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Introdução
Fé e doutrina não são antagônicàs. Harmonízam-se. É necessário que se faça distinção entré as duas
realidades mostrando-se, entretanto, o valor, das doutrinas para a fé cristã. Os batistas sempre zelaram pela
sã doutrina, através dos séculos, e têm se identificado pela sua fidelidade à Palavra de Deus como base
exclusíva para a formulação das doutrinas que seguem. Mesmo na atualidade, a despeito de tantos
movimentos religiosos que desprestigiam a doutrina, como se ela fosse contrária' à fé .e à espiritualidade, os
batistas têm insistido necessidade de manter a identidade doutrinária que os tem caracterizado e distinguido
dos diferentes grupos evangélicos. Demonstração disso são os congressos promovidos para estudo da
identidade denominacional e a preocupação atual da JUERP manifestada em dedicar trimestres ao estudo
doutrinário, bem como em publicar literatura contendo os princípios batistas e a Declaração de fé da
Convenção Batista Brasileira
1. O que é fê
Fé é um estado e uma disposição de espírito que consiste na convicção de serem verdadeiros todos os
fatos, ensinos e preceitos contidos nas Escrituras, na confiança em Deus, em seu plano de salvação e em
todas as suas promessas, e em ser submisso e obdiente a Deus para fazer toda a sua vontade.
2) A confiança na obra realizada por Deus, em suas promessas e em seu caráter, sabendo que ele não pode
mentir (Tt 1.2);
O autor da Carta aos Hebreus define fé nas seguintes palavras: “ Ora a fé é o firme fundamento
das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem” (Hb 11.1). “No original grego, a
palavra traduzida por “prova” traz a ideia de “Título de propiedade”:upostásis é firmeza ,
realidade, instrumento legal que garante a posse. (TAYLOR, W.C., Introdução ao Novo
Testamento Grego, JUERP, vpl.2,p.233.)
"Fé é uma convicção tão firme, profunda e arraigada de confiança no caráter perfeito e
imutável de Deus que não pode mentir (Tt 1.2), que tem o valor de um firme alicerce e de uma
escritura pública de uma propriedade", outorgada pelo próprio Deus. (UMA, D.S., O Pentecoste e os
Dons do EsPírito Santo, Seminário Teológico Batista de Niterói, p41.)
É claro que, para que a fé seja "fundamento" (base, alicerce) e "prova" (título de propriedade),
ela tem que ser em conformidade exclusivamente com o verdadeiro sentido da revelação de Deus.
Emoções, sonhos, visões, conjecturas, experiências pessoais, fábulas etc. não podem ser
fundamento de coisa nenhuma. A verdadeira fé não pode discrepar da Palavra de Deus. "A fé
bíblica não é a mesma coisa que fé mistica. Esta última consiste em confiança colocada em
supostas revelaçoes diretamente feitas a pessoas de hoje. A primeira é a confiança colocada nas
manifestações de revelação da iniciativa de Deus, registradas como fatos, profecias e preceitos nas
Escrituras”. (Lima, D.S. op, cit.43 )
2. O que é doutrina
Eis porque precisamos manter nossa identidade doutrinária: para manter bem definaidas
nossass fronteriras que nos separam das falsidades e dos erros, a fim de que não nos
desencaminhemos em nosso percurso para trrenodas fantasias, das fábulas, das superstições , do
fanatismo, da temeridade , dos cultos frenéticos e teatrais e da sedução por bens materiais e
glórias terrenas.
Há grupos de cristãos evangélicos que adquiriram verdadeira ojeriza pela palavra doutrina,
como se ela fosse algo pernicioso e prejudicial à fé e ao desenvolvimento do reino de Deus na
terra. Essa posição decorre, provavelmente, de desavenças em torno de certos aspectos de
doutrinas em que haja divergências. A amargura existente entre alguns no embate de diferentes
interpretações doutrinárias teria levado certas pessoas a não quererem nem ao menos falar em
doutrina. Entretanto, o Novo Testamento está repleto de passagens exaltando o valor das doutrinas
na vida cristã.
3.1 O evangelho anunciado pelos apostolos não constituiu de fábulas, mas das verdades que
eles proprios viram em CristoJesus: Poerque não fizemos saber a virtude e a vida de nosso Senhor
Jesus Cristoseguindo a fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade
(2 Pe 1.16)
3.2 O evangelho foi recebido pelos ouvintes de Jesus como uma “nova doutrina”: Todos se
alegravam, a ponto de perguntarem entre si : Que vem a ser isto? Uma nova doutrina! (Mc: 1.27)
3.3 O Senhor Jesus ensinou que os que desejam fazer a vontade do Pai saberão discenir sua
doutrina: “ A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou. Se alguem quizer fazer a
vontade dele, pela mesma doutrina conhecerá se é de Deus ou se falo por mim mesmo. Quem fala
por si mesmo busca a sua própia glória: mas o que procura a glória daquele que o enviou, esse é
verdadeiro, e não há nele injustiça” (Jo 7.16-18). Isto significa, exatamente, que a vontade de Deus
se expressa em forma de doutrinas.quem
3.4. O apóstolo Paulo elogiou os cristãos de Roma" pela sua obediência à doutrina aprendida:
Graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, bbedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues"
(Rm 6.17).
3.5. Paulo recomenda aos romanos que se apartem dos que contrariavam a doutrina que haviam
aprendido: "E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que
apreendestes; desviai-vos deles" (Rm 16.17)
3.6. Paulo exortou Timóteo a pregar, reprender e exortar com a doutrina, e o mandou se
precaver contra os que se desviaram da verdade: “...Tndo comicchão nos ouvidos, amontoaraão
para si doutores conforme as suas própias concupiscencias; e deviarãoos ouvidos da verdade
voltando às fábulas” (2 Tm 4 1-4)
3.7. Paulo exortou os Efesos a serem adultos e a combaterem as falsas doutrinas de homens
fraudulentos: “Para que nõa sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento
de doutrina , pelo engano dos homes que com astúcias enganam fraudulosamente” (Ef 4.14).
Conclusão