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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E


TECNOLOGIA DE GOIÁS CÂMPUS GOIÂNIA
BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL – 7º PERÍODO
DISCIPLINA: CONFORTO, HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO

PERICULOSIDADE

ACADÊMICOS: LAYO JÚNIOR DE S. SILVA


MATHEUS FELIPE A. DE S. E SILVA
TATIELLY CAMPOS MIRANDA
VITOR PEREIRA SILVA
WILLIAM SILVA MARTINS

CURSO: BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL


PERÍODO: 7º PERÍODO
PROFESSOR: HUMBERTO RODRIGUES MARIANO

GOIÂNIA 2018
SUMÁRIO
1 Introdução ..................................................................................................... 3

2 Anexo 1 – Atividades e Operações Perigosas com Explosivos ................ 4

2.1 Fabricação de explosivos ........................................................................ 5

2.2 Armazenamento de explosivos ............................................................... 6

2.3 Transporte de explosivos ........................................................................ 6

2.4 Áreas de Risco ........................................................................................ 7

3 Anexo 2 - Atividades e Operações Perigosas com Inflamáveis .............. 11

4 Anexo (*) - Atividades e Operações Perigosas com Radiações Ionizantes


ou Substâncias Radioativas ......................................................................................... 19

5 Anexo 3 - Atividades e Operações Perigosas com Exposição a Roubo ou


Outras Espécies De Violência Física ........................................................................... 25

6 Anexo 4 - Atividades e Operações Perigosas com Energia Elétrica ...... 27

7 Anexo 5 - Atividades perigosas em motocicleta ....................................... 32


1 Introdução
A Norma Regulamentadora 16, do Ministério do Trabalho, trata das
atividades e operações perigosas e os critérios técnicos e legais para avaliar e caracterizar
uma atividade como perigosa para o trabalhador, além de definir o adicional de
periculosidade.

Os artigos 193 a 197 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)


assegura a existência jurídica da NR 16. Eles tratam exclusivamente de dois agentes de
periculosidade: inflamáveis e explosivos. Mas a aplicação da CLT atende aos critérios
técnicos da NR 16.

São atividades e operações periculosas toda atividade que, por natureza ou


método de trabalho, impliquem em risco ou ameaça de perigo à integridade do
trabalhador, ou seja, que impliquem em risco de morte. Segundo a NR 16, essas atividades
são as que estão relacionadas às operações de trabalho com: inflamáveis, explosivos,
radiações ionizantes, violência física e energia elétrica de risco acentuado.

É facultativo às empresas e aos sindicatos de categoria de profissional


interessados, requererem junto ao ministério do trabalho através das delegacias regionais
do trabalho, a realização de perícias em estabelecimentos ou setores destas empresas, com
a finalidade de caracterizar, classificar e determinar a atividade perigosa. Esta avaliação
(vistoria, análise, caracterização, classificação e determinação da atividade perigosa),
segundo as Normas do ministério do trabalho, é de responsabilidade do Engenheiro ou
médico do trabalho, devidamente registrado no ministério do trabalho e não prejudica a
ação fiscalizadora do ministério do trabalho nem a realização ex-ofício da perícia.

Segundo a NR 16, o exercício de trabalho em condições de periculosidade


assegura ao trabalhador a recepção de adicional de 30%, incidente sobre o salário, sem os
acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa.
E pode ser suspenso assim que for detectada a cessação da atividade perigosa.
2 Anexo 1 – Atividades e Operações Perigosas com Explosivos
Para fins desta Norma, considera-se explosivo material ou substância que, quando
iniciada, sofre decomposição muito rápida em produtos mais estáveis, com grande
liberação de calor e desenvolvimento súbito de pressão.

As atividades de fabricação, utilização, importação, exportação, tráfego e


comércio de explosivos devem obedecer ao disposto na legislação específica, em especial
ao Regulamento para Fiscalização de Produtos Controlados (R-105) do Exército
Brasileiro, aprovado pelo Decreto nº 3.665, de 20 de novembro de 2000.

É proibida a fabricação de explosivos no perímetro urbano das cidades, vilas ou


povoados.

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA das empresas que


fabricam ou utilizam explosivos deve contemplar, além do disposto na NR-9, a avaliação
dos riscos de incêndio e explosão e a implementação das respectivas medidas de controle.

São consideradas atividades ou operações perigosas com explosivos as


enumeradas no Quadro n° 1, seguinte:

QUADRO 1:

ATIVIDADES ADICIONAL DE 30%

a) No armazenamento de Todos os trabalhadores nessa atividade ou que


explosivos permaneçam na área de risco.
b) No transporte de explosivos Todos os trabalhadores nessa atividade
c) Na operação de escorva dos Todos os trabalhadores nessa atividade
cartuchos de explosivos
d) Na operação de Todos os trabalhadores nessa atividade
carregamento de explosivos
e) Na detonação Todos os trabalhadores nessa atividade
f) Na verificação de Todos os trabalhadores nessa atividade
detonações falhadas
g) Na queima e destruição de Todos os trabalhadores nessa atividade
explosivos deteriorados
h) Nas operações de manuseio Todos os trabalhadores nessa atividade
de explosivos
O trabalhador, cuja atividade esteja enquadrada nas hipóteses acima
discriminadas, faz jus ao adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário, sem os
acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa,
sendo-lhe ressalvado o direito de opção por adicional de Insalubridade eventualmente
devido.

2.1 Fabricação de explosivos


A fabricação de explosivos somente é permitida às empresas portadoras de Título
de Registro - TR emitido pelo Exército Brasileiro.

