o Teatro Santa Isabel, mandado construir pelo Conde da Boa Vis-
. ta. A pedra fundamental do nobre edifício foi lancada em 1\' de abril de 1841, mas o Teatro sómente foi inaugurado em 18 de maio de 1850. A planta e as fiscalizações das obras foram executadas pelo grande en- Alfaiate 'ti genheiro francês Léger Vauthier. Um incêndio ocorrido a 1 de setem-Q
bro de 1869, destruiu o interior do Santa Izabel, «mas lhe ficaram de
'não ]lI11í ia pé as paredes mestras, o pórtico 13 o salão; ficou de pé, sobretudo o es- pírito que o animava», no dízer do teatrólogo Valdemar de Oliveira. VESTE OS EL~GANTES Restaurado completamente o teatro reabriu as suas portas em fins de 1876.
DO Recife Mais do que uma famosa casa de espetáculos, o Santa Isabel é
uma verdadeira inat ituicão recifense, ligada à vida cultural da cidade, Av. Manoel Borba há mais de um século, Se aqui representou um João Caetano, também recitou um Castro Alvml. Se aqui dançou uma Pavlova. também regeu 62 um Carlos Gomes. Do ~l'U palco, Joaquim Nabuco venceu a batalha da Abolição e Ruy Barbosn Jl'I'Pg'OU civilismo. Milhares de jovens, aqui re- ceberam o seu grau dp doutor, bacharel ou professor, Pr,incípios filosó- ficos, idéias políticas I' dilui I'iTlt1H sociais têm ecoado nestas paredes mais que centenârias. A plnlMn, IVi frizas, os camarotes e as torrinhas, ocupadas por geracões RlU'(,HHlvll~l, guardam lembranças de dramas e óperas, tragédias e comédla«, )11)' 'mRB c discursos, concertos e confe- rências, Mudaram aI! form,," "O I!ovêrno, substituíram-se regimes poli' ticos, renovaram-se lH1 81"tl'14 1\ eldndc cresceu enormemente, O Santa Isabel conserva, porém, 1\ 8UII f'lnultdnde artística e o seu espírito cul- tural. sempre fiel no 1-1<'\11lt'IIIII'ltl (]PHUno.