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Teórica 25/09/2013

Siphonaptera (pulgas)
São organismos holometábolos (tem a metamorfose completa. O ovo eclode
uma larva, que é bastante diferente do adulto. A larva passa para outro estágio
denominado pupa, onde ocorre à metamorfose, e ela se transforma em adulto).
Podem parasitar diversas espécies de mamíferos diferentes, possuem a metapata
desenvolvida para o salto e corpo coberto de cerdas achatado latero-lateralmente.

Ovo  larva  pupa  Adulto


 Ovo: são depositados sobre o hospedeiro, no seu ninho ou no chão.
 Larvas: sem patas e cegas, se alimentam de matéria orgânica, não tem
capacidade de sugar sangue. Possui cerdas que tem sensibilidade
(para calor e umidade, por exemplo).
 Pupas: casulo vai dar origem à forma adulta
 Adulto: são hematófagas, são capazes de não se alimentar por meses.

 Tipos de associação:
 Presença e alimentação permanentes (Tunga penetrans)
 Presença permanente e alimentação intermitente (Ctenocephalides)
 Temporários ou intermitentes: sobe no corpo do animal para se
alimentar e sai (Pulex irritans)

 Ciclo de vida:
 25 a 30 dias (tempo que a pulga leva para gerar descendentes)
 Melhor lugar para a postura (pano: fibras entremeadas garantem
aderência dos ovos e o deposito de substrato para as larvas).
 Solo arenoso favorece o desenvolvimento de pulgas
 Para cada postura a fêmea libera 20 ovos, e 400 a 500 ovos ao longo
da vida.
 Eclosão: após 2 a 16 dias dependendo do ambiente

As larvas são detritívoras, principalmente encontradas em pisos com fendas


ou tecidos (Ex: sofá, tapetes, taco etc.).
O controle de pulgas às vezes é prejudicado pelas formas imaturas do
ambiente. Passa por 3 estágios L1 – L2 – L3
L3: passa a produzir uma secreção que adere as sujidades do ambiente,
formando um casulo agora chamada pupa que serve também para a camuflagem
A larva se alimenta, estoca energia e durante o processo de pupação muda
as estruturas do corpo.
A pulga que sai da pupa se não encontrar um hospedeiro, resiste até 2 anos
sem se alimentar. Após a alimentação resistem 6 meses no ambiente sem se
alimentar.
Para cada pulga no animal, existem 95% da sua população no ambiente (por
isso o controle é feito no animal e no ambiente).
Controle: limpeza do ambiente (não há tratamento para o ambiente), não se
usa medicamentos para o ambiente. Crime ambiental
 Patogênese:

Animais velhos ou com doenças crônicas, apresentam comportamento senil,


adquirem mais pulgas, pois ficam mais tempo prostrado, os animais ativos não
sofrem isso. Reação depende da sensibilidade (hipersensibilidade I geralmente)
Animais sensibilizados: prurido, dermatite, infecções secundarias.
Animais não sensibilizados: leve prurido.
Gatos: dermatite mamilar
Cães: dermatite alérgica por picada de pulga e formação de otoedema

 Transmissão de doenças
 Yersinia pestis (peste bubônica): Xenopsylla cheopis. No Brasil existem
focos de Yersinia. Ela fica geralmente no esôfago da pulga fazendo um
bloqueio parcial (por edema) passa a se alimentar mais prolongamente
e em vários hospedeiros, pois nunca estará satisfeita, no
regurgitamento a Yersinia entra em uma solução e chega ao sangue e
atinge o sistema respiratório formando bubões sendo facilmente
transmissível.
 Profilaxia: controle da população de ratos
 Salmonelose
 Tifo exantemático murinho (Rickettsia) fezes da pulga do rato
 Tularemia (Francisella tularensis) transmissão mecânica
 Mixomatose: transmitidos por peças bucais contaminadas. C. felis, C.
canis, P. irritans, são hospedeiros intermediários de Dipillidium
caninum.
 C. canis e C. felis, são hospedeiros intermediários do dipetalonema
reconditum (são filarias), fazem ciclo errátil e caem na cavidade
abdominal. O assintomático (achados) aparece em bolsão da
alimentação.
 Tungidae: tunga penetrans, Bicho do pé, “pulga da areia”, bicho de
porco. É a menor das pulgas (adulto tem 1 mm), não possui ctenídios.
Dependem de solo arenoso, quente e seco abundante em chiqueiros
de porcos. Fêmea penetra no corpo do hospedeiro, deixando a
extremidade a posterior para respirar. Os ovos são lançados no
ambiente de cima dos pês, por isso a parte de preferencia. O cão é o
segundo hospedeiro preferencial

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