O terreno em que se achar instalado o conjunto de edificações das empresas de


fabricação de explosivos deve ser provido de cerca adequada e de separação entre os
locais de fabricação, armazenagem e administração.

As atividades em que explosivos sejam depositados em invólucros, tal como


encartuchamento, devem ser efetuadas em locais isolados, não podendo ter em seu
interior mais de quatro trabalhadores ao mesmo tempo.

Os locais de fabricação de explosivos devem ser:

a) mantidos em perfeito estado de conservação;

b) adequadamente arejados;

c) construídos com paredes e tetos de material incombustível e pisos antiestáticos;

d) dotados de equipamentos devidamente aterrados e, se necessárias, instalações


elétricas especiais de segurança;

e) providos de sistemas de combate a incêndios de manejo simples, rápido e


eficiente, dispondo de água em quantidade e com pressão suficiente aos fins a que se
destina;

f) livres de materiais combustíveis ou inflamáveis.

No manuseio de explosivos, é proibido:

a) utilizar ferramentas ou utensílios que possam gerar centelha ou calor por atrito;

b) fumar ou praticar atos suscetível de produzir fogo ou centelha;

c) usar calçados cravejados com pregos ou peças metálicas externas;


d) manter objetos que não tenham relação direta com a atividade.

Nos locais de manuseio de explosivos, matérias primas que ofereçam risco de


explosão devem permanecer nas quantidades mínimas possíveis, admitindo-se, Nº
máximo, material para o trabalho de quatro horas.

2.2 Armazenamento de explosivos


Os depósitos de explosivos devem obedecer aos seguintes requisitos:

a) Ser construídos de materiais incombustíveis, em terreno firme, seco, a salvo


de inundações;
b) Ser apropriadamente ventilados;
c) Manter ocupação máxima de sessenta por cento da área, respeitando-se a
altura máxima de empilhamento de dois metros entre o teto e o topo do
empilhamento;
d) Ser dotados de sinalização externa adequada
É proibida a armazenagem de:
a) Acessórios iniciadores com explosivos, inclusive pólvoras ou acessórios
explosivos em um mesmo depósito;
b) Pólvoras em um mesmo depósito com outros explosivos;
c) Fogos de artifício com pólvoras e outros explosivos em um mesmo depósito
ou no balcão de estabelecimentos comerciais;
d) Explosivos e acessórios em habitações, estábulos, silos, galpões, oficinas,
lojas ou outras edificações não destinadas a esse uso específico.

2.3 Transporte de explosivos


O transporte terrestre de explosivos deve seguir a legislação pertinente ao
transporte de produtos perigosos, em especial a emitida pelo Ministério dos Transportes;
o transporte por via marítima, fluvial ou lacustre, as normas do Comando da Marinha; o
transporte por via aérea, as normas do Comando da Aeronáutica.

Para o transporte de explosivos devem ser observadas as seguintes prescrições


gerais:

a) O material a ser transportado deve estar devidamente acondicionado em


embalagem regulamentar;
b) Os serviços de embarque e desembarque devem ser assistidos por um fiscal da
empresa transportadora, devidamente habilitado;
c) Todos os equipamentos empregados nos serviços de carga, transporte e
descarga devem ser rigorosamente verificados quanto às condições de
segurança;
d) Sinais de perigo, como bandeirolas vermelhas ou tabuletas de aviso, devem
ser afixados em lugares visíveis do veículo de transporte;
e) O material deve ser disposto e fixado no veículo de modo a facilitar a inspeção
e a segurança;
f) Munições, pólvoras, explosivos, acessórios iniciadores e artifícios
pirotécnicos devem ser transportados separadamente;
g) O material deve ser protegido contra a umidade e incidência direta dos raios
solares;
h) É proibido bater, arrastar, rolar ou jogar os recipientes de explosivos;
i) Antes de descarregar os materiais, o local previsto para armazená-los deve ser
examinado;
j) É proibida a utilização de luzes não protegidas, fósforos, isqueiros,
dispositivos e ferramentas capazes de produzir chama ou centelha nos locais
de embarque, desembarque e no transporte;
k) Salvo casos especiais, os serviços de carga e descarga de explosivos devem
ser feitos durante o dia e com tempo bom;
l) Quando houver necessidade de carregar ou descarregar explosivos durante a
noite, somente será ada iluminação com lanternas e holofotes elétricos.

2.4 Áreas de Risco

São consideradas áreas de risco:

a) Nos locais de armazenagem de pólvoras químicas, artifícios pirotécnicos e


produtos químicos usados na fabricação de misturas explosivas ou de fogos
de artifício, a área compreendida no Quadro n° 2:
QUADRO N.º 2

QUANTIDADE ARMAZENADA FAIXA DE TERRENO ATÉ A


EM QUILOS DISTÂNCIA MÁXIMA DE
até 4.500 45 metros
mais de 4.500 até 45.000 90 metros

mais de 45.000 até 90.000 110 metros

mais de 90.000 até 225.000* 180 metros

* Quantidade máxima permitida em um mesmo local.

b) Nos locais de armazenagem de explosivos iniciadores, a área compreendida


no Quadro nº 3:

QUADRO N.º 3

QUANTIDADE ARMAZENADA FAIXA DE TERRENO ATÉ A


EM QUILOS DISTÂNCIA MÁXIMA

até 20 75 metros
mais de 20 até 200 220 metros
mais de 200 até 900 300 metros
mais de 900 até 2.200 370 metros
mais de 2.200 até 4.500 460 metros
mais de 4.500 até 6.800 500 metros
mais de 6.800 até 9.000* 530 metros

