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DE BALDR E FREYJA DÁVILA

Após a morte de seu pai, o poderoso Conde Vimaranes, a jovem e bela


Antonietta, única herdeira do Castelo de Vimaranes, conhecida como a Branca, passou a
viver sob a tutela e proteção do fiel conselheiro e amigo de seu pai, Lorde Charles della
Mancha Piccina, que auxiliou na administração do castelo, das terras e dos negócios,
bem como na educação de sua protegida, a quem ensinou os modos do governo e
exercício da Lei, enquanto mantendo-a longe dos senhores mal-intencionados que
procuravam se aproveitar de sua inocência e inexperiência para apossar-se das honrarias
de seu pai.
Essa prosperidade, porém, não durou muito tempo. Três anos depois, com o
furor das Grandes Navegações em ascensão, o Rei João I deu um ultimato: Antonietta, a
Branca, não poderia mais permanecer como única senhora de Vimaranes, devendo
casar-se e gerar herdeiros saudáveis e dignos para apoiar o reino nas tensões entre
outros reinos, e isso aconteceria por vontade dela ou não, pois caso não encontrasse um
noivo naquele ano, o Reino arrumaria um casamento.
Assim sendo, Lorde Charles procurou aconselhá-la quanto às suas melhores
opções, mas a verdade era que o coração de Antonietta já tinha encontrado um lugar
para repousar: meses antes, ela conhecera um misterioso viajante, um homem forte de
barbas vermelhas, e cheio de histórias, que usava o falso nome de Santiago Dávila, a
quem os homens chamavam Lobo do Norte, e que se hospedara em seu castelo
enquanto a caminho da Costa. Era para ser uma estadia breve, mas os dias se tornaram
semanas antes que Dávila partisse novamente, prometendo voltar.
Quando Antonietta discutiu seus sentimentos com seu fiel tutor, ele tentou
dissuadi-la daquela fantasia, posto que Dávila provavelmente tratava-se de apenas mais
um explorador, visto que cobria longas distâncias a pé, que devia estar buscando alguma
companhia que o pudesse levar para longe, e que só por isso ele passaria por Vimaranes
novamente. Sonhadora, porém, Antonietta decidiu que esperaria até o último mês do
prazo do Rei, e caso Dávila não retornasse, encontraria um noivo.
O último mês, porém, chegou e passou, mas não Santiago Dávila. Antonietta
recusou-se a se entregar a outro homem, embora muitos disputassem por ela, e rumores
começaram a correr sobre sua honra ter sido violada. Lorde Charles fez o possível para
lhe dar apoio, mas, passados dois meses que o bom Rei João prorrogara para a jovem
Condessa Branca, o Infante Dom Henrique de Avis em pessoa prestou uma visita ao
castelo de Vimaranes, com uma ordem estrita ao Lorde della Mancha Piccina que
retornasse ao seu país de origem, um Não reino amigo. Sozinha, então, Antonietta
passou a ser esmagada pela pressão social e cobrada constantemente pelo Reino, que
agora ameaçava tirar-lhe suas terras.
Foi apenas quando Antonietta já estava à beira da loucura, a ser abandonada por
seus próprios homens, que Santiago Dávila surgiu. Sem perder tempo, ela declarou seu
amor pelo aventureiro, jurando que precisava casar-se. Na ocasião, Dávila hesitou, e
disse que não podia aceitar, pois carregava demasiados segredos para compactuar com
uma mulher tão honesta. “Segredos que você talvez prefira não conhecer”.
Mas ela insistiu e acabou por descobrir que a realidade era que Dávila também
se apaixonara, mas buscava não demonstrar. Afinal, era um homem do mundo, um
andarilho, e jamais poderia se ater a um lugar como Vimaranes, tampouco aspirar casar-
se com uma nobre. Contudo, Antonietta fez o alto-pedido formalmente, e Dávila não
recusou.
“Meu segredo maior, porém, você deve conhecer”, ele disse, antes, gravemente.
