tomar a acepção da palavra justiça
enquanto sendo um substantivo feminino do Latim justitia8, este terá os seguintes
significados, segundo o mesmo dicionário: conformidade com o direito; ato de dar a
cada um o que por direito lhe pertence; equidade; alçada; magistratura; conjunto de
magistrados e das pessoas que servem junto deles; poder judicial.
Apesar da profusão de acepções que a palavra justiça possa assumir nos mais
variados contextos, interessar-nos-á, especialmente aqueles concernentes ao Poder
Judiciário.
7
PRIBERAM, Dicionário Universal da Língua Portuguesa On-line. Disponível em:
<http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx>. Acesso em: 21 de set. 2016.
8
SOUSA, Francisco Antonio. Novo Dicionário Latino-português. Actualizada por José Lello e Edgar Lello.
Porto: Lello & irmão, 1992
Nesse dicionário: justitia, a justiça, equidade, igualdade, retidão. Ter clemência, bondade. Flor. O
direito, as leis da República. Virg. a Justiça, a deusa.
13
Desta feita, mais que confirmar a hipótese quanto a real significação de uma
expressão, cumpre selecionar o aspecto daquilo que se investiga.
9
PRIBERAM, Dicionário. op.cit.
10
CAPPELLETTI, Mauro &¨GARTH, Bryant. Op cit. p. 8.
11
CINTRA, Antônio Carlos de Araújo, GRINOVER, Ada Pellegrini, DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria
Geral do Processo. São Paulo: Malheiros, 19ª ed., 2003, p. 139
14
Por isso que, em certos trechos desta pesquisa, traz-se à lume a questão de
desigualdade de renda, de herança da ignóbil escravidão, etc. Por que se propõe
explicitar o que pode se configurar em inacessibilidade à Justiça. Como a
desigualdade de oportunidades como em Educação e Saúde, por exemplo. Assim o é
no que tange à Justiça.
12
CAPPELLETTI, Mauro &¨GARTH, Bryant. op. cit. p. 8
13
PORTO, Júlia Pinto Ferreira. O acesso à ordem jurídica justa em sua perspectiva sociológica. REVISTA
SOCIOLOGIA JURÍDICA – ISSN: 1809-2721 -Número 05 – Julho/Dezembro 2007. Disponível em:
<https://sociologiajuridicadotnet.wordpress.com/o-acesso-a-ordem-juridica-justa-em-sua-perspectiva-
sociologica/>. Acesso em 21 set. 2016.
14
WATANABE, Kazuo. Política Pública do Poder Judiciário Nacional para tratamento adequado dos
conflitos de interesses. Disponível em: < http://www.cnj.jus.br/images/programas/movimento-pela-
conciliacao/arquivos/cnj_portal_artigo_%20prof_%20kazuo_politicas_%20publicas.pdf>. Acesso em 23 set.
2016.
15
PLATÃO, República. São Paulo: Martin Claret, 2000
15
impostas pela e por causa da sociedade como um todo, Sócrates, por intermédio de
seu discípulo Platão, explica a justiça como aquela virtude pela qual qualquer ser
humano será levado ao tipo de vida que maximizará seu maior bem.
16
MELCHIORETTO, Albio Fabian. Definição do Conceito de Justiça em Platão. Disponível em:
<htpp://www.webartigos.com> Acesso em: 16 set. 2016.
17
ARISTOTELES. Ética à Nicômaco. São Paulo: Martin Claret, 2000
16
Segundo Luiz Carlos Kopes Brandão18, para Maquiavel,19 a Justiça não tem
outro papel senão a de assegurar a perpetuação do Estado. Destarte, se o Estado
não tem qualquer dimensão transcendental, é um fim em si mesmo.
18
BRANDÃO, Luiz Carlos Kopes. Estado e Justiça. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 13, n. 1852, 27 jul.
2008. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/11528>. Acesso em: 21 set. 2016.
19
Nicolau Maquiavel (1469-1527) foi um filósofo e político italiano, autor da obra-prima "O Príncipe"
Disponível em: <https://www.ebiografia.com/nicolau_maquiavel/>. Acesso em: 21 set. 2016.
20
Hugo Grotius (1583-1645) foi um jurista holandês, considerado um dos fundadores do Direito Internacional.
