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Mouillaud

Capítulo 11 – Adriano Duarte Rodrigues

DELIMITAÇÃO, NATUREZA e FUNÇÕES DO DISCURSO MIDIÁTICO

O autor do capítulo propõe que uma das principais caracteristicas do discurso


midiático, é não ter vazios, sempre acabado e que se encerra nele mesmo. O que torna
muito dificil encontrar onde inicia um ciclo do discurso e se inicia outro. Já que o
discurso não permite vazios ou incompletude, resulta nesta camuflagem que se faz
necessária às mídias, é muito importante não se ter vazios de programação, o jornal
precisa estar sempre cheio, constituindo a função fática dos meios. Não podemos
entender discurso midiático apenas os que aparecem em um dispositivo de suporte,
dado o fato de que esse discurso é fluído e perpassa a necessidade de um dispositivo
de midia.

Exotérica e Esotérica – Discurso miditático é de natureza exotérica, ou seja, não


depende apenas de poucos detentores de legitimidade, precisa dialogar com inúmeros
outros campos. O discurso médico por exemplo é de natureza esotérica, pois só os
médicos entendem esse discurso de normas médicas e tudo mais.

Natureza Metafórica do discurso midiático – Dado o fato de que se apropria da função


discursiva de outros campos/ instituições. Como nos exemplos de chamadas da Veja:
Templos de leitura (apropriação do discurso religioso). A revolução dos velhos
(apropriação do discurso militar) etc.

Algumas estratégias do discurso midiatico


Estrategia de Naturalização – que torna o discurso dos outros campos naturais,
e legitimos para quem ouve.
Estrategia de Reforço – Ajudar a manter presente no imaginário das pessoas e
no tecido social, a presença de determinado campo
Estrategias de compatibilização – Quando não há consenso entre dois
detentores de legitimidade, o discurso midiático expõe os dois lados. Como por
exemplo os debates sobre aborto entre as instituições religiosas, políticas e médicas.
Exacerbação dos diferendos – Quando o discurso midiático exalta as
diferenças ao inves de fazê-las convergir.
Estrategias de visibilidade – O discurso tem o papel de tornar publico outras
instituições, ou seja, se não está na mídia, não é socialmente reconhecido.
Alteração dos regimes de funcionamento – Quando a mídia altera o regime de
cada campo, por exemplo deflagrando noticias que aceleram o sistema econômico.

CAPÍTULO 12

A INSERIR

CAPÍTULO 13 – TRANSFORMAÇÕES NOS DISCURSOS JORNALISTICOS – A


atorização do acontecimento.
O autor fala sobre como o jornalismo, mais especificamente o discurso jornalistico,
passou, no final dos anos 80, de um mero suporte de informações, para dispositivo
com sua forma própria de representar o mundo. Dada a época dos estudos de
Mouillaud, onde se descobria o uso desses dispositivos, mais como uma ferramenta
de mediação entre campos sociais, o autor lembra das função interdiscursiva desse
dispositivo. Ou seja, o jornalista como ator importante, e não mais um mero
coadjuvante. Para tal, o autor traz situações onde o jornalista passa de mediador à ator
da situação. Situações como o âncora do Jornal Nacional saindo da bancada e indo
para o meio da população, repórteres trazendo noticias de campo do seu dia a dia
pessoal, etc. A reflexão aqui proposta não é apenas da mudança do repórter para ator
da noticia, e também o surgimento de diversos novos atores, com a facilidade do
acesso aos recursos necessários à produção desta atividade.

CAPÍTULO 14 – QUESTOES METODOLÓGICAS NA LEITURA DE UM


JORNAL
Neste artigo, o autor fala sobre sua pesquisa do jornal o Pasquim, onde explica como
foi seu processo de escolha de quais questões metodológicas precisaria abranger, para
poder estudar o discurso de um periódico. Partindo desde a escolha do objeto até
quais elementos analisar para entender a formulação de um discurso. Este viu a
necessidade de dividir estes itens em Discurso, analisando itens como os textos, os
desenhos e as estruturas e tipos de artigos publicados, até o Contexto atual do jornal,
os acontecimentos da época analisada, a concorrencia do jornal e a situação atual da
imprensa no Brasil.