“Meu nome verdadeiro é Hrolf, e venho dos distantes reinos flamejantes do Norte. Por
muito vivi sob a sombra de nuvens vulcânicas , e não sei por quanto poderei viver sobre
a rocha gélida de Vimaranes.”
A condição fora imposta, e Antonietta aceitou.
Um dia, Dávila partiria novamente.
Mas esse dia nunca veio.
O Infante não aprovou o casamento, mas o bom Rei João determinou que o
casamento da condessa com o plebeu era aceitável para seus propósitos, e ordenou que
os cavaleiros de Vimaranes retornassem e refirmassem seu juramento de lealdade eterna
à jovem senhora. As determinações foram cumpridas, e Vimaranes prevaleceu, muito
embora sob os olhares críticos e palavras odiosas dos nobres e lordes vizinhos, que
reprovavam totalmente a milagrosa ascensão do misterioso Dávila sem passado.
Porém, as expectativas do Rei não foram felizes. Antonietta, a Branca, foi feliz
em seu casamento durante dois anos, e a alegria estava completa quando de sua
gravidez. Mas a felicidade de Antonietta se converteu em lágrimas ácidas nos olhos e
cinzas na boca de Dávila quando, a condessa morreu ao dar à luz seus dois únicos filhos,
a quem o então Conde Vimaranes chamou Baldr e Freyja. Um menino forte e robusto
draconiano e uma bela e delicada menina humana.
Porem seu maior segredo estava a beira de ser descoberto. Tendo se tornado
conde, Santiago Dávila se viu obrigado a preservar o legado de sua falecida esposa, e se
descobriu apaixonado por seus filhos. Assim ele pediu ajuda a um grande mago
chamado Ferumbras para esconder a verdadeira aparência de seu herdeiro e assim o foi
feito, então, o Lobo do Norte tornou-se Conde Vimaranes, o mais mal visto e rejeitado
dos nobres lusitanos. Não obstante, criou seus filhos em liberdade e com sabedoria:
Baldr, o Jovem Lobo, e Freyja, a Branquinha, era como os plebeus os chamavam.
Conforme as crianças cresciam, porém, por mais que amasse aos dois filhos de todo o
coração, o Conde não conseguia ocultar sua preferência pelo menino.
Quando os gêmeos já tinham por volta dos oito anos, por fim, o velho Lorde
Charles retornou de seu exílio, e foi novamente benvindo pelo Conde Vimaranes, que o
fez seu chanceler e conselheiro. O condado estava em paz, embora os ânimos dos
homens no Reino estivessem cada vez mais aflorados, e notícias e contos veros e falsos
vinham de todos os lados. Apesar disso, o novo chanceler estranhou a maneira como
Vimaranes estava mudada, com seu novo e austero, porém querido senhor, em vez da
frágil e doce Antonietta. Lorde Charles não deixou de notar a educação peculiar que
Conde Vimaranes dava a seus filhos, tendo sido o jovem Baldr treinado desde cedo nas
artes da pesada espada europeia, o machado bárbaro e arcos de caça e composto, armas
que o conde adquiria com facilidade dos viajantes que passavam sempre mais por ali; à
pequena Freyja, por outro lado, era permitido apenas o uso de arcos e espadas delgadas.
Além disso, as crianças estudavam muito, e sempre com um pai, nunca com um
tutor ou padre. Na verdade, a Santíssima Madre era quase inexistente nos limites de
Vimaranes, embora não de fato proibida. O conteúdo das prolongadas aulas do Conde,
portanto, eram um mistério para Lorde Charles, que, nas horas que passava com as
crianças, procurava ensinar-lhes um pouco de italiano e da tradição católica. Uma coisa
que ele percebeu, porém, era que a menina buscava compensar nos estudos seculares a
competência bélica que seu irmão demonstrava, mas, por mais que ela se esforçasse, o
Conde parecia reconhecer sempre mais ao menino, e isso a deixava magoada.