Disponível em: <https://www.ebiografia.com/hugo_grotius/>. Acesso em: 21 set. 2016.
21
Thomas Hobbes (1588-1679) foi teórico político, filósofo e matemático inglês. Disponível em:
<https://www.ebiografia.com/thomas _hobbes/ >. Acesso em: 21 set. 2016.
22
John Locke (1632-1704) foi um filósofo inglês, o principal representante do empirismo. Disponível em:
<https://www.ebiografia.com/john_locke/ >. Acesso em 21 set. 2016.
23
HOBBES, Thomas. Leviatã, ou, a matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil; tradução Rosina
D’Angina. São Paulo: Ícone, 2008. Cap. 13 e segs
24
LOPES, Marcos Carvalho. Sobre conceito de justiça e o lugar do estrangeiro em Platão e Kant. Disponível
em: <www.overmundo.com.br>. Acesso em: 21 set. 2016.
25
HOBBES, Thomas. Op cit. cap.13
17
O jusfilósofo Hans Kelsen,26 autor que muito influenciou o Direito do século XX,
27em sua teoria jurídica unifica Direito e Estado, vez que afirma ser o Estado uma
ordem jurídica. Doutra forma separa o direito da justiça. O direito e o Estado não se
distinguiriam de "uma ordem coerciva de conduta humana — com o que nada se
afirma sobre seu valor moral ou de Justiça."
26
Hans Kelsen (Praga, 11 de outubro de 1881 — Berkeley, 19 de abril de 1973) foi um jurista e filósofo
austríaco, considerado um dos mais importantes e influentes estudiosos do Direito. Disponível em:
<http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8639 >. Acesso
em: 21 set. 2016.
27
LIMA, Daniela. Hans Kelsen: breve incursão biográfica e literária. Itajaí: Âmbito Jurídico s.d. Disponível
em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8639>.
Acesso em: 21 set. 2016.
28
John Rawls (Baltimore, 21 de fevereiro de 1921 — Lexington, 24 de novembro de 2002) foi um professor de
filosofia política na Universidade de Harvard, autor de Uma Teoria da Justiça (A Theory of Justice, 1971),
Liberalismo Político (Political Liberalism, 1993) e O Direito dos Povos (The Law of Peoples, 1999). Disponível
em:
<https://www.academia.edu/6690233/PENSAMENTO_POL%C3%8DTICO_CONTEMPOR%C3%82NEO>.
Acesso em: 21 set. 2016
18
Perlingeiro Mendes da Silva, em sua obra Teoria da Justiça em John Rawls 29 , ensina
como deve se pensar o indivíduo para analisar a Justiça, assim:
“Em regra, o cidadão deve possuir três tipos de juízo: apreciar a justiça da
legislação e da política social; decidir sobre as soluções constitucionais que, de um
modo justo, podem conciliar as opiniões contrárias quanto à justiça; ser capaz de
determinar os fundamentos e limites do dever e da obrigação políticos. Dessa
maneira, uma teoria da justiça enfrenta pelo menos três questões, sugerindo a
aplicação dos princípios de justiça em planos ou etapas distintos.”
29
SILVA, Ricardo Perlingeiro Mendes da. Teoria da Justiça em John Rawls. Revista do Centro de Estudos
Judiciários do Conselho da Justiça Federal, Brasília/DF, v. 6, p. 103-118, 1999.
19
30
Michael Walzer (03 de março de 1935) é um proeminente cientista político americano, professor emérito no
Instituto de Estudos Avançados (IAS) em Princeton, Nova Jersey. Disponível em:
<http://www.ibccrim.org.br/revista_liberdades_artigo/66-RESENHA>. Acesso em 21 set. 2016.
31
WALZER, Michael. Las esferas de la justicia : uma defensa del pluralismo y la igualdad. México: Fundo
de Cultura Economica,1993
32
Robert Nozick (1938 - 2002) foi um filósofo estadunidense que atuou na Universidade Joseph Pellegrino e foi
professor na Universidade de Harvard e também presidente da Associação Filosófica Americana
33
NOZICK, Robert. Anarquia, Estado e utopia : parte II. Rio de Janeiro : Zahar, 1991.