CAPÍTULO 15 – EXPERENCIAR A LINGUAGEM: O CAMINHO DAS SEIS


LEITURAS INTERPRETATIVAS
A autora do capítulo faz uma análise do discurso jornalistico, pelo vies da
generosidade e da bondade. Ela utiliza-se de um projeto da Editora Globo, para
estudar o discurso jornalístico dado o fato de que muito se fala sobre o jornalismo só
dar voz à fatos negativos e etc. A metodologia utilizada é a da massa folhada,
fazendo-se valer de seis camadas de ler as situações e o corpus escolhido (o projeto da
editora globo de contar histórias de generosidade pelo Brasil).

CAPÍTULO 16 – O RELATO JORNALÍSTICO: ALÉM DO ATUAL, DO


SINGULAR E DO EXTRAORDINÁRIO
O autor questiona e expande os valores-noticia e se propõe a estudar principalmente
o tripé atualidade/singularidade/extraordinário e revisar se estes ainda fazem sentido
para o relato jornalístico atual. A conclusão a que se chega, após analisar uma série de
fatores referentes ao atual cenário de produção de noticias, é que não que as rotinas
jornalísticas não sejam guiadas por estes três importantes valores de noticiabilidade,
mas que nas mais das vezes, eles não são imprescindíveis. O autor entende este tripé
inclusive como um limitador para o fazer jornalistico, de uma materia que necessitaria
mais profundidade por exemplo. Portanto o autor é categorico em afirmar que os
valores-noticia não podem guiar a produção de noticias, e sim servirem mais como
balizadores.

JORNALISMO DIGITAL

CAPÍTULO 17 – IMPRENSA, DISCURSO E INTERATIVIDADE


Uma análise do discurso é uma desconstrução, que vem mudado ultimamente,
com o receptor participando ativamente, instantaneamente dessa reconstrução, quase
que em tempo real ao autor. Seções de comentários, sugestões de pauta, inúmeras
ferramentas de interação tem feito do jornalismo digital mais interativo. O autor
admite que algo mudou, a maneira da construção do discurso da imprensa mudou,
hoje não é mais a TV e o Rádio que furam a pauta do jornal impresso, e sim a
internet, dado o imediatismo que estamos acostumados a receber informação.
Hoje em dia, com os dispositivos técnicos a mão de qualquer um, como uma
câmera digital, o discurso é plural. Qualquer um pode fotografar um acidente numa
rodovia e enviar por meio de um site ou aplicativo à redação do jornal ou agência de
noticias, e ter sua imagem e noticia publicada. Qualquer um pode ser autor de uma
noticia, ou contar uma história ao grande público. Inclusive, ter nas mãos a decisão de
o que tornar público, que antes pertencia exclusivamente ao jornalista e editor de um
jornal. O que vem a colocar o público não mais como um sujeito passivo na
comunicação, mas ativo e que quer e precisa ser ouvido. A imprensa já não está só. Já
não é a única emissora de mensagens.
Estas facilidades de interação, podem sugerir um novo paradigma de
comunicação, mas também um paradigma sobre o conceito de democracia. A
democracia não será mais aquela onde se faz uma vez nas urnas a vontade de uma
população e se outorga a necessidade dele falar pela população, e sim onde ele vira o
meio para que a população se expresse, um politico eleito será o agente canalizador
das opiniões. Até a democracia precisa ser mais expressiva. A democracia precisa
também ser plural.

CAPÍTULO 18 – COMUNICAÇÃO E VOZ CIDADÃ


O autor propõe um questionamento se, dado o avanço das tecnologias, da pluralidade
de emissores de informações atuais, o jornalismo da era digital, continua tendo um
papel de mediação da cidadania e da sociedade. E chega a conclusão de que cidadania
hoje, seria a voz de uma minoria enquanto dispositivo simbólico, e não o estado de
um sujeito politicamente passivo e confortado em pertencer a um sistema gerido por
grandes empresas capitalistas. Porém ainda deixa em aberto a questão de o jornalismo
ainda constitui um poder de mediação de cidadania, ou estaria se tornando uma zona
de linguagem.