Notando isso, o chanceler permitiu que a jovem Freyja se aproximasse dele, e
mesmo acreditando que o Conde fazia o melhor por seus filhos, passou a tentar dedicar
à criança a atenção da qual ela pensava carecer do pai.
E os anos se passaram, e a jovem Freyja cresceu com um ressentimento
silencioso do irmão. E o jovem Baldr cresceu forte e competente, e quando passou a
treinar com os soldados e cavaleiros, todos estranhavam seu estranho estilo de combate
(“Ele luta sem honra”, diziam pelas suas costas, “Não é um cavaleiro”; mas o que não
sabiam era que ele não o era, mesmo); e quando passou a viajar pelos feudos vizinhos,
foi hostilizado e constantemente desafiado (embora sempre vencesse), e duas ou três
vezes matou seus inimigos, o que aumentava as tensões com os vizinhos (“Foi uma
morte limpa”, diziam os justos; “Mas ele é um demônio nortenho”, diziam os
supersticiosos), e o chamavam de “Jovem Lobo”, além de “Pária de Vimaranes”, e
também “Nascido Exilado”.
E uma sombra sinistra pareceu se espalhar a cada dia mais pelo semblante do
Conde; e o dia veio em que ele, embora ainda não velho, se tornou fraco e amofinado. O
condado passou oficialmente para as mãos dos jovens senhores, mas Baldr, que não
tinha grandes competências políticas, pediu à irmã que assumisse a responsabilidade, o
que ela fez com prazer, apegando-se ao chanceler como seu conselheiro, como sua mãe
fizera em anos passados.

Foi numa noite densa e sinistra, porém, pouco depois que a palavra chegou que
um navegador descobrira um lugar chamado Novo Mundo, que o Infante Dom Henrique
enviou mensageiros com ordens oficiais para que Vimaranes enviasse representantes
para a Marinha Real (já que, por ser um condado de Terra, não se tinha tradição), e o
Conde estava magro e fraco, com os olhos vítreos, na cama, sussurrando palavras
ininteligíveis, que Baldr foi aos seus aposentos a pedido das camareiras.
Depois de discursar longamente sem articulação, seu pai fez silêncio durante um
longo minuto. Então, perguntou onde estava sua irmã.
– Ela está ocupada, pai – Baldr lhe explicou –, e não pôde vir.
– Preciso de ambos aqui – Santiago Dávila implorou. Abalado, Baldr segurou-
lhe a mão. Era um rapaz taciturno e poucas coisas lhe podiam mover às lágrimas, de
modo que por mais que o sofrimento do pai lhe cortasse o coração, se prostrava sério e
firme. As barbas e cabelos da cor vermelha , como os do pai, e os olhos azuis muito
claros, como os da mãe.
– Sinto muito, meu pai. Ela disse expressamente que não viria. Eu tentei insistir,
mas…
Ele se deteve. O pai fez um sinal com a mão que o impediu de prosseguir. Então,
depois de outro silêncio, disse, com a voz muito fraca:
– Meu filho… abra o meu guarda-roupa. Tem um fundo falso.
Um pouco confuso, Baldr obedeceu. Atrás do fundo falso, descobriu uma espada
larga, robusta e, apesar de velha, brilhantemente trabalhada, desde o punho dourado até
a lâmina bem preservada. Ficou atônito, pois não era uma arma comum naquelas terras
e, embora já tivesse treinado com semelhantes, aquela superava todas as que já vira em
qualidade e estética. Cuidadosamente, removeu-a do encosto no qual repousava, e sentiu
que ela se encaixava perfeitamente em sua mão. Embora tivesse sido treinado no
combate com machado tanto quanto com espadas, as segundas eram suas favoritas.
– O que é isto, pai? – perguntou, quase num sussurro. – É linda…
– O nome dela é Lágrima do Céu – o velho moribundo respondeu. – É sua.
– Minha?! – o rapaz não soube esconder a surpresa.