* Quantidade máxima permitida em um mesmo local.

c) Nos locais de armazenagem de explosivos de ruptura e pólvoras mecânicas


(pólvora negra e pólvora chocolate ou parda), área de operação
compreendida no Quadro n° 4:
QUADRO N.º 4

QUANTIDADE EM QUILOS FAIXA DE TERRENO ATÉ A


DISTÂNCIA MÁXIMA DE
até 23 45 metros
mais de 23 até 45 75 metros
mais de 45 até 90 110 metros
mais de 90 até 135 160 metros
mais de 135 até 180 200 metros
mais de 180 até 225 220 metros
mais de 225 até 270 250 metros
mais de 270 até 300 265 metros
mais de 300 até 360 280 metros
mais de 360 até 400 300 metros
mais de 400 até 450 310 metros
mais de 450 até 680 345 metros
mais de 680 até 900 365 metros
mais de 900 até 1.300 405 metros
mais de 1.300 até 1.800 435 metros
mais de 1.800 até 2.200 460 metros
mais de 2.200 até 2.700 480 metros
mais de 2.700 até 3.100 490 metros
mais de 3.100 até 3.600 510 metros
mais de 3.600 até 4.000 520 metros
mais de 4.000 até 4.500 530 metros
mais de 4.500 até 6.800 570 metros
mais de 6.800 até 9.000 620 metros
mais de 9.000 até 11.300 660 metros
mais de 11.300 até 13.600 700 metros
mais de 13.600 até 18.100 780 metros
mais de 18.100 até 22.600 860 metros
mais de 22.600 até 34.000 1.000 metros
mais de 34.000 até 45.300 1.100 metros
mais de 45.300 até 68.000 1.150 metros
mais de 68.000 até 90.700 1.250 metros
mais de 90.700 até 113.300 1.350 metros

d) Quando se tratar de depósitos barricados ou entrincheirados, para o efeito da


delimitação de área de risco, as distâncias previstas no Quadro n° 4 podem ser reduzidas
à metade;

e) Será obrigatória a existência física de delimitação da área de risco, assim


entendido qualquer obstáculo que impeça o ingresso de pessoas não autorizadas.
3 Anexo 2 - Atividades e Operações Perigosas com Inflamáveis

2.1 São consideradas atividades ou operações perigosas, conferindo aos


trabalhadores que se dedicam a essas atividades ou operações, bem como aqueles
que operam na área de risco adicional de 30 (trinta) por cento, as realizadas:

ATIVIDADES ADICIONAL DE 30%


na produção,
na produção, transporte,
transporte, processamento e
a processamento e armazenamento de gás
armazenamento de gás
liquefeito.
liquefeito.
no transporte e armazenagem de
inflamáveis líquidos e gasosos liquefeitos e todos os trabalhadores
b
de vasilhames vazios não-desgaseificados ou da área de operação.
decantados.
todos os trabalhadores
nos postos de reabastecimento de
c nessas atividades ou que
aeronaves.
operam na área de risco.
nos locais de carregamento de
navios-tanques, vagões-tanques e todos os trabalhadores
d caminhões-tanques e enchimento de nessas atividades ou que
vasilhames, com inflamáveis líquidos ou operam na área de risco.
gasosos liquefeitos.
nos locais de descarga de navios-
tanques, vagões-tanques e caminhões- todos os trabalhadores
e tanques com inflamáveis líquidos ou gasosos nessas atividades ou que
liquefeitos ou de vasilhames vazios não- operam na área de risco.
desgaseificados ou decantados
nos serviços de operações e
manutenção de navios-tanque, vagões-
todos os trabalhadores
tanques, caminhões-tanques, bombas e
f nessas atividades ou que
vasilhames, com inflamáveis líquidos ou
operam na área de risco.
gasosos liquefeitos, ou vazios não-
desgaseificados ou decantados.
nas operações de desgaseificação, todos os trabalhadores
g decantação e reparos de vasilhames não- nessas atividades ou que
desgaseificados ou decantados. operam na área de risco.
todos os trabalhadores
nas operações de testes de aparelhos
h nessas atividades ou que
de consumo do gás e seus equipamentos.
operam na área de risco.
no transporte de inflamáveis líquidos
i motorista e ajudantes.
e gasosos liquefeitos em caminhão-tanque.
no transporte de vasilhames (em
caminhões de carga), contendo inflamável
líquido, em quantidade total igual ou
j motorista e ajudantes.
superior a 200 litros, quando não observado
o disposto nos subitens 4.1 e 4.2 deste
anexo.
no transporte de vasilhames (em
carreta ou caminhão de carga), contendo
l motorista e ajudantes.
inflamável gasosos e líquido, em quantidade
total igual ou superior a 135 quilos.
nas operação em postos de serviço e operador de bomba e
m bombas de abastecimento de inflamáveis trabalhadores que operam na
líquidos. área de risco.

