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DECRETO-LEI Nº 4.

657/42 (LINDB) - A motivação demonstrará a necessidade e a adequação da medida imposta


- Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta ou da invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma
e cinco dias depois de oficialmente publicada. administrativa, inclusive em face das possíveis alternativas.
- Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando - A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial,
admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma
- As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências
- Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a jurídicas e administrativas.
modifique ou revogue. - A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando for o caso,
- A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando indicar as condições para que a regularização ocorra de modo proporcional
seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que e equânime e sem prejuízo aos interesses gerais, não se podendo impor aos
tratava a lei anterior. sujeitos atingidos ônus ou perdas que, em função das peculiaridades do
- A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já caso, sejam anormais ou excessivos.
existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. - Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os
- Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas
revogadora perdido a vigência. públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados.
- Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os - Em decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato, contrato,
costumes e os princípios gerais de direito. ajuste, processo ou norma administrativa, serão consideradas as
- A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o circunstâncias práticas que houverem imposto, limitado ou condicionado a
começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de ação do agente.
família. - Na aplicação de sanções, serão consideradas a natureza e a gravidade da
- Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto infração cometida, os danos que dela provierem para a administração
aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração. pública, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes do
- O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades agente.
diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. - As sanções aplicadas ao agente serão levadas em conta na dosimetria das
- Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do demais sanções de mesma natureza e relativas ao mesmo fato.
matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal. - A decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer
- O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que interpretação ou orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado,
tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio impondo novo dever ou novo condicionamento de direito, deverá prever
conjugal. regime de transição quando indispensável para que o novo dever ou
- O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante condicionamento de direito seja cumprido de modo proporcional, equânime
expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais.
decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de - A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à
comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa cuja
adoção ao competente registro. produção já se houver completado levará em conta as orientações gerais da
- Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se ao época, sendo vedado que, com base em mudança posterior de orientação
outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos geral, se declarem inválidas situações plenamente constituídas.
incapazes sob sua guarda. - Para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação contenciosa na
- Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar- aplicação do direito público, inclusive no caso de expedição de licença, a
se-á a lei do país em que estiverem situados. autoridade administrativa poderá, após oitiva do órgão jurídico e, quando
- Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se for o caso, após realização de consulta pública, e presentes razões de
constituírem. relevante interesse geral, celebrar compromisso com os interessados,
- A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que observada a legislação aplicável, o qual só produzirá efeitos a partir de sua
residir o proponente. publicação oficial.
- A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que - O compromisso referido no caput deste artigo:
domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a I - buscará solução jurídica proporcional, equânime, eficiente e compatível
situação dos bens. com os interesses gerais;
- A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para - A decisão do processo, nas esferas administrativa, controladora ou judicial,
suceder. poderá impor compensação por benefícios indevidos ou prejuízos anormais
- Não poderão, entretanto ter no Brasil filiais, agências ou estabelecimentos ou injustos resultantes do processo ou da conduta dos envolvidos.
antes de serem os atos constitutivos aprovados pelo Governo brasileiro, - O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões
ficando sujeitas à lei brasileira. técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro.
- Os Governos estrangeiros, bem como as organizações de qualquer - Em qualquer órgão ou Poder, a edição de atos normativos por autoridade
natureza, que eles tenham constituído, dirijam ou hajam investido de administrativa, salvo os de mera organização interna, poderá ser precedida
funções públicas, não poderão adquirir no Brasil bens imóveis ou de consulta pública para manifestação de interessados, preferencialmente
susceptíveis de desapropriação. por meio eletrônico, a qual será considerada na decisão.
- Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos prédios - As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica
necessários à sede dos representantes diplomáticos ou dos agentes na aplicação das normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas
consulares. administrativas e respostas a consultas.
- Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas - Os instrumentos previstos no caput deste artigo terão caráter vinculante
a imóveis situados no Brasil. em relação ao órgão ou entidade a que se destinam, até ulterior revisão.
- A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei que nele LEI Nº 9.507/97 (HABEAS DATA)
vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os - Considera-se de caráter público registro ou banco de dados contendo
tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconheça. informações que sejam ou que possam ser transmitidas a terceiros ou que
- Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a invoca não sejam de uso privativo do órgão.