– Bem… eu não mais a poderei empunhar. – O velho (pois soava como um
velho) tinha um tom fúnebre. – Mas já usei-a muito, no passado. E meu pai, antes de
mim…
– Então é um tesouro da nossa família! Por que me está entregando ela desse
jeito?
O Conde o encarou com os olhos de gelo.
– Filho – chamou –… como é o meu nome?
Baldr hesitou, surpreso.
– Santiago Dávila, meu pai. O Conde Vimaranes.
O Conde balançou a cabeça negativamente.
– Não, meu filho. Meu nome é Hrolf. Eu vim de longe daqui, de uma terra onde
o frio não existe e o Sol nunca brilha como aqui pois as nuvens de poeira vulcânica o
encobre quase totalmente . As noites são mais negras, embora as estrelas brilhem mais.
Impressionado, Baldr umedeceu os lábios.
– Mas se as estrelas brilham mais… como pode ser mais negra?
Hrolf assumiu um tom grave.
– Existem coisas mais negras neste mundo do que o manto da noite, meu filho.
Essas palavras eriçaram todos os pelos do corpo de Baldr. Sentiu o calafrio
percorrer a espinha.
– Sim – o pai prosseguiu. – Você sabe do que estou falando. Eu lhe contei. E à
sua irmã.
– Não – ele negou. – Lorde Charles disse que não são reais.
– São. – O velho o encarava cheio de vontade. Os olhos penetrantes.
– Não…
– São, filho.
Baldr se calou. E Hrolf falou:
– Diga.
– Não.
– Diga!
A exclamação reverberou pelo quarto solitário. Lentamente, as palavras
deslizaram para fora da garganta de Baldr.
– Demônios…
Hrolf anuiu com leveza, incitando-o a continuar. Baldr prosseguiu:
–… filhos da noite…
Hrolf apenas aguardou pelo último.
–… e Dragões.
Após um grave silêncio de aceitação, Hrolf retomou seu discurso:
– Eu nunca sonhei em chegar ao status social que adquiri, meu filho. Meu
objetivo, quando passei por aqui, era chegar ao Novo Mundo.
– Mas o Novo Mundo acaba de ser descoberto. Como o senhor poderia saber…?
– Os deuses nos disseram, filho – ele explicou. E eles estão indo para lá… todos
eles… vão infestar o Novo Mundo. E isso era o que eu não podia permitir. Mas eu
relaxei.
Baldr engoliu em seco.
– E o senhor partiu sozinho? Seu clã permitiu que viesse só? Lhe deixou toda
essa responsabilidade?! – A ideia de que as histórias que seu pai lhe contara fossem
verdade e, pior, que ele fosse o único responsável por combater aquelas coisas terríveis,
lhe assombrava até os ossos.
– Não, filho… – ele respondeu rapidamente. – Não sou o único. Sou apenas o
único do meu clã a procurar o Oeste.
– E por que veio só?!
Então, pela primeira vez, o velho esboçou um sorriso. A revolta no corpo de
Baldr esfriou.
– Porque eu sabia que não ficaria sozinho, filho. – Havia ternura em seus olhos.
– Um Lord do fogo nunca está só.
Baldr hesitou.
– Então é isso que eu sou? Não sou um cavaleiro, é o que dizem.
– Não – confirmou Hrolf. – Você é um Lord. Você é um Caçador nato.
– Nascido Exilado – ele abaixou os olhos. – E Freyja?!
– Freyja é… sua mãe.
Baldr franziu a testa.
– Como assim? – Falar na mãe deles era quase um tabu, em Vimaranes, embora
o povo a tivesse como um tipo de deusa.
– Desde cedo eu soube. Ela seria como a mãe, mas muito mais firme. Ela nasceu
para a aristocracia e a nobreza. Ela é inteligente e altiva. Você é forte e sábio, mas vocês
são diferentes. Em vocês, os Velhos Deuses viverão. Ela é Freyja, porque eu queria que
ela fosse sábia e justa com o poder que herdaria. Você é Baldr, porque eu queria que
você fosse bravo, e o criei para ser invencível… para que você chegasse aonde eu não
consegui.