2.2 Para os efeitos desta Norma Regulamentadora - NR entende-se como:

2.2.1. Serviços de operação e manutenção de embarcações, vagões-tanques,


caminhões-tanques, bombas e vasilhames de inflamáveis:

a) atividades de inspeção, calibração, medição, contagem de estoque e colheita de amostra


em tanques ou quaisquer vasilhames cheios;

b) serviços de vigilância, de arrumação de vasilhames vazios não-desgaseificados, de


bombas propulsoras em recinto fechados e de superintendência;

c) atividades de manutenção, reparos, lavagem, pintura de embarcações, tanques, viaturas


de abastecimento e de quaisquer vasilhames cheios de inflamáveis ou vazios, não
desgaseificados;

d) atividades de desgaseificação e lavagem de embarcações, tanques, viaturas, bombas de


abastecimento ou quaisquer vasilhames que tenham contido inflamáveis líquidos;

e) quaisquer outras atividades de manutenção ou operação, tais como: serviço de


almoxarifado, de escritório, de laboratório de inspeção de segurança, de conferência de
estoque, de ambulatório médico, de engenharia, de oficinas em geral, de caldeiras, de
mecânica, de eletricidade, de soldagem, de enchimento, fechamento e arrumação de
quaisquer vasilhames com substâncias consideradas inflamáveis, desde que essas
atividades sejam executadas dentro de áreas consideradas perigosas, ad referendum do
Ministério do Trabalho.
2.2.2 Serviços de operação e manutenção de embarcações, vagões-tanques,
caminhões-tanques e vasilhames de inflamáveis gasosos liquefeitos:

a) Atividades de inspeção nos pontos de vazamento eventual no sistema de depósito de


distribuição e de medição de tanques pelos processos de escapamento direto;
b) Serviços de superintendência;
c) Atividades de manutenção das instalações da frota de caminhões-tanques, executadas
dentro da área e em torno dos pontos de escapamento normais ou eventuais;
d) Atividades de decantação, desgaseificação, lavagem, reparos, pinturas e areação de
tanques, cilindros e botijões cheios de GLP;
e) Quaisquer outras atividades de manutenção ou operações, executadas dentro das áreas
consideradas perigosas pelo Ministério do Trabalho.

2.2.3. Armazenagem de inflamáveis líquidos, em tanques ou vasilhames:

a) Quaisquer atividades executadas dentro da bacia de segurança dos tanques;


b) Arrumação de tambores ou latas ou quaisquer outras atividades executadas dentro do
prédio de armazenamento de inflamáveis ou em recintos abertos e com vasilhames
cheios inflamáveis ou não-desgaseificados ou decantados.

2.2.4. Armazenagem de inflamáveis gasosos liquefeitos, em tanques ou vasilhames:

a) arrumação de vasilhames ou quaisquer outras atividades executadas dentro do prédio


de armazenamento de inflamáveis ou em recintos abertos e com vasilhames cheios de
inflamáveis ou vazios não desgaseificados ou decantados.

2.2.5. Operações em postos de serviço e bombas de abastecimento de inflamáveis


líquidos:

a) atividades ligadas diretamente ao abastecimento de viaturas com motor de explosão.

2.2.6. Outras atividades, tais como: manutenção, lubrificação, lavagem de viaturas,


mecânica, eletricidade, escritório de vendas e gerência, ad referendum do Ministério
do Trabalho.

2.2.7. Enchimento de quaisquer vasilhames (tambores, latas), com inflamáveis


líquidos:
a) atividades de enchimento, fechamento e arrumação de latas ou caixas com latas.

2.2.8. Enchimento de quaisquer vasilhames (cilindros, botijões) com inflamáveis


gasosos liquefeitos:

a) atividades de enchimento, pesagem, inspeção, estiva e arrumação de cilindros ou


botijões cheios de GLP;

b) outras atividades executadas dentro da área considerada perigosa, ad referendum do


Ministério do Trabalho.

2.3. São consideradas áreas de risco:

ATIVIDADE ÁREA DE RISCO


Poços de petróleo em produção de círculo com raio de 30 metros, no
a
gás. mínimo, com centro na boca do poço.
Faixa de 30 metros de largura, no
Unidade de processamento das
b mínimo, contornando a área de
refinarias.
operação.
Outros locais de refinaria onde se
realizam operações com inflamáveis em
Faixa de 15 metros de largura, no
estado de volatilização ou possibilidade
c mínimo, contornando a área de
de volatilização decorrente de falha ou
operação.
defeito dos sistemas de segurança e
fechamento das válvulas.
d Tanques de inflamáveis líquidos Toda a bacia de segurança
Círculo com raio de 3 metros
Tanques elevados de inflamáveis com centro nos pontos de vazamento
e
gasosos eventual (válvula registros, dispositivos
de medição por escapamento, gaxetas).
Afastamento de 15 metros da
Carga e descarga de inflamáveis
beira do cais, durante a operação, com
f líquidos contidos em navios, chatas e
extensão correspondente ao
batelões.
comprimento da embarcação.
g Abastecimento de aeronaves Toda a área de operação.
Enchimento de vagões –tanques e Círculo com raio de 15 metros
h caminhões –tanques com inflamáveis com centro nas bocas de enchimento dos
líquidos. tanques.
Enchimento de vagões-tanques e Círculo com 7,5 metros centro
i caminhões-tanques inflamáveis gasosos nos pontos de vazamento eventual
liquefeitos. (válvula e registros).
Enchimento de vasilhames com Círculos com raio de 15 metros
j
inflamáveis gasosos liquefeitos. com centro nos bicos de enchimentos.
Enchimento de vasilhames com Círculo com raio de 7,5 metros
l
inflamáveis líquidos, em locais abertos. com centro nos bicos de enchimento.
Enchimento de vasilhames com
m Toda a área interna do recinto.
inflamáveis líquidos, em recinto fechado.
Manutenção de viaturas-tanques, Local de operação, acrescido de
n bombas e vasilhames que continham faixa de 7,5 metros de largura em torno
inflamável líquido. dos seus pontos externos.
Desgaseificação, decantação e
Local da operação, acrescido de
reparos de vasilhames não
o faixa de 7,5 metros de largura em torno
desgaseificados ou decantados, utilizados
dos seus pontos externos.
no transporte de inflamáveis.
Local da operação, acrescido de
Testes em aparelhos de consumo
p faixa de 7,5 metros de largura em torno
de gás e seus equipamentos.
dos seus pontos extremos.
Toda a área de operação,
abrangendo, no mínimo, círculo com
raio de 7,5 metros com centro no ponto
de abastecimento e o círculo com raio de
q abastecimento de inflamáveis
7,5 metros com centro na bomba de
abastecimento da viatura e faixa de 7,5
metros de largura para ambos os lados
da máquina.
Armazenamento de vasilhames
que contenham inflamáveis líquidos ou Faixa de 3 metros de largura em
r
vazios não desgaseificados ou torno dos seus pontos externos.
decantados, em locais abertos.
Armazenamento de vasilhames
que contenham inflamáveis líquidos ou
s Toda a área interna do recinto.
vazios não desgaseificados, ou
decantados, em recinto fechado.
Carga e descarga de vasilhames
Afastamento de 3 metros da beira
contendo inflamáveis líquidos ou
do cais, durante a operação, com
t vasilhames vazios não desgaseificados ou
extensão correspondente ao
decantados, transportados pôr navios,
comprimento da embarcação.
chatas ou batelões.

