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Governo Temer: dois anos de ataques aos direitos

Na última semana o governo Temer completou dois anos de ataques à democracia, à


soberania e aos direitos sociais. Sua agenda de retrocessos tem como alvos imediatos os
direitos trabalhistas e previdenciários, o patrimônio nacional, a legislação ambiental e a
capacidade de atuação do Estado, cuja soma coloca em questão os direitos da pessoa
humana, característica típica de projetos autoritários.
Não causa estranheza, portanto, que o governo Temer lidere uma agenda ultraliberal que
busca assegurar um novo ciclo de exploração desenfreada do povo brasileiro e de seus
recursos naturais estratégicos, subordinando o país aos ditames do capital internacional,
especialmente o financeiro.
No plano econômico, essa agenda aprofundou de forma dramática a recessão, a
desigualdade e a miséria. A estagnação do PIB no primeiro trimestre demonstra que os
cortes de investimentos só fizeram ampliar a crise econômica. O aumento do
desemprego e as ameaças de uma crise cambial tornam o futuro ainda mais incerto. A
explosão no preço dos combustíveis – nada menos que onze reajustes em apenas
dezesseis dias – mostra os efeitos do ciclo de entrega do patrimônio público,
particularmente visível no caso das refinarias da Petrobrás.
Por tudo isso, o governo Temer tem sofrido o rechaço da imensa maioria do povo
brasileiro e só se sustentou, até aqui, graças a uma base fisiológica na Câmara dos
Deputados, que arquivou duas denúncias de corrupção contra ele.
Nos últimos meses, porém, os setores democráticos conquistaram importantes vitórias.
A derrota da proposta de reforma da previdência de Temer e, mais recentemente, a
impossibilidade de privatização da Eletrobrás, mostra que a frente democrática formada
pelos partidos de oposição tem cumprido importante papel no parlamento. A atual luta
contra o “PL do Veneno”, que flexibiliza as regras para certificação de agrotóxicos, é
mais um capítulo da luta da democracia contra a barbárie, que une diferentes partidos,
movimentos e lideranças em nosso país.
A Frente Nacional pela Democracia, Soberania e Direitos, composta pelos partidos
abaixo representados e reunida neste dia 23 de maio , reafirma seu compromisso
indeclinável com a defesa de um Brasil justo e soberano, ao tempo em que denuncia o
aprofundamento da crise econômica e social, responsabilidade exclusiva do governo
Temer e dos partidos que sustentam sua agenda antipopular e antinacional.
Carlos Lupi
Partido Democrático Trabalhista

Carlos Siqueira
Partido Socialista Brasileiro

Edmilson Costa
Partido Comunista Brasileiro

Gleisi Hofmann
Partido dos Trabalhadores

Juliano Medeiros
Partido Socialismo e Liberdade

Luciana Santos
Partido Comunista do Brasil

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