20
A situação brasileira é sui generis, pois este país possui características tanto de
países desenvolvidos quanto de países subdesenvolvidos, como bem ilustra a
21
Hoje tanto o Brasil quanto a Índia fazem parte do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e
China) que são os países que mais prometem desenvolvimento dentre os países
emergentes, que é um acrônimo criado em novembro de 2001 pelo também
economista Jim O‘Neill35. Todavia, apesar do forte desenvolvimento indiano, uma
realidade não mudou, o Brasil permanece como um dos piores países em distribuição
de renda36 em um ranking que mede o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). No
Brasil, a desigualdade social é de grandes proporções, tanto é assim que no último
levantamento divulgado o Brasil fica em 75º no ranking do IDH, atrás do Sri Lanka 37.
34
HENRIQUES, Alan. Belíndia. 2002. Disponível em:
<http://www.economiabr.net/colunas/henriques/belindia.html>. Acesso em 21 set. 2016.
35
O’NEILL, James. BRICs and beyond. Goldman Sachs Global Economics Group. 2007. Disponível em:
<http://www2.goldmansachs.com/ideas/brics/book/BRIC-Full.pdf>. Acesso em: 21 set. 2016.
36
IPEA, Brasil melhora em ranking de distribuição de renda. Disponível em:
<http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL20272-9356,00.html>. Acesso em 21 set. 2016
37
MARTINS, Luísa. Brasil fica em 75º no ranking do IDH, atrás do Sri Lanka. São Paulo: Estadão, 14
Dezembro 2015. Disponível em: <http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-fica-em-75-no-ranking-do-
idh--atras-do-sri-lanka,10000004754>. Acesso em 21 set. 2016.
38
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas. Disponível em:
<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/sinteseindicsociais201
3/>. Acesso em 21 set. 2016.
39
SARAIVA, Alessandra & MARTINS, Diogo, IBGE: Cresce volume de trabalhadores que ganham menos
de um salário. São Paulo: Valor, 2013. Disponível em:<http://www.valor.com.br/brasil/3286004/ibge-cresce-
volume-de-trabalhadores-que-ganham-menos-de-um-salario>. Acesso em: 23 set. 2016
22
previdência social.40 Apesar do número dos ocupantes do topo da pirâmide social ter
recuado em 2013, os dados da Receita mostram que a riqueza concentrada por essa
faixa de contribuintes tem se mantido relativamente estável nos últimos anos. Em
2007, eram 66.596 pessoas com renda mensal superior a 160 salários mínimos,
concentrando 15,8% da renda total e 22,2% da riqueza declarada.41
A formação cultural de um povo pode influenciar, pois existem povos que são mais
aguerridos e por isso lutam mais pelos seus direitos, tanto individual quanto
coletivamente, que se organizam em institutos e associações para tomarem corpo e
terem maior poder de atuação, podendo-se citar a título de exemplificação, os
franceses.
40
MEDICI, André Cezar. Welfare State no Brasil. Brasília: MRE, 2008. Disponível em: <www.mre.gov.br>.
Acesso em: 21 set. 2016.
41
ALVARENGA, Darlan. 71 mil brasileiros concentram 22% de toda riqueza. São Paulo: G1, 2015. Disponível
em: <http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/08/71-mil-brasileiros-concentram-22-de-toda-riqueza-veja-
dados-da-receita.html>. Acesso em: 23 set. 2016.
42
Como determina o Decreto no 171, de 23 de março de 1891 do Brasil, mas que não é implementado.
23
Um fator fundamental que pode ter papel decisivo no acesso à Justiça é o nível
sócio cultural, neste mister a educação tem atuação fundamental para produzir um
ponto de inflexão na acessibilidade, principalmente a educação básica, pois se o
indivíduo for analfabeto fica muito difícil conhecer os direitos e deveres pressupostos
em leis escritas.43
A mídia, em todas as suas formas, quer seja escrita, falada, televisiva, por meio
da Internet, despeja miríades de informações muita acima da capacidade do cidadão
comum apreender qualquer conteúdo. Por mais que esta alerte sobre questões
jurídicas, as informações obtidas pelos diversos meios somente serão postas em
prática por aqueles cujo estofo cultural seja tal, a ponto de poder apreender tal
informação, processar e produzir conhecimento a fim de que possa mudar o seu
comportamento em face do mundo que o cerca.