CAPÍTULO 19 – PROSPECÇÕES ONTOLÓGICAS: NOTÍCIA,


ACONTECIMENTO E O LUGAR DO OUTRO NO JORNALISMO DIGITAL.
Neste capítulo, é explicado o conceito de que, o jornalismo não acontece sem a
noticia, e a de que a noticia, precisa de um acontecimento. Ou seja, a
indissociabilidade desses conceitos se fazem necessárias para que se entenda a
definição de acontecimento, como uma passagem de tempo. Esta passagem, que
vivemos de maneira muito rápida hoje, dado a sensação de aumento do tempo
presente, por estarmos sempre vivendo um tempo presente extendido, devido a
imediatez das informações. Fazendo alusão ao que se vive hoje então, no jornalismo
digital, o autor aponta uma crise de identidade e de autoreferencia enfrentada pela
sociedade, onde os sujeitos se veêm cada vez mais necessitados de estarem sempre
disponíveis e se definindo pela velocidade a que respondem aos estímulos da vida na
própria sociedade. Ou seja, o outro.

CAPÍTULO XX – O IMPACTO DAS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS E DAS


MÍDIAS DIGITAIS NA CONCEPÇÃO E NA PRÁTICA DO JORNALISMO.
O autor começa com uma breve retomada de como foi o desenvolvimento do
jornalismo, e passa também por quais as grandes revoluções tecnlógicas que
marcaram o fazer jornalístico. Afirmando com base em pesquisas que é inegável o
declínio da mídia impressa, dado os altos custos de produção, impressão e logística
que envolve o jornal impresso, o autor passa então a avaliar a situação atual do
jornalismo na era da internet.
Primeiro ele afirma que o Jornalismo já entendeu que é preciso se reformar, para
sobreviver, trazendo exemplos de como grandes portais de jornais e agências de
notícia já abriram mais espaço para dar voz ao leitor, com caixas de comentários,
seção de cartas do leitor, e ainda valorizando a imagem, mais do que o texto
(respondendo ao comportamento mais ágil da internet). Porém estas reformas visuais
e pontuais apenas deram fôlego aos veículos, então o autor passa a explorar saídas do
fazer jornalístico bastante recentes, avaliando a perda de poder, do jornalismo
impresso, para a internet. Trazendo alguns exemplos do posicionamento na internet
por parte dos veículos de comunicação, o autor afirma que ainda estão tentando achar
a melhor maneira de tornar o negócio jornalismo digital rentável, ao exemplo de
grandes portais como o The Economist que migrou totalmente para o cenário digital
cobrando pelo acesso ao seu aplicativo, ou como a nível nacional a Folha de São
Paulo, libera gratuitamente um determinado número de artigos, e se o leitor quiser ter
mais acesso apenas mediante a assinatura do jornal impresso, etc. Estas estratégias
comerciais ainda estão em teste segundo o autor, e fazem parte da revolução que a
internet causou na parte mercadológica do fazer jornalístico. Porém é preciso olhar
para as questões da prática do jornalismo, que também precisa se adequar à esta nova
realidade, e é o que propõe o autor deste capítulo, que afirma que é a primeira vez que
uma tecnologia serve como meio de comunicação interpessoal e de massa, portanto a
internet já é vista como um meio de comunicação de massa, e com a vantagem de ser
interativa, instantânea. O que cabe de relevante ao jornalista, é entender que a era
onde seu poder como comunicador era onipotente, e sobretudo a opinião do editor,
acabou. Agora a comunicação é plural e é possível tirar proveito disso.
O próprio autor aponta algumas vantagens, para não tornar o cenário tão
pessimista, onde a internet proporciona um acesso a fontes muito maior, o que
permite fazer muito mais questionamentos no momento de uma reportagem, além
disso, se faz importante sua constatação sobre o fato de que apenas os grandes
conglomerados de mídia possuem recursos para cobrir grandes acontecimentos, como
uma guerra ou um evento mundial como a copa do mundo, então cabe sim tirar
proveito desta vantagem, bem como a confiabilidade que uma agência de notícia já
consolidada oferece. Portanto as mudanças estão acontecendo muito rápido, se
adequar a estas mudanças é fundamental para o fazer jornalístico, assim como já foi
preciso se adaptar outras vezes.