2.4. Não caracterizam periculosidade, para fins de percepção de adicional:

2.4.1. o manuseio, a armazenagem e o transporte de líquidos inflamáveis em


embalagens certificadas, simples, compostas ou combinadas, desde que obedecidos os
limites consignados no Quadro I abaixo, independentemente do número total de
embalagens manuseadas, armazenadas ou transportadas, sempre que obedecidas as
Normas Regulamentadoras expedidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a Norma
NBR 11564/91 e a legislação sobre produtos perigosos relativa aos meios de transporte
utilizados;

2.4.2. o manuseio, a armazenagem e o transporte de recipientes de até cinco litros,


lacrados na fabricação, contendo líquidos inflamáveis, independentemente do número
total de recipientes manuseados, armazenados ou transportados, sempre que obedecidas
as Normas Regulamentadoras expedidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e a
legislação sobre produtos perigosos relativa aos meios de transporte utilizados.

O Quadro I da norma foi dividido em três conforme o tipo de embalagem:


combinada, simples ou composta.

CAPACIDADE MÁXIMA PARA EMBALAGENS DE


LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS
EMBALAGEM COMBINADA
Grupo de Grupo de Grupo de
Embalagem Embalagem
Embalagens* Embalagens* Embalagens*
Interna Externa
I II III
Metal 250 kg 400 kg 400 kg

TAMBORES
Plástico 250 kg 400 kg 400 kg
Madeira
150 kg 400 kg 400 kg
Compensada
Fibra 75kg 400 kg 400 kg
Aço ou
250 kg 400 kg 400 kg
Recipientes Alumínio
de Vidro Madeira Natural
150 kg 400 kg 400 kg
com mais de ou Compensada
5 a 10 litros; Madeira
CAIXAS

Plástico com 75 kg 400 kg 400 kg


Aglomerada
mais de 5 a
Papelão 75 kg 400 kg 400 kg
até 30 litros;
Metal com Plástico
60 kg 60 kg 60 kg
mais de 5 até Flexível
40 litros.
Plástico Rígido 150 kg 400 kg 400 kg

Aço ou
BOMBONA

120 kg 120 kg 120 kg


Alumínio

Plástico 120 kg 120 kg 120 kg


EMBALAGEM SIMPLES
Grupo de Grupo de Grupo de
Material Embalagens* Embalagens* Embalagens*
I II III
Aço, tampa não
250 L 450 L 450 L
removível
Aço, tampa
250 L ** 450 L 450 L
removível
Alumínio,
tampa não 250 L 450 L 450 L
removível
TAMBORES

Alumínio,
tampa 250 L ** 450 L 450 L
removível
Outros metais,
tampa não 250 L 450 L 450 L
removível
Outros metais,
tampa 250 L ** 450 L 450 L
removível
Plástico, tampa
250 L ** 450 L 450 L
não removível
Plástico, tampa
250 L ** 450 L 450 L
removível
Aço, tampa não
60 L 60 L 60 L
removível
Aço, tampa
60 L ** 60 L 60 L
removível
Alumínio,
tampa não 60 L 60 L 60 L
removível
BOMBONAS

Alumínio,
tampa 60 L ** 60 L 60 L
removível
Outros metais,
tampa não 60 L 60 L 60 L
removível
Outros metais,
tampa 60 L ** 60 L 60 L
removível
Plástico, tampa
60 L 60 L 60 L
não removível
Plástico, tampa
60 L ** 60 L 60 L
removível
CAPACIDADE MÁXIMA PARA EMBALAGENS DE LÍQUIDOS
INFLAMÁVEIS
EMBALAGENS COMPOSTAS
Grupo de Grupo de Grupo de
Material Embalagens* Embalagens* Embalagens*
I II III
Plástico com tambor externo de aço e
250 L 250 L 250 L
alumínio
Plástico com tambor externo de fibra,
120 L 250 L 250 L
plástico ou compensado
Plástico com engradado ou caixa
externa de aço ou alumínio ou madeira
60 L 60 L 60 L
externa ou caixa externa de compensado
ou de cartão ou de plástico rígido
Vidro com tambor externo de aço,
alumínio, fibra, compensado, plástico
60 L 60 L 60 L
flexível ou em caixa de aço, alumínio,
madeira, papelão ou compensado

* Conforme definições NBR 11564 – ABNT.