prova do texto e da vigência. - O requerimento será apresentado ao órgão ou entidade depositária do
- Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que reúna os registro ou banco de dados e será deferido ou indeferido no prazo de 48
seguintes requisitos: horas.
a) haver sido proferida por juiz competente; - A petição inicial, que deverá preencher os requisitos dos arts. 282 a 285 do
b) terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia; CPC, será apresentada em duas vias, e os documentos que instruírem a
c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias primeira serão reproduzidos por cópia na segunda.
para a execução no lugar em que foi proferida; - A inicial deverá ser instruída com: a) da recusa ao acesso às informações ou
d) estar traduzida por intérprete autorizado; do decurso de mais de dez dias sem decisão (recusou o acesso ou 10 dias
e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal. sem decisão); b) da recusa em fazer-se a retificação ou do decurso de mais
- Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares de quinze dias, sem decisão (recusou a retificação ou 15 dias sem decisão);
brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e - Ao despachar a inicial, o juiz ordenará que notifique o coator, a fim de que,
de tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de no prazo de 10 dias, preste as informações necessárias. Do despacho de
brasileiro ou brasileira nascido no país da sede do Consulado. indeferimento, caberá Apelação;
- Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com - Findo o prazo de 10 dias, e ouvido o MP, os autos irão para decisão a ser
base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as proferida em 5 dias;
consequências práticas da decisão. - Da sentença cabe Apelação;
- Os processos de habeas data terão prioridade sobre todos, exceto habeas - Não cabe MS: a) contra lei em tese; b) recurso administrativo com efeito
corpus e mandado de segurança; suspensivo; c) decisão judicial qual caiba recurso com efeito suspensivo; d)
- O julgamento do habeas data compete originariamente: a) STF - contra ato interna corporis (casas legislativas – separação dos poderes); e) contra
atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do decisão das turmas do STF;
Senado Federal, do TCU, do PGR e do próprio STF; b) STJ – atos de Ministro - O MS não substitui a ação popular;
de Estado ou do próprio STJ. - O MS não é substituto de ação de cobrança.
LEI Nº 13.300/16 (MANDADO DE INJUNÇÃO)
- Mandado de injunção a falta total ou parcial de norma regulamentadora
torne inviável o exercício dos direitos e liberdades;
- São legitimados para o MI, como impetrantes, pessoas naturais ou jurídicas
e, como impetrado, o Poder, órgão ou autoridade com atribuição para
editar a norma;
- Quando o documento encontrar-se em repartição ou estabelecimento
público, havendo recusa em fornecê-lo, será ordenada, a pedido do
impetrante, a exibição do documento no prazo de 10 dias;
- A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e efeitos até o advento
da norma regulamentadora;
- Poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes à decisão, quando
isso for inerente ou indispensável;
- Transitada em julgado, seus efeitos poderão ser estendidos aos casos
análogos por decisão monocrática do relator;
- A norma superveniente produzirá efeitos ex nunc, salvo se a norma
editada for mais favorável;
- Estará prejudicada a impetração se a norma for editada antes da decisão,
caso em que o processo será extinto sem resolução de mérito;
- O MI coletivo não induz litispendência em relação aos individuais.
LEI Nº 12.016/09 (MANDADO DE SEGURANÇA)
- MS = proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou
habeas data, que, ilegalmente ou abuso de poder, pessoa física ou jurídica
sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la;
- Equiparam-se às autoridades representantes ou órgãos de partidos
políticos e os administradores de entidades autárquicas, os dirigentes de
pessoas jurídicas ou as pessoas naturais de atribuições do poder público;
- Não cabe MS contra os atos de gestão comercial praticados pelos
administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e
de concessionárias de serviço público;
- Direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, qualquer poderá
requerer o MS;
- O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições
idênticas, de terceiro poderá impetrar MS a favor do direito originário, se o
seu titular não o fizer, no prazo de 30 dias, quando notificado judicialmente;
- Não se concederá MS: I - ato qual caiba recurso administrativo com efeito
suspensivo; II - decisão judicial qual caiba recurso com efeito suspensivo; III -
decisão judicial transitada em julgado;
- A inicial será apresentada em 2 vias com os documentos que instruírem a
primeira reproduzidos na segunda e indicará, além da autoridade coatora, a
pessoa jurídica que esta integra;
- O pedido de MS poderá ser renovado dentro do prazo decadencial, se a
decisão denegatória não houver apreciado o mérito;
- Da decisão do juiz de 1º grau que conceder ou denegar a liminar, caberá
AGRAVO DE INSTRUMENTO;
- Não será concedida liminar que tenha por objeto a compensação de
créditos tributários, a entrega de mercadorias e bens do exterior, a
reclassificação ou equiparação de servidores e a concessão de aumento ou
extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza;
- Os efeitos da liminar, salvo revogada ou cassada, persistirão até a
sentença;
- Deferida a liminar, o processo terá prioridade para julgamento;
- O ingresso de litisconsorte ativo não será admitido após o despacho da
inicial;
- Com ou sem parecer do MP, os autos serão conclusos para decisão
proferida em 30 dias;
- Da sentença cabe APELAÇÃO;
- Estende-se à autoridade coatora o direito de recorrer;
- A sentença que conceder o MS pode ser executada provisoriamente;
- Das decisões em MS em única instância pelos tribunais cabe REsp e RE, e
RECURSO ORDINÁRIO quando DENEGADA;
- O MS terá prioridade, salvo habeas corpus;
- O MS coletivo poderá ser impetrado por partido político com
representação no Congresso, por organização sindical, entidade de classe ou
associação constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 ano,
dispensada autorização especial;
- No MS coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente ao grupo ou
categoria substituídos pelo impetrante;
- O MS coletivo não induz litispendência para ações individuais, mas os
efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título individual se
não requerer a desistência de seu MS no prazo de 30 dias da impetração da
segurança coletiva;
- O direito de requerer MS extinguir-se-á em 120 dias do ato impugnado;
- Não cabem, no MS, embargos infringentes e condenação dos honorários
advocatícios, sem prejuízo de sanções no caso de litigância de má-fé;

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