– E onde é isso, pai?
– Além do mar.
Houve um silêncio sereno, e as emoções de Baldr estavam à flor da pele. Então,
Hrolf falou:
– Seja sincero, meu filho… você não está em casa, não é?
Então, pela primeira vez, as lágrimas transbordaram dos olhos do Jovem Lobo.
– Não, pai. – Ele confirmou. – Não estou.

Assim que o Conde Viramanes faleceu, o título de nobreza foi dado a Baldr, que
abriu mão dele em prol de sua irmã. Novamente, Viramanes tinha uma condessa e única
senhora. Baldr passou os anos seguintes viajando pelas terras vizinhas, planejando partir
para a Costa, mas voltava constantemente para casa, para ter com a irmã e o chanceler.
Quando o Infante mandou novamente buscar representantes para a Marinha Real em
Viramanes, Baldr se ofereceu, mas os nobres vizinhos se recusaram a navegar com ele,
chamando-o de Exilado, e o deixaram no castelo.
Apesar da recusa dos nobres, o povo de Viramanes gostava de seu jovem senhor,
e mais de uma vez houve levantes civis para que ele assumisse o condado, mas se
recusava, deixando a responsabilidade para Freyja. Mas a Condessa Branquinha estava
cada vez mais impaciente com isso.
Quando Baldr por fim resolveu partir de Viramanes, pois não podia permanecer,
e buscar outro modo de chegar ao Novo Mundo, já que a Marinha Real não o aceitaria,
Lorde Charles organizou para ele uma viagem para um reino distante com uma carta de
recomendação a algum alto lorde conhecido seu, que o ajudaria.
Assim que Baldr partiu, carregando apenas uma armadura simples, roupas de
couro, suprimentos para viagem, um arco composto e a Lágrima do Céu, Freyja
imediatamente decretou que o Jovem Lobo estava banido de Viramanes, e todas as
pessoas que foram contra ela foram obrigadas a partir para o serviço da Marinha Real.
Os cavaleiros não ousavam desafiá-la, e todos tinham medo de sua mão de ferro, e até
mesmo Lorde Charles se tornou receoso ao tratar com ela. Não obstante, Viramanes
cresceu em força e se tornou um dos principais representantes da Marinha Real, sendo
Freyja uma das senhoras favoritas tanto do Rei João I quanto do Infante Dom Henrique,
e a infâmia de Baldr, Nascido Exilado, apenas cresceu por todo o Reino. Ela não era
doce como Antonietta, a Branca, e foi assim que passou a ser chamada Freyja, a
Condessa de Gelo.
Após seu exílio, Baldr, percorreu sua viagem ate um reino onde fôra impactado
pela religião do lugar e chegado ao seu destino se viu frente a um templo adornado com
figuras draconicas alem de pedras preciosas nas quais pareciam que nunca tinham sido
tocadas por ninguém. Não lhe restando nada além de curiosidade o jovem lobo entrou e
procurou pelo tal lorde a quem ele poderia pedir ajuda.
Ao encontrar o Lord, Baldr teve uma enorme surpresa ao se ver diante de uma
criatura que na verdade não era humana, e sim um grande lagarto de 2,50 m bem
encorpado e que lhe recebeu muito bem mediante a carta que o mesmo carregava de
terras tão distantes, Após se conhecerem melhor o tal Lord Sodexho lhe ofereceu um
lar em troca de treinamento e serviços.
Não tendo outra opção o jovem se afiliou e treinou por anos para se tornar um
paladino de Tiamat, durante sua iniciação como paladino, algo incrível lhe aconteceu.
Tiamat lhe concedeu uma transfiguração e o tornou draconiano como seus irmãos de
irmandade. Com o passar do tempo em que serviu a ordem de Tiamat seu nome Baldr
foi sendo esquecido e substituido por Garruk para sua própria segurança e desapego
com seu passado.

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