** Somente para substâncias com viscosidade maior que 200 mm2 /seg.
4 Anexo (*) - Atividades e Operações Perigosas com Radiações
Ionizantes ou Substâncias Radioativas
Radiações ionizantes são ondas eletromagnéticas ou partículas que se propagam
com uma determinada velocidade. Contêm energia, carga elétrica e magnética. Podem ser
geradas por fontes naturais ou por dispositivos construídos pelo homem. Possuem energia
variável desde valores pequenos até muito elevados.

4.1 Atividades Enquadradas com Periculosidade nas Radiações Ionizantes

Considerando-se a existência da Portaria Ministerial MTE no 518/03, entende-se


como atividades perigosas envolvendo radiações ionizantes:

- Produção, utilização, processamento, transporte, guarda, estocagem e


manuseio de materiais radioativos, selados e não-selados, de estado físico e
forma química quaisquer, naturais ou artificiais;
- Atividades de operação e manutenção de reatores nucleares;

- Atividades de operação e manutenção de aceleradores de partículas;


- Atividades de operação com aparelhos de raios X, com irradiadores de
radiação gama, beta ou de nêutrons;

- Atividades de medicina nuclear;

- Descomissionamento de instalações nucleares e radioativas;


- Descomissionamento de minas, moinhos e usinas de tratamento de minerais
radioativos.

O técnico em radiologia deve estar informado sobre os aparatos que devem ser
utilizados para reduzir a dose de radiação que ele vai receber ao tirar uma radiografia de
um paciente. Normalmente quando se tem que fazer um exame de leito, os técnicos
utilizam um avental de chumbo e um protetor de tireóide cuja função é minimizar os
efeitos da radiação. Utilizam também um dosímetro cuja finalidade é medir a quantidade
de radiação acumulada pelo funcionário durante um mês. O dosímetro é um monitor
individual e intransferível, ele é um objeto que tem um cristal dentro que mede a
quantidade de radiação. No final do mês vem uma dosagem, a qual é verificada para saber
se houve exposição indevida do profissional ou não.

A portaria 453/98 do Ministério da Saúde estabelece políticas para prevenção de


raio-x odontológico e radiodiagnóstico em todo território nacional. Essa portaria
estabelece desde mecanismos de práticas sob o ponto de vista de legislação, normatização
dos ambientes de trabalho, das condições de proteção, dos controles de qualidade em
equipamentos, toda uma série de procedimentos que são estabelecidos como se fosse um
capítulo técnico que versasse sobre a questão da prevenção, da exposição e dos
mecanismos de que podem ser utilizados tanto no seu ponto de vista do ambiente e
também junto aos trabalhadores para que possam ser prevenidos a exposição a radiações
ionizantes. A legislação é uma norma da CNEN 301 que estabelece as diretrizes básicas
de radioproteção, sua última alteração foi em 1988 e ela estabelece o limite de 50 Mili
Sivert/ano para o trabalhador, para o público o limite é 1 Mili Sivert/ano.

Ao empregador cabe realizar a manutenção dos equipamentos, zelar pela


blindagem das salas de raio-x, oferecer treinamento periódico aos técnicos em radiologia
e exigir que eles usem todos os aparatos para evitar consequências mais graves da
radiação ionizante. A maior consequência da radiação ionizante no organismo humano
são as modificações celulares a nível de DNA, algumas lesões de pele, lesões
cromossomiais, aberrações em fetos, leucemias, cataratas, etc. As radiações ionizantes
são efeitos estocásticos, eles se acumulam ao longo dos tempos e mais a frente é que se
percebem os efeitos.

Na construção civil temos a presença de radiação não-ionizante durante a


atividade de soldagem.

Dosímetro que mede a quantidade de radiação recebida pelo profissional


Avental de chumbo e protetor de tireóide
5 Anexo 3 - Atividades e Operações Perigosas com Exposição a
Roubo ou Outras Espécies De Violência Física
A NR 16 descreve essas atividades em seu anexo 3, incluso nesta NR pela Portaria
MTE 1889/2013. O anexo diz o seguinte:

1. As atividades ou operações que impliquem em exposição dos profissionais de


segurança pessoal ou patrimonial a roubos ou outras espécies de violência física são
consideradas perigosas.

2. São considerados profissionais de segurança pessoal ou patrimonial os


trabalhadores que atendam a uma das seguintes condições:

a) empregados das empresas prestadoras de serviço nas atividades de segurança


privada ou que integrem serviço orgânico de segurança privada, devidamente registradas
e autorizadas pelo Ministério da Justiça, conforme Lei 7102/1983 e suas alterações
posteriores.

b) empregados que exercem a atividade de segurança patrimonial ou pessoal em


instalações metroviárias, ferroviárias, portuárias, rodoviárias, aeroportuárias e de bens
públicos, contratados diretamente pela administração pública direta ou indireta.

3. As atividades ou operações que expõem os empregados a roubos ou outras


espécies de violência física, desde que atendida uma das condições do item 2, são as
constantes do quadro abaixo:

ATIVIDADES OU OPERAÇÕES DESCRIÇÃO

Segurança patrimonial e/ou pessoal na


preservação do patrimônio em estabelecimentos
Vigilância patrimonial públicos ou privados e da incolumidade física
de pessoas.

Segurança patrimonial e/ou pessoal em


espaços públicos ou privados, de uso comum do
Segurança de eventos
povo.
Segurança patrimonial e/ou pessoal nos
transportes coletivos e em suas respectivas
Segurança nos transportes coletivos
instalações.