43
OLIVEIRA JUNIOR, Sebastião Valter de. Acesso à Justiça via educação: um pressuposto ao pleno
exercício da cidadania. Ribeirão Preto: Centro Universitário Moura Lacerda, 2012. In: Anais do I Simpósio de
Iniciação Científica da USP - Faculdade de Direito de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo de 07 a 10 de
maio de 2012. ISBN: 978-85-62593-08-6 Disponível em:
<http://myrtus.uspnet.usp.br/pesqfdrp/portal/arquivos/docs/I_simposio_pesquisa/discente/sebastiao_junior.pdf>.
Acesso em: 23 set. 2016.
44
Burundi - The state-run National Communication Council, which is charged with regulating the media,
occasionally bans or suspends independent publications and restricts permissible reporting. The one opposition
newspaper, La Lumiere, was forced to close in 2001 after the publisher received anonymous threats following
publication of financial and private information of military officials. Disponível em: <http://www.wan-
press.org/article4463.html?var_recherche=africa+newspapers>. Acesso em: 23 set. 2016.
24
A realidade retratada na ficção pode ser constatada nas ruas das grandes
metrópoles como o Rio de Janeiro, onde não raro, vê-se mendicância e a face mais
evidente está nas moradias precárias espalhadas por quase todos os bairros da
capital. Esse contingente está alijado, está à margem da sociedade, mais que um
problema jurídico é um problema social. Quando essas pessoas têm algum tipo de
problema, pouquíssimas vão recorrer ao Judiciário a fim de ajuizar uma ação.
45
SALLES, Walter; BERNSTEIN, Marcos & CARNEIRO, João Emanuel. Central do Brasil. BRASIL, 1998.
Disponível em: <http://www.centraldobrasil.com.br/>. Acesso em: 23 set. 2016.
46
SADEK, Maria Tereza Aina. Judiciário: mudanças e reformas. São Paulo: Estudos Avançados, Ago 2004,
vol.18, no.51, p.79-101. ISSN 0103-4014. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_nlinks&pid=S1981-3821201400020004800045&lng=en>. Acesso
em: 26 set. 2016.
25
É nesse diapasão que se justifica querer levar a Justiça aos pobres, visto que
antes isso não era reconhecido como um problema. Não estava posto, porém, como
todo país de cultura ocidental, os ideais da Revolução Francesa chegam ao nosso
país e capitaneado pelo princípio da igualdade, pelo menos no plano formal.
26
Mas não basta proclamar direitos, urge torná-los efetivos, como diriam Mauro
Cappelletti e Bryant Garth47:
“a titularidade de direitos é destituída de
sentido na ausência de mecanismos para sua
efetiva reivindicação. O acesso à justiça pode ser
encarado como o requisito fundamental – o mais
básico dos direitos humanos – de um sistema
jurídico moderno e igualitário que pretenda garantir,
e não apenas proclamar os direitos de todos”.
Segundo Mauro Cappelletti e Bryant Garth48, as barreiras que devem ser atacadas
para obter Acesso Efetivo à Justiça são várias. A começar pelas custas judiciais que,
segundo os autores, em muitos países constituem barreira intransponível para
diversas pessoas levarem ao Judiciário suas demandas. No Brasil, diferentemente de
muitos países, existe o instituto da gratuidade de justiça para aqueles que
comprovadamente não puderem pagar as custas sem comprometer o seu sustento.
No entanto a sua eficácia é limitada vez que nem todos os possíveis demandantes
conseguem obter a concessão dos benefícios da gratuidade de Justiça.
47
CAPPELLETTI, Mauro &¨GARTH, Bryant. op. cit p. 11.
48
CAPPELLETTI, Mauro & GARTH, Bryant. op. cit. pp.15-29
49
MOREIRA, José Carlos Barbosa. Temas de Direito Processual: Nona Série. São Paulo: Saraiva, 2007. pp.
367-377
27
modificar tendo em vista a promulgação do novel códex adjetivo civil brasileiro, lei nº
13.105, promulgada em 16 de março de 2015, que após o período de vacatio legis
entrou em efetiva operação, não tendo portanto dados para verificar a efetivação dos
institutos por ela preconizado, mas decerto haverá um significativo impacto, na medida
que se pressupõe a utilização de meios alternativos de conflitos como a medicação,
conciliação e arbitragem.
