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CAPÍTULO 12
A INSERIR
JORNALISMO DIGITAL
O furo como produção de fonte – O furo de reportagem sempre foi entendido como
o maior fator de concorrência entre dois veículos. O veículo capaz de furar o outro
era tido como uma empresa de comunicação ágil, responsável, a que literalmente
“saía na frente dos outros”, porém com a facilidade que a internet trouxe, a agilidade
de postagem, o furo, hoje em dia, costuma ser dado pela própria fonte. Por exemplo, o
fim do relacionamento entre duas pessoas públicas, é postada na página destas
pessoas primeiro, e os jornalistas assumem o papel de comentaristas, a posteriori, ao
fato, como creditadores da informação. O autor afirma que é muito cedo para afirmar
o “fim da era do furo”, dado que muitas pessoas não se sentem confortáveis para
escrever uma notícia e preferem que a notícia seja deflagrada por um veículo de
comunicação dada sua credibilidade.
Banalização dos critérios de noticiabilidade – Dado o fato de que qualquer um pode
ser o emissor de notícias e que é papel fundamental do jornalista, entender o que
tornar público, levando em conta os valores-noticia, ou seja, proximidade com o
público, interesse do público etc, a banalização desses critérios é uma situação já
evidente na sociedade. Tudo vira notícia, sem maiores critérios, pois qualquer pessoa
pode ser o produtor de sua própria noticia.
Concluindo, mais uma vez como em outros artigos desta obra, que o jornalismo
digital, ao contrário do prognóstico de Pierre Levy, mataria e acabaria por extinguir o
jornalismo tradicional, ele apenas alterou as práticas do fazer jornalístico e o papel do
jornalista, tornando-o muito mais um qualificador credibilizado por um conglomerado
de mídia. Obviamente que este não perde sua função também de emissor de
mensagens e noticiador de acontecimentos/ noticias, porém este papel é dividido com
os que eram anteriormente apenas seus receptores.