Segurança patrimonial e/ou pessoal em


áreas de
Segurança ambiental e florestal conservação de fauna, flora natural e de
reflorestamento.

Segurança na execução do serviço de


Transporte de valores
transporte de valores.

Segurança no acompanhamento de
Escolta armada qualquer tipo de carga ou de valores.

Acompanhamento e proteção da
Segurança pessoal integridade física de pessoa ou de grupos.

Supervisão e/ou fiscalização direta dos


locais de
Supervisão/fiscalização
trabalho para acompanhamento e orientação dos
Operacional
vigilantes.

Execução de controle e/ou


monitoramento de locais, através de sistemas
Telemonitoramento/telecontrole
eletrônicos de segurança.
6 Anexo 4 - Atividades e Operações Perigosas com Energia Elétrica
Por força de lei, as radiações ionizantes ou substâncias radioativas e a energia
elétrica foram posteriormente consideradas como atividades perigosas.

Inicialmente, a Lei n.º 6.514, de 22 de Dezembro de 1977 considerava atividades


perigosas apenas às relacionadas com inflamáveis e explosivos. Em 1985, com a Lei n.º
7.369, iniciou-se a inclusão das demais atividades perigosas, mas ainda não considerava
a inclusão na Consolidação das Leis Trabalhistas. O Decreto n.º 92.212, de 26 de
Dezembro de 1985 regulamentou a lei anteriormente citada. Porém, o Decreto nº 93.412,
de 14 de Outubro de 1986 revogou este decreto n.º 92.212 e por fim, a Lei n.º 12.740, de
8 de Dezembro de 2012, alterou o art. 193 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, a fim de redefinir os critérios
para caracterização das atividades ou operações perigosas, e revoga a Lei nº 7.369, de 20
de setembro de 1985.

As situações de Segurança em Instalações Elétricas são abordadas pela NR 10 e a


periculosidade por eletricidade foi regulamentada definitivamente pelo Decreto no
93.412, de 14/10/86. Embora a NR 16 apresente em seu Anexo 4 o texto específico sobre
o assunto, a NBR 5460 que originou a NR 16 quanto a eletricidade.

Esta Norma define termos relacionados com sistemas elétricos de potência,


explorados por concessionários de serviços públicos de energia elétrica, sob os pontos de
vista de:

a) geração de energia elétrica, especialmente em usinas hidrelétricas e usinas


termelétricas a vapor;
b) transmissão e distribuição de energia elétrica;
c) operação e manutenção dos sistemas;
d) planejamento dos sistemas;
e) proteção elétrica dos sistemas.

NR 16 – ANEXO 4 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM ENERGIA


ELÉTRICA (Inclusão dada pela Portaria MTE 1.078/2014)

1. Têm direito ao adicional de periculosidade os trabalhadores: TAREFA E NÃO


CARGO
a) que executam atividades ou operações em instalações ou equipamentos elétricos
energizados em alta tensão;
b) que realizam atividades ou operações com trabalho em proximidade, conforme
estabelece a NR 10;
c) que realizam atividades ou operações em instalações ou equipamentos elétricos
energizados em baixa tensão no sistema elétrico de consumo - SEC, no caso de
descumprimento do item 10.2.8 e seus subitens da NR 10 - Segurança em Instalações e
Serviços em Eletricidade;
d) das empresas que operam em instalações ou equipamentos integrantes do sistema
elétrico de potência - SEP, bem como suas contratadas, em conformidade com as
atividades e respectivas áreas de risco descritas no quadro I deste anexo.

2. Não é devido o pagamento do adicional nas seguintes situações:


a) nas atividades ou operações no sistema elétrico de consumo em instalações ou
equipamentos elétricos desenergizados e liberados para o trabalho, sem possibilidade de
energização acidental, conforme estabelece a NR 10;
b) nas atividades ou operações em instalações ou equipamentos elétricos alimentados por
extrabaixa tensão;
c) nas atividades ou operações elementares realizadas em baixa tensão, tais como o uso
de equipamentos elétricos energizados e os procedimentos de ligar e desligar circuitos
elétricos, desde que os materiais e equipamentos elétricos estejam em conformidade com
as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou
omissão destas, as normas internacionais cabíveis.

3. O trabalho intermitente é equiparado à exposição permanente para fins de pagamento


integral do adicional de periculosidade nos meses em que houver exposição, excluída a
exposição eventual, assim considerado o caso fortuito ou que não faça parte da rotina.