Eis, então, terceiro fator apontado pelos autores, como já mencionado acima, que
é questão do tempo, pois a duração do processo pode se tornar uma barreira deveras
importante, vez que, verbi gratia, o objeto da ação pode ser perecível fisicamente, ou
pode perder muito o seu valor com o decurso do tempo. Tendo em vista esse fato, no
Brasil havia a Antecipação de Tutela, se fossem comprovadas o periculum in mora e
o fumus bonis iuris, instituído pela reforma do derrogado código CPC de 1973 –
Código de Processo Civil - dado pela Lei no 8.952, de 13.12.1994, que modificou o
art. 273 e seguintes, conteúdo hoje localizado no artigo 296 do NCPC/2015. Mas é de
suma importância explicitar que foram extintas as ações cautelares nominadas,
porquanto se abraçou a regra no sentido de que basta à parte a comprovação do
fumus boni iuris e do perigo de ineficácia da prestação jurisdicional para que a
28
providência pleiteada deva ser deferida. Disciplina-se também a tutela sumária que
visa a proteger o direito evidente, independentemente de periculum in mora.50
Nesse mister convém ressaltar o novo código adjetivo civil que prevê um aparato
jurisdicional em que faltam elementos para aquilatar a sua real eficácia, porquanto
incipiente, assim, somente o tempo dirá se realmente efetivar-se-á ou não, pois uma
perspectiva é a adoção da conciliação e da mediação51 não como exceção, mas como
regra, neste particular as iniciativas ainda são incipientes, conforme já mencionado
acima, todavia permanece em aberto um importante campo de pesquisa para
averiguar nesse particular.
José Carlos Barbosa Moreira,52 enumera diversas premissas para uma discussão
séria sobre o problema da duração dos processos. Inclusive desmitifica algumas
visões pré-concebidas sobre o tema, tais como que a duração do processo no Brasil
seja excessiva, fruto do seu baixo nível de desenvolvimento, entretanto, após
pesquisa em fontes fiáveis, o eminente processualista percebe que em tal assertiva
reside uma falácia, qual seja, o problema da excessiva duração dos processos não é
exclusividade nem do Brasil, nem dos países de terceiro-mundista, vez que o mesmo
problema é passível de se constatar em países de capitalismo avançado como os da
Europa e da América do Norte, donde se conclui que esse problema é mundial.
50
MACHADO JUNIOR, Dario Ribeiro. Novo código de processo civil: anotado e comparado: lei n. 13.105,
de 16 de março de 2015. Rio de Janeiro: Forense, 2015.p.34
51
Sobre conciliação e mediação no novo CPC, ver o site do CONIMA. Disponível em:
<http://www.conima.org.br/arquivos/4682>. acesso em 23 set. 16
52
MOREIRA, José Carlos Barbosa. Op. Cit. p. 367
53
Idem, p 369.
29
Outro mito54 derrubado pelo afamado processualista seria o de que ambas partes
desejariam um processo mais célere, entretanto por intermédio de raciocínio lógico
fica constatado que, muitas vezes, a pelo menos uma das partes interessa a delonga,
tanto é assim, que não raro surgem recursos meramente protelatórios. Exemplo é o
caso do devedor que a mora em adimplir a obrigação pode ser vantajosa por diversos
motivos.
Fica provado, pelo menos por esse autor, que a solução para incrementar a
celeridade da prestação jurisdicional, não passa necessariamente pela via legislativa,
para provar seu ponto de vista, o autor cita o caso austríaco que ao contrário do que
se poderia supor revogou-se uma lei, que previa uma audiência preliminar para o
aumento da rapidez do processo. E regras como a do inciso LXXVIII do artigo 5º da
Constituição Federal, extraordinariamente pode retardar o processo ao invés de
acelerar, pois pode ensejar demandas das partes que sentirem-se lesadas pelo
excesso de prazo que tenha levado o seu processo em particular. Pode haver uma
explosão de novas ações fundadas nesse princípio.
54
Idem, p. 373
55
A constituição federal em seu artigo 5º LXXVIII, assim dispõe:” a todos, no âmbito judicial e administrativo,
são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.” (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
30
Visando garantir, aos mais idosos, acesso rápido à Justiça, para estes cujo tempo
é fundamental, pois já estão no final de suas vidas foi promulgada a conhecida como
Lei do Idoso, a lei de número 10.741 de 2003, que no artigo 71 garante prioridade no
andamento dos processos as partes o com idade igual ou superior a 60 (sessenta)
anos, em qualquer instância.58
56
BRASIL. Código de Processo Civil. Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm>. Acesso em 26 set. 2016.