CAPÍTULO XXI – A NOTICIA DOS CIBERMEIOS. TRÊS HIPÓTESES SOBRE A


MUTAÇÃO DO RELATO NOTICIOSO
Fazendo uma abordagem pelo viés da ciência, a autora procura comparar o ato do
fazer jornalistico (aqui compreendido entre jornalista-meio- e noticia) com um ser
vivo e sua evolução natural. Como o ser humano se desenvolveu, desde um ser
unicelular até a multiplicação das células, o homo sapiens e enfim um homem que
vive em sociedade, o jornalismo também passa por mudanças. E estas mudanças já
ganharam vários termos que a definissem, como hibridização, metamorfose entre
outros, porém, seguindo na mesma linha de raciocínio, a autora chama essa mudança
pela qual o jornalismo digital tem passado de mutação pois, todas as mudanças pelas
quais ele passou, dependeram de um detonador externo, algo que causa ruptura na
trajetória da noticia. Seja a invenção do papiro ou a invenção da prensa de
Gutemberg, por isso ela prefere o termo mutação, pois metamorfose, implica em algo
que já está dentro dos seres que a praticam, como no caso da lagarta ao se transformar
em libélula, para citar um exemplo do livro.
Então, a autora propõe que as mudanças, ou mutações que o jornalismo vem
passando, com a diversificação das ferramentas disponiveis, são apenas mais um
ponto de mutação dentre tantos outros que já aconteceram, e aponta um cenário
otimista e esperançoso, onde não se trata do desaparecimento da função, e sim uma
adequação do fazer jornalístico, desde a mais visível das mudanças (passando do
papel para a tela) até a construção léxica que o hipertexto oferece, e a apresentação do
conteúdo, não mais em uma banca de jornal, mas em uma banca online.

CAPÍTULO XXII – JORNALISMO E INTERNET: 10 SINAIS DE UMA


MUDANÇA DE LUGAR
O Autor procura apontar 10 situações que, ele afirma, comprovam a mudança do
lugar do jornalista, seu deslocamento, com a existencia do jornalismo digital,
conforme o que propunha Pierre Levy à seu tempo.

Mundo Virtual como lugar de construção de pauta – A primeira mudança tem a


ver com a internet ter se tornado um lugar onde a pauta é construída e baseada, não só
por ser uma ferramenta utilizada por jornalistas, mas devido a boa parte da produção
de fatos acontecerem na internet, dado o fato da inclusão da internet na vida das
pessoas, é dela que advém a materia prima da noticia – o acontecimento – por isso o
mundo virtual se torna um lugar onde a pauta é construida

O furo como produção de fonte – O furo de reportagem sempre foi entendido como
o maior fator de concorrência entre dois veículos. O veículo capaz de furar o outro
era tido como uma empresa de comunicação ágil, responsável, a que literalmente
“saía na frente dos outros”, porém com a facilidade que a internet trouxe, a agilidade
de postagem, o furo, hoje em dia, costuma ser dado pela própria fonte. Por exemplo, o
fim do relacionamento entre duas pessoas públicas, é postada na página destas
pessoas primeiro, e os jornalistas assumem o papel de comentaristas, a posteriori, ao
fato, como creditadores da informação. O autor afirma que é muito cedo para afirmar
o “fim da era do furo”, dado que muitas pessoas não se sentem confortáveis para
escrever uma notícia e preferem que a notícia seja deflagrada por um veículo de
comunicação dada sua credibilidade.
Banalização dos critérios de noticiabilidade – Dado o fato de que qualquer um pode
ser o emissor de notícias e que é papel fundamental do jornalista, entender o que
tornar público, levando em conta os valores-noticia, ou seja, proximidade com o
público, interesse do público etc, a banalização desses critérios é uma situação já
evidente na sociedade. Tudo vira notícia, sem maiores critérios, pois qualquer pessoa
pode ser o produtor de sua própria noticia.