4. Das atividades no sistema elétrico de potência – SEP (Grandes sistemas de energia


que englobam geração, transmissão e distribuição de energia elétrica).
4.1. Para os efeitos deste anexo entende-se como atividades de construção, operação e
manutenção de redes de linhas aéreas ou subterrâneas de alta e baixa tensão integrantes
do SEP:
a) Montagem, instalação, substituição, conservação, reparos, ensaios e testes de:
verificação, inspeção, levantamento, supervisão e fiscalização; fusíveis, condutores, para-
raios, postes, torres, chaves, muflas, isoladores, transformadores, capacitores, medidores,
reguladores de tensão, religadores, seccionalizadores, carrier (onda portadora via linhas
de transmissão), cruzetas, relé e braço de iluminação pública, aparelho de medição
gráfica, bases de concreto ou alvenaria de torres, postes e estrutura de sustentação de
redes e linhas aéreas e demais componentes das redes aéreas;
b) Corte e poda de árvores;
c) Ligações e cortes de consumidores;
d) Manobras aéreas e subterrâneas de redes e linhas;
e) Manobras em subestação;
f) Testes de curto em linhas de transmissão;
g) Manutenção de fontes de alimentação de sistemas de comunicação;
h) Leitura em consumidores de alta tensão;
i) Aferição em equipamentos de medição;
j) Medidas de resistências, lançamento e instalação de cabo contra-peso;
k) Medidas de campo eletromagnético, rádio, interferência e correntes induzidas;
l) Testes elétricos em instalações de terceiros em faixas de linhas de transmissão
(oleodutos, gasodutos etc);
m) Pintura de estruturas e equipamentos;
n) Verificação, inspeção, inclusive aérea, fiscalização, levantamento de dados e
supervisão de serviços técnicos;
o) Montagem, instalação, substituição, manutenção e reparos de: barramentos,
transformadores, disjuntores, chaves e seccionadoras, condensadores, chaves a óleo,
transformadores para instrumentos, cabos subterrâneos e subaquáticos, painéis, circuitos
elétricos, contatos, muflas e isoladores e demais componentes de redes subterrâneas;
p) Construção civil, instalação, substituição e limpeza de: valas, bancos de dutos, dutos,
condutos, canaletas, galerias, túneis, caixas ou poços de inspeção, câmaras;
q) Medição, verificação, ensaios, testes, inspeção, fiscalização, levantamento de dados e
supervisões de serviços técnicos.

4.2. Para os efeitos deste anexo entende-se como atividades de construção, operação e
manutenção nas usinas, unidades geradoras, subestações e cabinas de distribuição em
operações, integrantes do SEP:
a) Montagem, desmontagem, operação e conservação de: medidores, relés, chaves,
disjuntores e religadoras, caixas de controle, cabos de força, cabos de controle,
barramentos, baterias e carregadores, transformadores, sistemas anti-incêndio e de
resfriamento, bancos de capacitores, reatores, reguladores, equipamentos eletrônicos,
eletromecânico e eletroeletrônicos, painéis, para-raios, áreas de circulação, estruturas-
suporte e demais instalações e equipamentos elétricos;
b) Construção de: valas de dutos, canaletas, bases de equipamentos, estruturas, condutos
e demais instalações;
c) Serviços de limpeza, pintura e sinalização de instalações e equipamentos elétricos;
d) Ensaios, testes, medições, supervisão, fiscalizações e levantamentos de circuitos e
equipamentos elétricos, eletrônicos de telecomunicações e telecontrole.

QUADRO I
ATIVIDADES ÁREAS DE RISCO

a) Estruturas, condutores e
equipamentos de linhas aéreas de
transmissão, subtransmissão e
distribuição, incluindo plataformas e
cestos aéreos usados para execução dos
trabalhos;
b) Pátio e salas de operação de
I - Atividades, constantes no item 4.1, de
subestações;
construção, operação e manutenção de redes de
c) Cabines de distribuição;
linhas aéreas ou subterrâneas de alta e baixa
d) Estruturas, condutores e equipamentos
tensão integrantes do SEP, energizados ou
de redes de tração elétrica, incluindo
desenergizados, mas com possibilidade de
escadas, plataformas e cestos aéreos
energização acidental ou por falha
usados para execução dos trabalhos;
operacional.
e) Valas, bancos de dutos, canaletas,
condutores, recintos internos de
caixas, poços de inspeção, câmaras,
galerias, túneis, estruturas terminais e
aéreas de superfície correspondentes;
f) Áreas submersas em rios, lagos e
mares.

II - Atividades, constantes no item 4.2, de a) Pontos de medição e cabinas de


construção, operação e manutenção nas usinas, distribuição, inclusive de consumidores;
unidades geradoras, subestações e cabinas de b) Salas de controles, casa de máquinas,
distribuição em operações, integrantes do SEP, barragens de usinas e unidades
energizados ou desenergizados, mas com geradoras;
possibilidade de energização acidental ou por c) Pátios e salas de operações de
falha operacional. subestações, inclusive consumidoras.
a) Áreas das oficinas e laboratórios de
testes e manutenção elétrica, eletrônica e
eletromecânica onde são executados
testes, ensaios, calibração e reparos de
III - Atividades de inspeção, testes, ensaios, equipamentos energizados ou passíveis
calibração, medição e reparos em de energização acidental;
equipamentos e materiais elétricos, eletrônicos, b) Sala de controle e casas de máquinas
eletromecânicos e de segurança individual e de usinas e unidades geradoras;
coletiva em sistemas elétricos de potência de c) Pátios e salas de operação de
alta e baixa tensão. subestações, inclusive consumidoras;
d) Salas de ensaios elétricos de alta
tensão;
e) Sala de controle dos centros de
operações.

IV - Atividades de treinamento em
equipamentos ou instalações integrantes do
a) Todas as áreas descritas nos itens
SEP, energizadas ou desenergizadas, mas com
anteriores.
possibilidade de energização acidental ou por
falha operacional.
7 Anexo 5 - Atividades perigosas em motocicleta

1. As atividades laborais com utilização de motocicleta ou motoneta no


deslocamento de trabalhador em vias públicas são consideradas perigosas.

2. Não são consideradas perigosas, para efeito deste anexo:

a) a utilização de motocicleta ou motoneta exclusivamente no percurso da


residência para o local de trabalho ou deste para aquela;

b) as atividades em veículos que não necessitem de emplacamento ou que não


exijam carteira nacional de habilitação para conduzí-los;

c) as atividades em motocicleta ou motoneta em locais privados.

d) as atividades com uso de motocicleta ou motoneta de forma eventual, assim


considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido.

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