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DIREITO CONSTITUCIONAL

-> AÇÕES/REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

LEI Nº 9.507/97 (HABEAS DATA)


- Considera-se de caráter público registro ou banco de dados contendo informações que sejam ou
que possam ser transmitidas a terceiros ou que não sejam de uso privativo do órgão.
- O requerimento será apresentado ao órgão ou entidade depositária do registro ou banco de
dados e será deferido ou indeferido no prazo de 48 horas.
- A petição inicial, que deverá preencher os requisitos dos arts. 282 a 285 do CPC, será
apresentada em duas vias, e os documentos que instruírem a primeira serão reproduzidos por
cópia na segunda.
- A inicial deverá ser instruída com: a) da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais
de dez dias sem decisão (recusou o acesso ou 10 dias sem decisão); b) da recusa em fazer-se a
retificação ou do decurso de mais de quinze dias, sem decisão (recusou a retificação ou 15 dias
sem decisão);
- Ao despachar a inicial, o juiz ordenará que notifique o coator, a fim de que, no prazo de 10 dias,
preste as informações necessárias. Do despacho de indeferimento, caberá Apelação;
- Findo o prazo de 10 dias, e ouvido o MP, os autos irão para decisão a ser proferida em 5 dias;
- Da sentença cabe Apelação;
- Os processos de habeas data terão prioridade sobre todos, exceto habeas corpus e mandado de
segurança;
- O julgamento do habeas data compete originariamente: a) STF - contra atos do Presidente da
República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do TCU, do PGR e do
próprio STF; b) STJ – atos de Ministro de Estado ou do próprio STJ.
LEI Nº 13.300/16 (MANDADO DE INJUNÇÃO)
- Mandado de injunção a falta total ou parcial de norma regulamentadora torne inviável o
exercício dos direitos e liberdades;
- São legitimados para o MI, como impetrantes, pessoas naturais ou jurídicas e, como impetrado, o
Poder, órgão ou autoridade com atribuição para editar a norma;
- Quando o documento encontrar-se em repartição ou estabelecimento público, havendo recusa
em fornecê-lo, será ordenada, a pedido do impetrante, a exibição do documento no prazo de 10
dias;
- A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e efeitos até o advento da norma
regulamentadora;
- Poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à decisão, quando isso for inerente ou
indispensável;
- O mandado de injunção coletivo pode ser promovido: I - pelo MP, quando a tutela requerida for
especialmente relevante para a defesa da ordem jurídica, do regime democrático ou dos
interesses sociais ou individuais indisponíveis; / II - por partido político com representação no
Congresso Nacional, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas de seus
integrantes ou relacionados com a finalidade partidária; / III - por organização sindical, entidade
de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 ano, para
assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de
seus membros ou associados, na forma de seus estatutos e desde que pertinentes a suas
finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial; / IV - pela DP, quando a tutela requerida
for especialmente relevante para a promoção dos direitos humanos e a defesa dos direitos
individuais e coletivos dos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º da Constituição
Federal.
- Transitada em julgado, seus efeitos poderão ser estendidos aos casos análogos por decisão
monocrática do relator;
- A norma superveniente produzirá efeitos ex nunc, salvo se a norma editada for mais favorável;
- Estará prejudicada a impetração se a norma for editada antes da decisão, caso em que o
processo será extinto sem resolução de mérito;
- O MI coletivo não induz litispendência em relação aos individuais.
LEI Nº 12.016/09 (MANDADO DE SEGURANÇA)
- MS = proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, que,
ilegalmente ou abuso de poder, pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de
sofrê-la;
- Equiparam-se às autoridades representantes ou órgãos de partidos políticos e os
administradores de entidades autárquicas, os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas
naturais de atribuições do poder público;
- Não cabe MS contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas
públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público;
- Direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, qualquer poderá requerer o MS;
- O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idênticas, de terceiro
poderá impetrar MS a favor do direito originário, se o seu titular não o fizer, no prazo de 30 dias,
quando notificado judicialmente;
- Não se concederá MS: I - ato qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo; II - decisão
judicial qual caiba recurso com efeito suspensivo; III - decisão judicial transitada em julgado;
- A inicial será apresentada em 2 vias com os documentos que instruírem a primeira reproduzidos
na segunda e indicará, além da autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta integra;
- O pedido de MS poderá ser renovado dentro do prazo decadencial, se a decisão denegatória não
houver apreciado o mérito;
- Da decisão do juiz de 1º grau que conceder ou denegar a liminar, caberá AGRAVO DE
INSTRUMENTO;
- Não será concedida liminar que tenha por objeto a compensação de créditos tributários, a
entrega de mercadorias e bens do exterior, a reclassificação ou equiparação de servidores e a
concessão de aumento ou extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza;
- Os efeitos da liminar, salvo revogada ou cassada, persistirão até a sentença;
- Deferida a liminar, o processo terá prioridade para julgamento;
- O ingresso de litisconsorte ativo não será admitido após o despacho da inicial;
- Com ou sem parecer do MP, os autos serão conclusos para decisão proferida em 30 dias;
- Da sentença cabe APELAÇÃO;
- Estende-se à autoridade coatora o direito de recorrer;
- A sentença que conceder o MS pode ser executada provisoriamente;
- Das decisões em MS em única instância pelos tribunais cabe REsp e RE, e RECURSO ORDINÁRIO
quando DENEGADA;
- O MS terá prioridade, salvo habeas corpus;
- O MS coletivo poderá ser impetrado por partido político com representação no Congresso, por
organização sindical, entidade de classe ou associação constituída e em funcionamento há, pelo
menos, 1 ano, dispensada autorização especial;
- No MS coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente ao grupo ou categoria substituídos
pelo impetrante;
- O MS coletivo não induz litispendência para ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada não
beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a desistência de seu MS no prazo de
30 dias da impetração da segurança coletiva;
- O direito de requerer MS extinguir-se-á em 120 dias do ato impugnado;
- Não cabem, no MS, embargos infringentes e condenação dos honorários advocatícios, sem
prejuízo de sanções no caso de litigância de má-fé;
- Não cabe MS: a) contra lei em tese; b) recurso administrativo com efeito suspensivo; c) decisão
judicial qual caiba recurso com efeito suspensivo; d) ato interna corporis (casas legislativas –
separação dos poderes); e) contra decisão das turmas do STF;
- O MS não substitui a ação popular;
- O MS não é substituto de ação de cobrança.

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