Interação online como possibilidade na relação jornalista-fonte – Uma das


facilidades que a internet traz é a proximidade pelos meios virtuais, de comunicação
entre o jornalista e a fonte. Ou seja, tornando o processo de busca por informações
palpáveis de testemunha dos acontecimentos, muito mais rápido.

Hipertextualidade da escrita – O fator da hipertextualidade já é muito discutido, por


isso o autor não a expande, mas a representa como uma das situações que mostra o
deslocamento do jornalista no fazer jornalístico, pois este precisa se valer de todas as
ferramentas disponíveis para contar uma notícia, videos, imagens, fotos, relatos, todas
as hiperconexões possíveis entre os textos.

Presentificação radical ou multiplicação agressiva da temporalidade: o deadline


morreu – O deadline sempre foi entendido como a hora limite para envio das
reportagens para que houvesse tempo hábil de publicação na edição seguinte. No
jornalismo digital, esse conceito se perde, dada a instantaneidade da notícia. O
deadline passa de ser no final do dia, para ser “agora”. Na busca por um “furo digital”
como propõe o autor, quem der primeiro a notícia, sai na frente dos veículos
concorrentes.

Especialização de suportes: a blogalização do jornalismo – Os blogs nasceram


com o propósito de substituirem os diários físicos, onde se relatava pequenos contos
do dia-a-dia de cada um. Esse conceito foi rapidamente absorvido pelo jornalismo,
onde há duas possibilidades, o blog de cada veículo, ou ainda o blog pessoal de cada
repórter, e lá ele postará suas principais notícias, furos e exclusividades, as vezes
atrelado a uma agência de comunicação, as vezes não, apenas um jornalista que
publica as notícias nesse espaço virtual. Mais uma ferramenta que desloca o jornalista
da posição “confortável”, segundo as palavras do autor, que o jornalista se
encontrava, antes do jornalismo digital existir.

A circulação como superação da dicotomia emissor/receptor – Na internet, não é


mais possível essa dicotomia de emissor – receptor. E sim se assume o conceito de
circulação, dado o fato de que qualquer pessoa pode ser o “emissor” de uma noticia.
Por exemplo se uma pessoa postar uma imagem de um incêndio iniciando, um
jornalista pode rapidamente retwittar ou postar no site da agência de noticias à qual
trabalha e escrever em cima da imagem uma reportagem, para entao apurar os fatos.
Essa proposta de circulação parece mais atual com o que vemos hoje, deslocando
mais uma vez o jornalista do papel que ele estava.

Permanência/indecadência da disponibilidade da memória virtual – uma das


duras críticas ao fazer jornalístico, sempre foi a efemeridade das notícias, que
duravam pouco tempo e logo já eram substituidas por outras na memória da
população, com a internet, contrariando o pensamento comum, onde se imaginaria
que tudo fica registrado, acontece uma maior efemeridade ainda, dada a quantidade de
noticias que são geradas por minuto, cada notícia tem o tempo de vida muito curto,
em relação ao que se tinha anteriormente, ocupando pouquissimo tempo na memória
virtual das pessoas.

Interatividade do público leitor e a disputa pelo lugar do jornalismo – Portanto, o


novo sistema de comunicação e o jornalismo digital desafia e altera o papel do
jornalismo, passado da origem da noticia, para qualificador e comentador do que
circula na rede. O desafio está para o jornalista a medida que precisa marcar cada vez
mais sua presença na rede.

Concluindo, mais uma vez como em outros artigos desta obra, que o jornalismo
digital, ao contrário do prognóstico de Pierre Levy, mataria e acabaria por extinguir o
jornalismo tradicional, ele apenas alterou as práticas do fazer jornalístico e o papel do
jornalista, tornando-o muito mais um qualificador credibilizado por um conglomerado
de mídia. Obviamente que este não perde sua função também de emissor de
mensagens e noticiador de acontecimentos/ noticias, porém este papel é dividido com
os que eram anteriormente apenas seus receptores.

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