57
BRASL. Op cit. Art. 357§3º
58
A Lei 10741 garante prioridade no andamento processual em seu artigo 71 , in verbis: “. É assegurada prioridade
na tramitação dos processos e procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais em que figure como
parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância”
59
BRASIL. Lei nº 11.232, de 22 de dezembro de 2005. Disponível
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11232.htm >. Acesso em: 23 set. 2016.
31
continua, de maneira que o Livro I da Parte Especial do novo CPC, é denominado "Do
Processo de Conhecimento e do Cumprimento de Sentença”60.
Assim, tendo em vista a obra do autor toscano, muitos países escolheram soluções
ímpares como relatadas na obra62 a exemplo do Brent Community Law Center de
Londres que informa que “o problema de execução das leis que se destinam a
proteger e beneficiar as camadas menos afortunadas da sociedade é geral”, entre
estas, a tutela dos interesses difusos e coletivos é um problema que aflige diversas
nações do mundo, como o Brasil, que criou um instrumento processual próprio para
esse fim. Diante da sistematização elaborada no Projeto Florença coordenada por
Mauro Cappelletti esta é a fase que ficou conhecida como a “segunda onda” do
movimento mundial de reformas que visam facilitar o acesso à Justiça.
60
BRASIL. NOVO CPC. Op. cit
61
CAPPELLETTI, Mauro & GARTH, Bryant. Op. cit.
62
Idem. Op. cit., p. 69
32
Como o citado art. 129 da CF, legitima o Ministério Público para propor Ação Civil,
e a lei em seu artigo 5º apresenta um rol ampliado de legitimados dentre eles está o
Ministério Público, in verbis:
Lei no 7.347, de 24 de julho de 1985, que disciplina a
ação civil pública de responsabilidade por danos
causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e
direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e
paisagístico (VETADO) e dá outras providências.
Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal
e a ação cautelar: (Redação dada pela Lei nº 11.448,
de 2007).
63
CAPPELLETTI, Mauro &¨GARTH, Bryant. Op. cit. pág. 26
34
64
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil (1934). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>.
Acesso em: 26 set. 2016.
65
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil (1988). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>.
Acesso em: 26 set. 2016.
35
A partir desta, vários avanços podem se verificar, tais como o advento de criação
dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais no Brasil, tanto no âmbito federal por meio
da Lei nº 9.099/9566 (publicada no DOU- Diário Oficial da União em 27 de setembro
de 1995) quanto dos Estados da Federação. Como no caso do Estado do Rio de
Janeiro,67 a lei nº 2556, de 21.05.1996, que cria os Juizados Especiais Cíveis e
Criminais na Justiça do referido Estado, dispõe sobre sua organização, composição e
competência e dá outras providências.
Das novas modificações legislativas, pelo menos quatro, merecem maior atenção,
por se mostrarem mais importantes no ordenamento jurídico do país: a) a antecipação
jurisdicional da tutela; b) o tempo e o processo; c) os juízes leigos; d) o novo código
de processo civil.
66
BRASIL. Lei 9099 de 26 de setembro de 1995. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 26
set. 2016.
67
ESTADO DO RIO DE JANEIRO, lei nº 2556, de 21.05.1996. Disponível em: <http:// www.alerj.rj.gov.br>.
Acesso em: 26 set. 2016.
36
68
QUINTANA, Linares. Tratado de la ciência del Derecho Constitucional. pp. 336/337, apud
BONAVIDES. Paulo. Curso de Direito Constitucional. 14 ed. São Paulo: Malheiros. p. 525.
69
VIAMONTE. Carlos Sánchez. Manual de Derecho Constitucional. 4 ed. p. 123, apud BONAVIDES,
Paulo. Curso de Direito Constitucional. 14 ed. São Paulo: Malheiros. p. 527.
