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LEI N. 8.

429/1992 EM EXERCÍCIOS – FCC


Lei n. 8.429/1992
Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online

LEI N. 8.429/1992

1. (FCC/TRT/20ª REGIÃO (SE)/TÉCNICO JUDICIÁRIO – TECNOLOGIA DA IN-


FORMAÇÃO/2016) A Lei de Improbidade Administrativa (Lei n. 8.429/1992)
insere, em determinada modalidade de ato ímprobo, a conduta de ordenar ou
permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento. A
propósito da modalidade de ato ímprobo em questão e para que reste confi-
gurado o mencionado ato de improbidade, faz-se necessário, dentre outros
requisitos:
a. o beneficiamento indevido de terceiros.
b. a conduta obrigatoriamente dolosa.
c. a ocorrência de enriquecimento ilícito.
d. o prejuízo ao erário.
e. a conduta obrigatoriamente culposa.

Comentário
Os atos de improbidade são: graves, médios e leves.
Os atos graves importam em enriquecimento ilícito. (Art. 9º, Lei n. 8.429/1992)
Os atos médios causam prejuízo ao erário. (Art. 10, Lei n. 8.429/1992)
Os atos leves violam os princípios da administração. (Art. 11, Lei n. 8.429/1992)

Dos Atos de Improbidade Administrativa Decorrentes de Concessão ou


Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário

Art. 10-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão


para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que
dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar n. 116, de 31 de julho
de 2003.
PUNIÇÃO: suspensão dos direitos políticos de 5 (cinco) a 8 (oito) anos e multa civil
de até 3 (três) vezes o valor do benefício financeiro ou tributário concedido.
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2. (FCC/TRT – 20ª REGIÃO (SE)/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATI-


VA/2016) Considere a seguinte situação hipotética: Emílio é Desembargador
do Estado de Sergipe e foi processado por improbidade administrativa. Em
síntese, o Ministério Público sustenta na petição inicial da ação que Emílio
adquiriu ao longo de sua carreira bens cujos valores são desproporcionais à
sua renda. Nos termos da Lei n° 8.429/1992, dentre outros requisitos legais,
para que este seja caracterizado ato ímprobo, é necessária:
a. lesão ao erário.
b. conduta obrigatoriamente dolosa.
c. conduta culposa.
d. lesão ao erário e enriquecimento ilícito, cumulativamente.
e. conduta obrigatoriamente omissiva.

Comentário
Os atos graves importam em enriquecimento ilícito. (Art. 9º)
Os atos médios causam prejuízo ao erário. (Art. 10)
Os atos leves violam os princípios da administração. (Art. 11)
Os atos graves importam dolo.
Os atos médios importam dolo ou culpa.
Os atos leves importam dolo.

3. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA – PI/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/


ANALISTA DE ORÇAMENTO E FINANÇAS PÚBLICAS/2016) José é ser-
vidor público federal e trabalha como assistente jurídico na Presidência da
República. Em determinado dia, José decide revelar a um colega, jornalis-
ta, antes da divulgação oficial, medida econômica que afetará significativa-
mente o valor de alguns alimentos, dentre eles, o arroz e o feijão. Em razão
do ocorrido, José foi processado e condenado por improbidade administra-
tiva, haja vista a comprovação de sua conduta dolosa. Nos termos da Lei n.
8.429/1992, acerca das sanções, José está sujeito:
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a. à proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo de quatro anos.


b. ao pagamento de multa civil de até duzentas vezes o valor da remunera-
ção percebida por José.
c. à suspensão dos direitos políticos por cinco anos.
d. à suspensão dos direitos políticos por dois anos.
e. à proibição de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta
ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja
sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos.

Comentário
Os atos leves violam os princípios da administração. (Art. 11)
O ato leve pode gerar as seguintes sanções: suspensão dos direitos políticos,
multa civil ou proibição de contratar ou receber benefícios.
A suspensão é de 3 a 5 anos.
A multa é de até 100 vezes a remuneração do agente.
A proibição de contratar ou receber benefícios é por 3 anos.

4. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA – PI/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR –


ANALISTA ADMINISTRATIVO/2016) Maria é funcionária de um Tribunal de
Contas e emite certidões sobre registros de aposentadorias. Trabalhando
sozinha no setor, devido à redução do número de servidores, viu o serviço
acumular, gerando demora na confecção e entrega dos documentos aos re-
querentes. Entendeu, assim, por passar a cobrar quantia em dinheiro dos
interessados para dar prioridade aos pedidos de emissão de certidões. A
conduta da servidora:
a. tipifica ato de improbidade, caso não seja punível como infração disciplinar
mais grave, passível de demissão.
b. pode ser considerada dolosa e como tal, tipificada como ato de improbida-
de na modalidade que gera enriquecimento ilícito.
c. é indubitavelmente dolosa, pendente a demonstração de prejuízo ao erário
para configuração de ato de improbidade.
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d. independe da comprovação de dolo ou prejuízo ao erário para configura-


ção de ato de improbidade.
e. é punível como ato de improbidade, cumulável com infração disciplinar,
prescindindo, em ambos os casos, da demonstração de dolo para configu-
ração.

Comentário
Os atos graves importam em enriquecimento ilícito. (Art. 9º)
Os atos médios causam prejuízo ao erário. (Art. 10)
Os atos leves violam os princípios da administração. (Art. 11)
Os atos graves importam dolo.
Os atos médios importam dolo ou culpa.
Os atos leves importam dolo.

5. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA – PI/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR –


ANALISTA EM GESTÃO PÚBLICA/2016) Manuel, Diretor de uma autarquia
municipal, recebeu vultosa quantia pecuniária para facilitar o fornecimento
de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado. Em razão
do ocorrido, o Ministério Público Estadual ingressou com ação de improbi-
dade administrativa contra o citado agente público. Nos termos da Lei n.
8.429/1992, o ato de improbidade administrativa em questão:
a. tem, como uma de suas sanções, a suspensão dos direitos políticos de
oito a dez anos.
b. não comporta a medida de indisponibilidade de bens.
c. não exige a presença do elemento subjetivo dolo para sua configuração. d)
tem, como uma de suas sanções, o pagamento de multa civil de até cinco
vezes o valor do acréscimo patrimonial.
d. não transfere qualquer sanção ao sucessor, na hipótese de falecimento do
agente público.
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Comentário
Os atos graves importam em enriquecimento ilícito. (Art. 9º)
O ato grave pode gerar as seguintes sanções: suspensão dos direitos políticos,
multa civil ou proibição de contratar ou receber benefícios.
A suspensão é de 8 a 10 anos.
A multa é de até 3 vezes o valor do enriquecimento ilícito.
A proibição de contratar ou receber benefícios é por 12 anos.

6. (FCC/ELETROBRAS-ELETROSUL/DIREITO/2016) Josefina, servidora pú-


blica estadual, representou à autoridade administrativa competente acusan-
do Bento, Diretor de autarquia, da prática de ato de improbidade adminis-
trativa, pleiteando, assim, que fosse instaurada a respectiva investigação.
Ocorre que Josefina sabia da inocência de Bento, tendo formulado a citada
representação por vingança, razão pela qual foi regularmente processada e
condenada criminalmente à detenção de doze meses e multa. A propósito
dos fatos e, nos termos da Lei n. 8.429/1992, é correto afirmar que:
a. a pena de detenção não está correta, pois fixada em prazo equivocado; do
mesmo modo, incorreta a multa, que é incabível na hipótese narrada.
b. Josefina não deveria ter sido condenada por crime, mas sim, por improbi-
dade administrativa.
c. a pena de detenção está incorreta, pois não pode superar dez meses.
d. a pena de detenção está correta; no entanto, a multa é incabível na hipó-
tese narrada.
e. não cabe pena de detenção na hipótese narrada, mas sim, reclusão e mul-
ta.

Comentário
Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente
público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.
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Pena: detenção de seis a dez meses e multa.


Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o
denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.

7. (FCC/PREFEITURA DE CAMPINAS – SP/PROCURADOR/2016) Nas pala-


vras de MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO “...também é possível falar
em legalidade em sentido amplo, para abranger não só a obediência à lei,
mas também a observância dos princípios e valores que estão na base do
ordenamento jurídico” (Direito administrativo, São Paulo: Atlas, 28ª edição,
p. 971), tanto que a legislação vigente tipifica “...qualquer ação ou omissão
que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade
às instituições” como:
a. ato de improbidade, salvo se houver apenamento específico na esfera ad-
ministrativa para as mesmas condutas e seu agente for servidor público,
pois o vínculo funcional prefere à responsabilização na esfera civil.
b. ato de improbidade que atenta contra os princípios da Administração pú-
blica, além do rol constante da respectiva lei, cabendo a demonstração de
dolo para configuração da conduta.
c. ato de improbidade, em qualquer de suas modalidades, exigida a demons-
tração de dolo em todas as condutas, prescindindo, no entanto, da de-
monstração de prejuízo ao erário.
d. ato de improbidade, desde que cause prejuízo ao erário, tendo em vista
que não se trata de conduta específica, mas sim de tipo aberto.
e. ato de improbidade, desde que aliado àquelas condutas haja o enriqueci-
mento ilícito por parte de seu agente, o que prescinde da configuração de
dolo.

Comentário
Os atos leves violam os princípios da administração. (Art. 11)
Os atos leves importam dolo, independem de enriquecimento ilícito ou de
prejuízo ao erário.
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8. (FCC/TRT – 1ª REGIÃO (RJ)/JUIZ DO TRABALHO SUBSTITUTO/2016)


Em relação aos atos de improbidade administrativa praticados por agentes
públicos ou terceiros, bem como os deveres daqueles, na forma da Lei n°
8.429/1992, é correto afirmar:
a. Ressalvados os objetos e utensílios de uso doméstico, anualmente, o
agente público deve apresentar declaração dos bens e valores que com-
põem seu patrimônio, de cônjuge ou companheiro, de ascendentes e des-
cendentes em 1°grau e de outras pessoas que vivam sob a dependência
econômica do agente.
b. Os sucessores do agente público que causar lesão dolosa ao erário da
União serão sempre responsáveis pelo ressarcimento integral do prejuízo
causado.
c. Considera-se ato de improbidade administrativa aquele praticado pelo
agente público que, por qualquer forma, incorpora indevidamente ao seu
patrimônio bens pertencentes à Fundação Pública.
d. Presume-se a prática de ato de improbidade administrativa o agente públi-
co que, até 180 dias após o término do exercício de mandato, cargo, em-
prego ou função pública, adquire, para si ou para outrem, bens de qualquer
natureza que seja desproporcional à evolução de seu patrimônio ou renda.

Comentário
a. O agente público deve apresentar a declaração dos bens na posse e no
exercício, e esta deve ser renovada anualmente, bem como quando da saída
do servidor. A declaração é só para o servidor e, em casos específicos, para o
cônjuge.
b. Os sucessores respondem pelo ressarcimento até o valor da herança
recebida.
c. Ato grave. (Art. 9º)
d. A lei não determina dias.
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GABARITO

1. d
2. b
3. c
4. b
5. a
6. c
7. b
8. c

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Ivan Lucas.
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