70
Ibidem
37
A melhor expressão que se possa fazer dessa distinção é de Rui Barbosa 73, que
se indigna com a confusão que se faz das expressões, o qual assim se manifesta:
71
BIELSA, Rafael, apud BONAVIDES. Paulo. Curso de Direito Constitucional. 14 ed. São Paulo:
Malheiros. p. 527
72
RÉBORA, Juan Carlos. El estadio de sitio y la ley histórica del desborde institucional. Buenos Aires:
Eudeba, 1960, pp. 68/69.
73
BARBOSA, Rui. A Constituição e os Atos Institucionais do Congresso e do Executivo ante a Justiça
Federal. 2 ed. Rio de Janeiro: Flores & Mano, s/d, pp. 193/194.
74
Ibidem
38
75
MIRANDA, Jorge. Manual de Direito Constitucional. 4 ed. v. I. Coimbra: Coimbra, 1990, p. 88/89.
76
A Constituição da República Federativa do Brasil em seu artigo 5º, LXXIV prescreve, in verbis que “ o
Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos”.
77
STJ, Resp 253528/RJ, Rel. Min. José Arnaldo da Fonseca, DJ 18.9.00, p. 153: “DECLARAÇÃO DE
POBREZA E NECESSIDADE DA JUSTIÇA GRATUITA. Lei nº 1.060/50. Devem ser concedidos os
benefícios da gratuidade judicial mediante mera afirmação de ser o postulante desprovido de recurso para arcar
com as despesas do processo e a verba de patrocínio.”
39
ou de sua família, como prevê Lei nº 7.510, de 1986 que estabelece normas para a
concessão de assistência judiciária aos necessitados, modificando a LAJ – Lei de
Assistência Judiciária.
Destarte, tal conjunto forma uma instituição de suma importância para que as
camadas mais pobres da população possam ter suas demandas contempladas pelo
poder judiciário de nosso país, conseguintemente receber a tutela jurisdicional
pretendida, o que não implica necessariamente receber uma resposta positiva, mas
efetivamente poder litigar em juízo e receber por sentença resposta a seu pleito, tendo
razão ou não.
78
CAPPELLETTI, Mauro & GARTH, Bryant. Op. cit.
79
ALVES, Cleber Francisco. A estruturação de Serviços de Assistência Jurídica nos Estados Unidos,
na França e no Brasil e sua contribuição para garantir a igualdade de todos no Acesso à Justiça (tese de
doutorado). Rio de Janeiro: PUC, 2005.
80
NALINI, Jose Roberto. O juiz e o acesso á Justiça. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2000 (
2.ed. rev. atual. e ampl.).
40
6. LINGUAGEM
Toda profissão tem o seu jargão próprio. A linguagem técnica perpassa todo
ramo do conhecimento, a exemplo dos economistas, dos médicos, dos engenheiros
etc. e com os advogados não poderia ser diferente.
81
Kitoko-Nsiku,Edouard. Dogs’ Languages or People’s Languages? The Return of Bantu Languages to
Primary Schools in Mozambique. Current Issues in Language Planning. Vol 8: 2, 2007
43
7. O GARANTISMO JURÍDICO
82
TOMAZ, Danielle Hugen. O Garantismo Jurídico Como Instrumento De (Re) Legitimação Do Direito
Infanto –Juvenil. Disponível em: < http://www.cml.pr.gov.br/home/jornada/artigos/anexo/Artigo_6.pdf> Acesso
em: 26 set. 2016.
83
MAIA, Alexandre. O Garantismo jurídico de Luigi Ferrajoli: notas preliminares. Disponível em
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=17> Acesso em: 26 set. 2016.
84
FERRAJOLI, Luigi. Direito e Razão. São Paulo: RT, 2002.
44
85
MATTE, Fabiano Tacachi. Perspectiva do Processo Civil Atual. Revista Jus Vigilantibus. 2005. p.2
86
BIDART, Adolfo Gelsi. Principio del realismo procesal. RePro 41:130.
87
MARINONI, Luiz Guilherme. A antecipação de Tutela. 8a ed. rev e ampl. São Paulo: Malheiros, 2004.
45
Diversos dispositivos processuais mais modernos têm tido como norte a ideia
de justiça e conformidade com a Constituição que garante diversos direitos ao
cidadão.
46
8. O MÍNIMO EXISTENCIAL
88
BARCELLOS, Ana Paula. A eficácia jurídica dos princípios constitucionais: o princípio da dignidade da
pessoa humana. Rio de Janeiro: Editora Renovar, 2002. p. 2002
89
TORRES, Ricardo Lobo. O Mínimo Existencial e os Direitos Fundamentais, in RDA, v.177, 1989, p. 29-49.
90
MACHADO, Ivja Neves Rabelo. Reserva do possível, mínimo existencial e direitos prestacionais.
Disponível em: < http://www.iuspedia.com.br> Acesso em: 26 set. 2016.
47
Assim, temos que para Rawls haja princípios de justiça qual sejam a igualdade
de tratamento (a garantia das liberdades fundamentais e a compatibilização dessas
liberdades), e o reconhecimento das desigualdades sociais e econômica (o princípio
da igualdade equitativa de oportunidades, o princípio da diferença – a estratégia
maximin);
91
MOLLER, Josué Emílio. A Justiça como equidade em John Rawls. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris,
2006.
92
RAWLS, John. O liberalismo político. México: Fondo de Cultura, 1995
48
9. O PROJETO DE FLORENÇA.
93
CAPPELLETTI, Mauro & GARTH, Bryant. op. cit. p. 31
94
Ao meu entender os autores ao utilizarem o termo ondas para se referirem a esse movimento demonstram ter
forte influência de TOFFLER, Alvin. “the third wave” New York:Bantam Books. 1980
95
CAPPELLETTI, Mauro & GARTH, Bryant. op. cit. p. 35
49
96
Idem, pp.49-66
97
Idem, pp.67-73
50
10. CONCLUSÃO
O leitor a final dessa pesquisa será capaz de identificar os principais autores que
tratam do tema e diversos enfoques que se pode dar à matéria.
A principal constatação que pode ser feita ao final da pesquisa é a de que muito se
tem produzido sobre o assunto, e que o país e o mundo têm avançado em propiciar
acesso à Justiça a diversos segmentos da população em geral, não necessariamente
os mais pobres, outros como os consumidores, idosos e as vítimas de acidentes
ecológicos são exemplos, entre outros, quer se pode exibir. No caso brasileiro, muito
tem-se progredido, todavia existem problemas, pois neste caso em particular, há de
se avançar em outras áreas principalmente nas áreas sociais, como a educação.
Exaltando precipuamente a edição de um novo Código de Processo Civil que traz a
esperança de resolução célere de conflitos e a conciliação entre outros meio de
solução de conflitos enquanto instrumentos para desafogar a grande enxurrada de
processos que congestionam o Judiciário Brasileiro.
51
11. BIBLIOGRAFIA:
CAPPELLETTI, Mauro & GARTH, Bryant. Acesso à Justiça. Tradução de Ellen Gracie
Northfleet. Porto Alegre: Fabris 1988.
KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991. pág.
302
MARINONI, Luiz Guilherme. A antecipação de Tutela. 8a ed. rev e ampl. São Paulo:
Malheiros, 2004.
MEDICI, André Cezar. Welfare State no Brasil. Brasília: MRE, 2008. Disponível em:
<http://www.mre.gov.br>. Acesso em: 12 set. 2016.
MOLLER, Josué Emílio. A Justiça como equidade em John Rawls. Porto Alegre:
Sérgio Antonio Fabris, 2006.
55
SMITH, N. D. Some thoughts about the origins of “greek ethics”, Journal of Ethics, 5:
3-20, 2001, p. 12. Apud SILVA, José Lourenço Pereira da & FABRETTI, Marco
Antônio. Justiça e Felicidade em Platão. Revista Espaço Acadêmico, Maringá: 2006.
NALINI, Jose Roberto. O juiz e o acesso á Justiça. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2000 ( 2.ed. rev. atual. e ampl.).
O’NEILL, James. BRICs and beyond. Goldman Sachs Global Economics Group. 2007.
Disponível em: <http://www2.goldmansachs.com/ideas/brics/book/BRIC-Full.pdf>.
Acesso em: 12 set. 2016.
RÉBORA, Juan Carlos. El estadio de sitio y la ley histórica del desborde institucional.
Buenos Aires: Eudeba, 1960, pp. 68/69.
SADEK, Maria Tereza Aina. Judiciário: mudanças e reformas. Estud. av., Ago 2004,
vol.18, no.51, p.79-101. ISSN 0103-4014